segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Procuradoria pede cassação do governador petista Déda

Roberto de Almeida/AE

SÃO PAULO - A Procuradoria Eleitoral de Sergipe pediu ontem a cassação do governador reeleito do Estado, Marcelo Déda (PT), e de seu vice, Jackson Barreto (PMDB). Eles são acusados de ter utilizado, em período pré-eleitoral, a residência oficial do governo sergipano - o Palácio de Veraneio - para oferecer um almoço a cerca de 300 correligionários, à custa dos cofres públicos.

Em depoimento à procuradoria, o secretário estadual de Articulação Política, João Francisco dos Santos, confirmou a realização do evento no dia 15 de maio e afirmou que Déda foi o único a discursar. Segundo ele, o governador disse que colocaria seu nome à disposição do PT em junho para poder disputar a reeleição.

De acordo com a ação, subscrita pelo procurador eleitoral auxiliar Pablo Coutinho Barreto, Déda pediu apoio político-partidário aos presentes e deu "nítido cunho eleitoral" ao evento. A conclusão tem base em gravações juntadas aos autos.

Segundo a coordenadora do Palácio de Veraneio, Vera Lúcia de Souza Ferreira, que também depôs à procuradoria, após o pronunciamento de Déda foram servidos "peixes, feijoada, carne frita, carne do sol, carneiro, refrigerantes, cerveja".

Para a procuradoria, Déda fez uso pessoal de imóvel público, mobilizou uma secretária parlamentar e um secretário de Estado para o evento, além de usar dinheiro público para custear a refeição oferecida aos convidados. Procurada, a assessoria de Déda informou que o governo não se pronunciaria por não ter conhecimento do conteúdo da ação.

Enem 2010: Justiça Federal concede liminar para suspensão

Do G1

A Justiça Federal do Ceará aceitou pedido de liminar do Ministério Público Federal do estado nesta segunda-feira (8), que pede a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. A juíza da 7ª Vara Federal, Karla de Almeida Miranda Maia, aceitou a argumentação de ação civil pública do MPF, que afirma que erros no exame causaram prejuízo para os candidatos. A decisão tem efeito em todo o Brasil. Cabe recurso.

O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado, estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação (MEC) já admitiu as falhas.

A decisão da Justiça cita erros de impressão no cartão de respostas e nas provas amarelas, além de erros na aplicação da prova, como o caso de um repórter que entrou com um celular na sala de provas.

"A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz trecho da decisão.
Ainda, de acordo com a decisão, a juíza havia indeferido um pedido de liminar do MPF, que solicitava a não realização do Enem. Com os erros do exame no sábado (6) e no domingo (7), a juíza decidiu aceitar o pedido de suspensão nesta seguda-feira.

"Nada obstante, as falhas havidas na aplicação das provas do Enem nos dias 6 e 7 deste mês de novembro não só confirmam o justo receio, manifestado pelo órgão ministerial, como vão além, tornando, concretizado o justo receio em erros palpáveis e bem delineados, sobejamente justificadores do pedido liminar ora apreciado", afirma a decisão.

A juíza comenta ainda o fato de vários estudantes terem perdido tempo devido aos problemas no exame. "Além disso, há situações em que houve apenas perda de tempo precioso para o aluno. Nessas hipóteses e noutras, qual seria o remédio para essa falha de aplicação das provas? Essa transgressão dos direitos públicos subjetivos dos candidatos requer que se suspenda o processo do Enem a fim de se avaliarem, de modo percuciente, as soluções efetivas", diz outro trecho.

Em nota publicada no site, o Ministério da Educação afirmou que a preocupação da magistrada referente à igualdade de condições dos concorrentes está assegurada pela utilização da Teoria de Resposta ao Item (TRI). De acordo com o texto, a consultoria jurídica do MEC/Inep conclui esclarecimentos para a Justiça Federal do Ceará.

Segundo a nota do MEC, a TRI permite a comparabilidade no tempo. "Em 2009, por exemplo, foram aplicadas duas provas distintas em momentos distintos, em virtude de inundações em duas cidades do Espírito Santo e as provas nos presídios", diz a nota.

Ainda de acordo com o texto do MEC, com a TRI, o conjunto de modelos matemáticos usados no Enem permite que os exames tenham o mesmo grau de dificuldade. Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes — quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor.

A aplicação da teoria da resposta ao item é frequente nas avaliações em testes de múltipla escolha aplicados em diversos países, de acordo com o MEC. "No Brasil, a TRI é usada desde 1995 nas provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio. Em 2009, foi usada pelo Enem com o objetivo de garantir a comparação das notas do exame daquele ano com os seguintes", conclui a nota do ministério.

Tal qual tratam a Educação funciona o ENEM

2006:

FALHA NO SISTEMA MOSTRA NOTA ZERO NA REDAÇÃO DO ENEM

Pelo menos 5.000 candidatos que fizeram prova em local diferente do local de inscrição receberam zero no boletim online

FERNANDA BASSETTE, DO G1, EM SÃO PAULO

Uma falha no banco de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep ) provocou um erro no sistema e mostrou, equivocadamente, nota zero na redação de pelo menos 5.000 estudantes que fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem ) 2006, realizada em agosto deste ano.


2007:

Erro no boletim do Enem 2007 mostra redação anulada

Boletim individual enviado pelos Correios apresenta falha na impressão.

Simone Harnik/G1

Boletins com o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2007 têm erros de impressão. Muitos estudantes receberam o aviso de que a redação havia sido “anulada / desconsiderada” na avaliação. De acordo com o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação do exame, o equívoco deve ser desconsiderado e o estudante deve observar as notas pela internet.


2009:

Vazamento da prova do Enem 2009 abalou o Inep, diz Haddad

Demétrio Weber

BRASÍLIA - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que o furto das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em outubro abalou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pelo exame. (Leia mais: Inep divulga gabarito corrigido do Enem 2009)

- Não há como negar que os servidores ainda estão sob impacto - disse o ministro, ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil, onde funciona a Presidência da República, enquanto o Palácio do Planalto está em reforma.

O vazamento das provas levou Haddad a adiar a realização do Enem de outubro para dezembro - o exame foi aplicado no último fim de semana. No domingo à noite, o Inep divulgou uma versão errada do gabarito, que acabou retirada do ar na mesma noite. A versão correta só foi disponibilizada na tarde de segunda-feira.


2010:

Problemas de impressão marcam Enem 2010

No sábado, estudantes reclamaram de erros no gabarito e prova amarela.

MEC diz que falhas atingiram 1% dos cadernos amarelos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, que aconteceu neste fim de semana, foi marcado por confusão em todo o país. No sábado (6), além dos problemas na folha de respostas e na prova amarela, estudantes de Belém relataram erros no número de inscrição impresso na folha de resposta. Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já defendeu a anulação do exame.

A insepulta, seus pais e herdeiros

Leandro Mazzini

A famigerada CPMF — Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira — foi gestada no governo Fernando Collor de Mello sob o título de IPMF — Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira; ganhou forma na gestão de Fernando Henrique Cardoso, quando virou lei em 1996, sob título de Contribuição (nomenclatura que não a fez diferente de tributo). Sua musculatura foi realimentada por Luiz Inácio Lula da Silva, em cujo governo ela teve desvirtuada também sua função de repassar verbas só para a saúde (em 2007, só 40% da arrecadação era destinado à área), e enfim enterrada pelo Senado Federal em dezembro de 2007. Apesar disso, tornou-se insepulta. Como filha de vários pais nestas décadas, todos eles afoitos para cobrir rombos no orçamento da saúde, a CPMF ganhou também o carinho dos herdeiros parlamentares e executivos desse itinerário do poder. Não é diferente com Dilma Rousseff. Nem tomou posse e, embora tenha dito que não pretende recriá-la, deixou a tarefa para os governadores aliados. E não só aliados. E todos franqueados ao Palácio do Planalto à espera da verba.

Não será surpresa para o cidadão se diferentes partidos se alinharem a essa demanda. Apesar de muitos da oposição hoje gritarem contra o imposto, alguns deles representaram os grupos outrora gestores do imposto. O primeiro esboço da CPMF, o IPMF, nasceu de texto de autoria do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PEC 48/1991) ainda no governo Collor. Hauly era do PMDB (logo depois migrou para o PST e hoje é do PSDB), aliado ao presidente, e propôs a Emenda Constitucional criando o tributo para fazer ajustes fiscais no governo (o índice não passaria de 0,25%, dizia o texto). A proposta avançou na Câmara, mas ali parou. Veio a turbulência do impeachment do presidente em setembro de 1992, e o imposto passou também por suas mutações – virou Projeto de Lei Complementar 153/93 e, mais à frente, enfim no governo FHC, tomou forma na PEC 256/1995, de autoria do Executivo. Foi então que se abriu o caminho para a criação do imposto. Adib Jatene era o ministro da Saúde e, defensor eterno da boa administração, articulou por sua criação.

Houve, no entanto, um caso curioso que até hoje não veio à tona, e um atento remanescente daquele grupo de debates revelou à coluna. O então presidente da Câmara dos Deputados, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), viu-se diante de uma gritaria que não ganhou eco fora do Congresso, mas tornou-se forte nos bastidores. Em novembro de 1995 o texto foi lido em plenário. Mas só chegou às comissões da Casa para análise em abril de 1996. Ficou em tramitação nos corredores até julho, quando enfim foi levada a plenário e aprovado. A demora, apesar do regime de urgência, teve seus motivos: os deputados tinham medo de que a CPMF rastreasse suas movimentações financeiras, e dos grandes empresários financiadores de campanha. O lobby contra foi intenso, falavam em “quebra de sigilo indireta”. FHC tinha a maioria na Câmara, e precisava do imposto.
Foi uma dificílima negociação até aprovada no mesmo 1996. Esse episódio foi o que levou à criação do Coaf dois anos depois, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Lei 9.613, de 03/03/98). Depreende-se do caso, hoje, que, se a CPMF foi um mal para a conta do contribuinte, também foi e ainda é para os especuladores das transações mal explicadas, de certa forma.

Como era contribuição provisória, a CPMF passou por duas prorrogações – e na esteira das aprovações, o acréscimo de percentuais feitos por governos insaciáveis. Os iniciais 0,25% de cobrança sobre cada movimentação passaram para 0,38%. Foi demais. O Senado, embora com maioria simples a favor do presidente Lula, em dezembro de 2007 matou o imposto com a ajuda da oposição e principalmente de sete senadores da base contrários ao tributo. O presidente da República nunca esqueceu o episódio, vocifera até hoje. Foi o que o influenciou a trabalhar na eleição majoritária deste ano para fazer uma Casa Alta forte, com votos aliados de sobra, para a sucessora. Conseguiu.
E justamente por não ter engolido a derrota para o Senado, e a perda da receita com a CPMF que até 2007 lhe ajudava a segurar o cofre, o presidente Lula usou o PT para trabalhar pela recriação do imposto. Ele vislumbrou o problema que viria com a sucessão. Lula deixa para Dilma Rousseff, que toma posse em janeiro de 2011, nada menos que R$ 50 bilhões só de restos a pagar. O dinheiro da CPMF de volta seria bem vindo. Criou-se a camuflagem e o renascimento do tributo no texto de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), em ementa no Projeto de Lei Complementar 306/2008. A ementa cria no PL a CSS – Contribuição Social para a Saúde, com alíquota de cobrança mais branda – será 0,1% sobre movimentação financeira, três vezes menos que a antiga CPMF, mas também com porta aberta para que o índice cresça a galope. O texto passou por três comissões na Câmara dos Deputados, pareceres positivos de Eduardo Cunha (PMDB), na CCJ, de Pepe Vargas (PT), na CFT, e, curiosamente, de Rafael Guerra, do PSDB mineiro, na CSSF. Daí o governador eleito de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), não ser contra a criação do imposto. O projeto foi aprovado em turno único em meados do ano passado. Falta apenas um destaque, pedido pelo DEM, para que retomem a votação em 2011 no Senado e renasça a CPMF na forma de CSS.

Esse, no entanto, é um dos cenários. Uma vez com passe livre na Câmara, a CSS corre para o Senado, mais forte pró-Dilma, poderá ser aprovada, e em poucos meses remetida à sanção presidencial. É o caminho mais curto para a volta do imposto. Mas, se os aliados do Planalto preferirem uma PEC, mais forte constitucionalmente e também optarem por alíquota maior, também poderão tentar. O tempo de tramitação será mais demorado. Mas, como Dilma Rousseff terá votos de sobra para aprovação de PEC tanto na Câmara quanto no Senado, não é descartado que o Executivo e o Legislativo aliados do Planalto sigam este atalho.

De qualquer forma, em qualquer cenário, prova esse tributo insepulto que seu histórico já amarrou oposição e base num círculo vicioso. O da receita fácil. Perde o contribuinte.

PF procura corpos de vítimas da ditadura

Desaparecidos políticos

Folha.com

Após mais de 25 anos do fim da ditadura militar, parece que finalmente alguma coisa será feita para corrigir os erros que ocorreram naquele período (1964-1985). A Polícia Federal iniciou um trabalho de busca e identificação de corpos de desaparecidos políticos vítimas da ditadura militar (1964-1985) na cidade de São Paulo. Em outubro, seis ossadas foram exumadas no cemitério de Perus (zona norte da capital) e hoje a PF começa uma varredura no cemitério de Vila Formosa (zona leste).

Ainda estão previstos trabalhos no cemitério de Parelheiros (zona sul) e a análise de cerca de mil ossadas retiradas em 1990 da vala clandestina de Perus, que atualmente estão no cemitério do Araçá (zona oeste).

Segundo Jeferson Evangelista Corrêa, chefe de medicina forense do INC (Instituto Nacional de Criminalística) da PF, as atividades “não têm objetivo investigativo, mas sim pericial técnico”.

Os restos mortais retirados em Perus estão sendo verificados no IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo e no INC, em Brasília, onde estão sendo feitos exames de DNA.

O objetivo principal é encontrar os corpos dos militantes de esquerda Luiz Hirata, da AP (Ação Popular), e Aylton Adalberto Mortati, da Molipo (Movimento de Libertação Popular), desaparecidos desde 1971.

Em novembro de 2009, a Procuradoria apresentou à Justiça uma ação civil pública pedindo que a União fosse obrigada a fornecer recursos humanos e materiais para a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos realizar seus trabalhos.

Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal concedeu uma medida liminar no processo, atendendo ao Ministério Público. A decisão foi cassada em abril pelo TRF (Tribunal Regional Federal), e a ação civil continuou.

Em julho foi assinado um convênio entre a comissão especial, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Ministério da Justiça e a PF para viabilizar as apurações.

O PMDB e a sucessão da Mesa Diretora da ALEP

Seguindo a orientação da direção nacional, que prega a manutenção da mesma aliança federal nos estados, a executiva estadual do PMDB, que não é composta só por deputados e sim também por futuros desempregados, realiza nesta segunda-feira (8), a partir das 18h30, sua reunião semanal. O principal tema poderá ser forçar a barra para o lançamento de chapa para a disputa da Mesa Diretora da ALEP, o que não é do agrado de muitos deputados do PMDB já alinhados com o novo governador Beto Richa. Na última semana as especulações correram soltas sobre a possibilidade do partido, que tem a maior bancada na Assembléia Legislativa, somados ao PT e outros eventuais aliados, discutirem em bloco a eleição da nova direção, o que não é uma tarefa tão fácil.

O Osmar, tal qual o Paulo Bernardo, ambos carregados de ódio falam em oposição sistemática e em um "estado dividido", o que vai de encontro ao discurso adotado por setores do PMDB, principalmente os aliados ao Pessuti e a esquerda funcionária ligada ao Requião. Estes já sentindo a próxima falta de cargos hoje fazem qualquer negócio para tentar garantir junto com estes dirigentes uma boquinha no governo federal.

Quem informa a pauta da reunião é o secretário-geral e deputado federal eleito João Arruda, em seu perfil no twitter. Veja:

A pauta política esta aberta! Reestruturação do PMDB-PR, mesa diretora na assembléia, desempenho eleitoral e etc...
5:19 AM Nov 6th via ÜberTwitter

Requião e família estão em estado de alerta pelo risco de cassação de mandato





Vários advogados vasculham os arquivos do governo do estado e da Assembléia atrás de provas que incriminem o ex-governador e atual senador eleito Roberto Requião, mas não empossado. Estes documentos serviriam para instrumentalizar a acusação nos inúmeros processos que correm contra ele.

Os advogados apostam na possibilidade de o Requião ser condenado, e por isto cassado antes de assumir ao ser enquadrado na lei do Ficha Limpa, pois até a posse ele não conta com nenhum tipo de imunidade parlamentar, e isto pode o fazer lamentar as próprias atitudes anteriores, já que inimigos em seu encalço é o que não falta. Os que ele beneficiou tentam sobreviver e esquecem o que ele fez a favor dos mesmos, mas os inimigos não o esquecerão jamais.

'Tenho informações que abalariam as eleições no Brasil'

Julian Assange, fundador do WIKILEAKS

Jamil Chade/AE

Acompanhado por seis seguranças, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, não disfarça o incômodo com o fato de não ter residência fixa, só andar com escolta armada e ver seus funcionários sendo detidos por policiais em todo o mundo. "A censura está muito mais generalizada e profunda do que a sociedade imagina", alertou. Em entrevista ao Estado, o polêmico hacker, autodenominado jornalista e ativista, admite que nunca pensou que sua iniciativa de criar um site para publicar documentos secretos tomaria a dimensão que tomou.
Que tipo de repercussão teve a publicação dos documentos sobre o envolvimento americano no Iraque?


A única investigação aberta pelos americanos não foi contra seus soldados. Foi contra mim. Nesta semana, uma pessoa que apenas indiretamente estava ligada ao vazamento dos dados militares americanos foi detida na fronteira entre o México e os EUA. Seu computador foi confiscado. Ele havia visitado uma de nossas fontes. O Pentágono também criou uma lista de pessoas que trabalham dentro do próprio serviço americano que poderiam ser nossas fontes. São 120 funcionários suspeitos. Basicamente, o que os EUA fazem é banir a liberdade de imprensa.

Há também material sobre o Brasil que poderá ser publicado em breve?


Sim. Não posso dizer de quem se trata. Sabemos que parte da informação que temos sobre o Brasil poderia ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas. Mas não conseguimos ter tempo de publicar o material antes, diante de todo o caso do Iraque.

Além das ameaças, que outras pressões o sr. sofre?


Grande parte de nossa verba vem de doadores que mandam dinheiro com cartões de crédito. Mas, depois da publicação dos documentos sobre o Iraque, a empresa que fazia o trabalho de captação na internet suspendeu o contrato conosco e o motivo que nos deram era exatamente o fato de estarmos sendo visados pelos americanos.

A imprensa americana lhe dá a devida atenção?

Não. E o governo americano ainda impediu que nossas revelações chegassem às TVs a cabo. A imprensa americana não nos deu espaço.

O sr. não teme que essa pressão impeça seu site de operar?

Vamos continuar a publicar os documentos da forma mais rápida possível. Espero que as pessoas julguem alguém não pelo calibre de seus amigos, mas de seus inimigos.

LHC começa a criar miniaturas dos primeiros instantes do Universo

Eventos registrados nas primeiras colisões de íons do LHC

O Grande Colisor de Hádrons (LHC) iniciou no domingo as colisões de alta energia entre íons de chumbo - núcleos atômicos contendo 82 prótons - projetadas para gerar temperaturas milhares de vezes superiores às existentes no núcleo do Sol. O objetivo é partir os prótons e liberar as partículas que os constituem, produzindo o chamado plasma de quark e glúons. Esse, acreditam cientistas, era o estado em que a matéria se encontrava imediatamente após o Big Bang.

Com o passar do tempo e o resfriamento e a expansão do Universo, o plasma teria se condensado para dar origem aos átomos que compõem a matéria visível que compõe estrelas, galáxias e planetas.

A produção do plasma já havia sido anunciada, em fevereiro deste ano, por cientistas trabalhando com íons de ouro em outro acelerador, o Colisor Relativístico de Íons Pesados, ou Rhic, localizado no Laboratório Nacional de Brookhaven, nos EUA. O LHC fica na fronteira franco-suíça, e é controlado pela Organização europeia de Pesquisa Nuclear, o Cern.

Curiosamente, os resultados do Rhic mostram que as partículas no plasma se comportam como se ainda estivessem fracamente ligadas entre si, como num líquido - e não de forma independente, como num gás. O comportamento" gasoso" do plasma era uma previsão feita pela teoria.

Espera-se, agora, que o gás de quarks e glúons venha a ser observado nas temperaturas atingidas pelo LHC, que são de duas a três vezes maiores que os 4 bilhões de graus Celsius obtidos pelo Rhic.

Os cientistas do LHC também esperam conseguir acompanhar a evolução do plasma de quarks e glúons à medida que a nuvem de partículas gerada pela colisão dos núcleos se expande e se resfria, dando origem a formas mais comuns de matéria.


LHC pode ter detectado um novo fenômeno físico

Trecho da imagem de uma colisão próton-próton a 7 TeV no LHC
Carlos Orsi/

Um tipo de conexão nunca antes observada entre partículas subatômicas pode ter sido detectada pelos cientistas responsáveis pelo experimento CMS, um dos detectores que fazem parte do Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo.

Em algumas das colisões entre prótons realizadas no LHC, os pesquisadores encontraram correlações entre pares de partículas que voavam para longe do ponto de impacto.

De acordo com nota divulgada pelo centro europeu de pesquisa nuclear, o Cern, "isso revela que algumas das partículas estão intimamente ligadas, de uma forma nunca vista antes em colisões de prótons". As colisões cocorreram a energias de 7 TeV.

Ainda segundo o Cern, o efeito é sutil, e muitas verificações foram realizadas para determinar se ele é real. O resultado parece semelhante a efeitos vistos na colisão de núcleos atômicos no acelerador RHIC, do Laboratório Nacional Brookhaven, dos EUA, e que foram interpretados como produto da criação de uma forma densa e energética de matéria.

Mas os pesquisadores do CMS destacam que há várias explicações possíveis para o efeito, e que a divulgação preliminar dos resultados tem o objetivo de estimular o debate.

"Vamos precisar de mais dados para analisar o que está acontecendo, e para dar os primeiros passos na paisagem de nova física que esperamos que o LHC vai abrir", disse o porta-voz do CMS, Guido Tonelli.

Outro experimento do LHC, chamado Alice, é otimizado para detectar os resultados de colisões entre núcleos, como as realizadas em Brookhaven, e analisar os estados quentes e densos da matéria que podem ter existido frações de segundo após o Big Bang, além de entender como essa forma de matéria pode ter evoluído para as formas conhecidas hoje.

No primeiro encontro, equipe de transição discute orçamento e mínimo

Andréa Jubé Vianna/AE

BRASÍLIA - Durou cerca de uma hora a primeira reunião da equipe de transição do governo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Segundo o vice-presidente eleito, Michel Temer, o orçamento para 2011 e o valor do salário mínimo foram os temas principais da reunião desta segunda-feira, 8.

O grupo de transição decidiu marcar um encontro com o relator do orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), para discutir o texto final do Orçamento e a questão do mínimo. O relator manteve na proposta, entregue na última sexta-feira, 5, o salário mínimo em R$ 538,15, como quer o governo. Mas, em conversas com jornalistas, Argello já sinalizou a possibilidade de elevar o valor para R$ 540. Em outra frente, lideranças das centrais sindicais pressionam para a elevação do mínimo para R$ 580.

Ainda na reunião desta segunda, ficaram delimitadas as funções dos principais membros da comissão de transição. Caberá aos deputados José Eduardo Martins Cardozo e Antonio Palocci a coordenação da parte administrativa da transição. O vice Michel Temer e o presidente do PT, José Eduardo Dutra, farão a interlocução com os presidentes dos partido aliados.

Além da equipe de Dilma, participaram, do lado do governo, os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho.

Após a reunião, Dutra, Martins Cardozo e Palocci continuaram no CCBB , onde se reuniram por 20 minutos com o ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima. Na saída, os três não falaram com a imprensa.

Temer confirmou para a terça-feira, 9, a reunião com os líderes partidários para definir a votação das 12 medidas provisórias que trancam a pauta.

Mercado mantém projeção de juro e inflação em 2011

O mercado elevou a estimativa de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano a 5,31 ante 5,29 por cento na semana passada, e manteve a projeção para 2011 em 4,99 por cento, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A meta de inflação dos dois anos tem centro em 4,50 por cento e tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

A expectativa para a inflação nos próximos 12 meses caiu para 5,14 por cento, ante 5,16 por cento antes.

O relatório mostrou ainda que o mercado manteve a projeção para o juro básico no final deste e do próximo ano em, respectivamente, 10,75 e 11,75 por cento ao ano.

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 permaneceu em 7,60 por cento, e para 2011 foi mantida em 4,5 por cento.

O prognóstico para o câmbio no fim deste ano permaneceu em 1,70 real, enquanto para o próximo passou para 1,77 real, contra 1,78 real na semana anterior.

MEC já tem possíveis datas para a reaplicação do Enem

A assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC) informou ao Vestibular da Gazeta do Povo , no início da tarde desta segunda-feira (8), que há duas datas mais prováveis para a reaplicação do Enem: o útimo final de semana de novembro (dia 27 ou dia 28) ou o primeiro final de semana de dezembro (dia 4 ou dia 5).

Haverá apenas um dia de exame, já que foram encontrados problemas apenas nas provas deste sábado (Ciências da Natureza e Ciências Humanas).

A gráfica RR Donnelley Moore, responsável pela impressão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), confirmou em nota divulgada no site da empresa nesta segunda-feira (8), que 21 mil cadernos da prova amarela do primeiro dia do exame foram distribuídos com defeito. No total, 33 mil cadernos foram impressos com defeito de ordenação, segundo o texto.

Estudantes que fizeram a prova amarela do Enem reclamaram de vários problemas, como a existência de questões iguais com numerações diferentes, de questões diferentes com numeração igual e a falta de alguns exercícios.

 
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