quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Começa a duplicação da BR-277 entre Medianeira e Matelândia

Começou nesta terça-feira (17) o início da duplicação da BR-277 entre Medianeira e Matelândia, no Oeste do Estado. As empresas contratadas pela concessionária Ecocataratas já começaram a instalação da sinalização de trânsito ao longo dos 14,4 quilômetros a serem duplicados. A concessionária investirá R$ 49,3 milhões no projeto.

“A obra integra o programa de modernização do Anel de Integração, desenvolvido pelo Governo do Estado para aumentar a competitividade do Paraná e dar mais segurança aos usuários das rodovias”, afirmou o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele também lembrou que o Contorno de Mandaguari, na região Norte, já está em execução e que a nova pista da BR-277 em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, deve ter a construção iniciada em breve.

CUIDADOS NO TRECHO – O tráfego não sofrerá bloqueio com o início das obras na BR- 277, porém é importante que os motoristas respeitem os limites de velocidade, estejam atentos à sinalização e dirijam com a atenção redobrada. “Neste primeiro momento, o trânsito na via não será interrompido. As mudanças acontecerão apenas no momento em que começarem a construção dos viadutos”, disse o gerente de Engenharia da Ecocataratas, Jean Carlo Mezzomo.

Além dos 14,4 quilômetros de duplicação, serão construídos três novos viadutos no perímetro urbano de Medianeira, um viaduto no Km 667 e uma nova ponte sobre o Rio Ocoy.

DIÁLOGO – A duplicação do trecho só foi possível graças ao diálogo entre o Governo do Estado, Ecocataratas e concessionárias. “Para agilizar a duplicação no trecho mais crítico da BR-277, foi feito um termo de ajuste com a Ecocataratas enquanto as partes discutem a renegociação de todo o contrato de concessão, com inclusão de outras obras e a duplicação completa até Cascavel”, afirmou o diretor de Operações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Paulo Melani.

“Para renegociarmos todo o contrato de concessão, precisaríamos de mais tempo e a obra não podia mais esperar. Acordamos este primeiro trecho para o início rápido e estamos discutindo todo o restante”, completou Melani.

Além da duplicação até Cascavel, estão sendo propostas terceiras faixas e viadutos em Foz do Iguaçu e Guarapuava e a duplicação de 50 quilômetros entre Candói e Guarapuava. (Bem Paraná)

Universidade Estadual de Ponta Grossa divulga resultado do vestibular

Mais de 7 mil candidatos fizeram a prova. As matrículas estão programadas para terça e quarta-feira.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) divulgou nesta quarta-feira (18) a lista dos candidatos aprovados no vestibular 2012. Ao todo 7.426 candidatos fizeram a prova. As matrículas para os aprovados, em primeira chamada, estão programadas para terça-feira (24) e quarta-feira (25).

Confira a lista dos aprovados clicando aqui.

Para a lista de espera, as matrículas devem ser realizadas na segunda-feira (30) e na terça-feira (31). Em são Mateus do Sul, no sudeste do Paraná, as matrículas serão efetuadas na quinta-feira (26) e a lista de espera, no dia 2 de fevereiro.

No caso de Medicina, cujas aulas iniciam no segundo semestre, as matrículas estão agendadas para 14 de maio e para os estudantes da lista de espera em 21 de maio.

Processo Seletivo Seriado

Além do tradicional vestibular, a UEPG também seleciona os candidatos pelo Processo Seletivo Seriado (PSS), no qual o estudante tem os conhecimentos avaliados ao longo do Ensino Médio, através das provas de Acompanhamento I (1ª série), II (2ª série) e III (3ª série). A lista de aprovados também foi divulgada pela universidade nesta quarta-feira.

Ao PSS, a UEPG reserva 25% das vagas ofertadas anualmente para os cursos de graduação. Do total de 15.718 inscritos, 14.106 candidatos compareceram aos locais de prova. (G1)


Cohapar recebe visita do Banco do Brasil


O presidente em exercício da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Luciano Valério Machado, recebeu, na tarde desta quarta-feira (11), visita da equipe do Banco do Brasil, composta pelo gerente da plataforma de crédito imobiliário para o Sul do País, André Galina, e da gerente de negócios imobiliários do Estado do Paraná, Amanda Marques.

No encontro, os representantes do BB conheceram a atuação da Cohapar no Estado e o programa Morar Bem Paraná, bem como seus objetivos e metas para os próximos anos e apontar as diretrizes do banco para o crédito imobiliário.

“Esta reunião foi importante para mostrar o trabalho que o Governo Beto Richa vem desempenhando no Estado, propiciando resgate social de inúmeras famílias carentes por meio de moradias dignas”, ressaltou Luciano Machado.

Estiveram presentes no encontro, também, a diretora de Projetos da Cohapar, Jocely Loyola, os assessores da presidência, Wlademir Roberto dos Santos e Itamar Farias.

Planalto anuncia que Mercadante será ministro da Educação

O ministro da Educação, Fernando Haddad, deixará o governo na próxima terça-feira (24), informou nesta quarta-feira (18) a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Haddad será substituído pelo atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. De acordo com a secretaria, o atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antônio Raupp, assume a pasta de Ciência e Tecnologia no lugar de Mercadante.

Em nota, a presidente Dilma "agradece o empenho e a dedicação do ministro Haddad à frente de ações que estão transformando a educação brasileira e deseja a ele sucesso em seus projetos futuros". "Da mesma forma, (a presidenta) ressalta o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais funções, com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas missões".

Na próxima terça-feira (24), serão realizadas a posse e a transmissão de cargo dos novos ministros. Um dia antes, o Palácio do Planalto prepara um grande evento de bolsas do ProUni - Programa Universidade Para Todos para marcar a saída de Haddad do governo. No mesmo dia, está prevista uma reunião ministerial, à qual devem comparecer Haddad, Mercadante e Raupp. (AFP)

Será mera coincidência ou é "o brado retumbante" do Aécio?

Cultura não sabe o destino de R$ 3,8 bi da Lei Rouanet

Responsável por viabilizar boa parte dos eventos culturais do país, a Lei Rouanet virou alvo de uma série de suspeitas do Tribunal de Contas da União (TCU). A aplicação da legislação sofre 13 questionamentos do órgão. Uma auditoria feita pelo TCU apontou como falha mais grave o fato de o Minis­tério da Cultura não ter controle sobre a realização de 8 mil projetos culturais financiados por meio da concessão de renúncias fiscais previstas na lei. No total, os projetos receberam incentivos que totalizam R$ 3,8 bilhões – montante quase 70% maior que todo o orçamento da pasta em 2010, que foi de R$ 2,2 bilhões.

Segundo o relatório, com a reduzida capacidade administrativa que tem hoje, os 24 funcionários da pasta que atuam no controle do programa de fomento cultural levariam 64 anos para zerar o estoque de prestações de contas pendentes, considerando a média anual de 127 análises concluídas.

No levantamento, o TCU buscou verificar a regularidade da concessão dos benefícios fiscais permitidos pela lei. Isso inclui a análise da aprovação dos projetos, o acompanhamento da execução dos programas e a apreciação da prestação de contas. Apesar de não apontar a existência concreta de casos de corrupção e desvio de dinheiro público, o tribunal alerta que as irregularidades encontradas são um fator de risco para que haja prejuízos aos cofres da União.

Estrutura deficitária

No relatório da auditoria, o ministro-substituto do TCU André Luís de Carvalho explicita cada um dos motivos para apontar as 13 irregularidades. Logo de início, ele destaca que o volume anual de concessões liberadas pela Cultura é incompatível com a capacidade administrativa da pasta. Além disso, entre 2005 e 2008, por exemplo, o montante anual de renúncia de receitas aprovado foi 80,9% maior do que previa o orçamento federal.

“[O ministério] tem dado vazão a um volume desproporcional de projetos comparativamente à estimativa anual da renúncia fiscal e, principalmente, à força de trabalho de que dispõe para as atividades relacionadas às fases posteriores à aprovação”, diz o relatório. Segundo dados da própria pasta, há hoje 12 mil projetos em andamento com recursos financiados pela Lei Rouanet.

Diante disso, o TCU aponta que os programas não têm tido “acompanhamento e avaliação dos projetos culturais durante sua execução”. “O dispêndio de recursos pú­­blicos deve ser acompanhado, mes­­­mo quando sua execução se dá indiretamente, como no caso do incentivo fiscal da Lei Rouanet. Se essa avaliação for realizada apenas após o término do projeto, a efetividade do controle fica prejudicada”, ressalta o relatório. O TCU classifica ainda como preocupante o volume de 8.129 processos de prestação de contas que aguardam análise.

O risco que se corre diante desse cenário, segundo o tribunal, é conceder novos benefícios a pessoas ou entidades que não tiveram as contas de projetos anteriores avaliadas. “A intenção (...) é impedir que proponentes que não comprovarem a boa e regular aplicação dos recursos públicos tenham novos projetos aprovados por um tempo determinado, podendo lesar ainda mais os cofres públicos”, destaca o relatório. O TCU ainda afirma que a morosidade nas análises dificulta a possibilidade de recuperação de eventuais desvios de dinheiro.

Ministério admite falhas, mas promete melhorias

Questionado a respeito do relatório do TCU que identificou irregularidades envolvendo a aplicação da Lei Rouanet, o Ministério da Cultura informou ter visto com bons olhos o resultado da auditoria. Segundo o secretário de Fo­­mento e Incentivo à Cultura da pasta, Henilton Menezes, além de apontar caminhos para melhorar os processos de concessão de benefícios fiscais previstos na lei, o documento é uma forma de reivindicar mais estrutura de trabalho para o ministério.

Menezes admitiu que o ministério tem um problema sério de capacidade operacional. Ele argumentou que a força de trabalho da pasta cresceu numa proporção muito menor que o número de projetos financiados pela lei. “Temos uma fragilidade histórica e patente diante da grande quantidade de projetos, que, por lei, deveríamos acompanhar”, afirmou. “Atualmente temos 12 mil projetos em andamento, e nossa capacidade não chega nem perto disso.” Como comparação, Me­­nezes citou o caso da Agência Na­­cional do Petróleo (ANP), que, com 38 mil postos para fiscalizar em todo o país, não conseguiu evitar o recente escândalo de desvio de combustível no momento da venda ao consumidor.

Somente no ano passado, a Cultura aprovou 8,4 mil projetos por meio da Lei Rouanet. Com isso, foi liberado R$ 1 bilhão – o Paraná recebeu R$ 31,1 milhões. “Desde 2003, quando o Gilberto Gil era ministro, a lei ganhou um impulso muito grande, devido à amplificação do que se entende por cultura”, justificou Menezes.

Por fim, ele revelou que a pasta já está se adequando às determinações do TCU, que puderam ser usadas para cobrar do Ministério do Planejamento melhorias estruturais. “Eles vão nos ceder uma equipe especial de mais de 100 pessoas durante quatro anos para que possamos dar cabo desse passivo de prestações de contas”, afirmou. “Também estamos informatizando os processos para facilitar o acompanhamento de cada um. Com isso, a cada três meses, o proponente poderá enviar on-line documentos e notas fiscais.”

Mudança na lei

Desde janeiro de 2010, tramita na Câmara dos Deputados um projeto para alterar a Lei Rouanet. Mas a proposta está parada na Comissão de Finanças desde março do ano passado. (GP)

Aos 102 anos, morreu Beatriz Ryff, sobrevivente da ditadura Vargas

Caros amigos e admiradores de Beatriz Ryff

Com pesar comunicamos o falecimento da querida brasileira, amiga e incansável lutadora pelas causas dos direitos humanos, do pleno exercício da democracia, em nosso país, e em qualquer lugar onde houvesse a opressão política , econômica e social.
Morreu, à noite, no Rio, na Clínica S. Vicente, no bairro da Gávea, onde estava internada, a poetisa e professora, do antigo Conservatório Nacional de Teatro, BEATRIZ VICÊNCIA BANDEIRA RYFF . 08.11.1909 - 02.01.2012.

Poetisa e professora do antigo Conservatório Nacional de Teatro, Beatriz Vicência Bandeira Ryff nasceu em 8 de novembro de 1909. Viúva do jornalista Raul Ryff, colaborador do presidente Jango Goulart, a ativista política, Beatriz, era a última sobrevivente dos cárceres da Era Vargas. Em cento e dois anos de vida, manteve-se fiel aos princípios ideológicos e doutrinários que nortearam sua luta por um mundo de igualdade e justiça social.

O corpo foi velado na Capela nº 8 do Cemitério São João Baptista e o enterro foi às 16 horas.

Beatriz Vicência Bandeira Ryff

Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1909 - 2 de janeiro de 2012) foi uma poeta, escritora e militante dos direitos humanos brasileira.

Biografia

Começou a escrever poesia aos 9 anos.

Na década de 1930, militou no Partido Comunista Brasileiro ao lado do seu futuro marido, o jornalista Raul Ryff. O casal é mencionado por Graciliano Ramos no livro Memórias do cárcere. Em 1936, foi presa pela ditadura doEstado Novo, sendo companheira de cela de Nise da Silveira, Maria Werneck e Olga Benário.

Exilada no Uruguai, voltou para o Brasil em 1937. Militou na Federação de Mulheres do Brasil.

Trabalhou como professora do Conservatório Nacional de Teatro, mas, em 1964, depois do golpe que instaurou o Regime Militar no Brasil, foi demitida. Pediu asilo político na Iugoslávia, ao lado do marido. Mais tarde, os dois se mudaram para a França.

Voltou para o Brasil em 1967, ajudando a fundar o Movimento Feminino pela Anistia e Liberdades Democráticas[2].

Teve três filhos: o jornalista Vitor Sérgio Ryff, o economista Tito Ryff e o físico Luiz Carlos Ryff. Morreu em 2 de janeiro de 2012[3].

Obras publicadas

Poesia

  • Roteiro (Editora Vitória)
  • Ouro e sândalo
  • Poemas de sempre[4]

Memórias

  • A Resistência - Anotações do Exílio em Belgrado
  • Antes que seja tarde

A poetisa romântica da esquerda
Fã de Che Guevara, admiradora de Jesus Cristo e amiga de Carlos Marighella, ela foi alfabetizada com poesia e viveu exilada por causa da militância comunista

Leneide Duarte

Foto: Leandro Pimentel

Ela gosta de dizer que foi alfabetizada com poesia e amamentada com música. Na juventude, filiou-se ao Partido Comunista. Foi presa em 1935 e ficou ao lado da cela de Olga Benário, a mulher de Luiz Carlos Prestes, entregue pelo governo de Getúlio Vargas aos nazistas. "Lamento não ter ficado mais tempo na prisão para conhecê-la", diz. Aos 90 anos, a poetisa Beatriz Bandeira Ryff, que tem três livros publicados, é uma socialista convicta. Para ela, Che Guevara foi um idealista admirável e Jesus Cristo, de certa forma, um revolucionário. No seu panteão particular, estão ainda Luiz Carlos Prestes e Carlos Marighella, de quem foi amiga.

Militante comunista, ela é viúva do jornalista Raul Ryff, gaúcho que ela conheceu no Rio, pouco antes de 1935, e que se tornaria secretário de Imprensa do governo João Goulart. "Fui procurá-lo para levar uma palavra de ordem do partido, ficamos amigos e acabamos presos no mesmo dia", conta.

Nascida em 8 de novembro de 1909, filha de Alípio Abdulino Pinto Bandeira e Rosalia Nansi Bagueira Bandeira, ambos ferrenhos abolicionistas, Beatriz se tornou poetisa, depois de ser alfabetizada pelo avô. "O primeiro livro que ele me deu foi As Primaveras, de Casimiro de Abreu.

Depois viriam Castro Alves e Gonçalves Dias", recorda. Foi também o avô que lhe ensinou francês. Seu amor à música vem da infância. Sua mãe cantava e "tocava bandolim divinamente". Formou-se em piano pela Escola Nacional de Música.

Da infância, recorda-se do bonde puxado por burro que passava perto de sua casa no Méier, zona norte do Rio. Nos fins de semana, o programa da família era colher framboesa, pitanga e jabuticaba na Floresta da Tijuca.

Quase toda a vida de Beatriz Ryff tem referências políticas. Em 1964, foi demitida pelo regime militar do cargo de professora de técnica vocal do Conservatório Nacional de Teatro. Ela e o marido foram procurar asilo na embaixada da Iugoslávia. Três meses depois, um grupo de perseguidos políticos de esquerda partiu para o exílio em Belgrado, no navio Bohiny. A experiência rendeu o livro A Resistência - Anotações do Exílio em Belgrado.

Os nomes dos dois filhos gêmeos - o mais velho se chama Sérgio - também têm laços com a política: Luiz Carlos é uma homenagem a Prestes e Tito Bruno é uma dupla homenagem: ao Marechal Tito, que unificou a Iugoslávia em 1945, depois da Segunda Guerra Mundial, e a Giordano Bruno, filósofo italiano que foi queimado na fogueira, em Roma, em 1600, durante a Inquisição.

Do exílio em Belgrado, os Ryff foram para Paris, onde Raul trabalhou para a tevê francesa e Beatriz fez a cobertura de desfiles de moda para uma agência de notícias brasileira. Antes, o casal já vivera exilado no Uruguai, em 1936 e 1937, para se livrar das perseguições do regime de Vargas, depois do fracassado levante comunista.

Pouco tempo depois, filiou-se ao PCB. No partido, conheceu a poetisa Eneida Costa de Moraes. Em 27 de novembro de 1935, dia em que a Revolução Comunista de 1935 foi abafada pelos militares, Beatriz seguiu em missão à casa de Eneida, perto da Lapa. Seus companheiros de partido haviam lhe dado um pacote com granadas do tipo banana. Ela aprendeu como funcionavam e lhe disseram que deveria subir ao apartamento de Eneida, se não houvesse uma toalha na janela. Tomou um táxi e desceu em frente à Escola Nacional de Música, para despistar e seguir a pé. Ao perguntar o preço da corrida ao motorista, ouviu dele: "Não é nada não, companheira, tenha boa sorte". Beatriz supõe que ele a reconhecera dos comícios dos quais participara. As granadas foram entregues a Eneida sem problemas.

Beatriz se considera uma privilegiada por ter convivido com "pessoas tão especiais e admiráveis". Foi assim com Carlos Marighela, que conheceu em Porto Alegre, em 1947. Nesse anos, os companheiros tinham organizado um bloco de Carnaval chamado Filhos do Povo.

Em outra passagem, chorou no ombro da Passionária, como era conhecida Dolores Ibarruri, heroína do Partido Comunista espanhol. Foi na década de 1960, quando ambas participavam em Moscou de um Congresso de Mulheres. Depois de ver um filme sobre crianças catadoras de lixo no Brasil, Beatriz não conteve o choro e Dolores a consolou. E na prisão, em 1935, ela aprendeu inglês com o Barão de Itararé, pseudônimo do humorista Aparício Torelli. "Quando chegou, o Barão passou a subir nas grades para conversar com as mulheres. Soube que ele dominava bem o inglês e pedi que me ensinasse a língua", conta. "Ele passou a me mandar deveres dobradinhos numa caixa de fósforo que jogava pela grade." Nascia ali mais uma das amizades de Beatriz Ryff.


"Os Caprichos" de Goya no MON

Revista IDEIAS. Política, Economia & Cultura do Paraná

As peças são da série “Os Caprichos” e foram elaboradas pelo artista espanhol entre 1797 e 1799


A série “Os Caprichos”, de Francisco Goya (1746-1828), estará no Museu Oscar Niemeyer (MON) a partir da próxima quinta-feira (26/01). São 80 gravuras que ele elaborou entre 1797 e 1799 a partir das técnicas de água-forte, água-tinta, ponta seca e buril.


Salvador López Becerra, diretor do Instituto Cervantes de Curitiba, instituição parceira na realização da mostra, explica que essa coleção é uma sátira da sociedade espanhola de fins do século 18, especialmente da aristocracia e do clero, do sistema de valores, do imobilismo dos costumes e da superstição. “É com Os Caprichos que Goya se consagra como o grande mestre da gravura”, afirma Becerra.


Já a diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini, chama a atenção para o fato de que Goya, um requisitado e consagrado pintor, migrou para a gravura, modalidade artística na qual se revelou tão talentoso como era no uso de pincel e tinta sobre as telas. “Goya elaborou narrações, e essas narrativas visuais apresentam, lado a lado, opostos, donzelas e monstros. Amor, dor e morte, temas perenes, se evidenciam nas cenas que o artista divide entre um escuro sombrio e um claro volumoso”, diz Estela.


Na avaliação da diretora do MON, que também é artista visual, “esses Caprichos são misteriosos e contêm segredos que atravessam os séculos a seduzir, a provocar e a desafiar mulheres e homens porque os não-ditos dessas gravuras dizem respeito até demais à nossa complexa condição, demasiadamente humana”.


Becerra lembra que os críticos afirmam que Goya é um dos precursores da arte moderna. “Desta forma, é óbvio comprovar como Os Caprichos influenciaram gerações de artistas de movimentos tão díspares como o romantismo francês, o impressionismo, o expressionismo alemão e o surrealismo", afirma.


Serviço:

Exposição “Os Caprichos”, de Goya.

Abertura: 26 de janeiro, às 19 horas. O ingresso é gratuito durante a inauguração.

Em cartaz até 24 de abril de 2012

Museu Oscar Niemeyer - Rua Marechal Hermes, 999 - Centro Cívico – Curitiba.

Horário: 10 às 18 horas. De terça a domingo.

Ingressos: R$4 e R$2 (No primeiro domingo de cada mês a entrada é franca).

http://www.revistaideias.com.br/ideias/materia/os-caprichos-de-goya-no-mon


Ex-soldado denuncia torturador que mora em Foz do Iguaçu


“Izabel Fávero - professora, presa em 1970, em Nova Aurora (PR). Hoje, vive no Recife, onde é docente universitária: “Eu, meu companheiro e os pais dele fomos torturados a noite toda ali, um na frente do outro. Era muito choque elétrico. Fomos literalmente saqueados. Levaram tudo o que tínhamos: as economias do meu sogro, a roupa de cama e até o meu enxoval. No dia seguinte, eu e meu companheiro fomos torturados pelo capitão Júlio Cerdá Mendes e pelo tenente Mário Expedito Ostrovski. Foi pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro. Eu estava grávida de dois meses, e eles estavam sabendo. No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, eu abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar”. (Luta, Substantivo Feminino, livro publicado pela Secretaria de Direitos Humanos em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres, ambas da Presidência da República, e Caros Amigos Editora dentro do projeto Direito à Memória e à Verdade. Livro reúne os perfis de 45 mulheres assassinadas e desaparecidas por agentes da ditadura militar no Brasil (1964-1985), cujos casos foram julgados pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos )

Em agosto de 2001, o jornal Folha do Paraná recebeu a carta em anexo, cujo autor é um morador da cidade de Barbosa Ferraz (PR).

Na correspondência, o signatário que se identifica como José Ferreira, e diz ter sido em 1970 soldado do 1º Batalhão de Fronteiras, de Foz do Iguaçu, hoje 34 Batalhão de Infantaria Motorizada descreve as cenas de tortura sofridas por Luiz Andrea Fávero e sua esposa Clari Izabel. O recruta confirma as denúncias de torturas que os professores fizeram ao grupo que elaborou o dossiê Brasil Nunca Mais. Na carta, o ex-soldado revela o nome do torturador, hoje advogado em Foz do Iguaçu e diz que “sempre teve um peso da consciência”.

RELATO PUBLICADO NO DOSSIÊ BRASIL NUNCA MAIS

O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, após pesquisar nos 12 volumes do Projeto Brasil Nunca Mais, organizado pela Arquidiocese de São Paulo, e em outras fontes vem a público denunciar Mário Expedito Ostrovski, como membro dos órgãos de repressão no período de Ditadura Militar.

O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ acredita ser importante enfatizar que o Projeto Brasil Nunca Mais, é o resultado da microfilmagem de todos os processos que se encontram no Superior Tribunal Militar, em Brasília, abrangendo o período de1964 a1978. Trata-se, portanto, de documentação oficial que não pode ser rotulada de facciosa.

O nome de Mário Expedito Ostrovski, aparece uma vez em uma lista do Projeto Brasil Nunca Mais, como 2º Tenente R/2 Infantaria EB atuando na Unidade Militar Foz do Iguaçu/PR, em 1970.

Na lista, de “Elementos Envolvidos Diretamente em Torturas”, à página 17 do Tomo II, volume 3 “Os Funcionários”, seu nome é denunciado , como 2º Tenente R/2 Infantaria EB, no Paraná em 1970.

No Tomo V volume 2 do livro “As Torturas” às págs. 805, 806 e 807 é denunciado, em Auditoria, por Luiz Andréa Fávero, 26 anos, professor, em 1970 esteve preso na Unidade Militar de Foz do Iguaçu/PR, no auto de qualificação e interrogatório transcrito abaixo:

“(…) o interrogando foi surpreendido na residência de seus pais, por uma verdadeira caravana policial; que ditos indivíduos invadiram a casa, algemaram seus pais (…) que em dita dependência os policiais retiraram violentamente as roupas do interrogando e, utilizando-se de uma bacia com água aonde colocaram os pés do interrogando, valendo-se ainda de fios, que eram ligados a um aparelho, passaram a aplicar choques; (…) que, a certa altura o interrogando ouviu os gritos da sua esposa e, ao pedir aos policiais que não a maltratassem, uma vez que a mesma encontrava-se grávida, obteve como resposta uma risada; (…) que o interrogando foi em seguida conduzido para fora da casa, lá avistando seus pais amarrados em uma viatura; que, a certa altura, um policial, deu ordem para que o interrogando corresse e isto de metralhadora em punho (…) que pela manhã o interrogando e sua esposa foram conduzidos para Nova Aurora, (…) foi conduzido para uma sala existente naquele local, por dois policiais que diziam pertencer ao DOPS do Rio/GB, um de nome Juvenal e o outro de nome Pablo; que em dita sala novamente o interrogando foi submetido a torturas, já das mesmas participando o capitão Júlio Mendes, e o tenente Expedito (…) que quer acrescentar ainda que o policial civil de nome Juvenal, em certa altura das torturas que se infringia ao interrogando, mostrou a este um emblema de uma caveira, intitulando-se participante do Esquadrão da Morte (…) que ainda nesse mesmo dia teve o interrogando notícia de que sua esposa sofrera uma hemorragia, constatando-se posteriormente, que a mesma sofrera um aborto (…) posteriormente transferido para Curitiba; que nesta cidade foram levados no Quartel da PE, lá encontrando já fardado a pessoa que comandava a operação realizada em sua residência e mais dois sargentos que participaram também das torturas; que o capitão é de nome Kruguer, e os sargentos Bruno e Balbinoti (…)”

Estas declarações de Luiz Andréa Fávero encontram-se no Processo 551/70 Apelação 38 882, 5ª RM/CJM, contando de 1 volume ( informações à pág. 49 do Tomo II volume 1 “A Pesquisa BNM” do Projeto Brasil Nunca Mais). Este processo trata: “ IPM foi instaurado como desdobramento de prisões no Rio Grande do Sul, atingindo a VAR- Palmares. Apura-se a estruturação de um Comando Territorial da VAR no Paraná, essencialmente na área de Nova Aurora, onde o grupo da VAR vivia em uma fazenda planejada para funcionar como refúgio da Organização e para aliciamento de camponeses na região

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(informações às págs. 136 e 137 do Tomo II Vol. 1 “A Pesquisa BNM”).


http://www.documentosrevelados.com.br/geral/3644/

PM prende homem de 71 assistindo pornô com menina de 6 anos em Matinhos - Pr

Um homem de 71 anos foi preso em flagrande por policiais militares da Operação Verão, em Matinhos, no litoral do Estado, acusado de cometer pedofilia. No final da noite de sexta-feira (13) ele foi detido em uma casa do bairro Tabuleiro, assstindo a um filme pornô.

De acordo com a PM, a equipe recebeu denúncia de que um homem estava com uma criança numa casa, possivelmente praticando atos libidinosos. Ao chegarem no local, encontraram uma casa grande, de alvenaria, com as luzes apagadas, com exceção de um dos cômodos, nos fundos. "Por uma abertura na janela conseguimos ver o homem em uma cama com a menina assistindo filme proibido para menores de 18 anos, enquanto ele a acariciava", comentou o aspirante Bruno Bora, Coordenador de Policiamento de Unidade (CPU).

Ele informou que ao ouvir os policiais baterem na porta, o idoso apagou a luz, levou a garota para outro quarto, trocou de roupa - até então ele tinha sido visto apenas de cueca - e atendeu a equipe. "A criança, que estava somente de calcinha, foi encontrada sentada em uma cama, num quarto escuro", revelou.

Os policiais militares apreenderam na casa dois filmes com conteúdo pornográfico, o celular do idoso onde estavam fotos de crianças em poses sensuais, uma cueca e uma toalha que seriam enviados para exames. "Quando encontrada a menina estava carimbada com desenhos do mickey no corpo inteiro, e assustada", disse o aspirante a oficial.

O detido e todo o material apreendido foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para providências cabíveis. (Odiario)


Antonio Veronese: BBB- A masturbaçao nacional


*Antonio Veronese nasceu em Brotas Veronese, uma pequena cidade perto de São Paulo no Brasil de pais de origem italiana.

O mais velho dos quatro filhos, ele desenvolveu uma paixão desde a infância para desenhar e mais particularmente para o figurativo. Ele começou a desenhar rostos um obsessivo quase na idade de 10 anos.


Na década de 1980, ele exibiu sucessivamente em vários países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Suíça e França.

Exposições principais:

  • Unesco (Paris)
  • Museu Histórico de St. Cloud
  • Grand Palais em Paris Arts Paris
  • Prefeito de Saint-Germain Sobre (Paris)
  • Museu Rousseau (Barbizon)
  • Asago Museum (Japão)
  • Das Nações Unidas ( NY )
  • Paul Madni Gallery (San Francisco)
  • Gallery @ 49, (New York);
  • Das Nações Unidas (Genebra);
  • Galerie Celal em Paris
  • Parlamento Brasil (Brasilia);
  • Fundação Integra (Chile);
  • Instituto Italiano de São Francisco ;
  • Museo Italo-americano de Fort Mason (San Francisco);
  • Museu Nacional de Belas Artes (RJ);
  • Universidade de Genebra.
  • Museu da República (RJ);
  • Museu da Cidade de São Paulo-Páteo do Colégio (SP);
  • Missão Brasileira junto das Nações Unidas (NY);
  • Associação Brasileira de Imprensa (RJ);
  • Paidos Organization ( Genebra);
  • Centro Cultural Brasil-França (Paris).

 
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