quinta-feira, 2 de maio de 2013

A nossa dependĂªncia nos coloca em risco!!! 'Bovespa cai pressionada por Petrobras e Vale em dia de correĂ§Ă£o pĂ³s-feriado'





CRISE!!!

ComentĂ¡rio: Os efeitos do neoliberalismo globalizante, em uma economia cujo mercado interno nĂ£o Ă© aquecido, tanto por  por causa dos baixos salĂ¡rios e pouco valor agregado pela produĂ§Ă£o industrial, em um parque industrial em processo de desindustrializaĂ§Ă£o, com o agravante da nossa mĂ£o de obra ser cientificamente pouco qualificada, somados a nossa total dependĂªncia da exportaĂ§Ă£o de commodities para o equilĂ­brio da nossa balança de pagamentos, sendo que o mercado externo estĂ¡ em refluxo recessivo, Ă© destruidor.

O papo magro de que a crise internacional era uma marolinha nĂ£o passou de um mero discurso de campanha do Lula lĂ¡, e "nĂ³is aqui tomando no O". Sem poupança, gastando o dinheiro de "prĂ¡stico" e nos endividando.

Embora, ao contrĂ¡rio daqui, o mercado interno da China esteja em plena expansĂ£o, aquecido, as suas exportações sofrem os efeitos da crise estrutural por que passa a UniĂ£o EuropĂ©ia e a AmĂ©rica do Norte, os maiores mercados consumidores, que somados as pequenas e mĂ©dias economias dependentes, faz com que o consumo mundial se retraia, e com isto ocorre a diminuiĂ§Ă£o da produĂ§Ă£o do parque industrial chinĂªs. Com a produĂ§Ă£o em queda ocorre a diminuiĂ§Ă£o da importaĂ§Ă£o de commodities. 

Hoje, embora sejamos exportadores de commodities para todo o mundo, o nosso principal cliente Ă© o mercado chinĂªs, e o nosso destino ao dele estĂ¡ umbilicalmente ligado. Outro fator preocupante Ă© o de a China ter grandes estoques de produtos primĂ¡rios, o que a coloca em posiĂ§Ă£o de pressĂ£o favorĂ¡vel no caso de renegociaĂ§Ă£o de contratos com o seus fornecedores, o que para nĂ³s pode a vir se tornar um grande risco.


Bovespa cai pressionada por Vale em dia de correĂ§Ă£o pĂ³s-feriado







"A Bovespa voltou do feriado do Dia do Trabalhador no vermelho, ajustando as perdas registradas na vĂ©spera por seus pares internacionais, principalmente Nova York. NĂ£o bastasse essa correĂ§Ă£o natural dos preços - jĂ¡ que os ADRs das blue chips Petrobras e Vale marcaram queda considerĂ¡vel na quarta-feira, 1 -, dados fracos vindos da China deixaram os mercados em alerta nesta quinta-feira, 2, o que se refletiu diretamente nos papĂ©is de companhias ligadas a commodities e com forte participaĂ§Ă£o na composiĂ§Ă£o do Ibovespa, como Vale, OGX e Usiminas. O Ă­ndice sĂ³ nĂ£o caiu mais porque as ações da Petrobras contiveram as perdas, com um aumento da demanda por seus papĂ©is.
Em queda desde o inĂ­cio dos negĂ³cios, o Ibovespa encerrou o primeiro pregĂ£o de maio em baixa de 1,05%, aos 55.321,93 pontos. Na mĂ¡xima do dia, logo apĂ³s a abertura, subiu 0,01%, aos 55.919 pontos, enquanto, na mĂ­nima, recuou 1,44%, aos 55.104 pontos. O giro financeiro somou R$ 8,042 bilhões (dado preliminar). No ano, o principal Ă­ndice da Bolsa acumula declĂ­nio de 9,24%.
O dado ruim da atividade na China, revelado mais cedo, pressionou as ações da Vale, principal exportadora de minério para o país. Os papéis ON e PNA encerraram em queda de 2,22% e 2,73%, respectivamente. O resultado também reflete as perdas de cerca de 2% dos ADRs da mineradora ontem, em Nova York.
O Ă­ndice dos gerentes de compra da China (PMI, na sigla em inglĂªs) oficial recuou para 50,6 em abril, ante 50,9 em março e previsĂ£o de estabilidade. E o PMI do setor manufatureiro medido pelo HSBC caiu de 51,6 em março para 50,4 em abril. AlĂ©m disso, segundo uma fonte ligada ao Conselho Estatal chinĂªs, a China pode reduzir a meta oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do prĂ³ximo ano para 7%, dos atuais 7,5%.
Os destaques de queda do Ibovespa foram liderados por MMX ON (-7,17%) e OGX ON (-6,15%). Para o economista-chefe da corretora Magliano, Henrique Kleine, Ă© difĂ­cil dizer o que pesa mais sobre essas ações do Grupo EBX: se a piora da perspectiva da demanda chinesa ou o contĂ¡gio da desconfiança dos investidores em torno do empresĂ¡rio Eike Batista.
Completava a lista de principais perdas do dia Oi ON(-4,92%), Light ON (-4,75%), Oi PN (-4,44%) e Usiminas PNA (-3,65%).
Amenizando parte das perdas do Ibovespa, Petrobras ON e PN conseguiram se segurar no azul, em alta de 0,36% e 0,80%, respectivamente. Essa Ă© a quarta sessĂ£o seguida de alta desses papĂ©is. Na avaliaĂ§Ă£o de Kleine, o mercado tem mudado um pouco seu conceito na hora de analisar Petrobras, tendo em vista o preço descontado de suas ações.
Entre as principais altas do Ibovespa no fechamento de hoje estavam ALL ON (+2,85%), Vanguarda Agro ON (+2,63%), Eletrobras ON (+2,16%), BM&F Bovespa (+1,94%) e Cielo ON (+1,73%).
Em Wall Street, os principais Ă­ndices acionĂ¡rios encerraram em alta, amparados pela melhora do mercado de trabalho. Dow Jones subiu 0,89%, S&P 500 avançou 0,94% e Nasdaq registrou alta de 1,26%. Os pedidos de auxĂ­lio-desemprego caĂ­ram mais que o estimado e garantiram fĂ´lego Ă s bolsas norte-americanas." (AE)



O alucinado e polĂªmico LobĂ£o - escritor, poeta, cantor, compositor e mĂºsico - lança novo livro: "Manifesto do Nada na Terra do Nunca"


O prĂ³logo de "Manifesto do Nada na Terra do Nunca":

AQUARELA DO BRASIL 2.0

Exilado, voava do futuro assobiando um réquiem.
Planava pelos desertos do esquecimento
sentindo uma saudade intensa,
que, de tĂ£o grande, curvava o espaço e o tempo.
Uma saudade nĂ£o sei de quĂª,
nĂ£o sei de quem.
Deve ser efeito do exĂ­lio prolongado.

E na jornada de retorno,
deparo a AniquilaĂ§Ă£o,
como a encarnaĂ§Ă£o da seduĂ§Ă£o,
esbanjando simpatia, docilidade e alegria
pronta para sentenciar o fim dos loucos,
da vertigem, do vĂ´o e da ousadia

A celebrar em Ăªxtase a vitĂ³ria dos simplĂ³rios,
a vitĂ³ria da classe mĂ©dia endividada,
perambulando feito zumbi no shopping center, noite e dia.
Perseguindo, no vazio da virgindade existencial,
uma diversĂ£o que jamais sacia.

Acolhendo em Seu seio,
playboys agrobregas a desfilar pelos rodeios,
arraiais e micaretas, caçando a língua
das periguetes de abadĂ¡, que coisa louca!
Transformando um contato exclusivo numa olimpĂ­ada de beijos,
colecionando, triunfantes, bactérias, herpes e desejos,
como troféus no céu da boca.

A abençoar intelectuais, empanturrados de propinas
e ideologias fossilizadas, um monte de vaselina,
impondo goela abaixo um nacionalismo
barato para universitĂ¡rios otĂ¡rios
regurgitarem pastiches viciados,
repletos de vaidade imerecida,
ao som das mais horrorosas canções que ouvi na vida
ao balanço dos mais grotescos rebolados.

Com a santa ignorĂ¢ncia dos que defendem cegos suas teses
Acobertando num silĂªncio um tanto cĂ­nico, aloprados e
de um governo cheio de revezes,
catequizando suas verdades imutĂ¡veis e eternas,
a patrulhar, ameaçar, comprar, reprimir (quando nĂ£o, simonalizar)
todos aqueles que nĂ£o se alinharam
nessa patuscada triste que eles mesmos inventaram:
A Inveja da Pobreza. A cartilha do bom brasileiro.
A terraplanagem Ă© por baixo e a laje Ă© o limite, companheiro

Para o inferno, vocĂªs, proprietĂ¡rios dessas verdades de merda.
Fascismo nĂ£o Ă© monopĂ³lio da direita nem da esquerda.
Fascismo Ă© imposiĂ§Ă£o inflexĂ­vel e truculenta de verdades sacralizadas,
geralmente, por bem intencionados perpetradas.
Estou farto de bem intencionados. AlĂ©m de nocivos, sĂ£o cafonas.

E o sol exibia uma crista vermelha de fogo,
como se tivesse extraĂ­do todo o sangue dos penhascos do mundo,
me levando no seu calor a rasgar o ar fazendo o vento soprar
meus farrapos alados, para além de qualquer segurança
e, das alturas, mergulhar no abismo da garganta mais profunda
à procura da face perdida da esperança

VocĂª Ă© dependente de ideias prĂ©-fabricadas,
arquitetadas por um bando de salafrĂ¡rios auto-indulgentes.
VocĂª Ă© um faminto de misĂ©rias embelezadas
que se alimenta de migalhas, a vocĂª atiradas
como um animal domesticado,
abanando o rabo, agradecido e contente

VocĂª faz parte de um rebanho de presas fĂ¡ceis
repletas de sonhos fenecidos.
E Eu? Eu sou o lobo do homem, uivando pra lua,
sozinho, vencido.
Vencido, como se soubesse a verdade, mas livre Assustadoramente livre.

VocĂª acredita em tudo que te mandam,
mas se ofende com tudo o que eu te digo.
VocĂª esquece que a ofensa que vigora
Ă© pura reaĂ§Ă£o, castigo pelo castigo,
sempre em guarda cultivando essa paixĂ£o:
o Ă³dio sem razĂ£o. Que perigo!
…engendrando o prejulgamento,
a ignorĂ¢ncia, a irresponsĂ¡vel precipitaĂ§Ă£o.
A ofensa Ă© o expediente do imbecil,
Sangue e armadilha nos esconderijos do coraĂ§Ă£o!

NĂ£o basta apenas esperar por leite e mel,
Ă s vezes, pra ser bom, Ă© preciso ser cruel.
O brasileiro Ă© sempre um bonzinho.
Somos o povo mais sorridente do planeta,
esse eterno paĂ­s da micareta,
apesar dos 50 mil assassinatos produzidos todo o ano,
sem precisar de guerra civil nem de terrorista
muçulmano.

Pelas estatĂ­sticas mundiais,
pra haver guerra civil,
Ă© necessĂ¡rio matar, pelo menos, uns 10 mil.
Uma pechincha comparada ao montante macabro
do nosso nĂºmero imbatĂ­vel: 50mil, 50 mil, 50 mil!
E terrorista? Quem, por aqui precisa de terrorista?
Terrorista Ă© coisa pra amador.
O Brasil Ă© sĂ³ para profissionais. O Brasil Ă© o Terror!
O Brasil Ă© o Terror!

O Brasil dos estupros consentidos na surdina
dos superfaturamentos encarados como rotina
dos desabamentos e enchentes de hora marcada
dos hospitais pĂºblicos em abandono genocida
dos subsĂ­dios da Cultura a artistas consagrados
dos aeroportos em frangalhos, usuĂ¡rios indigentes
dos polĂ­ticos grosseiros, como sempre, subornados,
de cabelo acaju e seus salĂ¡rios indecentes
da educaĂ§Ă£o sucateada pelo estado
em sua paralisia ideolĂ³gica, omissa e incompetente.

Do racismo galopante, na internet,
nas universidades e nas ruas
com as suas manifestações hostis
Da queima de Ă­ndios e mendigos,
por meninos bem nascidos,
Do apedrejamento, vilipĂªndio e morte
de mulheres, prostitutas e travestis.

E lĂ¡ vamos nĂ³s, descendo a ladeira!
Rebolativos, minhĂ³quicos, superticiosos,
crĂ©dulos, inabalĂ¡veis, venais …
amantes de uma boa trapaça,
com nossa displicĂªncia carnavalesca espetacular
e os repetecos anuais dos feriados enforcados
de destruiĂ§Ă£o em massa.

E nĂ£o me venha com essa lenga lenga do tipo
"nĂ£o gostou, se manda! vai pr'outro lugar",
porque eu estou aqui para exterminar:
vossa hiponga modorra, vossa preguiça macunaímica,
vosso carĂ¡ter vacante, vossa antropofagia cĂ­nica
pois esse lugar também me pertence,
e ninguém vai me calar. Ninguém vai me calar.

E nas almas de artistas natimortos
em berço chapa branca e exangue,
ecoam as vozes dos cadĂ¡veres insepultos de sempre,
impondo lĂ­ngua morta a se eternizar
numa geraĂ§Ă£o de frouxos engrossando sua gangue.

Frouxos, acometidos por
sĂ­ndrome de dignidade intelectual.
Espalhando o evangelho da Mediocridade
para milhões de populares e estudantes semi-analfabetos
com o beneplĂ¡cito da imprensa oficial.

E no cagaço metafísico
das multidões de contritos teleredimidos
brota o pavor da morte, da vida, do sexo,
da doença, da pobreza e do castigo.
fazendo bispos milionĂ¡rios,
gĂ¢ngsteres do paraĂ­so,
lotearem pedacinhos do firmamento
para histéricos apocalípticos aguardarem
o fim do mundo, fora de perigo…

Ă s vezes Ă© mais exato ser impreciso, contradito.
Ser o Terror da prĂ³xima ediĂ§Ă£o, a CorrosĂ£o, o Maldito
dos jornais que me inventam em manchetes
tentando me silenciar em vĂ£o.
Uma pena que nunca me enxergaram,
nem nunca me enxergarĂ£o …
Ă© subestimando o inimigo que se perdem as guerras
e, por isso mesmo, agradeço a desatenĂ§Ă£o.

Pois agora Ă© tarde e a Eternidade Ă© Agora.
O brasileiro com sua auto estima permanentemente precĂ¡ria,
vive adernando entre Ali e Outrora
num orgulho Ă s avessas, que destrĂ³i
qualquer possibilidade de enxergarmos
o que verdadeiramente somos e isso dĂ³i.

Uma naĂ§Ă£o que se recusa terminantemente a crescer,
paralisada por um embevecimento geonarcisista,
indolente e servil.
Benvindos a Terra do Nunca.
Benvindos a essa pocilga chamada Brasil

E eu? Eu sou o Nada,
o Fim da vossa picada,
o OblĂ­vio dos desatentos,
a Ira da reaĂ§Ă£o,
o Exterminador de todos vocĂªs,
bunda moles de plantĂ£o.

Muito prazer! Éh chegada a vossa hora!
comecem a rebolar como Ă© do vosso feitio,
pois eu voltei para decretar o fim
dessa festa pobre que vocĂªs armaram.
Dessa lambança de favorecimentos e apadrinhamentos
de causar nĂ¡useas, vĂ´mitos & arrepios,
desse imenso arraial brega, tosco, e vazio
um fim, por mim, ansiado, premeditado,
e jĂ¡ hĂ¡ muito tempo datado, tardio.

Agora, mĂ£os Ă  obra.
Estou na Ă¡rea e vamos começar.
Agora Ă© necessĂ¡rio andar entre os pedestres,
viver as suas banalidades
e convocĂ¡-los, enfim, para o desafio
que Ă© o delĂ­rio de viver e de voar.

 
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