segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Candidato precisa fazer leitura seletiva em prova do Enem


Ayrton Vignola/AE

Prova comprida, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa no próximo sábado, vai exigir dos candidatos esforço de interpretação, leitura rápida e seletiva dos enunciados e atenção ao conteúdo cobrado.

Dica. Jéssica Baptista, que prestará o Enem pela segunda vez, não fará a prova na ordem
Mesmo com recomendação do próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, para que os enunciados das questões fossem "mais enxutos" neste ano, como o Estado informou, a prova continua com características de uma maratona - são 180 questões em dois dias.

Para enfrentar o desafio, alguns alunos já traçaram suas estratégias, orientados por professores de escolas e cursinhos. Segundo Tadeu Terra, coordenador pedagógico do Sistema de Ensino COC, para se dar bem é preciso saber como ler os enunciados. "A leitura da prova deve ser como a de jornal. Tem informações que não são relevantes, tem de fazer uma leitura seletiva", diz.

"O texto é importante, mas às vezes você usa uma parte mínima dele", endossa Letícia Takahara, de 17 anos, aluna do 3.º ano do ensino médio do colégio Humboldt.

Os alunos habituados a ler saem na frente, diz Paulo Cunha, professor de biologia do colégio Vera Cruz. "Eles conseguem criar atalhos, sabem buscar a informação, a palavra-chave."

Mas nem sempre leitores fluentes conseguem ter uma performance boa. O tempo escasso para resolver a prova e o os textos longos que servem para resolver apenas uma questão são fatores que pesam contra os candidatos, bons de leitura ou não.

O aluno do colégio Bandeirantes Matheus Gouveia Azevedo Campos, de 17 anos, afirma gostar de ler e ter facilidade com textos. Ele resolveu a prova do ano passado em casa e a achou cansativa. Matheus quer vaga apenas no curso de Enologia do Instituto Federal Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, para o qual só pode usar o resultado no Enem. "Meus amigos gozam de mim, acham que sou "sortudo" porque só vou fazer o Enem. Mas é difícil acertar aquele troço", conta o candidato, que vai completar 18 anos no segundo dia de prova. "Espero poder comemorar."

Intercalando. Dá para resolver as provas do Enem numa tacada só? Ou será que é melhor dar uma paradinha e migrar para outra disciplina? Para o professor Edmilson Motta, coordenador-geral do Etapa, o ideal é arejar a cabeça alternando as provas. "A prova de português não dá para resolver de uma vez só, é muito chata. É bom ir mesclando, assim você é exigido em outros aspectos da cognição", diz. "Vistas isoladamente, essas questões não são exigentes, até são mais simples que as de vestibulares usuais. Mas elas vêm numa cacetada, são muitas."

Jéssica Panhoca Baptista, de 19 anos, aluna do Etapa, vai seguir esse conselho dado no cursinho. Vestibulanda de Economia, ela faz a prova pela segunda vez. "Ano passado, fiz na ordem. Agora, os professores deram essa dica e eu achei boa."

A vestibulanda também se queixa do conteúdo que passou a ser cobrado no Enem. Além da interpretação de textos, a prova está se tornando cada vez mais conteudista, dizem professores. "Ficou mais difícil. Tenho a impressão de que antes a prova era mais básica, não cobrava algumas matérias."

Motta, do Etapa, diz que é preciso encarar o Enem como um vestibular como outro qualquer. "Essa ideia de que não é vestibular não existe mais. Isso de avaliar competências e habilidades está acabando", afirma ele, para quem a prova virou uma mescla de questões interpretativas do estilo antigo do Enem, com outras de interpretação de gráficos e textos. A dica preciosa do professor é simples: prepare-se para o temido Enem como para qualquer outro grande vestibular, como a Fuvest ou Unicamp.

Conhecido por ser um colégio puxado, o Bandeirantes preparou exaustivamente seus alunos, com simulados durante o ano, para que tenham bons resultados no próximo fim de semana. "Os alunos treinam, treinam, mas mesmo assim acham o exame muito cansativo", diz o coordenador pedagógico da escola, Pedro Fregoneze. Sua conclusão foi a mesma de outros professores: continuar insistindo para que o Ministério da Educação diminua a prova.

PSDB de MG defende 'oposição de qualidade'

Rodrigo de Castro

EDUARDO KATTAH E MARCELO PORTELA/AE

O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), admitiu hoje que a perda de espaço no Congresso "é um ''dificultador'' a mais para a oposição", especialmente em relação ao Senado, mas ressalta que o objetivo é fazer uma "oposição de qualidade". "Vai ser sempre uma oposição firme, uma oposição serena, é claro, sempre visando o bem do Brasil, dialogando quando tem de dialogar, mas também mostrando os pontos fracos e mostrando os caminhos. Com certeza será uma oposição de qualidade", afirmou ele, ao comentar o resultado da eleição presidencial no fim da noite de ontem.

Fortalecido pela vitória na eleição majoritária estadual, capitaneada pelo ex-governador e senador eleito Aécio Neves, o PSDB mineiro aposta que a prática irá evidenciar o fim da hegemonia paulista no partido. Aécio já articula apoios buscando estabelecer uma agenda própria do Congresso, para tirar do Parlamento do que considera um papel de submissão da Casa em relação ao Executivo. A intenção é fazer com que o Legislativo tome a iniciativa de discutir reformas estruturantes para o País.

Um dos mais importantes aliados de Aécio, o secretário-geral considera agora fundamental a união do partido. "Não se faz um projeto presidencial pensando numa hegemonia de quem quer que seja, ou de um Estado em relação ao outro", disse ele, ao afirmar que não há "cisão" entre Minas e São Paulo.

"O PSDB tem de ter, por exemplo, uma presença maior no Nordeste, o PSDB tem que ter uma articulação melhor com outros partidos da oposição. Então, são vários desafios que temos que atravessar, sempre almejando a unidade do partido e não a cisão."

''Arrogância''

Os tucanos mineiros já esperavam reações como a de Xico Graziano, coordenador do programa de governo de José Serra, na rede de microblogs Twitter. O presidente do PSDB-MG, deputado federal Narcio Rodrigues, rebateu a afirmação de Graziano que havia sido irônico: "Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?!", postou no Twitter o coordenador, após a confirmação da vitória de Dilma.

"Por vários motivos. Entre eles, talvez, o fato de muitos mineiros não terem esquecido a arrogância de posturas como a dele (Graziano) que, felizmente, são manifestações isoladas no conjunto das forças do nosso partido", respondeu Narcio, em comunicado.

Em Minas, a petista obteve 58,45% dos votos válidos, contra 41,45% do candidato tucano. Uma diferença de quase 1,8 milhão de votos, um pouco acima da registrada no primeiro turno. "Se 100% dos eleitores mineiros tivessem votado em Serra ainda assim teríamos perdido as eleições por milhões de votos", completou o presidente do PSDB-MG.

Cobranças

Mesmo antes do resultado das urnas, os líderes já vinham se adiantando a eventuais cobranças pela derrota de Serra no Estado. Para o governador reeleito, Antonio Anastasia (PSDB), a derrota do presidenciável tucano no Estado deve ser atribuída à tendência do eleitorado nacional e mineiro pela continuidade.

"Não acho que houve lavada. Na realidade, manteve-se o mesmo porcentual do primeiro turno, o empenho foi visto", afirmou. "Como se antevia, nós tivemos uma decisão dos brasileiros e dos mineiros também pela continuidade. Isso já era discutido há mais tempo", disse. Segundo Castro, o próprio Serra reconheceu publicamente o empenho de Aécio e Anastasia em seu favor.

Serra diz que enfrentou 'forças terríveis' na campanha e se despede com 'até logo'


Tucano cita vitórias nos Estados como exemplo de força da oposição, ignora Aécio Neves e faz elogios a Alckmin

Julia Duailibi, Roberto Almeida/AE

Ao reconhecer ontem a vitória da adversária Dilma Rousseff (PT), o candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), afirmou que o "povo" não quis que sua eleição fosse "agora" e se despediu do eleitor com um "até logo". "Minha mensagem de despedida nesse momento não é um adeus. Mas é um até logo. A luta continua", disse o tucano, no comitê de campanha, no centro de São Paulo.


Sergio Neves/AE
Depois da derrota. Serra durante entrevista no comitê central do PSDB, em São Paulo: agradecimento pelos votos recebidos
Derrotado pela segunda vez na corrida pelo Palácio do Planalto, Serra fez um breve discurso ao lado da família e das principais lideranças da oposição no final da noite de ontem. Durante os 10 minutos em que falou, sinalizou que pretende se manter como protagonista no cenário político brasileiro. "Quis o povo que não fosse agora", afirmou o tucano, com os olhos marejados.

"Para os que nos imaginam derrotados, eu quero dizer: nós estamos apenas começando uma luta de verdade. Estamos no começo do começo desta luta. E nós vamos dar nossa contribuição ao País em defesa da pátria, da liberdade, da democracia e do direito que todos têm de falar e da justiça social", afirmou Serra. "Vamos dar nossa contribuição, nossa frente de partidos, de indivíduos e de parlamentares. Essa será nossa luta", completou.

Dilma reúne coordenadores para discutir agenda e transição


Reuters

BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff, estava reunida nesta segunda-feira, 1, em sua casa em Brasília com coordenadores de campanha, sem previsão para uma entrevista coletiva formal. Mas ela poderá dar um "oi" aos jornalistas, disse uma assessora.

A agenda da presidente para os próximos dias está na pauta do encontro, que deve debater também a indicação dos nomes para o governo de transição. Participam com Dilma seus principais coordenadores, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado José Eduardo Cardozo, além de Marco Aurélio Garcia, assessor internacional licenciado da Presidência, que foi responsável pelo programa de governo.

O candidato derrotado ao Senado por Minas Gerais Fernando Pimentel (PT), homem de confiança de Dilma, que se afastou do esquema de campanha após denúncias, saiu antes do final. "Ainda vamos conversar, comemorar um pouquinho. Vamos receber as orientações agora, trocar ideias", disse José Eduardo Cardozo a jornalistas no local. Cardozo relatou a ligação do candidato derrotado à Presidência José Serra (PSDB) a Dilma no domingo. "Foi uma conversa cortês. Pelo que ela nos informou, o José Serra a congratulou-a pelas eleições", disse. "Daqui para a frente é diálogo, é superar qualquer situação que possa ter ocorrido durante a campanha." Dilma recebeu ligações de presidentes de países entre domingo e esta segunda-feira e deve retribuir nesta tarde, auxiliada por Marco Aurélio Garcia.

Questionado se será indicado por Dilma ministro da Justiça, Cardozo deixou o assunto em aberto. "A ministra vai definir com tranquilidade a sua equipe. Não existe ninguém cotado nem referenciado para nada", disse.

Equipe de transição de Beto Richa terá diagnóstico sobre a atual situação do governo do estado até 15 de novembro

Prazo foi estabelecido por Beto Richa. "Não podemos perder tempo. Vamos começar a trabalhar desde o primeiro momento"

A equipe de transição criada pelo governador eleito Beto Richa, composta por técnicos e especialistas nas diversas áreas da administração estadual, terá concluído um novo diagnóstico do Estado até 15 de novembro. O prazo foi estabelecido por Richa. “Não podemos perder tempo. Vamos começar a trabalhar desde o primeiro momento e, para isso, precisamos ter em mãos, o quanto antes, esse diagnóstico”, diz Richa.

Por sugestão do governador Orlando Pessuti, a equipe de transição que representará o atual governo começará a trabalhar em conjunto com a equipe de Richa no dia 3 de novembro. “Muitas informações já são conhecidas, até porque foram colhidas antes, para subsidiar a elaboração do plano de governo apresentado durante a campanha eleitoral”, explica Carlos Homero Giacomini, coordenador da equipe criada por Richa. “Mesmo assim, esperamos contar com a cooperação dos membros do atual governo no repasse ágil das informações que forem solicitadas”, acrescenta. Beto Richa também voltou a percorrer o Estado para confirmar as demandas regionais.

O trabalho da equipe de transição de Richa foi dividido em 11 áreas:

— Planejamento, Gestão e Finanças

— Educação, Ciência e Tecnologia

— Saúde

— Desenvolvimento Econômico

— Governo e Comunicação

— Infraestrutura

— Assistência Social

— Justiça, Segurança e Ordem Jurídica

— Agricultura e Meio Ambiente

— Cultura, Esporte e Juventude

— Tecnologia da Informação e da Comunicação

Também estão sendo acompanhadas Mensagens do Governo ao Legislativo, compras e contratos de serviço, prazos de vencimento e renovação de contratos e licitações. “Nosso objetivo é evitar, na troca de governos, qualquer risco à continuidade de serviços essenciais, como o fornecimento de medicamentos de uso controlado na Saúde e a garantia de segurança e coleta de lixo no Litoral”, diz Giacomini.


EQUIPE DE TRANSIÇÃO

Carlos Homero Giacomini
Médico pediatra, foi presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap); presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC); e secretário municipal de Recursos Humanos. É secretário municipal de Planejamento de Curitiba.

Deonilson Roldo
Jornalista, foi secretário municipal de Comunicação de Curitiba e chefe de Gabinete do prefeito Beto Richa.

Ivan Bonilha
Advogado, ex-Procurador Geral do Município de Curitiba, integrou os conselhos da OAB-PR e do Instituto dos Advogados do Paraná e foi vice-presidente do Fórum dos Procuradores gerais das capitais.

Luiz Eduardo Sebastiani
Economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Foi presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná e representante do Paraná no Conselho Federal de Economia. É o atual secretário municipal de finanças de Curitiba e presidente da Associação Brasileira de Secretários de Finanças das Capitais.

Norberto Anacleto Ortigara
Engenheiro agrônomo, foi secretário municipal de Abastecimento de Curitiba, e diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado do Abastecimento (Seab).

Ademar Traiano
Deputado estadual, é líder do PSDB e integra a comissão como representante da Assembleia Legislativa.

POSSE
Beto Richa será empossado em cerimônia na Assembléia Legislativa, em 1º de janeiro. A transmissão do cargo será em seguida, no Palácio Iguaçu, que deve ser reinaugurado em 19 de dezembro. As obras de reforma do edifício estão em fase final e devem ser concluídas até 30 de novembro.

Beto Richa apresentou sugestões de emendas ao orçamento a Bancada Federal


O governador eleito do Paraná, Beto Richa, apresentou à bancada federal paranaense nesta segunda-feira (1) uma lista de obras para as quais pediu apoio na apresentação de emendas ao Orçamento Geral da União de 2011. “Sugerimos aos congressistas paranaenses um conjunto de obras que coincidem com o planejamento do Governo do Paraná para 2011 e anos seguintes”, afirmou Richa, ao lado do vice-governador eleito, Flávio Arns. “Esta é uma demonstração do nosso interesse em fazer uma gestão compartilhada com todos aqueles que têm propostas e idéias para o desenvolvimento do Estado.” O conjunto de propostas soma R$ 771 milhões.

Richa participou de reunião da bancada federal com representantes de entidades paranaenses das áreas de saúde, educação e segurança, na Fecomércio, em Curitiba. Os projetos apresentados estão no Plano de Governo do governador eleito e incluem obras de urbanização, rodovias, ferrovias, portos, saneamento, saúde, segurança e educação. O Paraná tem direito a apresentar 20 emendas de bancada, 3 de remanejamento e 17 de apropriação (individuais). O coordenador da bancada federal do Paraná, deputado federal Alex Canziani (PTB), disse que nos últimos anos os deputados se ressentiram da falta da liderança do governador na busca de recursos para o Estado, mas que, com Richa, abre-se uma nova perspectiva, pautada pela união, pelo entendimento, que busca agregar esforços. “Nossa bancada estará sempre unida em favor do Paraná. Estamos todos à disposição para transformar sonhos em realidade neste Estado”, disse Canziani.


“Perfil de trabalho próximo das lideranças”


A reunião, convocada por Canziani, teve a participação da senadora eleita Gleisi Hoffman (PT), do presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac, Darci Piana, e dos deputados federais com mandato e eleitos Ricardo Barros (PP), Cida Borghetti (PP), Ratinho Júnior (PSC), Eduardo Sciarra (PSDB), Osmar Serraglio (PMDB), Fernando Francischini (PSDB), Leopoldo Meyer (PSB), Luiz Carlos Setim (DEM), André Zacharow (PMDB), Cássio Taniguchi (DEM), Nelson Padovani (PSC), Sandro Alex (PPS), Rubens Bueno (PPS), Alceni Guerra (DEM), Rosane Ferreira (PV), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Reinhold Stephanes (PMDB) e Alfredo Kaefer (PSDB).


A senadora eleita Gleisi Hoffmann disse que o Paraná não terá senadores de oposição. “O governador sempre poderá contar comigo naquilo que for do interesse do nosso Estado”, disse Gleisi. O deputado federal reeleito Ratinho Junior (PSC) disse que a reunião de Richa com a bancada paranaense neste momento é importante. “O governador Beto Richa tem um perfil de trabalho mais coletivo, de estar próximo das lideranças, e isso facilita bastante a conexão entre o governo do Estado e os deputados eleitos, para que possamos juntos buscar os recursos no governo federal, que é onde está a grande fatia do orçamento do país”, afirmou Ratinho Junior.

Também participaram do encontro com a bancada federal o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e representantes do Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público, Governo do Estado, as universidades Federal (UFPR) e Tecnológica Federal (UTFPR) e as estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM), dos hospitais Cajuru, Pequeno Príncipe, Erasto Gaertner e Evangélico e Polícia Rodoviária Federal.


SUGESTÕES DO GOVERNADOR
Principais projetos para os quais Beto Richa pediu o apoio da bancada federal paranaense na apresentação de emendas ao Orçamento Geral da União 2011.


SAÚDE

• Construção, reforma, ampliação e aquisição de equipamentos para Centros Regionais de Atenção Especializada: R$ 70 milhões

• Equipamentos para a rede de hospitais públicos do Estado: R$ 5 milhões

• Construção, reforma, ampliação e aquisição de equipamentos para Hospitais Universitários: R$ 30 milhões

SEGURANÇA

• Equipamentos para a Polícia Militar: R$ 20 milhões

• Construção de presídios: R$ 40 milhões

EDUCAÇÃO

• Ampliação e reforma na rede escolar do Estado: R$ 80 milhões.

RODOVIÁRIO

• Patrulhas mecanizadas para manutenção de estradas: R$ 40 milhões

• Implantação de via marginal, intersecções em desnível e passarelas para pedestres no Contorno Rodoviário Sul de Curitiba: R$ 10 milhões

• Apoio a projetos de estradas de ligação de municípios ao sistema viário pavimentado existente: R$ 50 milhões

• Linha Verde Sul — BR 476 entre Km 139,679 e Km 142,800, em Curitiba:
R4 45 milhões.

FERROVIÁRIO

• Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Projeto Executivo de Engenharia, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA) para implantação do Contorno Ferroviário da Região Metropolitana de Curitiba: R$ 10 milhões.

PORTOS

• Melhorias no Porto de Paranaguá: R$ 30 milhões

SANEAMENTO

• Ações de controle de enchentes, e recomposição da Área de Proteção Permanente (APPs) em bacias hidrográficas: R$ 150 milhões

• Ampliação da Rede de Esgoto no Paraná: R$ 63 milhões

• Melhorias em sistemas de abastecimento de água no Paraná: R$ 18 milhões


URBANIZAÇÃO

• Apoio à urbanização e assentamentos precários: R$ 60 milhões

TOTAL: R$ 771 milhões

Pronunciamento do Serra após a vitória da Dilma

Pronunciamento da Dilma após a vitória

O Beto Richa, o Paraná e a eleição da Dilma


Aqui no Paraná o Beto foi o grande vitorioso ao contrariando toda as pesquisas se eleger governador e no segundo turno proporcionalmente dar mais mais votos ao Serra do que ele teve em seu próprio estado, o que demonstra a sua grande força política junto ao povo. Em São Paulo o Serra obteve 54% e a Dilma 46% e aqui no Paraná obteve 55,44% dos votos válidos contra os 44,56% da Dilma. “É um bom número. nós conseguimos mais que dobrar a votação do primeiro para o segundo turno. Fico agradecido aos paranaenses”, disse ele.

O Beto atribuiu a vitória da Dilma a falta de objetividade na apresentação das propostas de governo pelo Serra, o que levou a uma boa parte do eleitorado a não entender o que propunha, como também a forte intervenção do presidente Lula, no alto de sua popularidade, na campanha da sua candidata.

O Beto como republicano espera do governo federal o mesmo tipo de atitude ao gerenciar o que é de todos. Durante o governo Lula enquanto prefeito, teve o mesmo tipo de atitude, pois sabe muito bem diferenciar o que é do interesse da população do estado do discurso partidário. Ele espera que a Dilma tenha uma maior e melhor postura nacional desenvolvimentista para o país do que teve o atual governo, que submetido ao interesses do grande capital especulativo manteve por causa da política cambial flutuante e a excessiva abertura ao capital especulativo a super valorização do real as altas taxas de juros.

O novo governo do Paraná possui o seu projeto de desenvolvimento econômico e social e espera que pela construção de boas relações republicanas os interesses do povo esteja nas relações com o novo governo federal acima das contradições de cunho partidário.

Em relação a futura participação do estado na divisão do bolo tributário nacional, otimista com o futuro e acreditando na competência da futura equipe e na boa relação com a bancada paranaense em Brasília na busca de interesses comuns, ele disse :

“O Paraná tem sido historicamente relegado a segundo plano na divisão do bolo tributário nacional. É hora de reverter a situação. Com competência técnica na elaboração de projetos e liderança política positiva, vamos ampliar as transferências e recursos federais destinados ao Estado, além de garantir maior efetividade às emendas dos parlamentares paranaenses”

“Não faço oposição. Meu partido faz oposição no Congresso Nacional, que o local adequado para esse tipo de posicionamento. Papel do Executivo é governar e buscar parcerias com outras esferas de governo”

Como é que fica a economia do Brasil com a Dilma eleita?

Carlos Molina

A triste campanha e especulações quanto ao futuro governo

Entre egocentrismos, fundamentalismos evangélicos, integrismos católicos e arroubos desenvolvimentistas sobrevivemos ao segundo turno e a nossa República em construção, embora o Lula tenha uma grande resistência em aceitar e por isto chora ao som da “Valsa do Adeus” misturada com “Garçom” e Canto Gregoriano, poderá não ter a face dele.

O Lula, que se colocou acima de tudo, inclusive do próprio partido, aos pouco perderá importância em um governo onde a maior bancada a dar sustentação ao novo governo no Congresso será a do PT, que somado aos pequenos partidos com menos ambições de poder deixa nesta Casa menor a importância do PMDB, pois ele será menos decisivo do ponto de vista da garantia da governabilidade.

O Sarney, o grande mentor deste “novo” PMDB, que em seu fisiologismo pouco tem do “MDB Velho de Guerra”, embora seu partido deva manter a presidência, deixará de ser o todo poderoso de um Senado onde o Tuma não fará mais parte como também as micros oligarquias das regiões Norte e Nordeste, saem eleitoralmente desprestigiadas. O PT, somado aos partidos mais a esquerda (PDT, PSB, PC do B, etc.), deverá ter o controle da mesa, o que fará o presidente virar uma verdadeira rainha Elizabeth.

O novo senado, mais a esquerda, poderá propiciar um quadro favorável a um novo discurso por parte da Dilma, que espero que reflita no poder interventor do estado no Banco Central e que este abandone o lesivo modelo ortodoxo do câmbio flutuante, onde o próprio mercado impõe suas regras imperiais, e passe a intervir no valor da nossa moeda, hoje super valorizada perante o dólar. Também espero que este governo diminua os impostos, aumente a taxação sobre o capital especulativo e em conjunto diminua o criminoso e lesa pátria juro hoje cobrado. Este em conjunto com outros fatores nos leva a desindustrialização, e com ela a menor agregação de valores e a maior dependência da importação de produtos industrializados do mercado externo por não termos preços competitivos nem no mercado interno e muito menos no exterior.



Super valorização do real

O real precisa se desvalorizar e o juro real tem de cair. O risco de um longo período de câmbio valorizado e juros muito acima do padrão internacional é de o País se tornar mero exportador de commodities.
Por imposição do mercado especulativo internacional, que com a cumplicidade dos dirigentes políticos locais controla grande parte destas economias nos países em desenvolvimento, aqui no Brasil o mercado financeiro apresenta uma tendência equivocada de valorização do câmbio, o que propositalmente e não por um equívoco é prática muitas vezes defendida como instrumento de combate à inflação, mera falácia.
A realidade é que as economias dessas nações, tal qual o Brasil, de forma antinacional e popular estão cada vez mais escancaradas ao ingresso de recursos externos especulativos, sobretudo pela via financeira, e isto valoriza ainda mais o câmbio e aprofunda o problema econômico interno ao gerar a rapineira dependência a especulativa moeda volátil do capital internacional. O lucro excessivo dos bancos gerando desindustrialização, baixos salários, pouca poupança, inadimplência e miséria.



Como será o futuro governo em relação a China e os EUA?

Embora a Dilma tenha sido eleita usando como máscara o egocentrismo do “Lula espetáculo de desenvolvimento”, esperamos que ela governe de forma republicana e rompa com o que este governo atual tem de atrasado e dependente do ponto de vista da política econômica. Caso ela tome o caminho republicano soberano desenvolvimentista, soberano e auto-sustentável, tenho a máxima certeza de que ela também contará com o apoio de vários segmentos da oposição, tal qual o do Serra, da Marina e até o do Plínio, assim formando um governo politicamente estratégico em defesa dos interesses nacionais e populares.
Caso isto não ocorra e do ponto de vista internacional da economia o que está sendo previsto aconteça, tal qual o começo da recessão chinesa, pois a China com o encolhimento do mercado externo tende a importar menos produtos primários (commodities) e pelo dumping forçar a exportação de seus produtos industrializados , o que afetará ainda mais a nossa frágil e combalida economia nacional.

Os nossos produtos industrializados hoje praticam preços pouco competitivos e com isto somado a futura redução das exportações de commodities o quadro da nossa balança comercial ficará extremamente agravado, tal qual também ficará o nosso mercado interno pelo esgotamento pelo excessivo endividamento da população. A onda artificial de consumo provocada pela abertura das linhas de crédito para os de baixa renda já está atingindo ao teto e a inadimplência em massa começa a se fazer presente, o que implica na diminuição do consumo interno em conjunto com um mercado externo fechado pelos preços que praticamos e pela recessão provocada pela crise internacional em andamento. A médio prazo, caso não venhamos a tomar do ponto de vista do mercado firmes atitudes preventivas protecionistas, que caso a política econômica do governo Lula tivesse sido séria já teriam sido tomadas a muito tempo, seremos esmagados pela guerra cambial internacional causada pela luta econômica entre as principais economias na busca de novos e na manutenção de tradicionais mercados.

 
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