segunda-feira, 21 de março de 2011

Novo deslizamento deixa 30% de Antonina sem água

Um novo deslizamento de terra ocorrido nesta segunda-feira (21), por volta das 14 horas, voltou a afetar o abastecimento de água em Antonina, no Litoral paranaense. Cerca de 30% das residências, localizadas na parte alta da cidade, estão sem água, de acordo com o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae), Paulo Brosca.

O abastecimento de água na cidade havia sido retomado na manhã desta segunda. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a bomba responsável pela distribuição, que passou por problemas no fim de semana, foi novamente consertada no domingo e a água passou a ser enviada por volta da 1 hora desta madrugada. Segundo o Samae, o equipamento responsável por bombear a água até as casas voltou a apresentar problemas. A estimativa inicial é que o conserto fosse finalizado até as 19h desta segunda-feira, mas a situação só deve ser normalizada na manhã de terça-feira (22).

Desabastecimento de água pode afetar 55% dos municípios até 2015


De todos os municípios brasileiros, mais da metade (55%) poderá ter problemas no abastecimento de água até 2015. É o que mostra um estudo feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), que avaliou a oferta e o crescimento de demanda de água em todas as 5.565 cidades do País. Esses municípios representam mais de 70% do consumo de água.

O Atlas Brasil, que será divulgado oficialmente amanhã, conclui que o Brasil precisará investir pelo menos R$ 70 bilhões para garantir a oferta de água de boa qualidade aos municípios até 2025, quando a população deverá alcançar cerca de 196 milhões de habitantes.

Desse total, quase 70% (R$ 47,8 milhões) teriam de ser investidos na coleta e tratamento de esgotos, apenas para evitar ou resolver a poluição nas fontes de abastecimento de água, já que o dinheiro não seria suficiente para universalizar o acesso ao esgoto, o maior problema da área de saneamento.

"Os problemas associados à poluição hídrica são mais evidentes nos grandes aglomerados de municípios, em função da pressão das ocupações urbanas sobre os mananciais de abastecimento público: o lançamento de esgotos sem tratamento dos municípios localizados à montante influenciam diretamente a qualidade das águas", afirma o documento. A montante é o lado da nascente, em relação a um curso de água. A região do Rio Paraná exige o maior volume de investimentos.

Nordeste e Sudeste. O total de investimentos necessário para garantir a oferta de água equivale ao pagamento de mais de quatro anos dos benefícios do Bolsa-Família ou ainda mais de duas vezes a estimativa de custo do polêmico trem-bala entre São Paulo e Rio.

As obras sugeridas em 3.027 municípios brasileiros beneficiariam o equivalente a 71% da população do País no prazo do planejamento da Agência Nacional de Águas.

Para financiar esses gastos, o estudo sugere investimentos do Orçamento da União, dos próprios prestadores de serviços, empréstimos públicos de agências multilaterais ou ainda por meio de parcerias público-privadas (PPPs).

Com base no crescimento da população, a Agência Nacional de Águas estima que as Regiões Sudeste e Nordeste vão concentrar, em 2025, 71% da demanda por água no País.

As duas regiões são tratadas com destaque no estudo. O Sudeste, porque concentra os maiores aglomerados urbanos do País. Por sua vez, o Nordeste registra o maior número de municípios nos quais o abastecimento é considerado insatisfatório.

Em 2015, apenas 18% da população nordestina seria atendida por sistemas de abastecimento de água tidos como satisfatórios. "O desafio do ponto de vista do abastecimento de água consiste no fato de a população brasileira estar concentrada justamente nas regiões em que a oferta de água é mais desfavorável", diz o documento.

São Paulo. No Estado de São Paulo, 64% dos municípios têm problemas de abastecimento de água, segundo o Atlas, e chega a 71% o porcentual da população nos municípios paulistas com necessidades de investimento apontadas pelo estudo.

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco reúnem mais da metade (51%) dos investimentos projetados pela ANA. O plano da Agência Nacional de Águas prevê também investimentos para reduzir as perdas no sistema de abastecimento, assim como o melhor gerenciamento das outorgas para uso das águas dos rios. (AE)

Usina nuclear de Fukushima não está assegurada desde agosto de 2010


As instalações e os reatores da central nuclear japonesa de Fukushima perderam o seu seguro em agosto de 2010, apesar de o contrato cobrir danos causados a terceiros, indicou nesta segunda-feira à AFP uma fonte ligada ao caso.

A companhia japonesa de eletricidade Tokyo Electric Power (TEPCO), proprietária e operadora da central, decidiu não renovar a apólice de seguro para eventuais danos nas instalações já que considerava que o preço era alto demais, informou esta fonte.

Os operadores dos reatores não são obrigados a cobrir os danos que um acidente nuclear pode ocasionar nas próprias instalações.

Em troca, a lei os obriga a assinar um seguro para os danos que um acidente pode causar a terceiros. No caso de Fukushima, assim como para qualquer instalação nuclear, a lei japonesa fixa um teto de indenização de 120 bilhões de ienes, cerca de 1,040 bilhão de euros.

Mas as seguradoras excluem da cobertura as catástrofes naturais maiores, como um terremoto ou um tsunami.

Por outro lado, a convenção de Paris sobre responsabilidade da empresa operadora nuclear a exonera de uma indenização em caso de "cataclismo natural com caráter excepcional".

A lei japonesa adota os grandes princípios da convenção de Paris.

Concretamente, em casos parecidos, é o Estado que assume a indenização. (AFP)

Dilma visita a China em abril

Em três semanas, a presidente Dilma Rousseff fará a mais longa de suas viagens ao exterior até aqui. Nos dias 12, 13, 14 e 15 de abril, ela irá a Pequim, Sanya e Boal, na China. A visita tem interesses majoritariamente econômicos, embora a agenda inclua reuniões com o presidente chinês, Hu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao. A pedido de empresários e em favor do equilíbrio da balança comercial, a presidente busca um acordo sobre o acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês.

Dilma participará de um seminário econômico da cúpula do Bric – bloco formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia e China e formalmente, a partir de abril, pela África do Sul – e do fórum dos países asiáticos. No fórum, Dilma foi convidada pelo presidente chinês para discursar depois dele.

Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo a Câmara de Comércio Brasil-China, as relações comerciais entre os dois países cresceram nos últimos anos 47,5% (ao ano), tendência que se repete nas relações dos chineses com vários países de economia emergente.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que há um superávit de mais de US$ 5 bilhões em favor do Brasil nas relações com a China. No retorno para o Brasil, a presidente poderá passar pela Grécia, mas essa viagem ainda não está definida, segundo assessores. Na Grécia, ela deve se encontrar com o presidente, Károlos Papúlias, e o primeiro-ministro, Georgius Papandreu.

Antes de ir à China, Dilma vai a Portugal nos próximos dias 29 e 30. A presidenta acompanhará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que será homenageado, no dia 30, com o título de doutor honoris causa pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – uma das mais antigas do mundo, criada no século 13. Em Lisboa, Dilma deverá se reunir também com o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, José Sócrates. (Agência Brasil)

Corte de gastos com viagens afeta pesquisadores


Decreto da presidente Dilma Rousseff publicado no início do mês tem causado polêmica na comunidade científica. Segundo o Estado apurou, a norma reduziu em cerca de 50% o teto das despesas com viagens de servidores federais e colaboradores eventuais e centralizou a autorização dos gastos nos ministérios. Isso prejudicaria, por exemplo, o deslocamento de professores de universidades federais para a participação em congressos e defesas de teses.

Os membros das comissões assessoras dos ministérios e das agência de fomento à pesquisa, que auxiliam na avaliação de projetos, também seriam bastante afetados pela medida. O CNPq, por exemplo, conta com um corpo de mais de 300 assessores externos que são responsáveis pelo julgamento, seleção e acompanhamento dos pedidos de apoio a projetos de pesquisa e de formação de recursos humanos. "Sem a ajuda desses assessores seria impossível julgar os quase 75 mil pedidos de apoio submetidos anualmente para apreciação da agência", diz a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, em carta de protesto enviada às autoridades federais.

Embora a medida não afete diretamente bolsistas de agências de fomento federais, como Capes e CNPq, pois o custeio das viagens é feito com a própria bolsa, pode haver prejuízo indireto pelo atraso na avaliação de projetos.

"A medida faz parte de uma ação do governo para conter gastos. Mas, quando se faz uma única norma para todo o setor público, ela não contempla as especificidades de cada área", diz Rómulo Soares Polari, reitor da Universidade Federal da Paraíba e membro da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A entidade está negociando com o Ministério da Educação (MEC) para tentar contornar o teto que foi definido.

Para evitar que a centralização das autorizações atrase ainda mais o deslocamento dos cientistas, o Ministério de Ciência e Tecnologia divulgou portaria subdelegando o poder de decisão aos dirigentes máximos de suas unidades subordinadas, entre elas o CNPq.

O MEC informou que, no caso das universidades federais, as viagens em território nacional poderão ser autorizadas pelos reitores. Nos dois casos, porém, as viagens internacionais precisam ser autorizada pelos ministros. (AE)

Justiça do Rio liberta manifestantes presos em ato contra Obama


O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus nessa segunda-feira, 21, a 11 manifestantes presos no ato em frente ao Consulado dos Estados Unidos, ocorrido na sexta-feira, 18, no Rio de Janeiro. A decisão é do desembargador Cláudio Dell''Orto. No domingo, 20, a juíza de plantão Maria Paula Galhardo já havia concedido alvará de soltura a um menor de idade e uma senhora, de 67 anos, também presos na manifestação.

Os manifestantes estavam divididos entre o Presídio de Água Santa, a Penitenciária Feminina de Bangu e o Centro de Triagem para Adolescentes Infratores. Eles foram presos sob a acusação de formação de quadrilha e depredação de patrimônio público.

No sábado, 16 parlamentares do Rio de Janeiro, entre eles o senador Lindberg Farias (PT), o deputado federal Chico Alencar (PSOL), além de deputados estaduais e vereadores, assinaram uma nota de repúdio à prisão dos manifestantes. "São pessoas de bem, trabalhadores, estudantes e não há nenhuma prova da participação deles. E mesmo assim, estão presos. É uma prisão política", afirmou Alencar. (AE)

Atropelador de ciclistas vai responder por 17 tentativas de homicídio


O bancário Ricardo Neis foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas nesta segunda-feira, 21. Neis atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre no dia 25 de fevereiro.

A promotora de Justiça Lúcia Callegari justifica a decisão afirmando que, ao acelerar seu automóvel contra as vítimas, Ricardo Neis deu início ao ato de matar. Segundo a denúncia, o atropelador demonstrou "extremo egoísmo e individualismo". Para o Ministério Público, os ciclistas foram salvos pelo fato de estarem usando equipamentos de segurança e pelo pronto atendimento recebido.

Neis permanece no Presídio Central por determinação da justiça. Os médicos do hospital em que estava internado chegaram a pedir sua transferência para um instituto psiquiátrico, mas a avaliação a que foi submetido não diagnosticou doenças que justificassem o tratamento específico. O atropelamento causou comoção e gerou protestos de ciclistas pelo país.

Recuperação do Japão pode levar até cinco anos, diz Banco Mundial


A reconstrução do Japão após o terremoto seguido de tsunami em 11 de março pode levar até cinco anos, ante um prejuízo que pode chegar a US$ 235 bilhões (cerca de R$ 392 bilhões), informou um relatório do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira, 21.

O terremoto e o tsunami, seguidos de uma crise nuclear ainda em curso, prejudicaram as cadeias produtivas de indústrias automotivas e eletrônicas. Além disso, "os danos ocorridos em habitações e infraestrutura foram sem precedentes", diz o relatório.

O número de mortos, que pode chegar a 15 mil, e os prejuízos devem ser mais do que o dobro dos causados pelo terremoto de Kobe, em 1995. As companhias de seguros devem arcar com apenas uma pequena parte dos custos, deixando a maioria do prejuízo a ser coberta pelo governo e pela população, aponta o documento.

Em contrapartida, a conclusão do relatório é que o impacto da tragédia no crescimento japonês provavelmente será "temporário" e terá efeito "limitado" na economia regional.

'Esforço acelerado'

"A experiência passada do Japão sugere um esforço acelerado de reconstrução", diz comunicado do Banco Mundial. "Neste ponto, esperamos que o impacto econômico do desastre no leste asiático seja de razoável curta duração. No futuro imediato, o maior impacto será em comércio e finanças."

O relatório estima que a tragédia vai reduzir em 0,5 ponto percentual o crescimento econômico japonês de 2011, mas calcula que o país volte a crescer na segunda metade do ano.

Um problema-chave de curto prazo a ser combatido no país é a inflação, estimulada pelos aumentos nos preços de commodities e alimentos. Mas, diz o banco, "se o terremoto de Kobe serve como guia histórico, o comércio japonês foi reduzido por apenas alguns trimestres".(BBC)

Mundo está dividido sobre ação militar na Líbia


Divisão na OTAN

Os países da Otan encerraram a segunda-feira sem acordo sobre uma possível implicação da organização em operações na Líbia e voltarão a estudar a questão na terça-feira, indicaram fontes da Aliança.

"Ainda não foi tomada a decisão de atuar", reconheceram as fontes, que precisaram que "é uma questão complexa e queremos fazê-la direito".

Os embaixadores dos 28 países da Aliança se reunirão amanhã de novo, pelo quinto dia consecutivo, para tratar a situação na Líbia, concretamente o plano de operações para o cumprimento da zona de exclusão de voos sobre a Líbia e a direção de execução do embargo de armas ordenado pela ONU.

As reservas da Turquia (o único país muçulmano da organização) e da Alemanha a participar dos ataques que começaram na sexta-feira estão causando boa parte dos atrasos na hora de decidir o possível papel da Aliança, segundo indicaram diferentes fontes diplomáticas.

Outro fator de complicação é que vários países árabes que não pertencem à organização se comprometeram a apoiar as potências ocidentais.

A França assegurou nesta segunda-feira que a Liga Árabe não quer transferir a direção das operações à Aliança, que segue discutindo o que fazer.

As discussões na sede da Otan se desenvolvem enquanto ocorre uma série de movimentos diplomatas em países europeus e árabes.

O ministro de Exteriores francês, Alain Juppé, assinalou nesta segunda-feira que a Otan está preparada para oferecer seu apoio em "uns dias" à operação militar.

Juppé, que assistiu em Bruxelas a uma reunião de ministros de Exteriores da UE, afirmou que "muitos países desejariam passar a operação sob a bandeira da Otan", mas também ressaltou que "é preciso levar em conta a opinião dos países árabes".

A ministra de Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, ressaltou que a participação da Aliança "não é imprescindível", já que por enquanto a coalizão internacional conseguiu aplicar os termos da resolução 1973 aprovada na sexta-feira passada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger à população civil líbia.

Por sua parte, a Itália advertiu que se coloca a retomar o controle de suas bases militares, das que estão partindo aviões da coalizão internacional que ataca a Líbia, em caso do comando da operação não passar pelas mãos da Otan.

"Se há uma multiplicação de comandantes, o que seria um erro em si mesmo, teríamos que buscar fórmulas para que a Itália retome o controle de suas próprias estruturas", disse também em Bruxelas o ministro de Exteriores italiano, Franco Frattini.

Roma insiste que a Aliança Atlântica tome a direção da operação internacional, atualmente nas mãos dos Estados Unidos com o apoio da França e Reino Unido.

O mundo está dividido

A comunidade internacional está profundamente dividida na segunda-feira quanto à ação militar na Líbia, apenas alguns dias depois de a ONU ter aprovado uma resolução estabelecendo uma zona de exclusão aérea sobre o país, a qual permitiu ataques aéreos do Ocidente para proteger os civis das forças do líder líbio, Muammar Gaddafi.

Na votação sobre a zona de exclusão aérea no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, na quinta-feira, a Rússia e a China se abstiveram, mas fizeram críticas cortantes contra a operação. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, comparou a campanha aérea às "cruzadas medievais."

Essa linguagem altamente emotiva fez com que ele fosse fortemente censurado por seu ex-protegido, o atual presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, que disse que o país não iria tomar parte em nenhuma coalizão militar na Líbia, mas estava aberto a um papel na manutenção da paz.

As divisões na questão, também presentes no âmbito dos aliados europeus, Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e no mundo árabe, refletem distintas agendas domésticas e metas de política externa.

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, disse respeitar a resolução da ONU que autorizou a ação militar na Líbia, mas questionou no fim de semana a necessidade de bombardeios pesados que, segundo afirmou, mataram muitos civis.

"Nós respeitamos a resolução da ONU e não há conflito quanto a isso, especialmente por ter indicado que não haveria invasão, mas que protegeria os civis daquilo a que estão sujeitos em Benghazi", declarou Moussa.

A campanha aérea ocidental, liderada por França, Estados Unidos e Grã-Bretanha, dividiu os Estados membros da Otan. A Alemanha disse que as críticas da Liga Árabe à operação justificavam sua decisão de não se envolver.

"Nós calculamos os riscos. Se vemos que apenas três dias depois do início da intervenção, a Liga Árabe critica, acho que tivemos boas razões", afirmou a repórteres o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle. (Reuters)

Coalizão promove nova bateria de ataques na Líbia

Avião francês é derrubado

O governo da Líbia e testemunhas afirmara que a coalizão internacional promoveu novos bombardeios no fim da noite desta segunda-feira, 21, segundo o horário local, contra bases e tropas do ditador Muamar Kadafi. Além da capital, Trípoli, houve bombardeios em outros três locais durante a noite.

Fortes explosões foram ouvida em Trípoli, informou a televisão estatal. Os relatos foram confirmados por correspondentes de veículos da imprensa. Segundo a emissora, tratou-se de novos bombardeios das forças internacionais. Disparos de artilharia antiaérea foram ouvidos logo depois, às 21 horas (16 horas em Brasília). Os alvos estavam na região sul da capital.

Pouco tempo depois, um porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, afirmou que houve ataques da coalizão na cidade de Sebha, 750 quilômetros ao sul de Trípoli. O aeroporto de Sirte, cidade natal de Kadafi, também foi bombardeado, o que deixou "muitas vítimas", segundo o oficial. A cidade está 600 quilômetros a leste da capital.

Antes, outras cidades dominadas por Kadafi haviam sido bombardeadas. "Desde o sábado, a coalizão inimiga lançou ataques aéreos e disparou mísseis contra alvos em Trípoli, Zuwarah, Misrata, Sirte e Sebha, com ênfase especial em aeroportos", disse Ibrahim. Ainda segundo Ibrahim, a coalizão estrangeira também atacou "um pequeno porto pesqueiro" situado 27 quilômetros a oeste de Trípoli.

A base de Boussetta, situada a apenas 10 quilômetros de Trípoli, também foi alvo de ataques, de acordo com testemunhas. O local teria sido atacado às 21 horas locais. As fontes afirmaram ter ouvido explosões e ter visto chamas. (AE)

Apesar do temor, dekasseguis resistem


Pouco mais de uma semana após o terremoto e o tsunami que de­­vastaram a costa nordeste japonesa, a maior parte dos decasséguis, brasileiros que moram no país, permanece no Oriente, à espera de um período de recuperação. A decisão de ficar é tomada mesmo diante do medo de novos tremores e da radiação nuclear emitida pela Usina de Fukushima Daiichi.

A permanência se explica, em grande parte, porque muitos decasséguis – cerca de 85% do to­­­­tal, conforme estimativa da As­­sociação Brasileira de Dekas­­seguis (ABD) – vivem fora da área afetada pela catástrofe.

O presidente da ABD, Kiy­­oharu Miike, conta que os brasileiros que estão no Japão se adaptaram ao país e pensam muito antes de deixar o que conquistaram. “Se não ocorrer mais nada de grave, acho difícil haver um grande êxodo. Mas, podemos dizer que, no Japão, o futuro é o dia seguinte. O país vive uma situação que ainda não está encerrada”.

A ABD, com sede em Curitiba, estima que cerca de 255 mil decasséguis estejam no Japão e que, destes, pelo menos 30 mil sejam paranaenses.

Retorno

O consultor do Sebrae e coordenador do projeto “Dekassegui Em­­pre­­endedor”, Marcos Auré­­lio Gonçalves, confirma que o número de brasileiros que retornaram do Japão nos últimos dias ainda não é significativo. “No ano passado, tivemos uma média mensal de 900 pessoas voltando ao Brasil. Houve um pequeno incremento neste mês, diante de toda a situação. Mas não acredito que ocorra um fluxo como em 2009, quando tivemos o pico de 12 mil brasileiros deixando o Japão em um único mês, por conta da crise econômica”, lembra Gonçalves.

O consultor reconhece, po­­rém, que a preocupação aumentou dentro da comunidade. “À medida que crescem os riscos do acidente nuclear, cada vez mais brasileiros ficam apreensivos e pensam na possibilidade de voltar”, diz Gonçalves, que mantém contato diário com vários trabalhadores que estão no Japão.

Outro fator que colaborou para aumentar o medo foi o tremor de nível 6 na escala Richter, registrado terça-feira (15), na região de Shizuoka (a 120 quilômetros de Tóquio), onde residem vários brasileiros.

Insistência

Entre os imigrantes que não planejam retornar ao Brasil está Fernando Saito, de 39 anos , que vive em Izumo na província de Shimane, região ao sul do Japão e que não foi afetada pelo terremoto e pelo tsunami. Ele informou que a situação no local segue praticamente normal, a não ser pela possibilidade de racionamento de energia elétrica e pela falta de água e de alguns alimentos nos supermercados.

Depois da tragédia, os irmãos de Saito que vivem no Brasil pediram para que ele deixasse o país. “Eles ficaram preocupados, mas não adianta entrar em desespero. Além disso, voltar ao Brasil e fazer o quê? Enquanto não tiver na­­da definido por aqui, voltar não faz parte do meu pensamento”, afirma o decasségui, que é de Terra Boa, a 75 quilômetros de Ma­­ringá, e está no Japão há três anos.

Procura por trabalho no Japão diminui 90% após tragédia

O caos que atingiu o arquipélago japonês também gerou reflexos na procura por trabalho no país do sol nascente. No Paraná, algumas agências especializadas em empregar brasileiros no Japão estão registrando queda na busca por vagas. De acordo com Kleber Aryoshi, diretor da Itiban, de Maringá, a procura caiu aproximadamente 90% na semana passada.

“O pessoal está muito assustado com a radiação. Pelo menos 20% dos que já estavam com embarque agendado adiaram a viagem para o mês que vem, por medida de precaução”, explica. Além disso, Aryoshi conta que 10% das fábricas japonesas também pediram para segurar os novos trabalhadores até o mês de abril.

Em Londrina, a agência Japan Tech também sentiu a influência da catástrofe. “De cada dez que ligavam buscando vagas, pelo menos três não estão nos procurando. A gente sente que o pessoal está com um pé atrás, principalmente porque ficam preocupados com o que está sendo divulgado pela mídia. Mas temos vagas disponíveis e as empreiteiras japonesas estão precisando de mão de obra”, informou a gerente da unidade, Mirian Ota.

De acordo com dados divulgados pelo projeto “Dekassegui Empreendedor” do Sebrae, em média 1,8 mil trabalhadores brasileiros se mudaram para o Japão todos os meses no ano passado. Dessa quantia, 50% são do estado de São Paulo e 30%, do Paraná.

Reconstrução voltará a atrair brasileiros nos próximos meses

Enquanto muitos encaram a situação do Japão com temor, há também quem veja o momento como oportunidade para a recuperação econômica do país.

É o caso de Israel Pereira da Silva, de Porto Rico, a cerca de 170­­ quilômetros de Maringá, que na segunda-feira voltará ao Japão, após dois anos.

Ele estava entre os trabalhadores que abandonaram o país por conta da crise econômica. Con­­fiante, acredita em dias melhores. “Aqui eu estava parado, com dificuldade para achar emprego. Então, decidi retornar”, explica Silva, que vai atuar em uma indústria de alimentos.

O coordenador do projeto do Sebrae “Dekassegui Empre­­ende­­dor”, Marcos Aurélio Gon­­çalves, acredita em uma nova onda de imigração nos próximos meses. “O que, num primeiro momento, pode significar desemprego, a médio e longo prazo representará procura por trabalhadores estrangeiros. Serão necessários investimentos públicos e privados para a reconstrução do Japão, o que vai aquecer a economia”, afirmou o consultor.

O otimismo também é compartilhado pelo diretor da agência de trabalho Itiban, Kleber Aryoshi. “Essa preocupação existente no momento é algo provisório. A procura por trabalho deve aumentar, porque eles vão precisar de mão de obra para reconstruir as cidades. Foi assim após o terremoto que destruiu Kobe em 1995”. (GM)

Traição, a irmã da mentira



Ela é o rompimento ou violação de um compromisso firmado, o que produz conflitos éticos e morais entre indivíduos e organizações. A traição é a ruptura completa com a decisão anteriormente tomada, que tinha sido calcada em um relacionamento de confiança.




CORDEL:

A TRAIÇÃO UM DIA PEGA O TRAIDOR

Agora estão dizendo
que Judas nunca traiu
que o beijo que ele deu
pra boa causa serviu
é que esquecem que foi por causa deste beijo
que a porta do inferno para ele se abriu.

É tudo conveniência
a historia é de quem a faz,
nela o traído até parece o satanás
e usando da força do ouro
tentam calar quem fala mais.

Para alguns o ouro
a verdade não se cala nem por dó
Para outros o sentimento maior
é ´pelo brilho do ouro em pó.

Vamos abrir as janelas
de nossa compreensão
deixar que a história mostre
as verdades de então
pois para o traidor interessa
é que a verdade não aflore não.

Muita água vai rolar
debaixo de muita ponte
se faltar rio pra isso
olhe bem pro horizonte
escute o que tou dizendo
e peça que a verdade eu lhe conte.

Uma hora ou outra
a verdade se fará presente
e aquele que traiu
desmascarado ficará demente,
pois a verdade nesta vida é um funil
que a todos não se faz ausente.

O PLANTADOR


Geraldo Vandré

Quanto mais eu ando, mais vejo estrada
mas se eu não caminho eu não sou é nada
se tenho a poeira como companheira
faço da poeira meu camarada
se tenho a poeira como companheira
faço da poeira meu camarada

O dono quer ver a terra plantada
diz de mim que vou pela longa estrada
deixem-no morrer, não lhe dêem água
que ele é preguiçoso e não planta nada
deixem-no morrer, não lhe dêem água
que ele é preguiçoso e não planta nada

Eu que plantei muito e não tenho nada
ouço tudo e calo na caminhada
deixe que ele diga que sou preguiçoso
mas não planto em tempo que é de queimada
deixe que ele diga que sou preguiçoso
mas não planto em tempo que é de queimada

Roteiro


Sidónio Muralha

Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se caráter custa caro
pago o preço.

Pago embora seja raro.
mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.

Um rio, só se for claro.
Correr sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se caráter custa caro
pago o preço.

O JOÃO DO VALE E A MÚSICA SOBRE O INCÊNDIO QUE FLAGELOU O PARANÁ



No ano de 1963 o Estado do Paraná foi assolado por um dos maiores incêndios florestais que se tem notícias. Chamou-se naquela época tal evento de Paraná em Flagelo. Foram queimados aproximadamente 2.000.000 ha entre plantações, florestas e campos, tendo ainda o trágico saldo de 73 mortes, cerca de 4.000 residências queimadas, desabrigando 5.700 famílias. João do Vale compôs esta musica.

Fogo No Paraná

João do Vale

Seu Zé Paraíba / Seu Zé das "criança"
Foi pro Paraná / Cheio de esperança
Levou a "muié" / E seis barrigudinhos
Pedro, Joca e Mané / Severina, Zefa e Toinho...

No norte do Paraná / Todo serviço enfrentou
Batendo enchada no chão / Mostrou que tinha valor
Dois anos de bom trabalho / Até cavalo comprou

A meninada crescia / Rosbusta e muito animada
A "muié" sempre dizia: / "Ninguem 'tá' com pança inchada"
Tudo igualzinho a sulista / De buchechinha rosada

Se nordestino é pesado / É do ofício cavar
É como diz o ditado: / "Corda só quebra no fraco
Deus quando dá a farinha / O diabo vem e rasga o saco"

Aquele fogo maldito / Que o Paraná quase engole
José brigava com ele / Acompanhado da prole
Vosmecê fique sabendo / Que José nunca foi mole

Depois de tudo perdido / José voltou pro ranchinho
Foi conferir os "menino" / Tava faltando Toinho
Voltou em cima do rastro / Gritando pelo caminho

Cadê Toinho...
Cadê Toinho...
Responde Toinho...

TRABALHO SEMI-ESCRAVO NA CONSTRUÇÃO DE USINA: ‘Gatos’ contratam mão de obra para usina de Jirau


As construtoras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recorrem às mesmas práticas de recrutamento de trabalhadores dos tempos do "Brasil Grande", nos anos 70, quando o País viveu um surto de desenvolvimento econômico no período do regime militar (1964-1985).

As vagas dos canteiros de obras da usina hidrelétrica de Jirau, paralisadas depois de um quebra-quebra promovido pelos operários, foram preenchidas, nos últimos meses, por migrantes que receberam promessas de "gatos" para enfrentar mais de três dias em ônibus precários das cidades nordestinas até as margens do Rio Madeira.

A história de um dos "gatos", pagos para recrutar pessoal sem qualificação em sítios e povoados do sertão, ganhou status de lenda, tamanho o ódio que desperta nos que se aventuraram em busca do "Eldorado" de Rondônia. Os operários falam de um "Antônio Carlos", de boa conversa, que "engana direitinho o pessoal". Ninguém sabe o nome completo ou o endereço dele.

Os "Antônios" com sobrenome e demais dados de identificação são os que aparecem nas filas de reclamação. "Ele cumpriu o trato de garantir merenda na viagem, mas até agora não recebi os R$ 120 que prometeu quando a gente chegasse aqui", queixou-se o operário Antônio Raimundo Pinho da Silva, 48 anos, um dos que deixaram o alojamento da Jauru Engenharia, na madrugada de quinta-feira, após a revolta. O incêndio teria sido provocado por funcionários da Camargo Corrêa revoltados com o valor dos benefícios.

De Parnarama, a família do operário já acreditou ou teve de confiar em outros "gatos". O pai, tios e conterrâneos de Antônio Raimundo foram deslocados do Maranhão para as matas do Pará, nos anos 1970, para trabalhar nas obras da hidrelétrica de Tucuruí e da rodovia Transnordestina. Aos 18 anos, Antônio Raimundo era um dos milhares de maranhenses que atravessaram o rio Tocantins para se aventurar no garimpo de ouro de Serra Pelada. Ele não se lembra do nome do "gato" que o levou para uma frente de extração do garimpo, mas cita histórias de ordem e rigidez dentro da mina.

Longe do tempo em que ecoava a frase "a economia vai bem, mas o povo vai mal", nos anos do milagre econômico do governo Médici (1969-1974), época em que o salário real ficava bem longe dos números de aumento do Produto Interno Bruto (PIB), o País ainda enfrenta o desafio das relações de trabalho. O operário paraense Antônio César Souza da Silva, 34 anos, de Belém, reclama que o "gato", quando chegou para conversar com o pessoal num bairro da periferia da capital paraense, não disse que em Jirau havia seguranças dispostos a espancar quem entrasse alcoolizado no alojamento nem quem desrespeitasse filas no refeitório e banheiros.

"Os seguranças não sabiam conversar. Nos finais de semana, quando o pessoal passava um pouquinho da conta na bebida, eles tratavam os bêbados na pancada, como vagabundos", relata Antônio César. "Eu não sabia que a obra era uma panela difícil para sair", diz. Antônio afirma que, ainda em Belém, assinou "contrato de comprometimento" com o "gato" em que abriria mão de qualquer benefício se deixasse as obras de Jirau antes de três meses. "Se sai antes de 90 dias, a volta é por sua conta".

Os operários tentam prolongar a permanência nos canteiros e esperar o cumprimento do prazo do contrato para deixarem Rondônia. "Se sair antes, não pega nem o seguro desemprego", reclama José Francisco Soares, 29, de Imperatriz.

No povoado de Jacy-Paraná, transformado do dia para a noite na maior "fofoca" do complexo do Jirau - reduto de jogos, bares e mulheres -, a maioria dos operários costuma ir nos finais de semana e os momentos de folga. Pelo acordo firmado ainda pelo "gato", eles têm direito à "embaixada", isto é, a uma visita de cinco dias à família, com transporte pago, a cada quatro meses de trabalho.

Muitos dos operários sonham em ir para os canteiros da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. É o caso do maranhense Rafael Mendes Pereira. "Aqui, em Rondônia, é um inferno. Pelo menos, em Belo Monte, a gente vai estar mais perto de casa", afirma. "Os encarregados no Jirau acham que só porque usam fardas amarelas podem agredir as pessoas." (AE)

Centrais Sindicais e sindicato lutam por tratamento digno aos trabalhadores de Jirau.

Operários começam a retornar aos seus lares

O conflito

Queima de ônibus, destruição de alojamentos, entre outros – tiveram como estopim um trabalhador contratado diretamente pela empresa ter sido agredido violentamente, segundo o sindicato, por seguranças. Esse teria sido o ápice numa situação de insatisfação que se estendia há muito tempo, em função de más condições de trabalho (baixos salários,atraso nos pagamentos,não pagamento das horas extras, péssimas condições de alojamento, etc.) e acordos não cumpridos.

A Camargo Corrêa informou que cerca de 50 ônibus estão levando os 19 mil trabalhadores dos canteiros de obras da Usina de Jirau, no Rio Madeira, para Porto Velho, capital de Rondônia, que fica a 130 km. O esvaziamento da usina e a paralisação das obras foram medidas necessárias por causa do clima de violência que tomou conta do local desde a terça-feira, quando os operários revoltados queimaram ônibus e destruíram instalações, em represália à truculência dos seguranças da empresa.

Segundo a Camargo Corrêa, em Porto Velho, os trabalhadores ficarão alojados num local com capacidade para 10 mil pessoas, onde é realizada a Feira da Indústria do Sesi. Também estão sendo providenciadas colchonetes e 20 mil refeições, já que com a destruição do refeitório do canteiro de obras, os operários ficaram o dia todo sem comer. A empresa também liberou uma linha telefônica para dar informações aos trabalhadores e seus operários: 0800 9400810.

A revolta provocou um êxodo de 22 mil trabalhadores (19 mil da Camargo Correa e 2 mil terceirizados). Ao longo da BR-364, que chegou a ser fechada, centenas de operários caminhavam ontem com malas nas costas, abandonando seus postos de trabalho. A situação ficou ainda mais tensa com a convocação de trabalhadores para voltar ao canteiro de obras.

Japão suspende exportação de alguns alimentos, diz WSJ

Níveis de contaminação por radiação

O governo do Japão está tentando evitar que produtos agrícolas contaminados cheguem até os consumidores, conforme reportagem do Wall Street Journal. Depois da identificação de uma série de casos de comida e água contendo materiais radioativos numa área maior do que a atingida pelo recente vazamento no complexo nuclear de Fukushima - consequência dos recentes terremoto e tsunami -, o governo ordenou nesta segunda-feira que as províncias de Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma suspendam os embarques de espinafre e canola. A radiação superou os limites permitidos em alguns produtos. O país também proibiu as vendas de leite produzido em Fukushima. Suspeita-se que a usina nuclear Tokyo Electric Power, em Dai-ichi, seja a fonte das contaminações de alimentos.

Segundo o secretário-chefe de gabinete, Yukio Edano, "especialistas concordam que consumir esses alimentos em algumas ocasiões não causa impacto na saúde. Portanto, pedimos às pessoas que respondam calmamente, sem reação excessiva (ao alerta do governo)". Ele explicou que "se pode consumir os produtos já distribuídos e não haverá impacto adverso na saúde".

Alimentos contaminados já chegaram a Tóquio. Foram detectados níveis acima do padrão de iodina-131 no vegetal folhoso shungiku, ou garland chrysanthemum, vendido na capital. A província de Fukushima também emitiu alerta nesta segunda-feira para os níveis elevados de radiação na água encanada. Moradores do vilarejo de Iitatemura, em Fukushima, foram recomendados a não beber água, por precaução. Foi encontrado mais de três vezes o nível máximo recomendável de iodina na água potável.

O governo encontrou água contaminada em outras nove províncias nesta segunda-feira. Um porta-voz esclareceu que a radiação não pode ser filtrada ou tratada. "A grande questão é que a quantidade não representa risco imediato à saúde", declarou uma autoridade do ministério da saúde, ponderando que o risco maior está em consumir água contaminada durante um período prolongado. Um nível elevado de radioatividade foi detectado ontem em leite coletado em quatro locais de Fukushima, além de uma amostra de espinafre de Ibaraki. O governo decidiu restringir as vendas, temendo que esses a contaminação perdure por um longo tempo e ameace a saúde humana.

O Japão não é um grande exportador agrícola, o que leva a crer que a contaminação continuará sendo uma questão interna. Maior parceira comercial do Japão, a China importou apenas US$ 593 milhões em produtos agrícolas japoneses no ano passado. Mesmo assim, muitos países já estão avaliando os produtos importados do Japão, temendo a contaminação. Hoje, Taiwan, Índia, Coreia do Sul e Austrália anunciaram o início de testes nos produtos japoneses. (Dow Jones)

Ban é obrigado a se esconder de militantes contra a intervenção na sede da Liga Árabe

Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se viu nesta segunda-feira, 21, obrigado a se refugiar na sede da Liga Árabe depois que vários manifestantes o impediram de sair do edifício, situado junto à praça Tahrir, no Cairo.

Diante desta situação, Ban não conseguiu sair do edifício pelo acesso principal e teve que ser retirado por outra saída na qual também havia vários manifestantes.

Moussa, secretário-geral da Liga Árabe,disse:

"Respeitamos a resolução do Conselho de Segurança e não temos nada contra ela, sobretudo porque diz não à invasão e à ocupação dos territórios líbios.

O que acontece na Líbia é diferente do objetivo da ONU de impor uma zona de exclusão aérea, o que queremos é proteger os civis e não bombardeá-los".

Crise no Iêmen se agrava e ditador perde apoio no governo e no Exército

Militar é carregado pela multidão após desertar.

O ditador iemenita, Ali Abdullah Saleh, perdeu apoios importantes nesta segunda-feira, 21, dentro do governo. O número dois do Exército, general Mohamed Ali Mohsen, anunciou em um vídeo publicado na rede de TV Al-Jazira que aderiu à revolução popular. 30 deputados do partido de Saleh abandonaram o governo, ainda de acordo com o canal.

Além de Mohsen, mais dois generais - Mohammed Ali al-Ahmar, comandante do leste, e Hamid al-Qosheibi, da região de Amran, se juntaram aos revoltosos. "Anunciamos nosso apoio pacífico à revolução dos jovens e executaremos nosso dever de garantir a segurança e a estabilidade da capital", disse Mohsen. "O Iêmen enfrenta uma grave crise, resultado de práticas ilegais e inconstitucionais".

O ministro da Defesa iemenita, no entanto, permanece leal a Saleh. "As forças armadas permanecerão fiéis ao juramento que fizeram ante Deus, a nação e à liderança política do presidente Ali Abdullah Saleh", disse . "Não permitiremos de maneira alguma uma tentativa de golpe contra nossa democracia e a Constituição".

Tanques do Exército estão a caminho da capital Sanaa, para proteger os opositores, que há mais de um mês protestam pela renúncia de Saleh. Na última sexta-feira, ao menos 51 pessoas morreram na repressão às manifestações após Saleh decretar estado de emergência no país. No domingo, o presidente demitiu o gabinete, para tentar amenizar os protestos.

Saleh governa o Iêmen desde 1979, quando o país ainda era dividido entre norte e sul. Após a unificação, ele se manteve no poder com o apoio dos EUA. (Agências)

Operação militar na Líbia se estendem pelo terceiro dia e vários países começam a criticá-la

Manifestação ocorrida em frente da Liga Árabe

A França retomou, nesta segunda-feira (21), pelo terceiro dia seguido, as operações militares na Líbia contra o regime do ditador Muammar Khadafi. O governo francês informou que seus caças levantaram voo logo de manhã cedo, mas não disse que tipo de ação militar foi planejada. O anúncio foi feito pouco antes de se instalar uma discussão na União Europeia (UE) sobre a legitimidade dos ataques aliados - dos 27 países membros do bloco, Alemanha e Itália são os únicos que se posicionaram contra a intervenção no país africano.

Segundo o ministro dos Exteriores alemão, Guido Westerwelle, uma intervenção militar não era necessária e a própria Liga Árabe não apoiaria as ações tomadas pelos aliados. No último domingo, o secretário-geral da Liga fez um pronunciamento em que se disse insatisfeito com as operações, tendo alegado que são “diferente do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea”, o que era, inicialmente, a proposta da Organização das Nações Unidas (ONU), Estados Unidos, UE e da própria Liga.

"Nós decidimos não participar, calculamos os riscos e três dias depois a Liga Árabe já critica a intervenção. Acho que tínhamos razão", afirmou Westerwelle.

"Dissemos que não é preciso nenhuma operação militar", afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que pediu relatórios completos do que está se passando no país norte-africano.

As operações militares são encabeçadas por França, Reino Unido e EUA, e já geraram críticas de alguns outros países - além de Itália e Alemanha, a Turquia e a Rússia também se mostraram contra os ataques aéreos. Desde o último sábado, caças desses três países sobrevoam a Líbia e atacam forças aliadas de Khadafi alegando que estão evitando um massacre dos civis líbios.

O embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Dmitri Rogozin, afirmou porém que "os ataques contra instalações que não são relacionadas com a aviação saem dos objetivos assinalados e não correspondem com a resolução do Conselho de Segurança".

A Liga Árabe também não acredita que a intervenção na Líbia esteja de acordo com a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU. "O que acontece na Líbia é diferente do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea, o que queremos é proteger os civis e não bombardeá-los", afirmou Moussa.

O governo francês marcou para às 17h30 de segunda uma coletiva de imprensa para detalhar as operações e justificar mais um dia de ações militares. (LH)

IML, MAIS UMA HERANÇA MALDITA DO GOVERNO REQUIÃO/PESSUTI:Reinaldo de Almeida César disse que em 60 dias quer colocar o IML em ordem

A caótica situação do Instituto Médico Legal de Curitiba foi o tema de entrevista coletiva com o Secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, na manhã desta segunda-feira (21). O secretário prometeu, dentre outras coisas, a construção de uma sede própria do IML de Curitiba, orçada em R$ 15 milhões, além da compra de pelo menos 25 viaturas novas para o instituto.

“Vamos construir a sede própria do IML de Curitiba, não é possível que o trabalho continue assim, faremos em caráter emergencial com obras orçadas em R$ 15 milhões. Também vamos fazer novas sedes em Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, além de novas unidades com investimento em equipamentos em Paranavaí, Toledo”, explicou o secretário.


Quando o assunto foi o IML de Curitiba, Reinaldo de Almeida foi taxativo. “É um estado de desmonte onde faltam peritos, auxiliares de necropsia, tudo. Será um trabalho em caráter emergencial, também faremos abertura de concurso público para a contratação de pessoal”, afirmou ele. Questionado sobre a situação das câmeras mortuárias, o secretário afirmou que medidas já estão sendo tomadas. “É necessário entender o porquê dessa situação nas câmaras frias. É uma cadeira produtiva, muitos corpos ficam presos por não serem reconhecidos e nós precisamos ter alvará judicial para o enterro, além do espaço físico, estamos trabalhando nisso. Hoje promovemos o enterro de 15 destes corpos, com coleta de DNA para não perder a identidade, já na quinta-feira (31) próxima faremos o enterro de mais 50 corpos, para zerar este passivo. Para que os corpos sejam sempre devidamente tratados”, concluiu.

O Secretário acredita que em 60 dias todas as medidas emergências serão tomadas e o IML passara a funcionar como deveria. (Banda B)

Comunidade em Curitiba realiza culto para as vítimas da tragédia no Japão

Um culto ecumênico em memória às vítimas do terremoto e tsunami que atingiram o Japão reuniu cerca de 500 pessoas neste sábado, na Praça do Japão. A cerimônia, organizada pelo Nikkei Clube de Curitiba, foi celebrada por representantes da Igreja Católica, evangélicos e budistas. Após o evento, um grupo dobrou mil origamis simbolizando o desejo de recuperação rápida do país e a transmissão do sentimento de força aos japoneses. Pela cultura nipônica, acredita-se que pela mentalização dos pedidos eles poderão ser realizados. Além desta homenagem, o Consulado Geral do Japão em Curitiba abriu um livro de registros de condolência para os paranaenses que quiserem manifestar os seus sentimentos. O consulado está instalado no Shopping Itália, na Rua Marechal Deodoro, 630, 18º andar. O livro está disponível das 10 h às 11h30 e das 14 às 17 h, até quarta-feira. (GP)

Duas pessoas são resgatadas nove dias após tsunami

Dois sobreviventes, uma senhora idosa e um garoto, foram resgatados hoje dos escombros na devastada cidade de Ishinomaki, no Japão, nove dias depois do terremoto e tsunami que atingiram o país, informou o departamento de polícia local.

"Uma mulher de 80 anos e um garoto de 16 anos foram encontrados sob os escombros", disse um porta-voz da polícia. "A temperatura deles estava bastante baixa, mas eles estavam conscientes. Os detalhes da condição dos dois não são conhecidos, mas eles já foram resgatados e levados ao hospital", acrescentou. (AE)

Indo contra e além das resoluções da ONU, bombardeio atingiu prédio de Kadafi


Um prédio administrativo de quatro andares integrante do complexo residencial do ditador da Líbia, Muamar Kadafi, localizado no bairro de Bab el Aziziya, foi atingido ontem por um míssil, de acordo com agências internacionais de notícias. O prédio, situado a cerca de 50 metros da tenda onde Kadafi costuma receber seus convidados importantes, ficou destruído.

Também no domingo, o ditador líbio havia prometido uma “longa guerra” contra a força internacional. Mais tarde, um porta-voz líbio pediu o cessar-fogo, mas foi ignorado pelo exército dos Estados Unidos.

Segundo a rede de tevê árabe Al Jazeera, as forças aliadas retomaram os ataques sobre a capital líbia na noite de ontem, enquanto as forças de Kadafi responderam com disparos de artilharia antiaérea.

A emissora divulgou ao vivo imagens dos ataques nas quais era possível ver projéteis riscando o céu de Trípoli, e afirmou que os disparos da artilharia antiaérea procediam do palácio residencial de Kadafi, embora não tenha dito quais eram os alvos dos ataques.

Militares norte-americanos informaram que 112 mísseis Tomahawk já foram disparados contra mais de 20 alvos. A televisão estatal líbia disse que 48 pessoas foram mortas e 150 ficaram feridas no bombardeio. O número foi confirmado mais tarde pela chancelaria da Rússia.

A televisão líbia afirma que muitas crianças estão entre os mortos e feridos, mas não deu maiores detalhes. O Pentágono negou que civis tenham sido atingidos e mortos. O bombardeio prosseguia na noite de ontem, com o barulho de explosões em Trípoli. Já os insurgentes, em Benghazi, informaram que 94 pessoas foram mortas nos ataques lançados na sexta-feira e no sábado por forças leais a Kadafi. Os insurgentes controlam Ben­ghazi, mas a situação é mais incerta na cidade de Misurata, onde as forças de Kadafi atacaram durante grande parte do domingo.

O líder líbio disse que seu país foi “traído” pelos EUA, Grã-Bretanha, França e Itália. Pelo menos 18 caças norte-americanos F-15 e F-16 participaram dos bombardeios contra Trípoli, controlada por Kadafi, e contra os arredores de Benghazi e de Misurata, respectivamente a segunda e a terceira maiores cidades do país, controladas pelos insurgentes, mas cercadas pelas forças do governante.

A Academia da Força Aérea da Líbia, nos arredores de Misurata e que estava sob o controle de Kadafi, foi um dos locais bombardeados.

Impasse

O almirante Mike Mullen, chefe de Estado Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, disse que uma zona de exclusão aérea “foi efetivamente estabelecida” sobre a Líbia. Mullen alertou, contudo, que a derrubada de Kadafi não é o objetivo previsto na resolução aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Por isso, afirma, é provável que ocorra um “impasse” e que Kadafi continue no poder.

Em Benghazi, a capital dos insurgentes e primeira cidade a cair na revolta que começou em 15 de fevereiro, os moradores disseram que os bombardeios ocidentais começaram “na última hora”. Soldados e tanques de Kadafi já estavam nos subúrbios da cidade no sábado, quando começaram os bombardeios, desfechados então pelos caças Raffale e Mirage da França. (AE)

Após massacres o presidente do Iêmen demite gabinete; protestos crescem

O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, demitiu hoje todo o gabinete de governo, em meio à escalada das manifestações que exigem a renúncia do mandatário. Saleh demitiu o gabinete logo após sua própria tribo, a Hashed, ter pedido que ele deixe a presidência.

Na sexta-feira da semana passada, sob ordens do governo, francoatiradores e policiais dispararam contra uma multidão que fazia uma manifestação na capital, Sanaa, matando 46 pessoas, incluindo 3 crianças. Os protestos no Iêmen, que começaram em janeiro, já deixaram mais de 100 pessoas mortas. Saleh governa o país da Península Arábica, um dos mais pobres do mundo árabe, há 32 anos.

A carnificina de sexta-feira atraiu protestos no país inteiro e no exterior, inclusive dos Estados Unidos, que apoiam o governo de Saleh com centenas de milhões de dólares para combater a rede extremista Al-Qaeda. Alguns dos mais importantes líderes religiosos do país árabe se juntaram à oposição neste domingo e pediram a renúncia de Saleh.

"No meu ponto de vista, esse é um jogo que está no final", disse Salman Shaik, diretor do Bronkings Doha Center. Agora, partidos da oposição, jovens manifestantes e as tribos mais poderosas pedem a renúncia de Saleh. "Toda a oposição, formada por elementos díspares, pede em conjunto que ele renuncie", disse Shaik. "É uma coalizão irresistível", acredita.(AE)

Falta de material marca início da eleição no Haiti

Atrasos e falta de material atrapalharam o início da votação deste domingo no Haiti, no segundo turno das eleições presidenciais. Doadores internacionais esperam que o pleito possa produzir um governo estável, que leve o país à recuperação, após o terremoto do ano passado.

O início da votação na capital Porto Príncipe causou irritação e frustração entre eleitores e preocupação para as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA), que buscam evitar o caos e as alegações de fraude do primeiro turno realizado em novembro.

Zonas eleitorais na capital não puderam abrir no horário porque não tinham tinta, cédulas, etiquetas e, em alguns casos, as próprias urnas, segundo testemunhas. Observadores internacionais avaliam a extensão dos problemas.

Os 4,7 milhões de eleitores irão escolher entre um político novato, o cantor Michel Martelly, 50, e a ex-primeira-dama e professora Mirlande Manigat, 70.

O presidente Rene Preval fez um apelo por calma. "Espero que tudo corra bem para que possamos eleger um presidente para me substituir."

Em zonas eleitorais com a votação atrasada, eleitores protestaram e depois aplaudiram quando os materiais que faltavam chegaram.

Soldados brasileiros das tropas das Nações Unidas e a polícia hatitiana fazem a segurança das zonas eleitorais na capital.

A volta do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide do exílio na sexta-feira deve fazer parte dos pensamentos de muitos dos eleitores haitianos. Aristide ainda tem muitos seguidores no Haiti, mas assessores afirmam que ele vai ficar de fora da vida política. (Reuters)

Egípcios aprovam mudanças na Constituição, confirma autoridade

A maioria dos egípcios que votaram em um referendo aprovaram mudanças constitucionais que permitirão a passagem do domínio militar para eleições democráticas, anunciou uma autoridade judicial neste domingo (20). As eleições parlamentares podem ser convocadas em setembro.

Mohammed Ahmed Attiyah, diretor do Comitê Supremo Judicial que supervisionou o referendo, disse a jornalistas que 77 por cento das mais de 18,5 milhões de pessoas que votaram aprovaram as mudanças. O comparecimento às urnas foi de 41,2 por cento, entre 45 milhões de eleitores, disse ele.

A Irmandade Muçulmana e dissidentes do partido do ex-presidente Hosni Mubarak pediram votos pelo "sim", e analistas disseram que eles serão os mais beneficiados em uma eleição próxima. Reformistas pediram votos pelo "não", dizendo que queriam uma reformulação da Constituição. (Reuters)

Herança maldita do governo Requião/Pessuti: Paraná confirma mais três mortes por causa da dengue

Mais três mortes ocasionadas pela dengue foram confirmadas no Paraná nesta segunda-feira (21). Os óbitos foram registrados na região de Jacarezinho, no Norte do estado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Ao todo, a doença já causou nove mortes no estado em 2011 - todas nas regiões de Londrina (2) e Jacarezinho (7). O último boletim da Sesa apresentou os casos e óbitos confirmados até a última sexta-feira (18).

Segundo a Sesa, o Paraná tem 4.532 casos confirmados de dengue, desses 4.389 são autóctones e 143 são importados (fora do estado). Os casos concentram-se em Londrina (2.085), Jacarezinho (575), Foz do Iguaçu (484) e Cornélio Procópio (413). O novo boletim dava conta de que outros 23.540 casos são suspeitos.

Além disso, havia alto risco de surto de dengue em São Miguel do Iguaçu, Florestópolis, Astorga, Cambé,Leópolis, Bela Vista do Paraíso, Maripá, Medianeira, Marialva, Paiçandu, Cascavel e Sarandi.

Cuidados para evitar a dengue:

- Não deixe água parada acumular em garrafas da água, pneus e vasos de plantas;

- Tampe piscinas e caixas de água;

- Troque periodicamente a água dos animais;

- Tenha cuidado com qualquer lugar que possa acumular água (ralos de pia e chuveiro, tanques, calçadas, latas de lixo, entre outros.

Bomba explode no Chile antes de visita de Obama

Uma bomba pequena explodiu nesta segunda-feira (21) em Viña del Mar, cidade do litoral do Chile, a cerca de 120 quilômetros de Santiago. O presidente dos Estados Unidos chegará hoje à capital após passagem pelo Brasil. Segundo a polícia do Chile, a bomba explodiu em um instituto cultural norte-americano, destruiu algumas janelas e não deixou feridos.

Até o fim da manhã (horário de Brasília), nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque ao Instituto Chileno-Norteamericano de Cultura, onde são ministradas aulas de inglês e há uma biblioteca com livros nesse idioma.

A visita de Barack Obama vai concentrar suas atividades em Santiago e é feita sob forte esquema de segurança, com francoatiradores e mais de 2 mil policiais enviados à capital chilena. (AE)

PMs da Rota são filmados ao misturar droga em tambor em SP



Imagens das câmeras de segurança de um depósito para materiais de construção colocaram em dúvida a atuação de oito policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tida como a tropa de elite da PM paulista, e foram usadas na revogação da prisão de quatro suspeitos de tráfico de drogas.

Os PMs foram filmados ao misturar num tambor um pó branco que disseram ser cocaína. Com base nas imagens, a Corregedoria da PM investiga a quantidade de droga apresentada pelos homens da Rota à Polícia Civil, se eles pegaram ou não parte do pó branco e também o grau de pureza do material.

Dos 19 PMs que estiveram na depósito, 3 são oficiais. Oito foram filmados ao misturar o pó branco no tambor. Eles dizem que o pó eram 17,5 kg de cocaína.

Pela lei, os PMs deviam ter preservado o local e a maneira como o pó branco foi encontrado. Para a Justiça, as imagens deixaram dúvida sobre a "materialidade" do crime de tráfico de drogas imputado aos quatro acusados pelos policiais da Rota.

Os PMs disseram à Polícia Civil ter apreendido o pó branco em uma mala que seria dos quatro acusados por eles de tráfico de drogas.

Os outros 11 PMs são investigados por acobertar os demais na operação de 20 de outubro de 2009, no Parque Santa Madalena (zona leste).

Em maio de 2010, o Tribunal de Justiça enviou as imagens para o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, para que ele tomasse providências.

Os PMs gravados ao misturar o pó branco são o segundo-tenente Phelipe Barreto Regonato, o subtenente Sérgio Antonio Soares Santana, o cabo Andrews da Silva e os soldados José Bezerra Leite, Elenilton Alves Gomes, Aleixo Romano Cesário, Silvio Leal Carvalho e André Luiz de Oliveira Júnior.

A Folha tentou falar com os PMs e com o comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, mas ninguém quis comentar o caso. A corporação também se recusou a informar se eles foram afastados das ruas.

Abastecimento de água é parcialmente retomado em Antonina e Paranaguá

O abastecimento de água em Antonina, no litoral do Paraná, foi retomado na manhã desta segunda-feira (21). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a bomba responsável pela distribuição, que passou por problemas no fim de semana, foi novamente consertada no domingo e a água passou a ser envida por volta da 1 hora desta segunda-feira (21).

Apesar do Corpo de Bombeiros informar que a água era enviada a todo o município, moradores de Antonina informaram que faltava água em alguns bairros, como no Quilômetro 4.

A bomba havia estourado na madrugada de domingo, pouco tempo depois de ter sido consertada na noite de sábado. Um ponto tinha sido prejudicado por causa de um deslizamento de terra. Cerca de 60% da população chegou a ficar sem água.

Em Paranaguá, a distribuição de água já havia sido restabelecida em mais de 50% dos bairros do município.

O abastecimento de água dessas cidades foi afetado pela chuva forte que caiu no litoral entre 11 e 13 de março. O fornecimento chegou a ser interrompido na semana passada e os sistemas de Antonina e Paranaguá ainda passavam por manutenções nesta segunda-feira. (GP)

O Portal da ALEP e as trapalhadas, ou não, da assessoria do Rossoni

Para ser lançado oficialmente pela Assembleia Legislativa do Paraná, o novo Portal da Transparência da Casa enfrenta a segunda polêmica. Ontem, mais uma vez, uma versão da página aparentemente foi colocada no ar sem o conhecimento da Mesa Executiva e da diretoria do Legislativo. A assessoria da Casa foi questionada sobre o assunto e a página foi retirada do ar.

Segundo informações da direção da Assembleia, o portal ainda está em fase de testes, ainda sendo formatado, e só irá ao ar na semana que vem quando receber a aprovação da Mesa diretora.

Ontem um e-mail atribuído a diretoria administrativa da ALEP foi enviado aos meios de comunicação anunciando o novo Portal da Transpa­­­rência. O e-mail dizia que este já estava no ar e poderia ser acessado pelo link www.alep.pr.gov.br/transparencia. A mensagem dizia que pelo portal "a Casa demonstrava mais respeito à sociedade paranaense" e dava “mais agilidade e mais clareza nas informações”.

Por meio da assessoria, a Assembleia afirmou que as informações que constavam na página, que são as do antigo formato do site, não eram oficiais, uma vez que o site ainda não foi lançado.

O vazamento da página antes do previsto será apurado pela direção da Casa, que também diz que o e-mail não é o da direção administrativa da Casa.

Richa assina decreto que cancela aposentadorias de quatro ex-governadores do PR

Vão cantar em outro lugar ...

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), assinou nesta segunda-feira (21) o decreto que determina o cancelamento das aposentadorias de quatro ex-governadores do estado. A medida atinge aqueles que tiveram o benefício concedido após a promulgação da Constituição de 1988.

O decreto de Richa suspenderá o pagamento de aposentadorias a Mário Pereira, Jaime Lerner, Roberto Requião e Orlando Pessuti. Três dos quatro ex-governadores – Pereira, Requião e Pessuti – são adversários políticos do atual governador do Paraná. A previsão é de que os benefícios serão suspensos a partir de abril, pois será necessário abrir processo administrativo e notificar os quatro ex-governadores para apresentar uma contra-argumentação. A economia mensal do estado será de R$ 99,2 mil - cada um dos quatro ex-governadores recebe pensão de R$ 24,8 mil.

A suspensão das aposentadorias não atinge os ex-governadores e as viúvas que tiveram os benefícios concedidos antes de 1988. Nessa condição estão cinco ex-chefes do Executivo estadual e quatro viúvas. Arlete Richa - viúva do ex-governador José Richa e mãe de Beto Richa, - não irá perder a pensão. O custo ao cofres do Paraná com as aposentadorias concedidas antes de 1988 é de R$ 892,8 mil por mês e R$ 2,9 milhões por ano (incluindo o 13.º salário).

A decisão de Richa baseia-se em um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), encaminhado ao governador na última sexta-feira pelo procurador-geral Ivan Bonilha. Depois de um estudo realizado a partir de janeiro deste ano pelo procurador Roberto Altheim, a conclusão foi a de que as aposentadorias concedidas a ex-governadores concedidas após 1988 são inconstitucionais. Isso porque a redação da Constituição atual, ao contrário da anterior, de 1967, não prevê o benefício da aposentadoria a ex-governantes. (GP)

Ex-vereador é preso por desvio de dinheiro da Câmara de Curitiba

O ex-vereador Aparecido Custódio da Silva foi preso, na manhã desta segunda-feira (21), em decorrência da condenação em um processo por desvio de dinheiro público da Câmara Municipal de Curitiba. Ele foi levado para a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O mandado de prisão foi determinado pela Justiça. A pena é de nove anos e dois meses de prisão em regime fechado. Decisões judiciais liminares mantinham Custódio em liberdade.

Custódio foi condenado por ter se apropriado, por 233 vezes, de parte da remuneração que era destinada a servidores nomeados para cargos em comissão em seu gabinete, entre 1993 e 2000. A estimativa de desvio é de R$ 1,5 milhão. O ex-vereador foi condenado na 6ª Vara Criminal e a decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça. A defesa tentou recorrer da sentença, mas não teve êxito. De acordo com a assessoria do Ministério Público Estadual, o processo transitou em julgado – ou seja, não há mais recursos disponíveis e a pena deve ser cumprida.

O ex-vereador foi condenado também em outro processo, a quatro anos e dez meses de prisão, mas ainda recorre da sentença. Ele responde a pelo menos mais duas ações. Ainda não foram divulgados detalhes sobre o momento da prisão. Também não foi informado quando ele será transferido e para onde será levado para o cumprimento da pena. A Gazeta do Povo busca contato com o advogado do ex-vereador.

Custódio foi vereador por quatro mandatos e também chegou a ser deputado estadual por dois anos. Ele já esteve preso três vezes, totalizando um ano e quatro meses atrás das grades. No período mais longo, ficou nove meses no Batalhão da Guarda da Polícia Militar de Curitiba, entre outubro de 2002 e julho de 2003. (GP)

O maior churrasco do mundo

A cidade argentina de General Pico conseguiu um novo recorde e entrou para o Guinnes ao fazer o maior churrasco assado do mundo, com 13,7 toneladas de carne bovina, tirando a marca que desde 2008 Montevidéu ostentava.

O apetitoso e abundante assado foi saboreado no domingo (20) por cerca de 20 mil pessoas que foram à sede da Sociedade Rural de General Pico, na província central de La Pampa, em uma festa beneficente de instituições da cidade. Segundo informou o Governo de La Pampa em comunicado, os 13.713 quilos de carne crua, doados por uma empresa frigorífica local, deram como resultado, após serem assados, 9.132 quilos de carne cozida.

O governador de La Pampa, Oscar Mario Jorge, que foi saborear o assado, disse que este recorde é também um reconhecimento a sua província “como uma das que tem as melhores carnes do mundo”. Segundo fontes da organização do assado consultadas pela EFE, para conseguir este marco foram necessárias 475 vacas e 30 toneladas de lenha.

O gigantesco churrasco também demandou o trabalho de cerca de 600 cozinheiros que se reuniram em General Pico, a 575 quilômetros ao sudoeste de Buenos Aires. Até esta façanha conseguida na Argentina, o recorde do “maior assado do mundo” era de Montevidéu desde o dia 13 de abril de 2008, quando foram assadas 12 toneladas de carne bovina na capital uruguaia. (EFE)

Abaixo a violência e a intolerância do imperialismo xenófobo


Desgastado internacionalmente por causa das invasões militares e internamente pelo alto custo da guerra, que cada vez mais pesa nos não investimentos sociais em um país que passa por uma profunda crise econômica, os EUA, que tenta mudar a sua imagem, como demonstra a visita do Obama ao cone sul das Américas, estes tentam fugir do estigma e não aceitando o comando, pois este afeta ainda mais a sua imagem,passarão comando do ataque à Líbia aos europeus.


Os países europeus, saudosos dos períodos coloniais e neocoloniais, que tanto poder, riqueza, prosperidade e luxo lhes trouxeram assustados com o avanço das crises políticas econômicas internas e externas, como pela forte presença imigratória e migratória árabe mulçumana dentro do continente europeu, passam por uma onda chauvinista intervencionista. As bases depauperadas do Islã radicalizadas se levantam nas ruas contra as suas elites, sendo estas historicamente oriundas das alianças com o poder bélico neocolonial europeu, que depois da segunda guerra passaram para o controle militar da aliança sobre o comando hegemônico dos EUA na Otan. Tudo isto tem origem na dependência energética, na manutenção de mercados cativos e na estratégia da manutenção de nacionais confiáveis no poder como forma de conter a sublevação das massas contra a atual política econômica internacional globalizada vigente, que é geradora de tantas desigualdades.

O que mais apavora os EUA, além dos 12 milhões de imigrantes legais ou ilegais estarem lá dentrode suas fronteiras e sem empregos, é o fato que a crise econômica interna e a também conseqüente falência dos grandes mercados ocidentais, já que a economia mundial é globalizada, somados ao preço pago pela manutenção do atual status imperial internacional faz com que a sua expansão, necessidade intrínseca da própria natureza do sistema, onde a prosperidade, que dentro do capitalismo não é e não pode ser para todas nações pela sua natureza chauvinista, seja interrompida nas disputas internas e externas de mercado, cada vez mais intensas. Com uma melhor distribuição internacional de renda o padrão de vida dos nacionais nas potências militares econômicas teria de ser reduzido, o que internamente implicaria em medidas cada vez mais recessivas e politicamente desestabilizadoras.

As instabilidades internas, onde as elites nacionais destas potências não abrem mão da atual divisão de riquezas como também não abrem mão das políticas monetaristas deste processo neoliberal de acumulação, que em nada difere das externas faz com que o processo de militarização dos blocos aumentem, o que futuramente poderá pela divergência de interesses causar choques frontais entre as próprias potências hoje alinhadas em bloco. Para as elites locais em primeiro estão colocados os seus mercados nacionais. É latente o estado de contradição entre estes mercados nacionais, pois em cada país a extrema direta avança.

Na Europa ocidental nos EUA cada vez mais os discursos xenóbicos aumentam de tom junto com a perseguição aos imigrantes ilegais e legais, pois mesmo o que legalmente estão dentro destas fronteiras não são vistos como iguais. Mesmo após várias gerações Os imigrantes e seus descendentes mesmo após várias gerações não se sentem incluídos e estes guetos se rebelam, o que leva a extrema direita racista a agir com violência como forma direta de intimidação.

A não muito tempo atrás na Alemanha “democrática” a chanceler Angela Merkel na prática decretou a morte do multiculturalismo e o incentivo a intolerância em seu discurso proferido no dia 17 de outubro de 2010. Ela afirmou que “foi uma ilusão pensar que imigrantes poderiam manter sua própria cultura e viver lado a lado com os alemães e que “esse projeto falhou completamente".

Na França, mesmo sofrendo profundas críticas da comunidade internacional, o governo Sarkozy expulsou ciganos e nos bairros pobres reprime e exclui socialmente os mulçumanos, mantendo estas comunidades como guetos.

Na Itália o Berlusconi, que é o homem forte da fascista Liga do Norte, disse quando assumiu o poder: "Um das primeiras coisas que eu farei é fechar as fronteiras e levantar mais acampamentos para identificar cidadãos estrangeiros que não têm trabalho e são forçados a entrar na vida do crime". Ele depois afirmou: “uma redução dos imigrantes de fora da União Europeia (UE) significa menos forças a engrossar as fileiras dos criminosos”.

Na “Espanha o “internacionalista socialista” Zapatero afirmou para o jornal “El Pais”: “o governo pretende deportar na medida do possível os 250 mil imigrantes ilegais, que vivem atualmente na Espanha”.

Nos demais países da Europa Ocidental o discurso chauvinista é o mesmo.

Na Europa, pouco importando se são imigrantes árabes mulçumanos, tribalistas africanos ou católicos latino americanos a persequição é a mesma e estes são apenas bodes expiatórios, que canalizam a desconfiança popular e temores da crise econômica sevem para desviar o foco do que realmente está acontecendo e de que são os reais responsáveis, no caso as elites locais, dando um falso rosto para o que está acontecendo de errado nestes países. Enquanto as populações nacionais odeiam os imigrantes os corruptos governantes de plantão são poupados. Estes imigrantes ou seus descendentes são em grande parte hoje são os responsáveis diretos pela pujança econômica que estes países tiveram após a Segunda Guerra, como foram eles (turcos, marroquinos, etc.) que sendo usados como mão de obra barata reconstruíram estas nações.

Além dos processos políticos nos páises onde a oposição ao imperialismo assumiu o poder, como nos casos dos países latino americanos, o Oriente se levanta, mas o maior agravante para o aumento do risco de colapso econômico nestas potências ocidentais é a guerra de mercado hoje capitaneada pela China, que além de ser a maior compradora de commodities se torna a maior exportadora de produtos industrializados, e isto fecha ainda mais as possibilidades para a expansão do capitais dos EUA e da Europa, o que faz com que aumente ainda mais pela disputa as contradições internas neste bloco, tanto pela manutenção dos velhos mercados, como pela ampliação de novos. Neste quadro ecxcludente até os países europeus capitalistas periféricos pagam um alto preço, pois tal qual nós os seus projetos de desenvolvimento estão pela globalização atrelados aos das grandes potências econômicas.

A maior parte das ditaduras estabelecidas nos países dito mulçumanos, que hoje as populações nacionais nas ruas questionam o poder e por isto são barbaramente reprimidas, estão sob o controle de potentados subservientes aos EUA e a Europa, mas o “Kadafi e o Irã são os responsáveis diretos por tudo o que acontece de mal lá pelas bandas do Oriente, na África com aqui no resto do Ocidente”. Neste discurso até parece que as vitimadas populações dos países periféricos são o “eixo do mal”.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles