sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aposentadoria, uma realidade a ser encarada pelas empresas

Por Paula Araujo
Presentes em grandes empresas e vistos como parte integrante do processo de investimento na relação empresa/empregado, os programas de preparação para a aposentadoria ajudam no cumprimento das responsabilidades sociais e constituem boas ferramentas gerenciais. Além de obter informações adequadas sobre a aposentadoria, os trabalhadores podem, por meio dos programas, tomar conhecimento sobre atividades a serem desenvolvidas após a chegada do tão sonhado descanso.

“Em geral, esses programas trazem à tona uma reflexão sobre as alternativas ao processo da aposentadoria, fazendo com que muitos funcionários comecem a desenhar projetos de vida que contemplem suas capacidades profissionais e, principalmente, uma valorização dos talentos individuais”, explica a gerontóloga Maria Angélica Sanchez.

Segundo o psicólogo e consultor de RH Aguinaldo Neri, cada programa tem um objetivo diferente. Enquanto alguns são “meramente reflexivos”, outros são mais informativos. “Aos poucos, chegamos aos programas mais comprometidos com este segmento de trabalhadores que se aposenta e assume objetivos de desenvolvimento e preparação para esta fase da vida. São programas que influenciam áreas da vida tais como a educacional, a familiar, a social, a profissional, a da saúde e a espiritual”, conta Neri, dono da Aguinaldo Neri Consultoria, empresa especializada no assunto. Pode-se destacar, de acordo com ele, o desenvolvimento pessoal na maturidade profissional como o maior objetivo a ser alcançado pelo projeto.

Mais presentes na rotina das empresas brasileiras a partir dos anos 1970, os programas de preparação para a aposentadoria afetam a imagem das corporações e as condições de sustentabilidade, conforme afirma Aguinaldo Neri. Alguns deles já fazem parte da identidade das empresas, tornando-se bem conhecidos, como é o caso do projeto da Petrobras. Em vigor desde 1989, o programa é resultado do mapeamento de práticas de outras empresas. Atualmente, o projeto inclui plano de previdência complementar, plano de classificação e avaliação de cargos e outros benefícios. A participação do empregado acontece de forma voluntária.

Segundo o advogado Luiz Mazeto, a Lei do Idoso (8.842/94) registra que, no que diz respeito ao trabalho e à previdência social, é de competência dos órgãos e entidades públicas a criação e a manutenção de programas de preparação para a aposentadoria. De acordo com a norma, o serviço deve ser estimulado tanto no setor público quanto no privado, com antecedência de dois anos do afastamento do empregado.

Na opinião de Aguinaldo Neri, um programa que pode ser destacado como exemplo é o “Novotempo”, da CPFL de Campinas. “Ele tem compromissos com objetivos desensibilização, informação e também preparação efetiva tanto para a decisão quanto para a transição da aposentadoria”, explica. Segundo ele, aspectos genéricos e específicos são levados em conta neste programa, o que permite à empresa atender às mais variadas necessidades dos empregados.

Para quem pensa que a aposentadoria é algo que deve permear somente a cabeça dos mais velhos, Aguinaldo Neri aconselha: “A preocupação com este assunto deve estar presente desde o primeiro salário, sem exagero nenhum”.

Commodities têm forte queda com rumor de alta de juros na China

Filipe Domingues/AE

SÃO PAULO - Os rumores de que a China está preparando uma nova elevação da taxa de juros estão derrubando os preços das commodities nesta sexta-feira, 12. Dados divulgados ontem mostraram que os preços ao consumidor na China subiram 4,4% em outubro, ou seja, em ritmo mais rápido do que o esperado. Isso poderia forçar um aperto monetário por parte do banco central chinês, além de medidas para conter o crescimento, afetando diretamente a demanda por commodities. A China é um dos maiores compradores de commodities como petróleo, cobre e soja. Embora os grãos e os metais tenham subido ontem e nos últimos dias de um modo geral, estão mergulhando hoje.

Há pouco, o preço do petróleo em Nova York caía 3,5%, para US$ 84,71 o barril. Mesmo o ouro, que costuma ser um porto seguro dos investidores em momentos de maior cautela, está recuando cerca de 1%, para US$ 1.389 a onça troy. Em Nova York, todas as soft commodities registram perdas hoje. O açúcar demerara despencava 5,7%. O café arábica caía 1,7%. E em Chicago, a soja lidera as perdas, em baixa de 2,7%.

Segundo o estrategista de mercado Matt Zeman, da corretora LaSalle Futures Group, "qualquer passo que a China der para desacelerar sua economia vai ser sentido globalmente. É um enorme consumidor". A segunda maior economia do mundo já aumentou o compulsório dos bancos, num esforço para limitar os empréstimos e conter uma eventual bolha. No mês passado, também subiu as taxas de juros e apertou o controle sobre a entrada de capital estrangeiro no país. De acordo com o jornal Securities Times o país também restringiu o investimento estrangeiros no mercado imobiliário.

Especulação

Alguns analistas avaliam que a forte desvalorização das commodities hoje demonstra a fragilidade da expressiva alta recente. "Alguns desses mercados deram passos maiores do que as pernas", disse o diretor de gerenciamento da TrendMax Futures, Zachary Oxman.

"O dólar está se depreciando e ainda assim as commodities estão caindo. Deve ser muita realização de lucro", explicou Oxman. A queda do dólar tende a pressionar as cotações das commodities, que ficam mais caras para investidores que usam outras moedas. O fato de o banco central dos Estados Unidos ter decidido injetar US$ 600 bilhões na economia é o principal motivo da fraqueza da moeda americana. Há pouco, o índice dólar recuava 0,30%.

Embora a volatilidade dos mercados agrícolas seja muito criticada por alguns observadores do mercado, entre outros motivos porque interfere diretamente nos preços dos alimentos, há quem defenda a participação dos especuladores. Em artigo publicado em seu website, a revista The Economist critica a tendência de controle excessivo sobre os especuladores. A revista diz que os investidores institucionais e fundos de hedge estão recebendo mais atenção do que deveriam.

Os críticos da especulação nas commodities acusam esses traders de provocar bolhas nos mercados e embolsar lucros. Mas a Economist descarta que eles manipulem o preço das commodities e diz que qualquer distorção causada pelos especuladores é compensada pelo fato de que beneficiam os mercados criando mais liquidez além de tornar mais eficientes as estratégias de hedge dos produtores e compradores de matérias-primas agrícolas. De acordo com o artigo, são os fundamentos de oferta e demanda que direcionam os preços das commodities. Com informações da Dow Jones.

Hauly pede investivação sobre o banco de Silvio Santos






Da Assessoria

O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) junto com o líder da minoria Gustavo Fruet (PSDB-PR) encaminhou representação ao Ministério Público para investigação e esclarecimento sobre a fraude no Banco Panamericano e a compra da instituição bancária pela CEF, divulgada pela mídia.

De acordo com as reportagens publicadas nesta quarta-feira,10, a CEF comprou 35% do Banco Panamericano por R$ 739,2 milhões, valorizando o banco em R$ 2,1 bilhões. A operação de compra foi aprovada pelo Banco Central esse ano, e logo surge a denúncia de que o balanço tinha créditos fictícios de R$ 2,5 bilhões, o que na avaliação do deputado Hauly é um absurdo para uma instituição financeira que tem ativos de R$ 12 bilhões. “É um rombo impressionante, uma fraude contábil de proporção inimaginável”, disse o deputado.

BNDES financia retrocesso do aparelho produtivo, que deve prosseguir no próximo governo

Valéria Nader e Gabriel Brito

Contrastando com a notável indiferença e apatia popular no atual cenário pré-eleitoral, o aparente êxito de nossa economia tem provocado exaltadas análises de membros do governo e de parte da mídia associada. O Correio da Cidadania conversou com o economista e professor da UFRJ Reinaldo Gonçalves, que vai na contramão da homogeneidade das análises mais difundidas, satisfeitas com os atuais resultados macroeconômicos.

Para o economista, a visão econômica unipolar deverá prevalecer, com prioridade aos ‘vencedores’ do pacto lulista de governo: bancos, agronegócio e o setor de infra-estrutura. Está claro, ademais, que nenhum candidato da ordem discorda de tais diretrizes.

Quanto ao BNDES, tão em alta nos últimos anos por conta de sua atuação decisiva na concessão de financiamentos para a consecução de inúmeras fusões em diversas áreas do setor produtivo nacional, Gonçalves faz importantes ressalvas. Acredita que o banco vai no sentido oposto ao da época de sua criação, pois "não financia um processo de acumulação com progresso técnico, nem uma mudança estrutural no modelo produtivo, e sim um retrocesso do aparelho produtivo". Concentra sua atuação naquilo que o próprio economista já caracterizara como ‘reprimarização’ da economia nacional.

Entrevista:

Correio da Cidadania: Como você avalia o cenário pré-eleitoral, no que diz respeito às propostas dos principais candidatos, Serra, Dilma e Marina, para a condução da economia do país? Há alguma diferença substancial entre esses candidatos?

Reinaldo Gonçalves: Não há nenhuma diferença marcante. Existe muita ausência de identificação de propósitos, ou seja, os candidatos se comprometem o mínimo possível com pontos fundamentais.

Outra coisa é que não há um projeto claro de desenvolvimento do país por parte dos candidatos.

Correio da Cidadania: Quanto especificamente ao PT e ao PSDB, você enxerga retrocesso maior em algum desses partidos relativamente ao outro, no que diz respeito ao reforço do agronegócio, reprimarização de nossa economia, bem como retomada das privatizações tradicionais, com a venda do que resta do patrimônio público?

Reinaldo Gonçalves: Nesse sentido, tampouco há diferença entre os candidatos do PT e do PSDB, tanto em relação às políticas econômicas como a projetos implícitos de desenvolvimento, que de uma forma ou outra se deduz serem do mesmo tipo.

Não faz a menor diferença votar em um ou outro nesse aspecto.

Correio da Cidadania: A candidata Marina representa, a seu ver, uma alternativa aos projetos tucanos e petistas? O caráter ambiental da candidatura poderia inspirar novos paradigmas econômicos, a partir, dentre outros, de uma reavaliação do papel do agronegócio em nosso país?

Reinaldo Gonçalves: De forma nenhuma. Na verdade, ela tem os defeitos de todos os outros e nenhuma qualidade que a diferencie dos demais. Eu diria que é uma candidatura fraca e absolutamente inexpressiva.

A candidata Marina ficou vários anos no governo Lula e, em momento algum, se posicionou de forma clara e aguda contra a promoção do modelo de reprimarização da economia brasileira, que tem impactos negativos no meio ambiente. Em nenhum momento marcou posição nos assuntos de agronegócio, pecuária, pré-sal, ou seja, o período dela foi de atuação fraca e apagada, por isso a candidatura é inexpressiva.

Correio da Cidadania: O papel do BNDES, sob direção do economista Luciano Coutinho, tem sido muito criticado pela oposição e alguns veículos de comunicação, sob o argumento de estar recebendo vultosos recursos do Tesouro para privilegiar alguns poucos grupos e setores econômicos, reforçando sua atuação monopolista. O que pensa da atuação do banco e respectiva crítica?

Reinaldo Gonçalves: A crítica é merecida e deve ir além. Em primeiro lugar, o BNDES deu andamento a um processo agudo de concentração e centralização de capital, cuja conseqüência é mais poder econômico nas mãos de um número menor de grandes empresas, afetando o emprego, empresas, especialmente familiares, e até o poder político, ou seja, as políticas do banco caminham no sentido de enfraquecer a democracia no país.

Além dessa questão da concentração de capital, a maior parte dos investimentos do BNDES foi focada na exportação de produtos primários, reforçando o projeto de reprimarização, com o modelo de crescimento que traz empobrecimento, leva a população aos grandes centros e cria dependência de commodities.

A terceira crítica é sobre o fato de transferir fundos dos trabalhadores para financiar projetos do grande capital, através do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador -, por exemplo.

A quarta crítica que faço é sobre o banco financiar a internacionalização de empresas no Brasil, o que na verdade caracteriza fuga de capitais. Ou seja, boa parte dos grupos que entram no Brasil conta com financiamento do BNDES para exportar capital, o que não traz nada ao país. É muito mais uma estratégia de diversificação do patrimônio, repetindo um fenômeno muito conhecido na América latina, com grupos familiares mandando seu dinheiro para o exterior a fim de ter mais proteção, já que alguns locais têm regras diferentes do Brasil.

Portanto, momentaneamente, o BNDES está suprindo essa internacionalização, leia-se, diversificação geográfica do patrimônio das famílias e grupos mais ricos, que controlam as maiores empresas. Enquanto alguns setores, como a pecuária, o agronegócio, a infra-estrutura, são privilegiados, outros setores são negligenciados.

Dessa forma, temos críticas contundentes a essa gestão do BNDES e o papel que a instituição tem desempenhado. Ou seja, os problemas vão muito além do que foi colocado inicialmente. Quanto a este financiamento a empresas estrangeiras que operam no Brasil, as vantagens que lhes são oferecidas para atender suas vontades específicas são um absurdo. O governo Lula, assim como o de FHC, lhes deu uma mão muito grande através do BNDES.

Correio da Cidadania: Ao mesmo tempo, o atual governo defende a atuação do banco como muito relevante, na medida em que estaria reforçando o papel indutor do Estado no desenvolvimento, retomando a função original dessa instituição financeira – função esta que é inclusive um dos alvos de crítica da oposição mais conservadora. Como você enxerga este ‘paradoxo’?

Reinaldo Gonçalves: Na verdade, o grande contraste é que, na origem do banco, nos anos 50, 60 e 70, o que o governo financiou foi uma mudança estrutural na economia brasileira, no sentido de dar uma ‘subida na escala’, ou seja, alcançando um modelo que beneficiasse exportações e preenchesse nossa matriz com produtos mais elaborados, tornando nossa economia mais sofisticada e competitiva.

O BNDES de hoje faz exatamente o contrário. Ele não financia um processo de acumulação com progresso técnico, nem mudança estrutural no modelo produtivo, e sim um retrocesso do aparelho produtivo.

Portanto, enquanto em sua origem o BNDES financiava o desenvolvimento, uma mudança estrutural na produção, o banco de hoje vai no sentido contrário, estimulando os interesses de reprimarização da economia e o modelo liberal-periférico implantando especialmente nos últimos dois períodos presidenciais.

Assim, além de financiar grupos econômicos retrógrados, o banco vai na direção contrária àquela que o impulsionava nas décadas de 50 e 60, no que se refere ao incentivo ao capital produtivo brasileiro. Essa é uma crítica contundente que não pode ser esquecida.

Correio da Cidadania: Qual seria a diferença na gestão do BNDES entre eventuais gestões Serra ou Dilma, a seu ver?

Reinaldo Gonçalves: Tenho a impressão de que, com o Serra, seria impossível segurar a pressão de grandes grupos brasileiros; seria tão sensível quanto o governo atual. Não tenho razão para imaginar por que um governo atenderia menos que outro a tais pressões.

Correio da Cidadania: Com uma tendência eleitoral nitidamente mais favorável à candidata petista, esta já saiu a campo com declarações de que fará novos ajustes na economia em um eventual governo, com aperto fiscal e arrocho salarial para o funcionalismo público. Como encara esta postura? Trata-se da ‘Carta aos Brasileiros’ de Dilma?

Reinaldo Gonçalves: Exato. Na realidade, seria um bilhete aos brasileiros, não uma carta, pois se trata de uma candidatura muito frágil. Trata-se, ademais, de candidatura que está entre as forças que, sob orientação do Lula, fizeram essa capitulação em 2002, com a Carta aos Brasileiros, agora reescrita em forma de bilhete, de modo a transmitir que temos pela frente a continuidade do modelo liberal-periférico, com a consolidação dos setores dominantes, como o agronegócio, os bancos, e agora os grupos estrangeiros.

Prova disso é que essa candidatura não registra nenhum problema de financiamento.

Correio da Cidadania: Finalmente, o que pensa do atual cenário internacional? Após os últimos episódios de crise em países europeus, não estamos na iminência de uma nova crise? Como o Brasil seria impactado neste momento?

Reinaldo Gonçalves: O cenário internacional está marcado por incertezas, ficando difícil fazer previsões críticas. Houve um certo otimismo até maio, mas, com os acontecimentos na Europa, EUA e a desaceleração da China (a locomotiva), tivemos resultados inferiores ao esperado, contrastando com um quadro que se desenhou no final do ano passado e primeiro trimestre deste ano.

O fato concreto é que a economia internacional caiu em recessão profunda desde 2008, e a recuperação não está garantida e nem consolidada. Portanto, seguirão várias turbulências e incertezas quanto à renda, ao comércio, aos mercados financeiros, em toda a economia internacional.

No ano passado, o Brasil já teve uma queda de renda, grandes grupos econômicos faliram, e isso certamente pode ocorrer em proporção maior se a crise voltar. Pela simples razão de que a vulnerabilidade externa aumentou no período; nosso passivo externo aumentou, nossas reservas baixaram.

Ou seja, estamos muito desprotegidos. Com essa reprimarização, ficamos muito mais dependentes estruturalmente da economia mundial. E com a globalização financeira – por exemplo, os estrangeiros têm a posse de 40% da bolsa -, o investidor estrangeiro compra títulos de curto prazo e o Brasil fica vulnerável, como mostra o passado recente, com menos capacidade de resistência a fatores externos.

Guaranis promovem terceiro encontro internacional

Brasil de Fato

Entre 15 e 19 de novembro, os indígenas estarão reunidos no Paraguai para insistir no cumprimento dos seus direitos

Indígenas do Paraguai, Bolívia, Brasil e Argentina realizam entre os dias 15 e 19 de novembro o 3º Encontro Continental do Povo Guarani em Assunção, no Paraguai.

O evento tem como objetivo principal, segundo os organizadores, insistir no efetivo cumprimento dos direitos dos povos indígenas, consagrados nas Constituições e Convênios Internacionais ratificados pelos países, a fim de garantir o direito à terra e ao território para sua reprodução social e cultural.

Estarão em debate, entre outros temas, autodeterminação dos povos indígenas, ferramentas jurídicas para a defesa da terra e do território; autogestão e governabilidade dos povos; e articulação continental do povo Guarani.

Entre as entidades que apoiam o encontro estão a Coordenação Nacional da Pastoral Indígena (Conapi), do Paraguai; a Equipe Nacional da Pastoral Aborígene (Endepa), da Argentina; a Rede de Entidades Privadas a Serviço dos Povos Indígenas, do Paraguai; e Conselho Indigenista Missionário (Cimi), do Brsil.


Histórico

Os dois primeiros encontros foram organizados e realizados no Brasil, como um espaço de encontro e busca de uma articulação dos Guarani na região do Cone Sul.

O primeiro encontro ocorreu em fevereiro de 2006, no município de São Gabriel (RS) e teve com ponto de partida os 250 anos da morte do líder Sepé Tiaraju e de seus 1,5 mil soldados. Do encontro resultou a Campanha Guarani, com a articulação de várias organizações sociais.

A segunda mobilização aconteceu em Porto Alegre (RS), em abril de 2007, e teve como tema principal Ywy Rupá (como os indígenas denominam o território Guarani), que foi dividida, estabelecendo fronteiras entre países e estados. A partir dessa mobilização surgiu a campanha internacional Povo Guarani, Grande Povo; Vida, terra e futuro.

Grupo Vocal Curitibôcas apresenta Show “Acontece” 19 e 20/11/10 - Paço da Liberdade


InVerso Comunicação

Show “Acontece” retrata as cores e ritmos da MPB de todos os tempos


“ACONTECE” é o show do Grupo Vocal Curitibôcas, que propõe retratar as cores e ritmos da música popular brasileira de todos os tempos, com conteúdo divertido e emocionante, envolvendo os amores, intrigas e as façanhas que fazem parte do relacionamento entre homens e mulheres, como em nossas vidas. . . ACONTECE!

Esta apresentação tem a finalidade de divulgar a qualidade musical do Grupo e contribuir para a valorização da música popular brasileira. O show conta com a regência de Dirceu Saggin e arranjos criados exclusivamente para o grupo, com composições do melhor da MPB, de Pixinguinha, passando por Cartola, Noel Rosa, Assis Valente, João de Barro, Braguinha, Maurício Carrilho, Paulo Cesar Pinheiro, entre outros, além de marcar uma nova fase do grupo pela irreverência e pelo novo visual mais descontraído.

A abertura do show contará com a presença do Grupo Vocal Nós em Voz, também regido por Dirceu Saggin. O Grupo formado por jovens cantores se destaca no cenário musical por sua recriação e interpretação de obras de diversos compositores.

O espetáculo será realizado em Curitiba, nos dias 19 e 20 de novembro, no Paço da Liberdade, às 20h e os ingressos estarão à venda na Paidéia – Escola de Música e na hora na bilheteria do Teatro.

Show Curitibôcas - 19 e 20/11
sexta, 19 de novembro de 2010 às 20:00
Paço da Liberdade - Praça Generoso Marques, 189

Nos dias 19 e 20 de novembro, o grupo vocal Curitibôcas apresenta o show "Acontece", no Paço da Liberdade. O show propõe retratar as cores e ritmos da música popular brasileira de todos os tempos, com conteúdo divertido e emocionante. Informações: 41-3234-4200. Mais informações http://migre.me/27Hhf

Hipopótamo salva-vidas resgata filhotes de gnu e zebra em rio

BBC

Turistas em um safári na África ficaram boquiabertos ao testemunhar um hipopótamo resgatando outros animais durante a travessia de um rio infestado de crocodilos.

Os visitantes tinham ido ver a migração de um grupo com milhares de gnus, que viaja entre o Quênia e a Tanzânia em busca de novos pastos.

Durante a dramática travessia do rio Mara, uma mãe gnu foi separada de seu filho, que foi levado pela correnteza. Um hipopótamo fêmea que observava tudo perto dali foi em direção ao bebê gnu e o empurrou gentilmente até à margem.
Apenas dez minutos depois, o mesmo hipopótamo viu uma pequena zebra lutando para cruzar o rio e, novamente, a ajudou a atravessar a forte torrente.

'Episódio raro'

Os hipopótamos não são geralmente descritos como agressivos, a não ser quando acham que seu território está sob ameaça.

"Esta situação em particular é muito rara, mas essa parte do rio Mara é conhecida pela ocorrência de episódios incomuns, já que é ali que os gnus cruzam o rio cheio de crocodilos", disse o vice-presidente do David Spooner.

"No início, nosso guia Abdul Karim e os hóspedes acharam que o hipopótamo iria atacar, mas aí eles perceberam que eram os instintos maternos surgindo no hipopótamo fêmea quando ele viu o bebê gnu e o perigo representado pelos crocodilos", conta Spooner.

"O amor maternal é tão forte que pode até ultrapassar a barreira da espécie", disse o guia Abdul Karim.

Guias do também registraram o episódio e descreveram os resgates realizados pelo hipopótamo como "milagrosos" em seu website. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


Sarney rejeita rotação com PT no comando do Senado


AE

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reagiu ontem à proposta do PT de estabelecimento de um rodízio com o PMDB nas presidências da Câmara e do Senado. O PMDB defende o revezamento apenas na Câmara dos Deputados. Mas os petistas reivindicam o comando no Senado durante o biênio 2013-2014. "Essa questão é regimental", disse Sarney, por meio de sua assessoria de imprensa.

A reação do atual presidente do Senado foi semelhante a do líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), que lançou mão do regimento para justificar a manutenção da presidência nas mãos de peemedebistas pelos próximos quatro anos.

A partir de 1.º de fevereiro, o PMDB terá 20 senadores, mantendo a maior bancada da Casa. Em seguida virá o PT, com 14 senadores. Os peemedebistas alegam que o regimento do Senado prevê que a presidência da Casa fique sempre com o maior partido. Renan observou que "só a maioria do Parlamento pode revogar o regimento".

Na Câmara, não há uma regra clara determinando que a Casa tem de ser presidida pelo maior partido. O PT elegeu a maior bancada, com 88 deputados. Em segundo lugar, ficou o PMDB (79 deputados).

Socorro ao Panamericano também cobriu rombo no cartão de crédito

AE

O socorro ao Banco Panamericano não cobriu apenas o rombo dos empréstimos vendidos a outras instituições financeiras. O dinheiro também foi usado para corrigir problemas na unidade de cartões de crédito. Ontem, em audiência pública no Congresso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, trouxe à tona o segundo foco da fraude que, sozinho, foi responsável por R$ 400 milhões do rombo de R$ 2,5 bilhões.

Menos de 48 horas depois de a crise do Panamericano se tornar pública, o presidente do BC anunciou que as fraudes vão além da cessão de financiamentos e empréstimos. De acordo com ele, a unidade de cartões de crédito também registrou "inconsistências contábeis". Segundo o Estado apurou, esse problema não havia sido constatado pelos técnicos do BC e foi reportado voluntariamente pela diretoria do Panamericano.

Justiça Federal derruba liminar que suspendia prova do Enem

Da Folha.com

O Presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, derrubou na manhã desta sexta-feira a decisão que impossibilitava o prosseguimento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), após problemas encontrados na prova realizada no último fim de semana.

Na decisão, o desembargador afirmou que a suspensão do exame traria transtornos aos organizadores e candidatos de todo o Brasil.

Ele ainda afirmou que a alteração do cronograma do Enem repercutiria na realização dos vestibulares promovidos pelas instituições de ensino superior, uma vez que diversas entidades utilizarão as notas da prova.


Segundo o Tribunal Regional Federal, Faria destacou ainda o possível prejuízo de R$ 180 milhões decorrente da contratação da logística necessária à realização de um novo exame.

A suspensão do Enem havia sido determinada na última segunda-feira. Na decisão, a juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, se baseou no argumento de que o erro da impressão das provas prejudicou os candidatos. “Esses erros de impressão, de montagem e de aplicação das provas do Enem foram todos admitidos pelo Inep, o qual se manifestou sobre isso de forma pífia”, escreveu.

Ontem, a AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com um recurso. Foram enviadas informações a respeito do histórico do exame e da metodologia adotada no Enem tanto ao TRF-5 quanto para a juíza Miranda Maia.

PROBLEMAS

No sábado (6), primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nesses casos, os alunos não receberam todas as questões. Já no cabeçalho da folha de respostas recebida por todos os alunos, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas.

Ao todo, o Enem teve 4,6 milhões de inscrições neste ano. Porém, a abstenção foi de 27% no sábado e fechou o domingo em 29% –cerca de 3,3 milhões compareceram em 1.698 cidades do país. No ano passado, quando a prova vazou e foi adiada, a abstenção ficou próxima dos 40%.

A previsão do MEC (Ministério da Educação) é que os inscritos no exame concorressem a 83 mil vagas em 83 instituições federais de ensino, por meio do Sisu (sistema que destina vagas em instituições federais apenas com base na nota do Enem).

Deixaram o Silvio Santos "pelado"? Quem pagar leva o SBT!


Folha de S. Paulo

O empresário Silvio Santos atendeu ontem à noite, em sua casa, a um telefonema da Folha. Ele disse que, se alguém pagar o que ele deve ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que emprestou à sua holding dinheiro para cobrir o rombo do banco PanAmericano, pode comprar o SBT. Leia entrevista.

Folha - Eu gostaria que o sr. desse uma palavra para o público sobre tudo o que está acontecendo no banco.

Silvio Santos - Não posso porque eu assinei um termo de confidencialidade. Eu assinei um termo de conf... confidencialidade... é até difícil de falar! Não posso comentar nada. Só quem pode falar é o Fundo Garantidor de Crédito.

Folha - O sr. se encontrou com o Lula. Falou com ele sobre isso?

Silvio Santos - Que Lula?

Folha - O presidente.

Estive com ele falando sobre o Teleton [programa que arrecada recursos para a AACD]. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil [que disse que doaria].

Eu falei para ele: "Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição."

E ela ganhou do mesmo jeito.

Mas aí é que tá: agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa e não cumpriu.

Folha - E o senhor votou nela?

Silvio Santos - Eu estou com 80 anos. Você acha que eu vou sair de casa para votar? Vou votar é em mim mesmo aqui em casa.

Folha - O senhor está bem? Triste? Chateado?

Silvio Santos - Eu estou sempre bem. Você já me viu mal?

Folha - O senhor ficou surpreso com tudo o que aconteceu?

Silvio Santos - Não posso falar.

Folha - Mas o senhor coloca o seu nome e a sua história como garantia de tudo...

Silvio Santos - É claro. A holding [do grupo Silvio Santos] só recebeu R$ 2,5 bilhões porque eu dei todos os meus bens em garantia. [A operação se realizou] Como se fosse num banco particular. Mas com banco particular seria mais difícil porque os bancos particulares não querem concorrência [do banco PanAmericano].

Folha - O Bradesco não emprestaria para o seu banco, né?

Silvio Santos - É claro [que não]! Acha que o Bradesco... eu não digo o Bradesco. Mas um banco particular não vai querer me emprestar R$ 2,5 bilhões por dez anos. Vai? Até vou tentar conseguir, quem sabe?

Folha - E o ex-superintendente do PanAmericano, Rafael Palladino?

Silvio Santos - Palladino? Que Palladino? Nunca fui ao banco. Nem sei onde é o prédio. Quando tenho dinheiro, abro uma empresa no Brasil. Aplico no mercado brasileiro. Mas não sou obrigado a ficar sabendo onde é a empresa. Eu tinha uma fazenda que era a segunda maior do Brasil, a Tamakavi, e nunca fui lá. Nem vi no mapa.

A única coisa com que me preocupo é com a televisão. Eu sou investidor. Se [o negócio] der certo, deu. Se não der certo, não deu. A TV é o meu negócio. Mesmo que não desse certo, é o meu hobby.

Agora, os outros são negócios. Eu não sou obrigado a entender de perfumaria, de banco. Eu não! Isso aí eu boto dinheiro, pago bem os profissionais e eles têm que me dar resultados. E, às vezes, falham. Desta vez, falhou.

Orçamento para a Educação de Ensino Superior que será deixado pelo Pessuti é mais uma bomba de efeito retardado contra o governo Beto Richa






O Diário de Maringá

O governador eleito Beto Richa (PSDB) deverá enfrentar dificuldades com as universidades estaduais. Todas as instituições terão R$ 13 milhões a menos no orçamento de 2011.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, perderá cerca de R$ 3 milhões no ano que vem.

O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, disse que a universidade sofrerá corte de 38% nas verbas de custeio.

Traduzindo: vem aí uma nova temporada de greves e manifestações nas universidades estaduais.

Deputado André Vargas diz que novos ministros devem ser indicados pelos partidos





Elizabete Castro

O secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas, afirmou que o PT apoia Osmar e Pessuti, mas suas indicações devem ser sustentadas pelas direções nacionais do PDT e PMDB. “Ambos têm o apoio integral do PT, mas isso é insuficiente”, disse Vargas. Ele avalia que, além da articulação política, ainda há outro requisito, o técnico. “Não tenho dúvidas de que Osmar seria um grande ministro da Agricultura, mas têm que ter também a articulação política”, afirmou. Para que as chances do pedetista assumir um ministério sejam ampliadas, seu nome tem que estar na lista que o ministro do Trabalho e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, está negociando com os partidos aliados. Assim como Pessuti também deve conversar com o vice-presidente eleito e também presidente nacional do PMDB, Michel Temer, avalia Vargas. Tanto o pedetista como o peemedebista enfrentam desafios internos. A lista de Lupi permanece secreta e não há confirmação de que o nome de Osmar está nela.

O Paulinho, deputado e principal dirigente da Força Sindical, diz que Lupi no Ministério do Trabalho não representa o PDT


Cláudio Humberto


O presidente do PDT e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que não se candidatou a deputado no Rio temendo uma derrota humilhante, pediu para ficar no cargo durante o governo Dilma. Quer tanto que entrou em rota de colisão com o líder do PDT na Câmara, Paulo Pereira da Silva, que ele imagina seu rival na luta pelo cargo. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, reuniu os dois e impressionou o clima de beligerância. Paulinho disse a Dutra que não briga por cargos, mas deixou claro que Carlos Lupi não representaria o PDT no ministério, e sim ele próprio. Lupi é tão pouco ligado à presidente Dilma que nem sequer foi aceito na coordenação da campanha dela, apesar de sua insistência. Além de evitar as urnas, às quais jamais se submeteu, Carlos Lupi não conseguiu eleger qualquer candidato da sua turma, em outubro.

Osmar não vai permitir que PDT sirva de “escada” para o PMDB

Roseli Abrão/HORAHNEWS

O senador Osmar Dias não vai permitir que o PMDB use o PDT como “escada” para fortalecer sua posição na eleição da nova mesa executiva da Assembléia Legislativa. Em entrevista a este horaH, Osmar afirmou que o partido, ou parte dele, já usou seu partido para eleger a maior bancada naquela Casa sem contrapartida de apoio à sua candidatura ao governo do Estado. Que isso não voltará a acontecer.

O senador disse que o PDT até poderia apoiar uma chapa liderada pelo PMDB à presidência da Assembléia Legislativa, mas desde que todos os 13 deputados eleitos estejam comprometidos, principalmente Reinhold Stephanes Júnior, Alexandre Curi e Luiz Cláudio Romanelli, que apoiaram a candidatura de seu adversário Beto Richa.

-- Quero o compromisso deste pessoal, que tem lado, que é firme ideologicamente, ironizou o senador.
Do contrário, vai liberar os quatro deputados eleitos pelo PDT para apoiar a candidatura do tucano Valdir Rossoni.

-- Mas só para a eleição da mesa, avisou.

Isto porque, disse o senador, a eleição da mesa não tem nada a ver com a base de apoio do futuro governo.

Sem o PDT, PMDB elegeria apenas seis

Na avaliação do senador Osmar Dias, se não fosse a coligação, inclusive na proporcional – que foi uma exigência do PMDB – a bancada peemedebista na Assembléia Legislativa seria de apenas seis deputados.

Terá 13 no ano que vem graças ao PDT, disse o senador.

Se PMDB não for voraz, PDT pode ter dois ministros

Até porque foi candidato a governador, não a ministro, o senador Osmar Dias não espera ser contemplado com um ministério no governo de Dilma Roussef.

Mas espera que o seu PDT tenha pelo menos dois Ministérios. Se o PMDB não pegar tudo, o PDT pode ter mais de um ministério, disse.

O advogado e ex-deputado José Domingos Scarpelini quer impugnar mandato de Requião

Roger Pereira/ParanáOnline

O advogado José Domingos Scarpelini, ex-candidato a deputado federal pelo PSB, protocolou, ontem, uma representação no Ministério Público Federal para que seja impugnada a diplomação do senador eleito Roberto Requião (PMDB), ex-governador do Paraná.

Scarpelini sustenta que Requião deve ser enquadrado na lei do “ficha limpa”, por conta da condenação por órgão colegiado por abuso de poder no caso do uso da Rádio e Televisão Educativa para autopromoção e ataques a adversários.

“Encaminhei a representação à procuradora da República Lélia Sanches, que é a autora da ação civil pública que resultou na condenação do Requião, para que ela encampe uma impugnação por parte do Ministério Público Eleitoral”, disse Scarpelini. “Ele é ficha suja, não pode assumir o mandato”, prosseguiu.

A condenação a que Scarpelini se refere ocorreu em março de 2008, quando a 4.ª Turma do Tribunal Regional Federal determinou a Requião o pagamento de multas pela “utilização dos meios de comunicação; desvio de finalidade e abuso de poder” por conta das acusações e agressões verbais que fazia durante a Escola de Governo, reunião semanal do secretariado transmitida ao vivo pela Rádio e Televisão Educativa.

“Foram mais de sete anos que ele se serviu da TV Educativa, como se sua fosse, para intimidar e desmoralizar adversários, autopromover-se, gerar factoides de toda ordem, subordiná-la a seus projetos políticos eleitorais, de poder, que se evidencia em sua decisiva influência no processo eleitora”, sustenta Scarpelini que pede a inelegibilidade de Requião por oito anos.

Através da assessoria de imprensa, o Ministério Público Federal informou que, protocolada ontem, a representação está em trâmite interno e sequer chegou às mãos da procuradora Lélia Sanches. Assim, o MPF ainda não irá se pronunciar sobre a procedência ou não do pedido de impugnação.

Ex-deputado, aposentado, Scarpelini, que não conseguiu voltar para a Assembleia nas eleições deste ano, decidiu jogar duro contra a família Requião. O ex-deputado foi responsável, em julho, pela denúncia do roubo de dólares guardados na casa do ex-superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Eduardo Requião.

Segundo a denúncia, Eduardo teria sido roubado por uma empregada, que descobriu que o irmão do ex-governador guardava centenas de milhares de dólares em um armário em sua residência. De vítima, Eduardo passou a ser investigado, já que, até agora, não explicou a origem do dinheiro que guardava.

Secretários municipais de Saúde levam reivindicações ao governador eleito Beto Richa


Folha de Londrina

Curitiba – Aproximadamente 600 secretários e técnicos representantes das secretarias municipais de saúde das 399 cidades do Estado divulgam hoje, um documento com as principais reivindicações e preocupações do setor, a ser entregue ao futuro governador do Paraná Beto Richa e também à próxima presidente da República Dilma Roussef. A ‘‘Carta de Curitiba’’ encerra os debates realizados nos últimos três dias no 26ªCngresso estadual dos Secretários Municipais de Saúde do Paraná, realizado no Expotrade, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

No documento apontam temas polêmicos da área da saúde pública, como a necessidade de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, para definição de regras claras sobre quais despesas podem ser enquadradas dentro dos orçamentos de saúde.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, secretário municipal de Maringá, garante que 98% dos municípios cumpre a emenda, ou seja, investem acima de 15% do Orçamento em saúde. O problema, segundo ele, é que o Ministério da Saúde abre a possibilidade de incluir outros gastos, como saneamento por exemplo, neste item, o que pode sobrecarregar a pasta. ‘‘98% investem mais de 15% só em serviços de saúde mesmo’’.

Outra questão polêmica, de acordo com a secretária Municipal de Saúde de Terra Boa, Marina Martins, e presidente do Conselho Estadual das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) refere-se às ações judiciais impetradas pela população contra as prefeituras, para reivindicar determinados procedimentos médicos que não são disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (Sus). É o caso de exames, técnicas cirúrgicas e acesso a medicamentos que não constam dos protocolos de autorização do SUS.

Ela explica que, como o município está ‘‘mais perto’’ do usuário, ele acaba entrando com a ação contra a prefeitura, mas muitas vezes a responsabilidade seria sobre o estado ou a União. Ela esclarece que as prefeituras, por exemplo, são responsáveis apenas pela farmácia básica, mas é comum serem acionadas para disponibilizar medicamentos especiais, que são de responsabilidade do estado. ‘‘Nós estamos brigando para que seja elaborado um protocolo definindo as respon-sabilidades’’, diz Nardi.

Mulheres chefiam 35% das famílias no País

Roberta Lopes/Agência Brasil

Nos últimos 10 anos, o percentual de famílias matriarcais subiu oito pontos; o Sul teve o maior índice passando de 24,4% para 33%

Brasília - O número de famílias chefiadas por mulheres aumentou nos últimos dez anos segundo análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad). No estudo, divulgado ontem, concluiu-se que o número de famílias nas quais a mulher é a chefe subiu de 27% em 2001 para 35% em 2009, o que representa 21.933.180 famílias.

Com o nome Primeiras Análises: Investigando a Chefia Feminina de Família, o estudo é o quarto da série de análises do Ipea sobre a Pnad, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento das famílias chefiadas por mulheres teve crescimento em todas as regiões: na Sul, foi constatado o maior avanço, passando de 24,4% para 33%, de 2001 a 2009. No Sudeste, a região com o segundo maior crescimento no número de famílias chefiadas por elas, o avanço foi de 28% para 36%.

Grande parte dessas famílias é composta por mulheres sem cônjuge, o que representa 17,3 % das famílias brasileiras. A Região Nordeste foi a que apresentou a maior proporção desse tipo de família, 19,5%, seguido pela Região Norte, com 18,8%. A Região Sul apresentou o menor percentual, 13,9%. No caso dos casais com ou sem filhos chefiados por mulheres, a Região Norte tem 10,4%, o que supera a média nacional, de 9,2%.

A análise mostra ainda que, nas famílias chefiadas por mulheres sem cônjuge, 59,1% delas têm emprego e as mulheres chefes de família com cônjuge e que estão empregadas representam 55,6%. Na comparação com os homens chefes de família, mais de 80% deles, em ambos os casos, estão trabalhando.

Outro dado destacado pelo Ipea é o de que 50,4% das mulheres chefes de família sem cônjuge têm ocupações de melhor qualidade do que os homens. Enquanto nas famílias chefiadas por mulheres que têm cônjuge, 43,9% delas têm uma ocupação de melhor qualidade.

Beto propõe a criação de Regiões de Desenvolvimento

Eli Araujo/FOLHA DE LONDRINA

Beto Richa (PSDB): ‘O projeto de regiões metropolitanas não se viabilizou, ou seja, não funciona nem em Londrina nem em Maringá’
O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), vai implantar um novo sistema de desenvolvimento para atender as microrregiões do Estado o que, na prática, acaba com o formato de regiões metropolitanas criado pelo atual governo. ''A exemplo de outras coisas implantadas por este governo, o projeto de regiões metropolitanas não se viabilizou, ou seja, não funciona nem em Londrina nem em Maringá'', critica Beto Richa (PSDB).

Em substituição, o governador eleito vai criar as Regiões de Desenvolvimento (Redes) nas cidades polo do Estado. A iniciativa é citada no programa de Beto Richa como ''Uma nova governança para O Novo Paraná''. As Redes serão implantadas nas 22 microrregiões, com abragência semelhante à cada associação de municípios. ''A principal tarefa do novo governo do Estado é contribuir para gerar oportunidade para todos porque, para muitos municípios e regiões inteiras do Paraná, o sonho do desenvolvimento necessário parece muito distante.''

O futuro governador diz que esta será uma forma descentralizada de governar e aproximar o governo da sociedade. ''Nós vamos trazer o serviço do Estado próximo do cidadão, contando com a participação de lideranças políticas, religiosas e empresariais para elaborar as políticas públicas de desenvolvimento regional'', explica. Segundo ele, as administrações regionais de Desenvolvimento serão instaladas no primeiro semestre de 2011 e serão vinculadas diretamente ao gabinete do governador.

Cada Rede terá seu Conselho Regional de Desenvolvimento (Conrede), que serão formados por autoridades locais e de órgãos do Estado, além de representantes da sociedade civil organizada. As reuniões serão realizadas periodicamente em cada município da região e o governador deve participar das reuniões dos conselhos nas respectivas regiões sempre que possível, quando serão realizadas audiências públicas. Beto Richa vai aproveitar estes momentos para despachar com os prefeitos.

As Regiões de Desenvolvimento vão funcionar em edificações do Estado já existentes, mas que vão passar por um processo de ''reorganização''. O critério para a escolha dos administradores regionais será o mesmo adotado para a nomeação dos futuros secretários. ''Devem ser pessoas de notória capacidade em gestão pública e serão nomeadas mediante compromissos assumidos em contrato de gestão com o governador'', diz Beto. Ou seja, o administrador será exonerado se não cumprir as metas estabelecidas pelo governo.

O governador eleito garante que cada unidade será dimensionada de acordo com a população do município e que os serviços terão normas, procedimentos, sistemas de triagem, encaminhamento e treinamento permanente de pessoal. ''O objetivo é oferecer um atendimento de qualidade, com agilidade e eficiência, reunindo em um único espaço, os vários órgãos e entidades prestadoras de serviços públicos estaduais'', estabelece o projeto.

Governo Pessuti prepara mais de mil licitações



Do blog do Fábio Campana:


Uma força tarefa, comandada pelo chefe da Casa Civil, AlanJones, e pela secretária de Administração, Maria Marta Lunardon, fazem o levantamento de todas as licitações possíveis a serem feitas e abertas neste final de mandato de Orlando Pessuti.

Observadores calculam mais de mil licitações que seriam publicadas a partir de amanhã.

A ideia é licitar máximo para esvaziar ainda mais o caixa que Beto Richa vai receber.

Segundo o gráfico da Bovespa o estouro do Banco Panamericano já vinha desde Setembro, mas foi abafado por causa da campanha eleitoral

 
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