domingo, 19 de junho de 2011

Otan admite erro em bombardeio que atingiu civis em Trípoli


A Otan admitiu que uma "falha no sistema de armamento" pode ter resultado na morte de civis líbios, durante um ataque aéreo promovido pela aliança militar ocidental em Trípoli na madrugada deste domingo.

Em comunicado, a aliança disse que tinha como objetivo atingir um alvo militar na capital líbia, mas "aparentemente uma arma" não caiu no lugar certo.

Horas antes, o governo da Líbia havia acusado a Otan de bombardear uma área residencial de Trípoli, matando diversos civis.

"A Otan lamenta a perda de vidas civis inocentes e toma grande cuidado ao conduzir ataques contra um regime (o do líder Muamar Khadafi) determinado a usar a violência contra os seus cidadãos", declarou em comunicado o tenente-general Charles Bouchard, comandante de operações da operação na Líbia.

"Ainda estamos investigando os detalhes do ocorrido, mas há indicativos de que uma falha no sistema de armamento tenha causado o incidente."

O comunicado agregou que "todas as missões são planejadas e executadas com enorme cuidado para evitar mortes de civis".

A aliança está atuando na Líbia com o apoio de uma coalizão internacional e dentro de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa de, ao atingir alvos do regime de Khadafi, proteger a população líbia.

Por isso, bombardeios que atinjam civis tendem a levar a questionamentos sobre o papel da aliança ocidental na Líbia.

Área residencial

O prédio destruído pelo ataque fica em Souk Al-Juma, uma área residencial localizada a cerca de 1,5km de um campo de pouso militar que já foi diversas vezes atacado pelas forças ocidentais.

O correspondente da BBC em Trípoli Jeremy Bowen afirma que, ao chegar ao local do incidente, levado por representantes do governo, viu equipes de resgate e moradores escavando em meio aos destroços, em sua maior parte com as próprias mãos, procurando por sobreviventes ou por corpos.

Ele observou ao menos dois corpos sendo levados.

Moradores locais afirmam, porém, que nove pessoas morreram, incluindo dois bebês, e que 18 pessoas ficaram feridas. Os números não puderam ser confirmados de maneira independente.

Bowen afirma ainda que, desta vez, ao contrário de casos anteriores de supostos alvos civis atingidos por forças da Otan, não foram vistas pessoas tremulando bandeiras em defesa de Khadafi.

Esse incidente se segue a um bombardeio por engano da Otan contra combatentes rebeldes próximo à cidade de Ajdabiya, no leste da Líbia, ocorrido na última quinta-feira. Na ocasião, 16 homens ficaram feridos. A coalizão militar se desculpou pelo caso.

No ultimo dia 8, ministros da Defesa de países membros da Otan afirmaram que a organização vai permanecer na Líbia "o tempo necessário" e mobilizar os "meios necessários" para a campanha militar contra Khadafi.

Depois da reunião para avaliar os três meses de ataques aéreos em território líbio, os ministros dos países-membros divulgaram uma declaração na qual informaram que estão "determinados a continuar a operação para proteger o povo líbio". (BBC)

CÃO PARTICIPA AO LADO DO POVO DAS MANIFESTAÇÕES NA GRÉCIA

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Brasil comemora 'desistência' dos EUA em disputa sobre suco de laranja

O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira que os Estados Unidos optaram por não apelar de uma decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) favorável ao Brasil, em caso referente a medidas antidumping aplicadas pelos americanos contra a importação de suco de laranja brasileiro.

“O Brasil recebe com satisfação esta decisão, que reforça o sistema multilateral de comércio, em geral, e o mecanismo de solução de controvérsias da OMC, em particular”, disse o Itamaraty, por meio de comunicado.

Em 2009, o Brasil questionou em painel da OMC o cálculo que os EUA empregavam para adotar medidas antidumping (previstas quando há concorrência desleal) contra o suco de laranja nacional.

O questionamento referia-se à utilização por parte dos EUA da metodologia conhecida como ‘zeramento’ (zeroing), por meio da qual as operações de venda em que o valor de exportação do produto é superior ao seu valor normal no mercado doméstico são ignoradas no cálculo da margem de dumping.

Em março deste ano, o painel considerou que o procedimento tornava as medidas antidumping contra o suco brasileiro injustas, e que o uso contínuo da prática era ilegal.

Os americanos tinham até esta sexta-feira para apelar da decisão, mas não o fizeram.

“O desfecho exitoso desse litígio confirma o acerto da estratégia brasileira de iniciar o caso na OMC, o qual se somou a casos semelhantes abertos por outros nove membros da organização e contribuiu para consolidar jurisprudência multilateral contrária a essa prática”, diz a nota do Itamaraty.

Segundo o órgão, a decisão americana configura “importante mudança de atitude”, já que seria a primeira vez que o país deixa de recorrer em julgamentos sobre a prática de zeramento.

O Itamaraty diz esperar que os EUA sigam as determinações do painel no prazo acordado de nove meses.

Histórico

Os EUA vêm adotando medidas antidumping contra o suco brasileiro alegando que os produtores vendem o suco nos EUA a preços menores do que os praticados no Brasil, o que configuraria prática de dumping e uma vantagem desleal. O governo americano passou, então, a cobrar taxas adicionais aos exportadores brasileiros.

O desfecho do caso sobre o suco ocorre um dia após outros dois importantes acontecimentos referentes a disputas comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil.

Nesta quinta-feira, a Câmara dos Representantes (deputados federais) dos EUA aprovou uma lei que prevê a suspensão do pagamento de compensação ao Brasil pelos subsídios concedidos pelo governo americano a seus produtores de algodão.

Esse pagamento foi acertado no ano passado em uma contraproposta dos Estados Unidos para evitar que o Brasil colocasse em prática o direito de retaliação autorizado pela OMC (Organização Mundial do Comércio), após uma disputa de sete anos.

A medida, no entanto, precisa ser aprovada pelo Senado dos EUA.

Caso os Estados Unidos realmente suspendam o pagamento do fundo de compensação no valor anual de US$ 147,3 milhões (cerca de R$ 236,9 milhões), o governo brasileiro poderá retaliar.

Também nesta quinta-feira, o Senado americano aprovou uma emenda que prevê o fim da tarifa à importação de etanol e dos subsídios ao produto, medida defendida pelo Brasil.

A emenda será incluída em uma lei que, segundo analistas, pode enfrentar dificuldades de aprovação no Senado.

Caso seja aprovada, a lei precisa ainda ser votada pela Câmara dos Representantes (deputados federais) e, então, submetida à sanção do presidente Barack Obama. (BBC)

Brasil poderá retaliar decisão dos EUA sobre algodão, diz Patriota

O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta sexta-feira que o Brasil poderá retaliar comercialmente os Estados Unidos caso o país sancione uma lei que prevê a suspensão do pagamento de compensação ao Brasil pelos subsídios concedidos pelo governo americano a seus produtores de algodão.

Patriota lamentou que a Câmara de Representantes (deputados federais) dos Estados Unidos tenha aprovado a lei, que agora segue para o Senado em Washington e depois depende da aprovação do presidente americano, Barack Obama, para passar a vigorar.

“A eventual suspensão dos pagamentos ao fundo do algodão configurará um rompimento de um compromisso bilateral”, disse o chanceler.

O pagamento de US$ 147,3 milhões (cerca de R$ 236,9 milhões) havia sido acertado no ano passado, após contraproposta dos EUA, para evitar que o Brasil aplicasse uma retaliação comercial, autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), depois de uma disputa de sete anos.


HISTÓRICO:

Câmara dos EUA derruba compensação paga ao Brasil por subsídio a algodão

A Câmara dos Representantes (deputados federais) dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira uma lei que prevê a suspensão do pagamento de compensação ao Brasil pelos subsídios concedidos pelo governo americano a seus produtores de algodão.

Esse pagamento foi acertado no ano passado em uma contraproposta dos Estados Unidos para evitar que o Brasil colocasse em prática o direito de retaliação autorizado pela OMC (Organização Mundial do Comércio), após uma disputa de sete anos por conta dos subsídios pagos pelo governo americano aos agricultores do setor.

Caso os Estados Unidos realmente suspendam o pagamento do fundo de compensação no valor anual de US$ 147,3 milhões (cerca de R$ 236,9 milhões), o governo brasileiro poderá retaliar.

Antes de ser adotada, a legislação ainda precisa ser votada no Senado e, caso aprovada, receber a sanção do presidente Barack Obama.

Emenda

O fim do pagamento foi proposto em uma emenda de autoria do deputado democrata Ron Kind, que representa o Estado de Wisconsin e é um crítico dos subsídios agrícolas.

O congressista defende que, em vez de pagar a compensação ao Brasil, os Estados Unidos acatem a decisão da OMC e parem de conceder subsídios a seus produtores.

A emenda proposta por Kind ganhou a adesão de congressistas que consideram o pagamento ao Brasil um desperdício em um momento em que os Estados Unidos enfrentam deficit recorde no orçamento e pressões para reduzir gastos.

A lei aprovada nesta quinta-feira não reduz subsídios à agricultura, mas traz grandes cortes em programas de assistência alimentar, tanto em território americano quanto no exterior.

Disputa na OMC

A disputa na OMC sobre o algodão americano foi encerrada em 2009, quando a organização concedeu ao Brasil – que exige o fim dos subsídios – o direito de retaliar os Estados Unidos no valor total de US$ 829 milhões (cerca de R$ 1,33 bilhão).

A retaliação seria feita por meio da cobrança de sobretaxa para a importação de determinados itens dos Estados Unidos e a possível suspensão de direitos de propriedade intelectual de alguns produtos americanos.

No entanto, como o fim dos subsídios depende de aprovação do Congresso americano, onde enfrenta resistência de vários setores, o Brasil aceitou uma contraproposta dos Estados Unidos, em um acordo assinado entre os dois países em junho do ano passado.

Além do pagamento da compensação, ficou acordada a abertura do mercado americano para importação de carne bovina e suína de Santa Catarina e o congelamento da liberação de garantias de créditos à exportação agrícola dos Estados Unidos.

Para gerir os recursos depositados pelo governo americano, foi criado o Instituto Brasileiro do Algodão. O dinheiro é investido em programas de apoio à produção de algodão brasileira. (BBC)

O lançamento do livro e cenas do documentário 'Coojornal - um jornal de jornalistas sob o regime militar'


Em Porto Alegre foi lançado no dia 10/06 o Livro "Coojornal- Um jornal de jornalistas sob o regime militar". O evento na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul teve a presença de fundadores do jornal, jornalistas e colaboradores do Coojornal. No evento, foi apresentado documentário sobre a história do periódico gaúcho.

Corte judaica teria condenado à morte cão suspeito de ser advogado reencarnado

Um tribunal judaico de Jerusalém (Israel) condenou um cão vira-latas à morte por apedrejamento, devido ao temor de que ele fosse a reencarnação de um advogado que insultou juízes da mesma corte, segundo apontam relatos.

De acordo com o site de notícias israelense Ynet, o cachorro entrou há algumas semanas no tribunal - composto por rabinos - e não saiu mais de lá, o que fez um juiz lembrar de uma maldição imposta a um advogado secular, já morto.

Mesmo sentenciado à morte por apedrejamento, o cachorro conseguiu escapar do prédio do tribunal antes que a condenação fosse levada a cabo, afirma o Ynet.Na ocasião, há cerca de 20 anos, os juízes do tribunal do bairro ultraortodoxo de Mea Shearim desejaram que o espírito do advogado entrasse no corpo de um cão - animal tido como impuro no judaísmo tradicional – depois que ele proferiu insultos à corte.

Segundo relatos, um dos juízes do tribunal pediu às crianças da localidade que encontrassem o cachorro e executassem a sentença. Devido ao caso, uma organização de proteção aos animais registrou queixa na polícia contra uma autoridade da corte.

Vingança

Segundo o site Ynet, o tribunal nega que os juízes tenham condenado o vira-latas à morte.

No entanto, um representante da corte disse ao jornal Yediot Aharonotque o apedrejamento foi ordenado como uma "maneira apropriada de 'se vingar' do espírito que entrou no pobre cão".

Os tribunais rabínicos (battei din) são investidos do poder de julgar questões religiosas em Israel e em algumas outras comunidades ultraortodoxas pelo mundo. (BBC)

 
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