domingo, 18 de setembro de 2011

Cada um tem incorporado na família o Ramatis que merece!!!

Em algumas famílias alguém incorpora o espírito iluminado de Ramatis, o que anuncia o juízo final:

“As épocas de ‘juízo final’, têm também por função ajustar a substância planetária para se tornar melhor habitat e, consequentemente, requerem seleção de almas com melhor padrão, necessário para as sucessivas reencarnações em moradia aperfeiçoada.”

Em outra, apesar do nome, o espírito sem juízo que alguém incorpora roncou grosso e foi fuçar em lugar errado!

Enquanto a comunicação do PT tenta de todas as formas amenizar a crise do mensalão o incorporado fuçador ressuscita das trevas o homem que mandou em Londrina, o Janene mensalão, e de novo joga tudo na pocilga elencando este nome ilustre que teve ligação umbilical com o PT de Londrina desde 92, quando o seu irmão Assad Jannani foi o vice na chapa petista. Janene depois “trabalhando" no esquemão nacional teve participação "especial" em todo o escândalo dos mensaleiros, no qual Gustavo Fruet, hoje aliado dos que combateu, foi um dos principais protagonistas na acusação!

O rapaz tem futuro:

jose ramatis vargas

mesalao cria do PSDB,comandada pelo martines,ze janene ,que ajudou do no projeto da releicao,e depois usado largamente,e a parte podre

Polícia prende suspeitos de matar líderes extrativistas no Pará

Suspeitos de serem os assassinos dos líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, os irmãos José Rodrigues Moreira e Lindonjonson Silva Rocha foram presos na manhã de hoje em Novo Repartimento (PA) durante um operação das polícias Civil e Militar do Pará.

O casal foi morto no dia 24 de maio atingido por vários tiros quando passava por uma ponte no caminho da comunidade rural onde moravam.

Segundo o governo do Estado, os suspeitos foram encontrados em um barraco no meio de uma mata fechada. Eles estão sendo levados para Belém. Foram achados três revólveres calibre 38 e uma espingarda.

A prisão foi decretada em julho. O suspeito Alberto Lopes do Nascimento continua foragido.

Segundo denúncia do Ministério Público, Moreira é o dono de terras no assentamento onde o casal morava. Ele é acusado de ter sido o mandante das mortes. Irmão de Moreira, Lindonjonson é suspeito de atirar no casal.

AMEAÇAS

Desde o crime, familiares do casal têm relatado ameaças de mortes. O Ministério Público Federal já pediu inclusive que eles sejam protegidos pela Polícia Federal.

A Procuradoria também solicitou a federalização do crime. Para os procuradores, o assassinato está diretamente ligado à comercialização ilegal de terras da União.

Em novembro, José Claudio Ribeiro da Silva disse durante uma palestra que vivia "com uma bala na cabeça" por denunciar madeireiros da região.

"A mesma coisa que fizeram com o Chico Mendes e a irmã Dorothy [Stang], querem fazer comigo", afirmou.

Ele e a mulher viviam no Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira, onde faziam artesanato a partir de recursos naturais e cultivavam frutas, como açaí. (Uol)

Delegados da PF criticam anulação pelo STJ de grampos contra Sarney

Delegados da Polícia Federal se declaram perplexos com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou anular as provas da Operação Boi Barrica. Os delegados consideram que o Judiciário se curva ante investigados que detêm poderes político e econômico.

Eles temem que outras operações de grande envergadura poderão ter o mesmo fim a partir de interpretações de ministros dos tribunais superiores que acolhem argumentos da defesa.

Foi assim, antes da decisão que tranca a Boi Barrica, com duas das principais missões da PF, deflagradas em 2008 e em 2009, a Satiagraha e a Castelo de Areia - ambas miravam empresários, políticos e até banqueiro.

"A PF não inventa, ela investiga nos termos da lei e sob severa fiscalização", disse o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, diretor de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional dos Delegados da PF.

"No Brasil não há interesse em deixar investigar", afirma Leôncio. "As operações da PF são executadas sob duplo grau de controle, do Ministério Público Federal, que é o fiscal da lei, e do Judiciário, que atua como garantidor de direitos. Não existe nenhum país no mundo que a polícia sofre essa dupla fiscalização."

"Aí uma corte superior anula todo um processo público com base em que? Com base no 'ah, não concordo, a fundamentação do meu colega que decidiu em primeiro grau não é suficiente'. Nessa hora não importa que os fatos são públicos e notórios e que não há necessidade sequer de se ficar buscando uma prova maior."

STJ anula provas obtidas pela PF em investigação contra família Sarney

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as provas colhidas durante a Operação Boi Barrica da Polícia Federal, que investigou suspeitas de crimes cometidos por integrantes da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os ministros da 6ª Turma do STJ consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações.

Revelações sobre a Boi Barrica, feitas pelo Estado de S. Paulo, em 2009, levaram a Justiça a decretar censura ao jornal, acolhendo pedido do empresário Fernando Sarney, filho do senador.

Com a anulação das interceptações ficam comprometidas outras provas obtidas posteriormente, resultantes de quebras de sigilo bancário e fiscal. Volta praticamente à estaca zero a apuração de uma suposta rede de crimes cometidos pelo grupo a partir de um saque de R$ 2 milhões em espécie às vésperas da eleição de 2006 e registrado como movimentação atípica pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na época, Roseana Sarney era candidata ao governo do Maranhão.

Com as escutas e informações sobre movimentação financeira, a PF abriu cinco inquéritos e apontou indícios de tráfico de influência no governo federal, formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro.

Em julho de 2009, depois de seis horas de depoimento na Superintendência da PF, em São Luís, o empresário Fernando José Macieira Sarney, filho do presidente do Senado, chegou a ser indiciado por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de quadrilha.

O STJ tomou a decisão ao analisar um pedido de João Odilon Soares, funcionário do grupo Mirante de comunicação, que pertence à família Sarney. Soares também foi investigado. Para conseguir anular as provas, o advogado Eduardo Ferrão baseou-se em decisões anteriores tomadas pelo STJ e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma dessas decisões recentes, o STJ anulou as provas da Operação Satiagraha, que investigou suspeitas de corrupção supostamente envolvendo o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Na ocasião, os ministros da 5ª Turma do tribunal concluíram que foi ilegal a participação nas investigações de integrantes da Agência Nacional de Inteligência (Abin).



Como vivia um paulista pré-histórico

O paulista mais antigo de que se tem notícia viveu há 10 mil anos no Vale do Ribeira. Caçava animais de pequeno e médio porte, como preás, cotias e porcos-do-mato. Devia enriquecer sua dieta com tubérculos e frutos. Caminhava sobre riachos, mas não gostava de comer peixe.

Um estudo divulgado na semana passada analisa a composição química dos seus ossos e lança luz sobre os hábitos alimentares de Luzio - como foi batizado pelos cientistas. O trabalho também discute a misteriosa origem do paulista pré-histórico.

Ele não se parecia com índios contemporâneos, que exibem traços fisionômicos do oriente asiático. Lembrava mais aborígenes da Melanésia, na Oceania, ou negros da África subsaariana.

Pertenceu a uma colonização ancestral do continente que tem como representante mais ilustre Luzia, a "primeira americana", esqueleto mineiro de 11 mil anos que inspirou o nome do achado paulista e tem características morfológicas semelhantes.

Vestígios de paleoamericanos, como são conhecidos, normalmente são encontrados no interior do continente. No Brasil, foram achados no Planalto Central - em Lagoa Santa, a 40 quilômetros de Belo Horizonte, terra de Luzia - e no sertão nordestino - no Piauí, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte. Oriundo da floresta, só Luzio. A julgar pelas informações inscritas no seu esqueleto, estava adaptado à Mata Atlântica.

Paralela à costa brasileira, há uma barreira natural de montanhas que dificulta o acesso ao interior. "O Vale do Ribeira é um corredor natural que liga o continente ao litoral", recorda Sabine Eggers, do Instituto de Biociências da USP, principal autora do trabalho publicado quarta-feira na PLoS One. "E Luzio foi encontrado ali, no meio do caminho."

Apesar de se alimentar como um homem do interior, perto dos seus rastos foram encontrados dois dentes de tubarão que sugerem contato com o litoral.

Além disso, estava enterrado em um sambaqui - estrutura construída com conchas pelos nativos. Até então, os sambaquis eram associados a populações ameríndias tradicionais, mais recentes. Paleoamericanos não pareciam construir sambaquis.

Praieiro. Luzio causou perplexidade: era um paleoamericano ligado à praia, enterrado em um sambaqui na Mata Atlântica. "O resultado do teste de carbono 14 (que datou o achado) surpreendeu", afirma Levy Figuti, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP). Sua equipe descobriu Luzio durante um projeto sobre sambaquis fluviais no Vale do Ribeira, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O arqueólogo Paulo DeBlasis era responsável pelo Sambaqui Capelinha, onde Luzio foi encontrado. As pesquisadoras Claudia Plens e Maria Cristina Alves exumaram o esqueleto envolto em conchas de caramujos e argila laranja. "Como estava próximo da superfície - cerca de 10 centímetros -, achamos que era material recente", explica Figuti.

Não se sabe se o povo de Luzio veio da costa e depois colonizou o interior, ou se fez o caminho inverso. Sabine prefere a primeira opção. Pondera que é mais fácil se adaptar e migrar nos ambientes costeiros - que guardam uma semelhança maior entre si que os terrestres.

Mercedes Okumura, do MAE, participou da craniometria de Luzio e concorda com Sabine. "O ambiente da costa apresenta recursos mais abundantes", afirma Mercedes. Contudo, a cientista lembra que possíveis sambaquis de paleoamericanos na costa dificilmente serão encontrados. "O nível do mar era mais baixo há 10 mil anos", afirma. "Agora, estariam submersos."

Para desvendar as questões suscitadas por Luzio, seria necessário encontrar outras pistas na região. "Temos planos de novas escavações", garante Figuti.

O brasileiro Andre Strauss, do Instituto Max Planck, na Alemanha, estudou minuciosamente rituais funerários dos paleoamericanos de Lagoa Santa. Ele foi orientado por Walter Neves, responsável pela descoberta de Luzia. "O que aconteceu com estes paleoamericanos? Foram dizimados? Misturaram-se aos ameríndios?", questiona, para recordar que estudos recentes apontaram a sobrevivência de traços de paleoamericanos entre os índios botocudos, no Brasil, e em nativos que habitavam a região de Baja Califórnia, no México.

PARA ENTENDER Os pesquisadores analisaram isótopos de nitrogênio e carbono obtidos no colágeno dos ossos de Luzio. A concentração dos vários isótopos depende da dieta do sujeito estudado, especialmente da origem (marinha, fluvial ou terrestre) dos alimentos e das espécies vegetais consumidas. Os testes - realizados com falanges do pé de Luzio - foram feitos na Universidade Texas A&M e nos Laboratórios Geochron, nos Estados Unidos. (AE)

Com pesar comunicamos o falecimento de Vilma Kayel


Com pesar comunicamos o falecimento esta manhã (7h30) da professora Vilma Kayel, militante histórica pelas causas populares. Ela militou no PCB e depois no PC do B.

Ela está sendo velada na Capela 4 do Cemitério Parque Iguaçú . O enterro será as 11;00 horas.

Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto será lançada na terça-feira

Com a assinatura de 191 deputados, a Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto será lançada na próxima terça-feira (20), às 16h, no Salão Nobre da Câmara. Um dos principais articuladores da frente, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse que o objetivo é pressionar a Câmara a votar a proposta de emenda à Constituição que institui o voto aberto no Parlamento.

“A população tem o direito de saber como vota o seu parlamentar em relação a todas as matérias. Em nome do interesse público, da democracia, da transparência e do respeito à cidadania brasileira, não dá mais para prorrogar essa votação”, disse Ivan Valente.

Segundo o parlamentar paulista, a frente vai trabalhar para que o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), inclua na pauta de votação, em segundo turno, a PEC que institui o voto aberto. A proposta aguarda a votação em segundo turno desde setembro de 2006, quando foi aprovada em primeiro turno por unanimidade.

Foram convidados para o lançamento da frente representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outras entidades. (AB)

Os empresários, que tremem com o receio da volta da CPMF, vão as ruas

Com o argumento de que hoje existe super tributação os empresários, respaldados por suas entidades de classe, em uma esvaziada manifestação ocorrida ontem na Boca Maldita, protestaram contra os altos impostos.

Um comerciante "indignado" veio me entregar um panfleto, e como se estivesse falando com uma pessoa sem informações disse que estávamos sendo roubados ao pagarmos os impostos, no que concordei em parte, pois defendo a cobrança dos impostos como condeno o péssimo uso que é dado a grande parte destes recursos por alguns malfeitores travestidos de homens públicos.

Disse ao elegante panfleteiro que como existem péssimos gestores do erário também existem péssimos empresários, e que estes embora cobrem os impostos embutidos nos preços não nos dão a nota fiscal, sendo portanto estes criminosos ilegais arrecadadores de impostos, mas não para o estado e sim para o próprio bolso. Perguntei para ele aonde ficava a sua loja e se fornecia as notas fiscais e ele vermelho de raiva desconversou, gaguejou e foi embora.

Na realidade muitos bandidos travestidos de empresários, o que felizmente não representa a totalidade, mas sim aqueles que não aceitam que o capital tenha uma função social, temem não são os impostos atualmente cobrados pelas receitas, em grande parte não pagos, e sim o retorno da CPMF, que deixa a descoberto a sonegação e os caixas 2 de muitos empresários inescrupulosos, aqueles que não emitem nota fiscal.

Na realidade que acaba pagando a maioria dos impostos, nem sempre arrecadados ou pelos recursos destes recolhidos não serem bem utilizados, é o consumidor final, nós os que por não exigirmos nota fiscal e não fiscalizarmos o pouco que de fato é arrecadado na aplicação destes recursos pelos poderes públicos. A sonegação realizada por muitos empresários inescrupulosos impera, tal qual impera os desvios das verbas do erário por parte daqueles que dela em nome do povo deveriam lhes dar uso social, mas não o fazem.

Deputado Francischini critica anulação de investigações da PF

Várias investigações da PF que redundaram em operações de combate à Corrupção e aos desvios de dinheiro público começaram a ser questionadas e anuladas em Tribunais Superiores.

Só para exemplificar podemos mencionar as Operações CASTELO DE AREIA, SATIAGRAHA, DALLAS E BOI BARRICA (investigavam as grandes Empreiteiras de Obras brasileiras, autoridades, parentes e políticos de renome, doações de campanha e crimes contra a administração pública).

Ora, uma operação da PF só acontece com acompanhamento e parecer do Ministério Público e decisões motivadas do próprio Poder Judiciário (buscas, prisões, quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico).

Claro que vivemos em uma Democracia com direitos garantidos na Constituição Federal, porém porque só estão sendo anuladas Investigações que envolvem políticos e autoridades. Porque só "esbravejam" quando esta casta é investigada e algemada. Vivemos uma crise sem precedentes de corrupção no Poder Executivo em nosso país, espero tais escândalos não mudem de Poder. A grande maioria dos Profissionais sérios destas instituições clamam por SERIEDADE e HONESTIDADE.

Quem era mesmo Lamarca?

Carlos Lamarca nasceu no dia 27 de outubro de 1937, no bairro do Estácio, zona norte, do Rio de Janeiro. Seu pai Antonio Lamarca era sapateiro, e sua mãe Gertrudes dona de casa. Lamarca tinha seis irmãos. Desde criança era um homem decidido e sempre teve liderança nas brincadeiras com os outros garotos. Cursou o primário na Escola Canada e o ginasial no Instituto Arcoverde, ele foi o único dos filhos a chegar a Ter curso superior.

Em 1947, Carlos Lamarca ingressa na Escola Preparatória de Cadetes em Porto Alegre, e se mostra um cadete muito aplicado

Em 1957, foi transferido para Rezende, para Academia Militar de Agulhas Negras, na Academia Lamarca lê o jornal a “Voz Operaria” do PCB ( esse jornal era colocado debaixo dos travesseiros dos cadetes escondido), e começa a se simpatizar com as idéias comunistas.

Em 1958, Lamarca fica noivo de Maria Pavan, uma amiga desde a infância.

Em 1959 ainda aspirante e contra o regulamento, casa-se secretamente com Maria, que já esperava o primeiro filho. Lamarca e Maria vão morar no campo do Santana no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de 1960 nasce César Lamarca ainda em 1960 Lamarca é declarado oficialmente aspirante, e vai servir em São Paulo, no 4 Regimento de infantaria em Quitaúna, Osasco.

Em 1962 vai servir como segundo tenente nas forças da ONU, na ocupação do canal de Suez, no Oriente Médio, no Suez Lamarca começa a tomar consciência da pobreza do povo Árabe , e compara a situação do povo Árabe com a situação do povo brasileiro. Nessa época Maria Pavan já estava grávida novamente, a criança nasce em outubro de 1962 e se chama Claudia.

Em 1963, volta ao brasil, nesse momento as idéias comunistas vão ganhando mais força em Lamarca através da leitura de clássicos marxistas. Lamarca serve até 1965 na 6 companhia da policia do Exército, em Porto Alegre.

Lamarca considerava Leonel Brizola um autentico líder popular, admirou a sua tentativa de resistência no Rio Grande do Sul e deplorou a atitude de Jango considerando-a covarde. Lamarca jamais concordara com o golpe militar, e não suportava ser guardião de presos políticos, numa noite de sábado promoveu a fuga do Capitão da Aeronáutica Alfredo Ribeiro Dandt que era acusado de atividades subversivas, esse fato ocorreu em dezembro de 1964. Após a fuga foi aberto um inquérito para apurar os responsáveis , mas o inquérito não deu em nada. Após esse acontecimento Lamarca pede transferencia para o 4 regimento de Infantaria em Quitaúna.

Em Quitáuna Lamarca reencontra velhos amigos: o cabo José Mariane, o sargento Darcy Rodrigues, todos eles de oposição dentro do Exército. Em Quitaúna Lamarca organiza um clube, um local para que os militares de oposição pudessem discutir política dentro do Quartel. Mariane, Darcy e Lamarca estavam convencidos da necessidade de estruturar o foco guerrilheiro numa área rural. Lamarca se une ao grupo de revolucionários do 4 Regimento, e logo a rede política se expande e chega até outras corporações. Apesar da atividade política Lamarca segue a risca suas obrigações no exército, tornando se um oficial exemplar e se mostrando um excelente atirador. Perante aos soldados Lamarca era severo mas amigo, sempre procurando ajudar os soldados, e chegando até a emprestar dinheiro, mas perante aos outros oficias era o inverso.

Em 25 de agosto de 1967, Carlos Lamarca é promovido a Capitão, nesse ano ele retoma os estudos sobre marxismo, o trabalho político que desenvolve com os outros militares “revolucionários” vai prosperando, e a sua idéia de guerrilha se consolida em seus planos. Em 1967 Lamarca sente muito a morte de Che Guevara e diz “perdemos um dos maiores lideres internacionalistas mas a visa é assim ou se morre ou se vence. Che Guevara morreu, mas deixa sua semente, raízes que não morrerão”.

Em 1968 Lamarca procura uma organização que tivesse em seus planos deflagrar guerrilha e levar o povo ao poder. Entra em contato com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), com Carlos Marighela ex- dirigente do PCB e principal comandante da ALN (Aliança de Libertação Nacional), e encontra-se também com a direção do PC do B.

Lamarca e o sargento Darcy ingressam na VPR em dezembro de 1968, Lamarca foi convencido pelos dirigentes da VPR que após roubar as armas do quartel a VPR teria um local para iniciar a guerrilha rural. O sargento Darcy desviava do quartel munição e granadas, já que ele falsificava documentos sobre o gasto de munição nos treinamentos. Três dias antes de Lamarca roubar as armas do quartel, militantes da VPR são presos, e pôr saberem os nomes de Lamarca, Darcy e Mariane os três resolveram tirar as armas do quartel imediatamente. Então no dia 24 de janeiro de 1969 Lamarca entra com sua Kombi no quartel de Quitaúna e retira 63 fuzis FAL, três metralhadoras INA e munição, em certo momento dois sargentos perguntam a Lamarca para que que as armas estavam sendo retiradas, e ele responde que é para um treinamento de tiro, messe momento Lamarca passa a viver na clandestinidade. Na verdade a VPR ainda não tinha condição de fazer a guerrilha, como havia dito.

Maria Pavan e os dois filhos saem do Brasil pôr segurança e vão morar em Cuba até 1969.

Após o roubo ao quartel Lamarca passa a viver em “aparelhos em São Paulo. Três meses após o roubo ao quartel Lamarca participa de sua primeira ação armada, essa ação ocorreu no dia 9 de maio de 1968, a VPR assaltou dois bancos o Mercantil e o Itáu ao mesmo tempo, durante o assalto Lamarca vê o guarda civil Orlando Pinto Saraiva apontar a arma em direção a Darcy, Lamarca então dispara e acerta a nuca do guarda. Mesmo participando da luta armada Lamarca desejava a guerra de guerrilhas no campo. A rotina de Lamarca se mantia, ele era obrigado a passar o dia todo escondido em apartamentos da VPR, com isso ele ocupa seu tempo estudando marxismo lendo sobre Trotsky, Lenin, Mao, Che Guevara, já que ele nesse momento ainda não possuía grandes conhecimentos teóricos. Lamarca enfrenta outro problema; além de não existir a área de guerrilha a, VPR a partir de janeiro de 1969 estava passando por um momento difícil após a prisão de vários militantes. Devido a crise a VPR convoca um congresso para se discutir as próximas ações, nesse congresso Lamarca é nomeado dirigente, ele aceita esse cargo a contra gosto, pois perseguia somente o papel de líder da guerrilha rural e não de uma organização tipicamente urbana onde seria obrigado a dar respostas a problemas não militares.

Já como dirigente Lamarca conhece Iara em abril de 1969, Iara era uma militante que passara por algumas organizações, e que no inicio de 1969 tinha a função de manter contato ente a VPR e a Colina Em junho de 1969 a VPR se une a Colina e forma VAR- Palmares, as duas tinham divergências mais possuíam um ponto em comum, a luta armada através da guerrilha. para uma futura união das duas organizações.

Lamarca e Iara se apaixonam, mas Lamarca tenta lutar contra esse sentimento, já que não seria justo com Maria que estava fora do país. Lamarca reluta em ficar com Iara, mas no meio de 1969 ele assume seu relacionamento com Iara e passam a viver juntos sempre que possível.

Após o assalto ao banco Lamarca comanda uma operação na casa da amante de Adhemar de Barros, um político completamente corrupto. Então no dia 18 de julho de 1969 Lamarca e seus companheiros roubam o cofre da casa, e quando o abrem vêem uma montanha de dinheiro, um total de 2 milhões e 500 mil dólares. Os militantes tiveram que trocar os dólares também no mercado negro, já que as casas de cambio freqüentemente eram vigiadas, cada militante recebeu 800 dólares para despesas, uma parte foi utilizada para preparar novas ações, uma fortuna foi gasta para manter os militantes na clandestinidade e 600 mil dólares caíram nas mãos da repressão.

Entre Julho e Agosto de 1969 se realiza o congresso da VAR-Palmares, desse congresso Lamarca , Iara e outros companheiros saem da VAR por causa de entre outros motivos a relutância da VAR em se dirigir ao campo para guerra de guerrilhas. Com isso Lamarca refunda a VPR absorvendo vários dissidentes da VAR, a nova VPR é fundada oficialmente no final de 1969.

A nova VPR compra um sítio no vale do Ribeira que seria usado para treinar os militantes para guerrilha, em janeiro de 1970 já havia chegado todos os militantes que receberiam treinamento inclusive Iara. Mas um sério distúrbio ginecológico hormonal fez com que Iara fosse obrigada a abandonar o campo de treinamento. Após o treinamento, o plano seria enviar alguns militantes para duas regiões do nordeste para desencadear a guerra de guerrilhas, mas a prisão de Mário Japa dirigente da VPR que conhecia a localização do sítio de treinamento, fez com que se desmobiliza-se parcialmente o campo de treinamento, já que Mário estando preso e sofrendo torturas poderia entregar o campo. Preocupados com a vida de Mário Japa a VPR decide seqüestrar o cônsul do Japão. Com o seqüestro, Mário e outros companheiros são soltos, mas a repressão continua a prender vários militantes, dois desses militantes delatam a área de treinamento. Lamarca ao saber da delatação inicia a evacuação da área , oito companheiros saem do campo de treinamento, nove permanecem, eram eles: Lamarca, os ex-sargentos Darcy Rodrigues e José Araujo Nóbrega, Gilberto Faria Lima, Ioshitante Fujimoto, Edmauro Gopfert, Diogenes Sabrosa, o ex-soldado Ariston Lucena e José Lavenchia. Os guerrilheiros estavam escondidos em áreas perto do campo principal. Lá pelo dia 22 de Abril já havia 1500 homens a procura dos guerrilheiros, havia vários helicópteros, aviões com pára-quedistas. José Lavenchia e Darcy Rodigues são presos pelo exército no dia 27 de Abril, os outros guerrilheiros continuavam a fugir, Lamarca e seu pequeno grupo se mostrara extremamente eficiente contra o exército. José Araujo Nobrega e Edmauro também são presos pelo exército.

No dia 8 de Maio, Lamarca num confronto consegue render um tenente, dois sargentos, dois cabos e doze soldados, e lê os termos de rendição para o tenente, 1- os guerrilheiros não fuzilariam ninguém, 2- os feridos seriam atendidos, facilitando o transporte dos mesmos, 3- os guerrilheiros apenas trocariam algumas armas sem expropriar nenhuma, 4-reabasteceriam de munição as armas, 5- O tenente levantaria o bloqueio do exército em Sete Barras (cidade próxima).

O tenente concordou com os termos só que não ordenou o levantamento do bloqueio, fazendo com que Lamarca e seu grupo caíssem numa emboscada. Os guerrilheiros conseguem fugir da emboscada e decidem executar o tenente, afinal, ele não havia comprido o acordo e não havia condição de prosseguir com ele naquela situação de cerco. O tenente deveria ser fuzilado mas para não fazer barulho o executam com uma coronhada de fuzil no dia 10 de maio.

Lamarca e seu pequeno grupo continuavam a fugir, começaram a fazer contato com os camponeses da região para obter comida e se impressionaram como eram bem recebidos na maioria das vezes, alguns camponeses que ajudaram o grupo de Lamarca foram mortos e torturados pelo exército. Lamarca decide que o companheiro Gilberto Faria Lima que não estava identificado pêlos órgãos de repressão deveria sair da região para buscar ajuda em São Paulo. No dia 30 de Maio Gilberto pega um ônibus para a Capital sem problemas.

No dia 31 de Maio Lamarca e seu grupo montam uma emboscada e conseguem capturar um veiculo do exército , fazem 5 prisioneiros, sendo um sargento e quatro soldados, os guerrilheiros vestem os uniformes dos prisioneiros e conseguem passar pelo bloqueio do exército sem problemas, e seguem para São Paulo, ao chegarem a São Paulo abandonam o caminhão e deixam os prisioneiros amarrados na caçamba.

Lamarca e seu grupo conseguem incrivelmente escapar do Vale da Ribeira, mesmo sendo perseguidos pôr milhares de soldados, sendo bombardeados pôr aviões. Essa vitória prova que um pequeno grupo se movimentando rapidamente, com tática de guerrilha é extremamente eficiente.

Após a fuga no Vale do Ribeira, Lamarca encontra sua organização em crise devido a prisão de vários militantes.

No início de junho de 1970 o Conselho Permanente de Justiça da 2° Auditoria Militar de São Paulo condena Lamarca a revelia a 24 anos de prisão pelo roubo de armas do Quartel de Quitauna, condena o ex-cabo Mariane a 12 anos e o ex-sargento Darcy Rodrigues a 16 anos.

Devido a situação difícil que passava a VPR, ela decide junto com a ALN realizar mais um seqüestro . O seqüestro foi realizado no Rio de Janeiro. Alguns militantes cercaram o carro do embaixador da Alemanha Ocidental e o seqüestraram. No dia 12 de junho, o dia após o seqüestro o presidente Médici e os ministros da justiça militar e das relações exteriores decidem aceitar parte das exigências dos seqüestradores , Os militares permitem que seja publicado na imprensa um manifesto dos militantes de nome “Ao povo brasileiro”. No dia 13 de junho o governo concorda com em libertar presos políticos, e dois dias depois um avião levanta vôo levando 40 presos políticos para a Argélia, entre os presos libertados estão: José Lavenchia, Darcy Rodrigues, José Araújo Nobrega e Edmauro Gopfert.

Em Setembro de 1970 Lamarca vai para um aparelho no interior do estado do Rio, Lamarca ainda acreditava na guerrilha, mas estava muito preocupado com o crescente numero de companheiros presos e torturados, também percebia que grande parte do povo não estava preocupado com os presos políticos e com as torturas que eles sofriam, o trabalhador explorado continuava submisso e calado.

No dia 7 de Dezembro de 1970, Lamarca comanda o seqüestro do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, no bairro de Laranjeiras no Rio de Janeiro, no momento do seqüestro o agente de segurança Hélio Araújo de Carvalho é ferido e morre no hospital, o motorista é dominado e os militantes levam o embaixador para o cativeiro. A VPR faz as seguintes exigências para libertar o embaixador: O governo deveria soltar 70 presos políticos, divulgar textos de propaganda e distribuir gratuitamente passagens nos trens do subúrbio até o final das negociações. Mas dessa vez o presidente Medici endureceu e só concordou em libertar os presos políticos, a VPR manda várias listas com os nomes dos presos que deveriam ser soltos mas o governo não concorda em libertar alguns presos citados. A nova estratégia do governo surpreende a VPR que só tinha duas opções: aceitar as condições do governo ou matar o embaixador. A maioria decide matar o embaixador, mas Lamarca é contra porque matar o embaixador iria repercutir mal junto ao povo e afinal se deixaria de libertar 70 companheiros que estavam sofrendo todo o tipo de tortura nos porões da ditadura. Então Lamarca como comandante da operação diz: “Sou o comandante da ação, decido eu. Não vamos matar Bucher.”

Após se chegar a um acordo a cerca dos presos que seriam libertados, 70 presos políticos partem no dia 16 de janeiro rumo ao Chile de Allende.

Após o fim do seqüestro Lamarca e Iara passam uns dias morando juntos, a decisão de Lamarca de não matar o embaixador é o estopim para uma série de discussões dentro da VPR. A VPR queria que Lamarca saísse do país já que ele era o homem mais procurado, mas Lamarca não aceita e permanece no Brasil.

No dia 22 de março de 1971 Lamarca rompe com a VPR e entra para o MR-8, Lamarca gostava de todos da VPR mas politicamente considera a VPR muito vanguardista, negava qualquer espaço para o povo e não via como mudar essa situação por isso entra para o MR-8, Iara o acompanha. No MR-8 Lamarca via novamente a possibilidade de ir para o campo, implantar o foco guerrilheiro e levar o povo ao poder, o MR-8 reservava ao povo um papel no processo revolucionário, isso foi um dos motivos da aproximação de Lamarca.

De repente o MR-8 começa a ruir, no dia 14 de maio Stuart Edgard Angel de 27 anos, membro da direção do MR-8 é preso e levado para a base aérea do Galeão, lá é torturado de todas as formas para dizer a localização de Lamarca, apesar das torturas Stuart não o entrega. Stuart morre após ser amarrado na traseira de um jipe da Aeronáutica e ser arrastado de um lado para o outro com a boca no cano de descarga do jipe, Stuart morre asfixiado e intoxicado pelo monóxido de carbono. Os oficiais que participaram do assassinato de Stuart eram o Brigadeiro Burnier, Carlos Afonso Dellamara comandante do CISA, os tenente-coronel Abílio Alcantra e Muniz, o capitão Lúcio Barroso e o major Pena, todos do CISA., Alfredo Poeck capitão do Cenimar e pelo agente do Dops Jair Gonçalves da Mota.

Neste momento o MR-8 estava cercado no Rio de Janeiro e Lamarca e Iara estavam correndo perigo, então os dois partem em direção a Bahia ( Iara consegue vencer a resistência da Organização em deixa-la ir junto com Lamarca já que não se sabia como absorve-la no trabalho no campo. Lamarca e Iara chegam a Bahia mas não ficam juntos, Lamarca se dirige a Buriti Cristalino e Iara a Salvador.

No dia 29 de junho de 1971 Lamarca chega a área de campo em Buriti Cristalino, e fica escondido no meio do mato, somente recebendo visitas de companheiros do MR-8 que levavam sua comida, esses companheiros já estavam na região fazendo um trabalho de conscientização e educação com os camponeses. No dia 30 de julho Lamarca e seus companheiros discutem sobre a região e sobre as perspectivas de atuação, e percebem que seria um erro fazer a guerrilha ali, era necessário que a região tivesse alguma importância econômica para que a ação pudesse abalar o governo, e todo aquele agreste não tinha nenhuma importância para o país. Então ficou decidido que ali só se faria um trabalho de conscientização, recrutamento e formação de militantes de origem camponesa para mais tarde serem deslocados para uma região mais favorável a guerrilha..

No dia 6 de Agosto o militante Zé Carlos do MR-8 é preso em Salvador e fica a duvida se ele entregaria o local onde estava Lamarca e Iara, Zé Carlos é torturado mas não fala tudo de uma vez, fala sobre onde estava Iara porque achava que ela já tinha ido para Feira de Santana mas estava enganado, no dia 20 de agosto de 1971 os militares envadem o prédio onde estava Iara, prendem o companheiro Jaileno e outras pessoas, Iara parecia estar salva mas um menimo a vê com duas armas e avisa aos militares, Iara fica presa num quarto porque o menino que a viu bateu a porta e a porta só abria por fora, acuada, sem chances de escapar se suicida com um tiro no meio do peito.

Com a morte de Iara os militares tem certeza que Zé Carlos sabia onde estava Lamarca, e ainda possuíam o diário de Lamarca que falava da região onde estava. Em cima das informações de Zé Carlos e com o diário da Lamarca nas mãos, os agentes vão mapeando a região.

Lamarca e os militantes ficam sabendo que Zé Carlos estava preso, e mesmo sabendo dos riscos em permanecer em Buriti Cristalino resolvem ficar porque não podiam abandonar todo o trabalho que estava sendo feito com o povo da região, por precaução montam vários táticas de fuga caso fosse necessario.

No dia 28de Agosto os militares e policiais chegam a Buriti Cristalino, Olderico, militante do MR-8, percebe que tudo havia sido descoberto e quando os militares ordenam que todos saiam das casas ele começa a atirar para que Zequinha e Lamarca que estavam no acampamento ouvissem os tiros e fugissem, a atitude corajosa de Olderico deu certo ao ouvirem os tiros no vilarejo Lamarca e Zequinha fugiram pela Caatinga. Olderico é baleado. Buriti Cristalino foi palco do terror com a presença dos militares e policiais na região, vários camponeses foram torturados e espancados a troco de nada, animais dos camponeses foram fuzilados só por diversão, o militante Otoniel foi morto. Os militares continuavam a perseguição a Lamarca, este estava muito doente o que dificultava sua locomoção, o próprio Lamarca dizia para Zequinha o largar e fugir mas Zequinha respondia que "Quem é amigo na vida é amigo na morte!".

No dia 17 de Setembro Zequinha e Lamarca estão descansando embaixo de uma arvore, já haviam percorrido mais de 300km em fuga, quando Zequinha percebe que estão cercados, ele então grita para Lamarca " Capitão os homens estão ai", Lamarca não tem tempo nem para atirar, é fuzilado pelo Major Cerqueira, Zéquinha corre ainda alguns metros mais também é morto, antes de cair Zequinha grita: "Abaixo a ditadura!". O corpo de Lamarca e Zequinha são levados para Brótas de Macaúbas onde são jogados num campo de futebol para todo mundo ver. Os Agentes se divertiam dando chutes nos cadaveres, rindo e dando gargalhadas de felicidade.

Lamarca, líder da VPR tombava há quarenta anos

Tombava, há exatos 40 anos, o capitão do Exército Carlos Lamarca, militante histórico da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Seu fim deu-se ao lado de Zequinha Barreto, Otoniel Campos Barreto e Luís Antônio Santa Bárbara. Lamarca foi vítima da sangrenta “Operação Pajuçara” – iniciada em fins de agosto de 1971, para aniquilar o líder de militantes que se opunham à ditadura, instalados na região de Brotas de Macaúbas (BA).

A operação transformou a cidade de Buritis em campo de concentração, torturou em praça pública e assassinou vários militantes diante de uma população estarrecida. O tempo ainda não curou as feridas daquele dia. Até hoje, familiares de Lamarca lutam na Justiça para que ele e outros militares que aderiram à luta armada contra a ditadura não sejam considerados como “desertores”.

Ainda que, em junho de 2007, a Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, tenha dado a Lamarca a patente de coronel e à sua viúva, Maria Pavan, o direito a uma pensão e a indenização, uma ação movida por clubes militares das três Forças, ordenou a suspensão da promoção e dos pagamentos, alegando que o militar teria abandonado as fileiras do Exército brasileiro.

Sábado Resistente

Em homenagem a Lamarca, no próximo final de semana, será promovido em São Paulo no próximo “Sábado Resistente”, um evento sobre a morte de Lamarca, quarenta anos depois, no Memorial da Resistência de São Paulo.

A iniciativa contará com a presença de vários ex-militantes da VPR, como Ladislau Dowbor, professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Roberto De Fortini, operário italiano, hoje assessor de atividades e cooperativas de agricultura familiar; Aluizio Palmar – jornalista e autor do livro “Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?”; Dolantina Nunes Monteiro, camponesa, hoje ativista do movimento feminista na Argentina; José Carlos Mendes, exilado político de 1971 a 1979, entre outros. (BZ)

O BAILADO POLÍTICO NA BOCA MALDITA, LUGAR ONDE TODO MUNDO 'DANÇA"

Depois de mais de dois meses sem comparecer em tão ilustre "campo de batalha", no sábado fui dar uma volta pela Boca Maldita, que é um trecho do calçadão da Rua XV de Novembro no centro de Curitiba, onde se reúne o pessoal mais ligado à política, comerciantes, turistas e demais exemplares da fauna curitibana e visitantes. Foi um passeio gostoso, pois em vez de ir até lá e me envolver nas discussões políticas fiquei vendo os quadros expostos no calçadão pelos pintores, vendo a agitação provocada pelos empresários contra os altos impostos e demais manifestações que todo sábado lá ocorrem, e até um grupo grande de uma academia de ginástica que resolveu correr pelo centro da cidade, como um grupo numeroso e animado de maracatu se apresentando, coisa de metrópole onde de tudo o ocorre, mesmo que alguns xenófobos, uma pequena minoria em uma cidade que aos poucos vai se amorenando, tente berrar para as paredes que “O Sul é o meu país”.

Perto da onze horas resolvi ir tomar um café e cai no meio dos que se consideram o centro da movimentação política em Curitiba, no Paraná e no mundo. Na pequena calçada encontrei tudo quanto é tipo de espécies da fauna política local. Cada um deles representando um discurso político diferente e o que unifica estes discursos não são os conteúdos, pois ali naquele espaço democrático se reúne desde a esquerda até a extrema direita. A unidade das falações se dá na formatação, pois todas as tendências, com as suas bolas de cristal, tentam nelas expressar o sucesso que será a caminhada política dos futuros candidatos que a eles dizem representar. Agora se realmente representam é outro papo, pois após as campanhas aqueles que tanto elogiavam os seus líderes, ao ficarem fora das estruturas de poder começam a falar mal dos mesmos como se estes por toda a vida tivessem sido “os piores inimigos”.

Além das previsões das vitórias, que pelo menos para a metade destes acabam falhando, já que o processo eleitoral na reta final sempre se afunila sempre entre dois candidatos, para os desafetos estes oráculos profetizam o inferno, onde o de Dante vira uma colônia de férias.

Na Boca em cada roda de conversas os boatos são diferentes, mas tão diferentes e divergentes que se um incauto que não é do meio der ouvidos e botar fé em cada um deles poderá sair de lá mais confuso do que chegou, ou mesmo louco.

Entre os temas polemizados o centro dos debates são o futebol, os escândalos e as eleições municipais. Apesar da eleição em Curitiba estar tão distante de acontecer o clima na Boca faz parecer que ela será amanhã, embora a mesma ainda esteja tão afastada da realidade cotidiana dos meros mortais eleitores, na Boca os eleitos já foram empossados.

Governo do Paraná negocia 1,7 bilhões com instituições internacionais e nacionais para alavancar desenvolvimento

O governo do Paraná está negociando a contratação de cinco importantes finaciamentos nacionais e internacionais do porte de R$ 1,7 bilhão, que serão aplicados em diversas áreas ao longo dos próximos três anos, como infraestrutura, assistência social, saúde e segurança pública. Este novo rumo, que tirará o Paraná da estagnação herdada é a primeira grande mudança na política econômica entre as gestões Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (PMDB). Os contratos em andamento vão injetar na estadual mais que o dobro dos cerca de R$ 800 milhões em investimentos previstos no orçamento do estado para 2012. Estes contratos, que estão sendo bem negociados, terão juros baixos, sendo um ótimo acordo objetivando o progresso do estado ao propiciar um um grande salto na qualidade dos serviços e na infraestrutura estadual.

A negociação mais importante é a que está sendo acordada com o Banco Mundial (Bird) e é do montante de US$ 350 milhões.Está bem avançada a negociação de US$ 300 milhões com o Banco Interame­ricano de Desenvolvimento (BID). Os dois contratos envolvem o valor de R$ 1,125 bilhão.

As negociaçiões com os três bancos Estão sendo capitaneadas pelo secretário estadual Luiz Carlos Hauly (Fazenda) e envolve o trabalho de planejamento de outras Secretarias. Hauly comunicou que os empréstimos foram projetados a partir dos números estabelecidos pelo Programa de Ajuste Fiscal (PAF), negociado durante o primeiro semestre com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

“Serão empréstimos guarda-chuva que vão alimentar os programas de investimento do estado nos próximos três anos, com possibilidade de ampliação de novos valores a partir da melhora do desempenho da capacidade de endividamento do Paraná”, afirma Hauly. O PAF estabeleceu ao estado uma capacidade de endividamento de R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 1,27 bilhão serão preenchidos – os recursos do BNDES para o metrô, promessa da Dilma de investir 1 bilhão a fundo perdido, que significa sem ônus para o estado, como o para a conclusão das obras da Copa na Arena da Baixada, são outros recursos que serão injetados na economia local.

A estratégia do governo estadual envolvendo os empréstimos a juros baixos fazem parte do esforço fiscal para ampliar os recursos destinados ao desenvolvimento do Paraná. Entre as outras ações desencadeadas pelo governo para alavancar o desenvolvimento estão melhorar a arrecadação e pleitear a mudança do índice de correção das dívidas dos estados junto à União.

Os empréstimos são fundamentais para fortalecer os investimentos do estado. Os US$ 300 milhões do Bird vão distribuídos em oito programas. Neles estão incluídos projetos para a modernização institucional do estado, manutenção de estradas e investimentos na saúde da mulher. Um projeto que simboliza bem o que está sendo planejado pelo governo são os pró-territórios, que vão atender os 127 municípios paranaenses com o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] abaixo do ideal.

 
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