terça-feira, 18 de junho de 2013

A aĂ§Ă£o de meia dĂºzia de baderneiros no final do ato, que com mais de 20.000 pessoas durante todo o trajeto foi pacĂ­fico


E depois de percorrer a regiĂ£o Central de Curitiba por aproximadamente trĂªs horas e meia, os manifestantes chegaram ao seu destino final, o centro do Poder PolĂ­tico do Estado, o PalĂ¡cio Iguaçu. 
Em meio a gritos de ordem e paz, um grupo de aproximadamente 20 pessoas, vestidas com camisetas que faziam alusĂ£o ao anarquismo, iniciaram uma tentativa de invasĂ£o do PalĂ¡cio. 
A manifestaĂ§Ă£o tinha sido pacĂ­fica e ordeira atĂ© aquele momento. 

Um pequeno grupo de dezenas de desordeiros insistia em afrontar os policiais jogando pedras, garrafas e cones contra os militares.  TambĂ©m houve tentativa de incĂªndio na guarita do estacionamento da Praça Nossa Senhora do Salete. De longe, era possĂ­vel ver uma nĂ©voa provocada pelo gĂ¡s lacrimogĂªnio. Muitas pessoas reclamaram de irritaĂ§Ă£o nos olhos, mesmo vĂ¡rias quadras distantes da manifestaĂ§Ă£o. E depois de quatro detenções a situaĂ§Ă£o foi controlada pela polĂ­cia. (Fonte Banda B)Depois de derrubarem um dos portões de acesso Ă  um estacionamento privativo, a PolĂ­cia Militar teve que intervir. 

Divulgados os nomes dos vĂ¢ndalos que tentaram invadir o PalĂ¡cio Iguaçu

A Secretaria de Segurança PĂºblica do ParanĂ¡ divulgou agora pouco a lista dos nomes dos sete vĂ¢ndalos que se aproveitaram da manifestaĂ§Ă£o pela reduĂ§Ă£o da tarifa de Ă´nibus em Curitiba e abertura da caixa-preta da Urbs – autarquia que administra o transporte pĂºblico na capital, para tentar invadir o PalĂ¡cio Iguaçu, sede do Governo do Estado. Veja a seguir a Ă­ntegra da nota:

Quatro elementos autuados por crime ao patrimĂ´nio pĂºblico ainda estĂ£o no Ciac do Centro, aguardando o pagamento de fiança. Outros trĂªs estĂ£o detidos por desacato. Os detidos por desacato sĂ£o Cristian Nelson do Nascimento, Weslen dos Santos Camargo, Pedro Henrique Ribeiro Barbosa. Por dano ao patrimĂ´nio estĂ£o presos Ricardo Lacerda Franzen, Vinicius Maschio, Yuri Sfair e Alexandre Tostes Santana.” (Boca Maldita)

Enquanto uns picham, outros limpam

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Enquanto meia dĂºzia de baderneiros arrebentaram o portĂ£o  e picharam a parede do PalĂ¡cio Iguaçu. Outra parte, consciente e compromissada com a imagem do Movimento, foi limpar o estrago causado pela pequena minoria.

Aos governantes: A gente nĂ£o quer sĂ³ comida, a gente quer direito a cidadania, queremos dignidade. VĂª se entendem o nosso grito de alerta!!!!



"A gente nĂ£o quer sĂ³ comida

A gente quer comida

DiversĂ£o e arte

A gente nĂ£o quer sĂ³ comida
A gente quer saĂ­da
Para qualquer parte..."

          Passando um pouco a euforia resultante do magnĂ­fico espetĂ¡culo de vivĂªncia da nacionalidade e conquista da cidadania propiciado pela juventude, que sai as ruas para dizer de tudo um pouco, pois as carĂªncias sociais vĂ£o muito alĂ©m do aumento de 0,20 centavos das tarifas.

        O paĂ­s inteiro se levanta para dizer: nĂ³s somos o povo e estamos despertos, somos muitos e queremos mais, queremos tudo o que  a nossa ConstituiĂ§Ă£o diz que sĂ£o os direitos fundamentais, entre eles principalmente a prevalĂªncia dos direitos humanos.

Um Movimento que nasceu com a discussĂ£o sobre as pĂ©ssimas condições de  mobilidade urbana, nas ruas ganha outras caracterĂ­sticas, assume outras bandeiras em defesa da educaĂ§Ă£o, saĂºde, melhores salĂ¡rios, combate a corrupĂ§Ă£o, etc., cada cartolina apontava para um objeto, mas todos convergentes, as melhores condições de vida para o povo.
"Roncou, roncou
Roncou de raiva a cuĂ­ca

Roncou de fome

Alguém mandou
Mandou parar a cuĂ­ca, Ă© coisa dos home"
A juventude, quietamente impaciente com justa causa, nĂ£o vinha para as ruas desde a derrubada do Collor, mas a mesma Ă© herdeira dos que lutaram contra  ditadura, a que foi para as ruas nas marchas das Diretas JĂ¡, de novo assume o seu protagonismo, o que Ă© muito bonito e significativo. Com ela saĂ­mos do comodismo e resgatamos a nossa soberana dignidade nacional.

Tenho trĂªs filhos adentrando a fase adulta, e eles, mesmo tendo uma situaĂ§Ă£o mais privilegiada dos que a maioria dos jovens, podem ser considerados sem recursos, jĂ¡ que desde adolescentes sempre tiveram de estagiar para com o pouco ganho ajudar a cobrir suas despesas pessoais. A mais velha se formou em jornalismo, o filho homem termina o curso de Direito neste final de ano e a caçula tem mais trĂªs anos para tambĂ©m completar o curso de Direito. Formados terĂ£o de cair em um mercado de trabalho mau remunerado e altamente competitivo, e nele as vagas para os de nĂ­vel superior sĂ£o escassas. Se para os de situaĂ§Ă£o econĂ´mica igual a deles a vida nĂ£o estĂ¡ fĂ¡cil, imagino como seja a vida dos realmente de baixa renda.

Deve ser muito dura a vida de um jovem casal com filhos tendo de no mĂ¡ximo sobreviver com dois ou trĂªs salĂ¡rios mĂ­nimos. Se somar aluguel, mercado, farmĂ¡cia, transporte, vestuĂ¡rio, etc. o que sobra Ă© desespero. Estes jovens tambĂ©m estavam na manifestaĂ§Ă£o, que muitos tentam diminuir para como se fosse uma manifestaĂ§Ă£o de filhinhos de papais, mentira! 

Do jeito que a força se acumula logo teremos eventos populares tĂ£o amplos e massivos como foram os da Diretas JĂ¡ e o Fora Collor, onde a totalidade do conjunto social estarĂ¡ representada, atĂ© a tal da classe mĂ©dia alta que a mĂ­dia canalha tentou vender como se estĂ¡ fosse a força hegemĂ´nica dentro deste importante grito de nacionalidade mobilizado atravĂ©s da rede.

A maioria dos que lĂ¡ estavam eram da classe mĂ©dia baixa ou pobres. Nem um potentado via sair as ruas para reclamar uma pauta tĂ£o amplamente popular. A maioria absoluta destas pessoas nĂ£o sĂ£o militantes ou quadros polĂ­ticos de organizações, mas gente comum que para as ruas o foram para lembrar que o povo nĂ£o Ă© gado e dizer que estĂ£o acordados vendo tudo acontecer e nĂ£o gostando do que aqui em Pindorama cronicamente acontece.

Os baderneiros

Enquanto a maioria do que foram as ruas lutavam por uma pauta concreta uma minoria, verdadeiros "iscas de polĂ­cia", buscavam como pauta o confronto, e pelos mais diversos motivos, pois entre eles estavam militantes de extrema, pouco importando se eram de esquerda ou de direita; membros de torcidas organizadas; sociopatas e tambĂ©m outros bichos exĂ³ticos, entre estes atĂ© bandos de pichadores.

Apesar das tentativas destes baderneiros de criar um clima de terror, o que vai contra a imagem do Movimento, estes nĂ£o conseguiram o seus intentos. A populaĂ§Ă£o soube identificar bem que estes escrotos eram uma pequena minoria, embora os meios de comunicaĂ§Ă£o tenham tentado de forma canalha vender a imagem de que estes representavam o conjunto dos participantes das passeatas.


"Os grilhões que nos forjava
Da perfĂ­dia astuto ardil...

Houve mĂ£o mais poderosa:

Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vĂ¡... temor servil:

Ou ficar a pĂ¡tria livre
Ou morrer pelo Brasil."



 
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