quinta-feira, 19 de julho de 2012

ObservatĂ³rio do MensalĂ£o serĂ¡ lançado em Curitiba


EstĂ¡ sendo organizado, por um grupo liderado por um advogado com ativismo na Ă¡rea social, o “ObservatĂ³rio do MensalĂ£o”. O grupo, que pretende tirar lições cĂ­vicas e de conscientizaĂ§Ă£o social, com o julgamento do MensalĂ£o, que vai ocorrer no segundo semestre, pretende instalar telões na Rua XV e nas Ă¡reas centrais de Curitiba durante as sessões do julgamento no STF (a partir do dia 02 de agosto). A idĂ©ia Ă© que a populaĂ§Ă£o possa acompanhar o julgamento dos mensaleiros mesmo quando estiver na rua.NĂ£o falta quem avalie que idĂ©ia, apesar do declarado carĂ¡ter apolĂ­tico de seus idealizadores, tende a gerar controvĂ©rsias por causa do potencial explosivo do MensalĂ£o e o seu chefe JosĂ© Dirceu. (Cicero Cattani)

Justiça multa Femotiba e Feltrin por ataques à Ducci


A juĂ­za Adriana Ayres Ferreira, da 4ª zona eleitoral de Curitiba, decidiu na terça-feira (17) condenar Edson Feltrin, um dos coordenadores da campanha de Gustavo Fruet (PDT), e a Femotiba, que Feltrin preside, a pagar multa de R$ 15 mil, cada um, por campanha eleitoral extemporĂ¢nea, de conteĂºdo negativo, atacando o prefeito Luciano Ducci (PSB), candidato Ă  reeleiĂ§Ă£o. Segundo a aĂ§Ă£o foi impetrada pelo PSB de Ducci, em maio de 2012, antes das convenções e do prazo permitido, Feltrin teria usado um jornal da Femotiba para atacar e tentar desqualificar o prefeito ... (JE)

Arquivo Nacional libera foto do corpo de Carlos Lamarca

Essa e outras imagens de um dos principais nomes da resistĂªncia armada Ă  ditadura militar, hoje sob a guarda do Arquivo Nacional, foram tiradas no Instituto MĂ©dico Legal de Salvador (BA) possivelmente por agentes do SNI (Serviço Nacional de Informações).

"Para mim, a foto Ă© inĂ©dita, eu nunca a tinha visto", disse o advogado da famĂ­lia Lamarca, o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. O filho de Lamarca, CĂ©sar, preferiu nĂ£o fazer comentĂ¡rios sobre o conteĂºdo das imagens.

A famĂ­lia luta na Justiça para validar a indenizaĂ§Ă£o mensal recebida da UniĂ£o, suspensa apĂ³s liminar obtida por trĂªs clubes militares. O Arquivo Nacional tambĂ©m guarda fotos do corpo de JosĂ© Campos Barreto, o Zequinha, militante do MR-8 morto com Lamarca no mesmo dia pela OperaĂ§Ă£o Pajussara, do ExĂ©rcito, na Bahia.

Segundo a famĂ­lia de Zequinha, as fotos sĂ£o inĂ©ditas. O irmĂ£o Olival Barreto disse ter ficado emocionado: "Eu lembro de meu irmĂ£o todos os dias. Essas fotos, desconhecidas, mostram claramente que houve uma execuĂ§Ă£o". O Instituto Zequinha Barreto, em SĂ£o Paulo, confirma o ineditismo das fotos.

A ativista de direitos humanos Suzana Lisboa, que representou as famĂ­lias de mortos e desaparecidos na comissĂ£o criada pelo governo nos anos 1990 para reparar danos causados pelo Estado na ditadura, disse que as imagens "confirmam o estado depauperado de ambos".

"NĂ£o tenho nenhuma dĂºvida sobre a execuĂ§Ă£o deles." A comissĂ£o concluiu que Lamarca e Zequinha foram executados Ă  sombra de uma Ă¡rvore.

Raul Amaro Nin Ferreira 
O Arquivo Nacional tambĂ©m liberou imagens que confirmam que o engenheiro Raul Amaro Nin Ferreira (1944-1971) estava em boas condições de saĂºde quando foi preso pelo Dops do Rio de Janeiro, em 1971.

Onze dias depois da foto, em 12 de agosto daquele ano, Ferreira morreu no Hospital Central do ExĂ©rcito, para onde foi transferido apĂ³s ter sido torturado no DOPS.

Ferreira havia sido parado em uma blitz policial e, dias depois, entregue ao Exército. Em sua casa, a polícia apreendeu textos considerados "subversivos".

Em 1994, em decorrĂªncia de uma batalha legal empreendida pela famĂ­lia, uma decisĂ£o da 9ª Vara Federal do Rio responsabilizou o Estado por sua prisĂ£o, tortura e morte.

Ferreira aparece nas fotos sem qualquer marca de violĂªncia. Sua irmĂ£, a professora Maria Coleta Oliveira, se disse surpresa com a existĂªncia das imagens, jĂ¡ que a famĂ­lia havia feito inĂºmeras buscas em arquivos oficiais.

"Na versĂ£o oficial, nĂ£o disseram que ele sofreu tortura, mas que teve uma doença no fĂ­gado, porque tinha manchas no corpo. Na verdade [quando foi preso], estava em perfeitas condições de saĂºde."

No livro "Os Anos de Chumbo" (ed. Relume DumarĂ¡, 1994), o general Adyr FiĂºza de Castro, do I ExĂ©rcito, reconheceu que Ferreira morreu em decorrĂªncia das torturas: "Quando foi entregue ao ExĂ©rcito, estava com umas marcas, havia sido chicoteado com fio no DOPS".

A ex-integrante da ComissĂ£o de Mortos e Desaparecidos do governo federal Suzana Lisboa disse que a foto "Ă© documento oficial que comprova que ele foi assassinado apĂ³s ter sido preso". (Uol)

Contra o Gaeco… A favor do Gaeco

O PDT do ex-ministro enroladĂ£o Carlos Lupi e do prefeito de Londrina Homero Barbosa Neto querem porque querem acabar com o Grupo de AtuaĂ§Ă£o Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Ingressaram, inclusive, com uma AĂ§Ă£o Direta de Insconstitucionalidade (ADI 4817) contra o Decreto estadual 3.981/2012, no STF,  (veja aqui) para acabar com o trabalho do grupo que tanto incomoda alguns pedetistas.
E hĂ¡ os que nĂ£o concordam e defendem a atuaĂ§Ă£o do Gaeco. Entre os defensores, o grupo denominado Por Amor a Londrina e Contra a CorrupĂ§Ă£o. O grupo fez uma manifestaĂ§Ă£o de apoio em frente Ă  sede do Gaeco na cidade. (Paçoca com Cebola)

Alunos decidem sexta se desocupam a Reitoria da UFPR




Alunos se reuniram com representantes da UFPR na manhĂ£ desta quinta-feira
Estudantes que ocupam a Reitoria da Universidade Federal do ParanĂ¡ (UFPR) desde o Ăºltimo dia 3 de julho decidem em assembleia nesta sexta-feira (20), Ă s 10 horas, se permanecerĂ£o no prĂ©dio. Em reuniĂ£o realizada nesta manhĂ£ com representantes da UFPR, eles assinaram um termo de compromisso se comprometendo a levar o assunto Ă  discussĂ£o.
A prĂ³-reitora de GraduaĂ§Ă£o da UFPR e presidente da mesa de negociaĂ§Ă£o com os estudantes, Maria AmĂ©lia Sabag Zainko, afirmou que, se eles saĂ­rem nesta sexta-feira, a Reitoria nĂ£o punirĂ¡ academicamente ou judicialmente os alunos envolvidos no ato. "NĂ³s entendemos que o movimento estudantil Ă© um movimento de reivindicaĂ§Ă£o legĂ­timo, ainda que nĂ£o concordemos com a ocupaĂ§Ă£o", considerou.
Por outro lado, os estudantes poderĂ£o ser responsabilizados quanto a possĂ­veis prejuĂ­zos causados ao patrimĂ´nio. A UFPR farĂ¡ uma vistoria no prĂ©dio assim que for liberado pelos alunos.
Caso os estudantes desocupem o prĂ©dio nesta sexta, a instituiĂ§Ă£o se comprometeu a retomar a negociaĂ§Ă£o da pauta de reivindicaĂ§Ă£o dos alunos no perĂ­odo da tarde do mesmo dia. Hellen Rosa, representante do DiretĂ³rio AcadĂªmico dos Estudantes da UFPR, presente na reuniĂ£o, acredita que a desocupaĂ§Ă£o pacĂ­fica representa o desejo de maior parte dos alunos. "NĂ£o concordamos com esse pequeno grupo que ocupou a Reitoria, mas queremos que a sua integridade fĂ­sica seja protegida", insistiu.
Informações controvertidas
Desde o dia 3 de julho, inĂ­cio da ocupaĂ§Ă£o do prĂ©dio, a UFPR informou que estĂ£o paralisados setores como a Procuradoria Federal; a PrĂ³-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças; a Assessoria de Relações Internacionais e a Ă¡rea de armazenamento de becas. Com a interrupĂ§Ă£o dos repasses de verbas, entidades como a Maternidade Victor Ferreira do Amaral, estariam sendo prejudicadas. No caso da Maternidade, o abastecimento de alimentos e equipamentos aos doentes, de acordo com a prĂ³-reitora de GraduaĂ§Ă£o, estĂ¡ chegando ao limite.
Em coletiva de imprensa apĂ³s a reuniĂ£o com a Reitoria, os alunos que ocupam o prĂ©dio, no entanto, afirmaram que nĂ£o estĂ£o impedindo o funcionamento de serviços essenciais. “A nossa intenĂ§Ă£o nĂ£o Ă© prejudicar os professores e trabalhadores da universidade, os estudantes e a comunidade externa. A nossa comissĂ£o de Ă©tica, quando foi consultada, liberou muitas coisas. Inclusive protocolamos documentos de que nĂ£o estĂ¡vamos impedindo a compra de remĂ©dios para os hospitais, que as bolsas fossem efetuadas”, disse Lucas Mion, um dos ocupantes.
Sobre a informaĂ§Ă£o de que o Procurador Federal da universidade nĂ£o pode entrar no prĂ©dio na terça-feira desta semana (17 de julho), os estudantes confirmaram dizendo que, naquele momento, ele teria de esperar uma manifestaĂ§Ă£o de aprovaĂ§Ă£o do comitĂª de Ă©tica do movimento estudantil que, segundo a estudante Ana Paula Cigerza, foi dada na tarde do mesmo dia. Se o Reitor quiser entrar agora mesmo no prĂ©dio para buscar documentos, ele pode, garantiram os ocupantes.
A direĂ§Ă£o da UFPR e os alunos tambĂ©m apresentam informações contravertidas sobre as negociações da pauta de reivindicações dos alunos antes da ocupaĂ§Ă£o. A Reitoria afirma que jĂ¡ tinham sido contemplados 29 dos 31 itens apresentados pelos alunos, em quatro reuniões anteriores Ă  ocupaĂ§Ă£o, algumas delas com mais de quatro horas de duraĂ§Ă£o. Os ocupantes, por outro lado, dizem que a Reitoria nĂ£o estava negociando a contento. (GP)

Até criminosos confessos ficam livres no Brasil, diz promotor e autor de livro


O promotor de justiça criminal Marcelo Cunha de AraĂºjo, do MinistĂ©rio PĂºblico de Minas Gerais, resolveu contar por que o sistema brasileiro Ă© tĂ£o complicado e ineficaz. Em seu recĂ©m-lançado livro "SĂ³ É Preso Quem Quer!" (Brasport), ele fala sobre diversos temas que envolvem o "mundo do crime", sempre com uma linguagem clara e acessĂ­vel, com o objetivo de dar uma resposta Ă  populaĂ§Ă£o sobre as deficiĂªncias jurĂ­dicas em nosso paĂ­s.



Em entrevista Ă  Livraria da Folha, o advogado diz que a falta de vontade polĂ­tica Ă© a grande responsĂ¡vel pela impunidade, pois "os que mais se beneficiam com a ineficiĂªncia do sistema sĂ£o justamente aqueles que detĂªm o poder de mudança."
O promotor tambĂ©m conta que qualquer criminoso pode usar as brechas das leis para se livrar das acusações --inclusive aqueles que confessaram o crime. "Desde que nĂ£o tenha sido preso em flagrante, seu caso nĂ£o caia na imprensa e tenha advogados atuantes, estatisticamente existe uma possibilidade imensa dessa pessoa ficar impune."
Mas o especialista faz questĂ£o de dizer que, mesmo que o caso se enquadre nas caracterĂ­sticas acima --flagrante e alarde por parte da imprensa--, o crime "pode acabar caindo na impunidade".
Em "SĂ³ É Preso Quem Quer!", Marcelo dĂ¡ alguns exemplos dessas situações, alĂ©m de deixar claro por que ricos e pobres sĂ£o tratados de forma diferente e revelar por que a justiça Ă© lenta e injusta --falando sobre assuntos que os juristas preferem ocultar.
Abaixo, leia a entrevista com o promotor Marcelo Cunha de AraĂºjo, na qual o promotor fala sobre crimes do colarinho branco, da influĂªncia do dinheiro nas decisões judiciais e das possĂ­veis soluções para o problema.
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Livraria da Folha - Quanto tempo seria necessĂ¡rio para que o sistema se tornasse justo?
Marcelo Cunha de AraĂºjo - Apesar de a impunidade ser a resultante de um conjunto de microdecisões, para resolver os problemas do sistema nĂ£o sĂ£o necessĂ¡rias muitas mudanças substanciais. O que falta Ă© a vontade polĂ­tica, uma vez que os que mais se beneficiam com a ineficiĂªncia do sistema sĂ£o justamente aqueles que detĂªm o poder de mudança.
Livraria da Folha - Na sua opiniĂ£o, quais sĂ£o as leis mais ineficazes atualmente?
Marcelo - Os campeões da impunidade no Brasil sĂ£o os crimes do colarinho branco. Entre eles, destaco as fraudes Ă  licitaĂ§Ă£o e a lavagem de dinheiro. Em segundo lugar, aponto os crimes de trĂ¢nsito, que geram consequĂªncias gravĂ­ssimas Ă s vĂ­timas e a seus familiares e tĂªm a impunidade garantida. Em terceiro lugar, de uma forma geral, qualquer tipo de crime, desde homicĂ­dios a estupros, passando pela prostituiĂ§Ă£o infantil e por golpes de estelionato, desde que praticados por pessoas que tenham alguma condiĂ§Ă£o econĂ´mica.
Livraria da Folha - Qualquer pessoa pode se safar de qualquer tipo de crime, se souber usar as brechas das leis?
Marcelo - Sim. Desde que nĂ£o tenha sido preso em flagrante, seu caso nĂ£o caia na imprensa e tenha advogados atuantes, estatisticamente existe uma possibilidade imensa dessa pessoa ficar impune. É bom que se diga que, em certos casos, mesmo com a prisĂ£o em flagrante e com o caso na imprensa, tal crime pode acabar caindo na impunidade, como explicito em vĂ¡rios exemplos reais em meu livro. Ainda Ă© interessante se falar que nĂ£o se trata de uma questĂ£o de prova ou de certeza de autoria, uma vez que o criminoso pode atĂ© confessar. Trata-se de uma questĂ£o de inoperosidade do sistema.
Livraria da Folha - O pobre deve ficar realmente mais apreensivo do que o rico quando Ă© preso?
Marcelo - Com toda certeza! O pobre Ă© o escolhido por esse sistema perverso como bode expiatĂ³rio para gerar a ilusĂ£o, na populaĂ§Ă£o em geral, de que o sistema funciona. Assim, apesar do tĂ­tulo da obra (que foi pensado apenas como provocativo), nĂ£o Ă© para todos que vale a mĂ¡xima de que "sĂ³ Ă© preso quem quer". Na obra, na verdade, tento explicar, de forma pormenorizada, como se constrĂ³i algo que percebemos no cotidiano: o fato de "uns serem mais iguais que os outros", apesar de as leis e os juĂ­zes nĂ£o dizerem isso explicitamente.
Livraria da Folha - O fato de o acusado ter dinheiro interfere diretamente na decisĂ£o final do juĂ­z?
Marcelo - Sim, mas nĂ£o de uma forma direta e explĂ­cita. Essa interferĂªncia se dĂ¡ de uma maneira latente e nĂ£o manifesta, escondida nos recĂ´nditos das microdecisões tomadas pelos legisladores e pelos operadores do sistema (policiais, promotores de justiça, juĂ­zes etc.).
Livraria da Folha - VocĂª acha que os leitores ficam mais desmotivados ou esperançosos apĂ³s ler seu livro?
Marcelo - Em primeiro lugar, o leitor tem a sensaĂ§Ă£o de serenidade pela objetivaĂ§Ă£o de um sentimento atĂ© entĂ£o abstrato de indignaĂ§Ă£o em relaĂ§Ă£o Ă  impunidade. Assim, o leitor que nĂ£o conhece o direito e que nĂ£o entende como a impunidade Ă© "fabricada" consegue aplacar um pouco a sua angĂºstia em relaĂ§Ă£o ao absurdo diĂ¡rio de nosso paĂ­s, jĂ¡ que agora consegue ter uma visĂ£o muito mais profunda sobre o problema. Num segundo momento, creio que nasce uma ponta de esperança gerada pela conscientizaĂ§Ă£o de que a mudança, apesar de difĂ­cil, Ă© possĂ­vel, uma vez que consegue enxergar seu caminho. Quando se pode ver o destino, o caminho, apesar de tormentoso, torna-se menos massacrante.

Mulheres fazem 5 horas de serviço doméstico a mais que os homens por semana, afirma OIT



Mesmo com o aumento expressivo da participaĂ§Ă£o feminina no mercado de trabalho brasileiro, as mulheres continuam carregando o fardo das tarefas de casa e trabalham, em mĂ©dia, cinco horas a mais por semana que os homens - o que equivale a 20 horas adicionais por mĂªs, cerca de dez dias a mais por ano.
Enquanto elas cumprem uma jornada semanal de 36 horas remuneradas, mais 22 horas de afazeres domĂ©sticos, eles trabalham 43,4 horas, mais 9,3 em casa por semana. Em um ano, as mulheres dedicam 275 horas a mais que os homens a todas as tarefas, revelam dados da OrganizaĂ§Ă£o Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com o relatĂ³rio "Perfil do trabalho decente no Brasil: um olhar sobre as unidades da federaĂ§Ă£o", alĂ©m de ter uma jornada menor, no que diz respeito aos afazeres domĂ©sticos, os homens participam mais de atividades interativas.
- Mesmo dentro desse tempo, eles realizam principalmente tarefas como ir ao supermercado e levar as crianças Ă  escola - disse JosĂ© Ribeiro, coordenador na OIT do projeto de monitoramento e avaliaĂ§Ă£o do trabalho decente no Brasil.
O levantamento foi realizado com base em dados do governo federal colhidos entre 2004 e 2009.
Para LaĂ­s Abramo, diretora do escritĂ³rio da OIT no Brasil, a incorporaĂ§Ă£o das mulheres ao mercado de trabalho nĂ£o foi acompanhada de uma redefiniĂ§Ă£o dos papĂ©is dentro de casa. Ela observa ainda que, em muitos casos, a mulher ainda nĂ£o pode trabalhar porque nĂ£o tem com quem deixar os filhos. Pelos dados da pesquisa, 11,5% das mulheres ocupadas de 16 anos ou mais tĂªm filhos de atĂ© seis anos de idade. No entanto, 73,3% dessas crianças nĂ£o frequenta creche.
- Para mudar essa realidade, Ă© importante elaborar polĂ­ticas que envolvam desde os serviços de creche de maneira generalizada, passando pela criaĂ§Ă£o de restaurantes e lavanderias populares, atĂ© o tempo gasto de casa ao trabalho - ressaltou.
No Rio, 22% das pessoas gastam mais de uma hora para chegar ao trabalho
Segundo o relatĂ³rio, enquanto na mĂ©dia nacional 9,5% dos trabalhadores gastam mais de uma hora para se deslocarem entre a residĂªncia e o trabalho, no conjunto das metrĂ³poles esse Ă­ndice chega a 17,5%.
No Rio, essa proporĂ§Ă£o se eleva para 22% e, em SĂ£o Paulo, para 23,2%. Na avaliaĂ§Ă£o de LaĂ­s, em termos gerais, a situaĂ§Ă£o do trabalho no Brasil melhorou, mas ainda hĂ¡ distorções histĂ³ricas a serem corrigidas, como a desigualdade de gĂªnero e as diferenças regionais das condições de trabalho.
- Tivemos um aumento da formalizaĂ§Ă£o do trabalho e da proteĂ§Ă£o social e uma reduĂ§Ă£o no trabalho infantil. Sem dĂºvida, isso aponta para uma tendĂªncia do mercado nacional - ressaltou.
Entre os fossos a serem superados, a diretora destacou a precariedade dos contratos das empregadas domĂ©sticas. Apesar de sua importĂ¢ncia nas famĂ­lias, em nenhuma unidade da federaĂ§Ă£o, o Ă­ndice dessas trabalhadoras com carteira assinada alcança 40%. Essas porcentagens sĂ£o maiores em SĂ£o Paulo (38,9%), Santa Catarina (37,6%) e Distrito Federal (37%). Os piores resultados estĂ£o no Amazonas (8,5%), CearĂ¡ (9,3%), PiauĂ­ (9,7%) e MaranhĂ£o (6,7%).
- Isso Ă© cultural. Tem a ver com a ideia de que os trabalhadores domĂ©sticos nĂ£o sĂ£o como os demais - disse.
Ela lembrou que o Brasil ainda nĂ£o aderiu Ă  ConvenĂ§Ă£o Internacional sobre o Trabalho Decente para Trabalhadores DomĂ©sticos, aprovado em junho pela OIT. O documento precisa ser ratificado pelos paĂ­ses-membros e prevĂª a aprovaĂ§Ă£o de leis que garantam mais direitos Ă  categoria.

A dura realidade a ser enfrentada pelos prĂ³ximos prefeitos


Querer comparar governos exercidos em perĂ­odos diferentes, onde a economia global nĂ£o teve o mesmo desempenho, Ă© no mĂ­nimo um erro.

Se a economia estĂ¡ em expansĂ£o ou em recessĂ£o isto gera efeitos na arrecadaĂ§Ă£o de impostos. Com a diminuiĂ§Ă£o do dinheiro em caixa, ou com o aumento deste pela bela arrecadaĂ§Ă£o de impostos pela maior circulaĂ§Ă£o do dinheiro na sociedade, o que um governante pode ou nĂ£o fazer estĂ¡ interligado.

Com pouco dinheiro circulando por causa da recessĂ£o fica mais difĂ­cil governar, jĂ¡ que sem te o aumento do consumo a arrecadaĂ§Ă£o de impostos cai.

Quem governou durante o forte perĂ­odo de crise ocorrido na dĂ©cada de 1990, atĂ© o começo da de 2000 pouco pode fazer, jĂ¡ que o mundo passou pela forte instabilidade econĂ´mica gerada por vĂ¡rias crises: asiĂ¡tica, mexicana e russa.

Quem assumiu os governos a partir de 2003 pegou um cĂ©u de brigadeiro, jĂ¡ que a recessĂ£o havia acabado e assim a economia global vivia um perĂ­odo de expansĂ£o, de forte consumo, e com este melhor arrecadaĂ§Ă£o de impostos.

As mudanças negativas ou positivas na economia, pela globalizaĂ§Ă£o,  interferem tanto a nĂ­vel global, nacional, como estadual e municipal. Se os prefeitos eleitos na dĂ©cada de 90 passaram por um forte perĂ­odo de crise, os da de 2000 nĂ£o.

Os que irĂ£o assumir na prĂ³xima gestĂ£o, que correrĂ¡ em perĂ­odo de nova forte crise na economia global, nĂ£o terĂ£o os mesmos benefĂ­cios de caixa fortalecido que os atuais mandatĂ¡rios tiveram.

Com a crise gerando desemprego, e com este pouco consumo pela incapacidade de endividamento das famĂ­lias, a arrecadaĂ§Ă£o cai, e assim haverĂ¡ menos obras, menor contrataĂ§Ă£o de funcionĂ¡rios, menor capacidade de endividamento dos municĂ­pios, etc..

A rede e a interaĂ§Ă£o social nas disputas eleitorais pelo poder



 A "Ă¡gua" da disputa eleitoral começou a bater no pescoço, e com suas incertezas surge o pĂ¢nico no seio dos grupos polĂ­ticos.

O tempo se escasseia e a data fatĂ­dica da votaĂ§Ă£o e apuraĂ§Ă£o dos votos se aproxima. SĂ³ um dos pretendentes chegarĂ¡ lĂ¡, e nesta disputa a medalha de prata nada significa.

 Para os que perderem sĂ³ daqui a quatro anos, com o agravante da reeleiĂ§Ă£o, o que pode fazer os quatro anos se transformarem em oito.

O Face bagunçou com a vida da oligarquias. As aldeias se agitam a cada postagem!

NĂ£o sĂ£o mais somente os venais meios de comunicaĂ§Ă£o que levam a "informaĂ§Ă£o”, que neles sĂ£o pasteurizadas, mortas, estĂ¡ticas!

Nos meios tradicionais de mĂ­dia, o leitor, o ouvinte, etc. nĂ£o pode questionar o que vem como um produto pronto para nele ser empurrado goela abaixo.

Para desespero dos que odeiam a participaĂ§Ă£o popular na construĂ§Ă£o da informaĂ§Ă£o a rede social possui o "agravante" de ser democrĂ¡tica ao ser interativa.

Aos poucos, com o livre pensar, a lei da omerta se rompe com o surgimento de novos protagonistas.

Como controlar o rebanho, que pensa e interage? EstĂ¡ Ă© a pergunta que agora fica sem resposta nas mentes dos tradicionais senhores da senzala!

 
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