sexta-feira, 6 de agosto de 2010

IBOPE: Dilma mantém 39% e Serra sobe para 34%

Do G1, em SĂ£o Paulo

A candidata Dilma Rousseff (PT) se manteve Ă  frente de JosĂ© Serra (PSDB) em nova rodada de pesquisa Ibope de intenĂ§Ă£o de voto para presidente da RepĂºblica divulgada nesta sexta-feira (6) pela TV Globo. Segundo a pesquisa, Dilma apresentou 39% das intenções de voto; JosĂ© Serra (PSDB), 34%; e Marina Silva (PV) teve 8%.

O Ibope ouviu 2.506 eleitores com mais de 16 anos em 173 municĂ­pios de segunda-feira (2) a quinta-feira (5). A margem de erro Ă© de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que Dilma pode ter de 37% a 41%; JosĂ© Serra, de 32% a 36%; e Marina Silva, de 6% a 10%. Em relaĂ§Ă£o Ă  pesquisa divulgada na sexta-feira (30), Marina passou de 7% para 8%. Dilma e Serra mantiveram os mesmos Ă­ndices de intenĂ§Ă£o de voto no primeiro turno.

JapĂ£o lembra os 65 anos da explosĂ£o de bomba atĂ´mica sobre Hiroshima

No JapĂ£o hoje foi o dia de lembrar um dos episĂ³dios mais trĂ¡gicos da histĂ³ria da humanidade: o primeiro ataque atĂ´mico. Em Hiroshima, o sino da paz soou Ă s 8h15, a hora exata em que caiu a bomba. Centenas de pessoas fizeram um minuto de silĂªncio e mil pombas foram soltas.

ApĂ³s 65 anos, a lembrança daquele dia ainda provoca lĂ¡grimas. Esse ano, pela primeira vez, os Estados Unidos enviaram um representante Ă  cerimĂ´nia. O primeiro-ministro Naoto Kan disse que o JapĂ£o, como Ăºnico paĂ­s que sofreu ataque nuclear, tem o dever de lutar por um mundo livre de ameaças atĂ´micas.No dia 6 de agosto de 1945, os americanos lançaram a primeira bomba e 140 mil pessoas morreram. TrĂªs dias depois, a segunda bomba caiu sobre a cidade de Nagasaki, levando o JapĂ£o a se render e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

A bomba libertou uma carga equivalente a quinze toneladas de TNT e uma onda de choque e calor que destruiu, em segundos, onze quilĂ³metros quadrados.

Nos anos subsequentes, milhares de japoneses morreriam em consequĂªncia das elevadas radiações, de cancĂªr e outras mutações genĂ©ticas resultantes do ataque.Hiroshima construiu museus e memoriais em toda a cidade para recordar os ataques e homenagear as vĂ­timas e o local onde caiu a bomba recebeu o nome de Parque Memorial da Paz, tendo sido considerado pela Unesco ‘patrimĂ³nio mundial', em 1996.

Todos os anos o Parque Ă© palco de cerimĂ³nias em honra das vĂ­timas do bombardeamento e dos hibakusha - nome que dĂ£o aos sobreviventes ao ataque, que sĂ£o pouco mais de 200 mil.

Transporte

Beto Richa

A perda de competitividade da produĂ§Ă£o paranaense estĂ¡ fortemente associada aos gargalos de infraestrutura de transporte do Estado, setor cujos investimentos foram negligenciados nos Ăºltimos anos.
Meu plano de governo prevĂª a criaĂ§Ă£o do Plano Estadual de Transporte e LogĂ­stica, orientado pela ideia de retomar o planejamento estratĂ©gico do ParanĂ¡.

A implementaĂ§Ă£o deste Plano serĂ¡ antecedida, porĂ©m, de uma conversa franca com as empresas concessionĂ¡rias das estradas pedagiadas. Um dos primeiros atos de meu governo – se honrado for com o mandato de governador – serĂ¡ chamar as concessionĂ¡rias para o diĂ¡logo a fim de renegociar as tarifas do pedĂ¡gio.

NĂ£o quero transformar o tema em questĂ£o eleitoral, pois quanto mais longe ele for mantido da agenda polĂ­tica, mais perto estaremos de uma soluĂ§Ă£o tĂ©cnica que compatibilize o interesse dos produtores e usuĂ¡rios com estradas modernas e tarifas viĂ¡veis. Inclusive com o cumprimento das obras previstas nos contratos.

O que nĂ£o Ă© viĂ¡vel Ă© um caminhĂ£o pagar R$ 513,60 de pedĂ¡gio no frete entre Foz do Iguaçu e o porto de ParanaguĂ¡. É Ă³bvio que uma parcela significativa dos lucros do produtor fica nos guichĂªs das estações de pedĂ¡gio.

NĂ£o creio em intransigĂªncia da parte das empresas. Acredito que elas tĂªm interesse, tanto quanto o produtor, em manter um sistema sustentĂ¡vel a longo prazo. Hoje nĂ£o Ă© este o caso. O pior dos mundos seria o retorno Ă  situaĂ§Ă£o anterior, sem o regime de concessões e as rodovias federais largadas ao abandono – pois hĂ¡ muitos anos o governo federal abdicou de sua atribuiĂ§Ă£o de conservar as estradas sob sua jurisdiĂ§Ă£o. Neste caso o produtor seria ainda mais severamente castigado, com os prejuĂ­zos decorrentes de trafegar por rodovias em petiĂ§Ă£o de misĂ©ria.

O novo modelo de concessĂ£o adotado pelo governo federal, sem pagamento da outorga, se viabilizou tarifas baixas, jĂ¡ levanta dĂºvidas quanto Ă  sua eficĂ¡cia. Basta viajar em direĂ§Ă£o a Santa Catarina pelas BRs 101 ou 116 para observar que as condições de reparo destas rodovias sĂ£o precĂ¡rias. Ao que parece, as tarifas fixadas sĂ£o insuficientes para remunerar os investimentos nas obras de manutenĂ§Ă£o.
Mas o pedĂ¡gio Ă© sĂ³ uma parte do problema.

A adequaĂ§Ă£o e conservaĂ§Ă£o das estradas rurais contribuirĂ¡ para reduzir o custo-ParanĂ¡, alĂ©m de trazer inĂºmeros outros benefĂ­cios Ă  populaĂ§Ă£o, incluindo o transporte escolar – que hoje, em algumas regiões, os alunos ficam sem aula em dias de chuva – e o atendimento em casos de emergĂªncia na saĂºde.

A melhoria das estradas rurais estĂ¡ prevista em meu Plano Estadual de Transporte, que contempla tambĂ©m a criaĂ§Ă£o de portos secos para serviços de aduana e vigilĂ¢ncia sanitĂ¡ria, a ampliaĂ§Ă£o da malha rodoviĂ¡ria principal, a eliminaĂ§Ă£o dos pontos crĂ­ticos rodoviĂ¡rios (onde Ă© mais alto o Ă­ndice de acidentes) e a extensĂ£o de um ramal ferroviĂ¡rio atĂ© GuaĂ­ra, conectando o litoral Ă  Hidrovia ParanĂ¡-TietĂª, alĂ©m da dragagem e modernizaĂ§Ă£o dos Portos de ParanaguĂ¡ e Antonina. Um capĂ­tulo especial Ă© dedicado ao Plano AeroviĂ¡rio Estadual, que prevĂª a criaĂ§Ă£o de aeroportos regionais.

Muitas dessas demandas dependem de recursos federais, que podem ser viabilizados com competĂªncia tĂ©cnica para fazer bons projetos, disposiĂ§Ă£o para o diĂ¡logo e liderança para agregar os deputados e senadores do ParanĂ¡.

A campanha estadual nas ruas

Beto Richa em CornĂ©lio ProcĂ³pio
Osmar Dias em MaringĂ¡

Deficientes: MĂ£o de obra subutilizada


Apenas 3,6% das vagas para deficientes sĂ£o ocupadas no ParanĂ¡. Preconceito ainda Ă© a maior barreira

Gabriel Azevedo, especial para a Gazeta do Povo

O ParanĂ¡ Ă© um dos estados com o menor Ă­ndice de cumprimento da Lei 8.213 (de 24 de julho de 1991), que obriga as empresas com cem ou mais empregados a reservar de 2% a 5% de suas vagas a deficientes. É o que aponta um relatĂ³rio ela­­borado pelo Espaço da Cida­­da­­nia – uma aĂ§Ă£o voluntĂ¡ria criada em 2001, para defender os direitos dos deficientes –, com base nos dados do MinistĂ©rio do Trabalho e Emprego (MTE) do ano de 2008.

De acordo com o estudo, apenas 3,6% das vagas que deveriam ser reservadas para deficientes fo­­ram preenchidas no estado. Le­­van­­do em consideraĂ§Ă£o os registros de contratações por aĂ§Ă£o fiscal do MinistĂ©rio do Trabalho, SĂ£o Paulo Ă© o estado que mais se destaca: o Ă­ndice de cumprimento da lei Ă© de 39,7%. Na outra ponta, ParaĂ­ba e Roraima ocuparam so­­men­­te 3% das vagas reservadas.


Apenas 28% das vagas sĂ£o preenchidas no Brasil

Segundo estimativas do MTE, no Brasil existem 851 mil vagas reservadas para portadores de necessidades especiais, mas apenas 28% delas foram preenchidas. De acordo com a consultora Andrea Goldschmidt, outro fator que contribui para esse quadro Ă© a falta de pessoas com experiĂªncia e qualificaĂ§Ă£o. “Apesar da existĂªncia da lei, Ă© importante lembrar que estamos falando de mercado, e que as empresas querem funcionĂ¡rios qualificados”, aponta.

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Falta de acessibilidade dificulta inclusĂ£o

Um dos principais pontos citados pelos especialistas para a baixa inclusĂ£o de pessoas com deficiĂªncia no mercado de trabalho Ă© a falta de acessibilidade, nĂ£o apenas nas empresas, mas tambĂ©m nas ruas, no trajeto atĂ© o trabalho.

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As violações Ă  lei ocorrem mesmo com a possibilidade de as em­­presas serem multadas – o valor pode chegar a R$ 67 mil. O principal motivo, na opiniĂ£o de Carlos AparĂ­cio Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania e autor de sete livros sobre inclusĂ£o de pessoas com deficiĂªncia no mercado de tra­­balho, Ă© o preconceito dos em­­presĂ¡rios e dos colegas de empresa. Mauro Vicenzo Claudio Nardini, pre­­sidente da AssociaĂ§Ă£o dos Defi­­cientes FĂ­sicos do ParanĂ¡ (ADFP), concorda que hĂ¡ necessidade de maior conscientizaĂ§Ă£o dos empregadores. “Falta compromisso. Mui­­tos empresĂ¡rios dizem que en­­quan­­to nĂ£o forem procurados pe­­lo MinistĂ©rio PĂºblico do Trabalho, nĂ£o contratarĂ£o deficientes”, diz.

Mas hĂ¡ exceções. Robson Go­­mes Borbela, 25 anos, e Sueli Antu­­nes, 37, sĂ£o portadores de deficiĂªncia mental leve. Eles e mais 70 funcionĂ¡rios com algum tipo de deficiĂªncia fazem parte do quadro de fun­­cionĂ¡rios de uma rede de supermercados de Curitiba. Com o salĂ¡rio de empacotado­­res, eles ajudam a famĂ­lia, recebem elogios dos colegas de trabalho e dos clientes. Sem sofrer qualquer ti­­po de preconceito, eles gostam do que fazem. “Eu trabalho aqui hĂ¡ 13 anos, adoro, Ă© muito bom”, diz Sueli.

HĂ¡ 15 anos, o Super Festval man­­­­tĂ©m um programa de contrataĂ§Ă£o de pessoas com deficiĂªncia. De acordo com a psicĂ³loga do De­­par­­tamento de Recursos Hu­­ma­­nos da empresa, TĂ¢nia Regina Cor­­­­deiro, ele começou nĂ£o por cau­­sa da lei, mas inspirado em programas semelhantes desenvolvidos no exterior. “O trabalho começou com o objetivo de aproximar a sociedade dos portadores de necessidades especiais.”

Segundo a psicĂ³loga, o su­­­­per­­mer­­cado conta com a parceria de vĂ¡­­rias escolas de educaĂ§Ă£o es­­pe­­cial, que encaminham os alunos. “Eles começam co­­mo empacotadores; mas os que se destacam sĂ£o promovidos pa­­ra ou­­tras funções. Teve um que começou como em­­pacotador e ho­­je Ă© lĂ­der do setor de hortifrutigranjeiros”, conta. Se­­gun­­do TĂ¢nia, os salĂ¡rios, treinamentos, benefĂ­cios e sanções sĂ£o iguais aos demais colaboradores que tenham o mesmo cargo.

Na opiniĂ£o da consultora de em­­­­­­preendimentos sociais e administradora de empresas Andrea Goldschmidt, dependendo da funĂ§Ă£o, nĂ£o existe nenhuma diferença entre o trabalho desenvolvido por uma pessoa com ou sem defici­­Ăªn­­cia. “Eu jĂ¡ vi experiĂªncias bem le­­­­gais em todas as Ă¡reas e com to­­dos os tipos de deficientes. Mas Ă© pre­­ci­­so que a empresa faça um ma­­pe­­a­­mento de atividades, para descobrir que tipo de deficiĂªncia se adapta melhor para a funĂ§Ă£o, qual atividade limita menos a pessoa, etc. Na funĂ§Ă£o correta, o de­­fi­ciente tem o mesmo, ou melhor, desempenho que um funcionĂ¡rio qualquer”, ex­­plica. De acordo com da­­dos do MTE, dos 240,4 mil cargos ocu­­pa­­dos por pessoas com deficiĂªn­cia no Bra­­sil, 50,8% sĂ£o pessoas com deficiĂªncia fĂ­sica; 28,2%, auditiva; 2,9%, visual; 2,4%, mental ou intelectual; 1,7%, mĂºltipla e 14%, reabilitados.

Neste raio de suruba ...



O boato na praça Ă© o de que cada blogueiro a serviço da transmutada apadrinhada pelo "Eu nĂ£o sei de nada" no mĂ­nimo estĂ¡ recebendo regalos de dois quilos de jabĂ¡ por semana.

HĂ¡ poucos dias quando o IBOPE deu uma diferença de 10% a favor da que tem expressĂ£o de fotoshop para estes mesmos blogueiros o Instituto era confiĂ¡vel, mas agora quando ele apresenta dados que vĂ£o contra a candidatura do UrtigĂ£o os blogueiros endinheirados surgem a pĂºblico com uma "nova" teoria de conspiraĂ§Ă£o.

Tal qual quando o "Eu nĂ£o sabia de nada" tentava escapar dos atos que nĂ£o somente ajudou a orquestrar como dirigiu em relaĂ§Ă£o ao caixa-2 dos Correios, o que desaguou no escĂ¢ndalo do "mensalĂ£o, estes mesmos arautos, adeptos de um maniqueĂ­smo sofista exacerbado diziam que tudo era uma grande calĂºnia contra o "molusculo", que Ă© conhecido pela alcunha de "O puro". Hoje perante aos dados do IBOPE agem da mesma forma para tentar esconder o que Ă© mais uma pura verdade, pois queiram ou nĂ£o o tucano estĂ¡ na frente e isto Ă© natural.

Enquanto o UrtigĂ£o ficou mais de um ano tentando impor a sua proposta de aliança ao PT e ao PMDB, sendo que isto resultou em uma ColigaĂ§Ă£o canibal o tempo passou.

Internamente a "frente", coordenada administrativamente e politicamente pelos “Ex-vices”, gasta mais tempo em tentar em hora errada mutilar ao “ex-rei” do que em estruturar a campanha majoritĂ¡ria. Para o infortĂºnio destes adeptos do fogo amigo "O ,Ensandecido" mais raivoso do que nunca continua ao lado deles, e pior para eles, a frente nas pesquisas por mais que os que deveriam ser seus pares o tentem destruir. Enquanto isto ocorre na outra trincheira o bloco de apoio ao tucano continua coeso, unido e crescendo nas pesquisas.

Quem tem votos a transferir Ă© o “Ex-Rei”, cujo ex-governo estĂ¡ sendo devassado pelos que deveriam ser seus pares.Este cansado de apanhar na prĂ³pria trincheira jĂ¡ ameaça vestir outra plumagem. Assustado com o que querem lhe impor enquanto destino o "Ex-Rei" se afasta do bando de corvos que ajudou a criar, mas que hoje tentam comer os seus olhos. Enquanto a tragĂ©dia acontece Ă  lindinha ao longe sorri para a periferia.

Em uma nova aliança - se Ă© que ela de fato existe - com os que sempre lhe deram azar e com um novo discurso onde foi incluĂ­do o termo "cumpanheru" o conservador UrtigĂ£o acabou se afastando dos seus velhos parceiros de truco e estes lhe retiraram a procuraĂ§Ă£o lhe dada a muito, pois nĂ£o se pode misturar uĂ­sque dos que colocam com a cachaça dos que arrebentam as suas cercas. Agindo desta forma ele estĂ¡ perdendo o que tinha e sem somar nada de novo.

Quem passou a vida inteira dizendo que por ser alĂ©rgico nĂ£o apreciava determinados frutos do mar nĂ£o pode de uma hora para outra ter em sua mesa Lula recheada como o prato principal sem que sofra as consequĂªncias.

O “ex-rei” afirma que em 2006 a ingestĂ£o forçada dos tentĂ¡culos do “molusco” quase lhe tirou as forças que tinha, pois lhe causou uma congestĂ£o. Para o UrtigĂ£o o mar nĂ£o estĂ¡ para peixe e sim para Lula, que com uma sĂ³ jogada eliminarĂ¡ um dos seus piores desafetos no senado e ao mesmo tempo com sua candidata ocupar o espaço que antes pertencia ao mesmo.

Pensando nesta questĂ£o tĂ£o sĂ©ria em relaĂ§Ă£o Ă  perspectiva futura de vida para o “UrtigĂ£o” em relaĂ§Ă£o com as dos outros que hoje disputam sua vaga no Parlamento me veio a cabeça a mĂºsica dos “Mamonas Assassinas”:

‘Roda-roda vira,
Solta a roda e vem
Me passaram a mĂ£o na bunda
E ainda nĂ£o comi ninguĂ©m”

RequiĂ£o e Gleisi lideram disputa ao Senado na pesquisa IBOPE/RPC

Site da RPC

Roberto RequiĂ£o (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) lideram a disputa pelas duas vagas paranaenses ao Senado, segundo a pesquisa IBOPE/RPC, divulgada nesta quinta-feira (5). O ex-governador recebeu 48% das intenções de voto e a petista alcançou 32%.

Na sequĂªncia aparece o deputado federal Ricardo Barros (PP) com 15% e o tambĂ©m deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), que recebeu 11% das intenções de voto. Gilberto AraĂºjo (PCB), Valmor Venturini (PSol) e Professor Piva (PSol) tiveram 2% das intenções cada. Irineu Fritz (PT do B) e Rubens Hering (PV) tiveram 1%.

Os demais candidatos, Rivaldir Jensen (PRTB), ClĂ¡udio Roberto Timossi (PSTU) e Ademir Correa Pedroso (PRTB), nĂ£o alcançaram 1%. Votos brancos e nulos somam 11%. Indecisos, 43%. Os entrevistados poderiam citar atĂ© dois nomes, mas 31% apontou apenas um candidato.

Metodologia

O levantamento do IBOPE/RPC ouviu 1008 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 2 e 4 de agosto. A margem de erro Ă© de 3 pontos para mais o para menos. A pesquisa estĂ¡ registrada no Tribunal Regional Eleitoral do ParanĂ¡ (TRE-PR) sob o protocolo 17416/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nĂºmero 21696/2010.

As minhas conclusões sobre o debate na Band


Gostei muito do formato do debate por ter sido democrĂ¡tico ao ser aberto ao afloramento dos contraditĂ³rios, direto em relaĂ§Ă£o a escolha dos debatedores entre os prĂ³prios debatedores e pouco impositivo no sentido da quase nĂ£o interferĂªncia do mediador e dos jornalistas da emissora no conteĂºdo do mesmo.

A Marina em sua forma simples e humilde e pouco erudita de ser fez o melhor que pode, embora as suas conclusões do ponto de vista da estratĂ©gia de desenvolvimento para o Brasil do ponto de vista social, polĂ­tico e econĂ´mico tenham deixado a desejar por seu discurso, embora progressista, a maior parte do tempo ter sido mais permeado pelos posicionamentos pontuais tĂ¡ticos do que calcados em um projeto integrado desenvolvimento, que nos leve a romper com sĂ©culos de atraso. SĂ³ utilizar o bordĂ£o do Brasil do sĂ©culo 21 nĂ£o farĂ¡ mudar a nossa pobre e triste realidade de pouco desenvolvimento social, polĂ­tico, cultural e tecnolĂ³gico.

Quando questionada pelo jornalista que artificialmente criou do ponto de vista do que Ă© prioritĂ¡rio para o meio ambiente a divisĂ£o entre preservar as florestas ou investir em saneamento ela desmascarou este discurso ao dizer que uma aĂ§Ă£o nĂ£o anula a outra e que ambas sĂ£o necessĂ¡rias e devem ser desenvolvidas ao mesmo tempo.

A grande dificuldade da Marina permanece latente, jĂ¡ que pelas fortes ligações partidĂ¡rias que um dia teve mentalmente ainda nĂ£o oconseguiu romper com o seu passado petista.

A Dilma nĂ£o mostrou a sua verdadeira natureza polĂ­tica, que acredito que seja melhor do que apenas exercer a funĂ§Ă£o enquanto garota propaganda do governo Lula, pois isto a fez menor em relaĂ§Ă£o ao papel que poderia e deveria ter cumprido neste debate se levarmos em conta a sua trajetĂ³ria histĂ³rica. EstĂ¡ vale mais do que o papel que a Dilma representou no debate ou tem desempenhado nestes Ăºltimos anos junto ao atual governo.

A candidata do PT ao tentar defender polĂ­ticas que nem ela mesma acredita acabou travando e se perdendo em nĂºmeros e outros dados, pois estes sĂ£o frios e nĂ£o expressĂ£o a realidades dos fatos. Uma hora ela disse que o atual governo tina tirado da pobreza 25 milhões de pessoas e na outra disse que eram 31 milhões, o que implica em uma diferença de seis milhões de pessoas. Tirar da pobreza, que nĂ£o Ă© igual Ă  misĂ©ria, seria necessĂ¡rio que estas pessoas acendessem ao patamar econĂ´mico e social de ser classe mĂ©dia, o que nĂ£o ocorreu.

Qualquer pessoa com um mĂ­nimo de senso crĂ­tico nĂ£o aceita o dado de que quem ganha 1250 reais possa ser considero classe mĂ©dia, pois para isto fosse verdade estĂ¡ renda teria de ser minimamente considerada enquanto renda individual, o que nĂ£o Ă© verdade, pois Ă© raro que em uma famĂ­lia de origem popular a renda individual esteja no patamar superior a 600 reais, sendo que em grande parte delas existe um nĂºmero grande de crianças, velhos e adultos desempregados e por estes motivos estĂ¡ divisĂ£o per capita da renda familiar Ă© muito inferior.

Quando o Serra respondeu a inquiriĂ§Ă£o da Dilma a respeito da questĂ£o da indĂºstria naval, dizendo que estĂ¡ nĂ£o fabrica os componentes aqui e assim sĂ£o apenas montadoras e que no Brasil para termos realmente uma indĂºstria naval terĂ­amos de investir em tecnologia de ponta que nos torne alto suficientes do ponto de vista da produĂ§Ă£o, ela se perdeu. Ela tambĂ©m se perdeu, e acredito que atĂ© se chocou com a realidade, quando o Serra abordou a pouca atenĂ§Ă£o dada pelo governo em relaĂ§Ă£o aos cidadĂ£os com necessidades especiais. O governo Lula alĂ©m de nĂ£o ter ampliados os recursos de repasses as entidades, tal qual a APAE, que trabalham com este pĂºblico alvo, cortou o mesmo, assim nĂ£o atendendo nem ao menos a necessidade de estes terem acesso a educaĂ§Ă£o especial e a um transporte especial de qualidade.

Outro ponto do debate onde a Dilma derrapou se deu quando o Serra abordou a questĂ£o dos Correios afirmando que no governo Lula a ingerĂªncia polĂ­tica de pessoas desqualificadas para dirigir a InstituiĂ§Ă£o quase a destruiu.

Do ponto de vista das emoções ela passava de momentos em que arrogantemente falava eu, eu antes de despejar um monte de termos tĂ©cnicos de pouca compreensĂ£o para a maioria da populaĂ§Ă£o para outros em que gaguejava e se perdia em dados pouco memorizados. No final para se esconder das prĂ³prias debilidades mais uma vez tentou buscar o refĂºgio seguro em ser a “preferida do Lula”.

Ao buscar o voto da esquerda o PlĂ­nio se saiu bem, pois Ă© do ponto de vista da anĂ¡lise marxista um quadro muito bem preparado, culto e ideologizado. Embora ele tenha claro de que estejamos dentro do sistema capitalista disse que para o PSOL sĂ³ as reformas sociais nĂ£o bastam e assim apontou como soluĂ§Ă£o aos problemas de origem social a ruptura com a sociedade burguesa pela redistribuiĂ§Ă£o das riquezas e o estabelecimento de novos paradigmas no ponto de vista da organizaĂ§Ă£o e da relaĂ§Ă£o social. Ao defender as suas idĂ©ias bateu de frente com os demais candidatos, pois nem a Marina poupou ao chamar a mesma de eco-capitalista. Outra crĂ­tica pontual que fez foi em relaĂ§Ă£o ao programa de reforma agrĂ¡ria do governo Lula, o qual inicialmente foi de sua autoria, mas depois sofrendo sĂ©rios corte, sendo que isto foi o motivo de seu rompimento com o PT. Ele considerou o programa de reforma agraria do governo Lula pior do que o que foi executado pelo governo FHC.

O Serra, social democrata convicto por ser um fabianista seguidor das idĂ©ias de Keynes, alĂ©m das reformas sociais defendeu as teses do fortalecimento do Estado como instrumento regulador da economia, que para ele deve ser nacionalizada nĂ£o pelo impedimento da entrada do capital. Para ele dever haver a obrigaĂ§Ă£o deste capital aqui ser investido nĂ£o na especulaĂ§Ă£o e sim de forma produtiva, pois o mercado financeiro especulativo Ă© estimulado pela atual polĂ­tica econĂ´mica do governo Lula. Nele estĂ¡ Ă© voltada para a acumulaĂ§Ă£o de superĂ¡vits da balança comercial em vez de priorizar investimentos em educaĂ§Ă£o, pesquisa e no financiamento do desenvolvimento de novas tecnologias e sim para o desaquecimento artificial da economia. Isto ocorre pelo pouco dinheiro circulante por causa da economia continuar recessiva e pela manutenĂ§Ă£o das altas taxas de juros, que deixam o dinheiro caro e assim impedem o financiamento do setor produtivo e a posterior redistribuiĂ§Ă£o de rendas pela melhoria dos empregos que ocorrerĂ£o ao agregarmos novos valores aos nossos produtos primĂ¡rios. Para ele com a produĂ§Ă£o local teremos acesso a troca de conhecimentos e as novas tecnologias, o que para ele isto ainda na ocorre, pois o Brasil a cada dia importa mais produtos industrializados e assim vira mero exportador de commodities e se desindustrializa.

O Serra se perdeu um pouco no debate nĂ£o por defender o governo FHC, com o qual os seus opositores o tentam vincular, sendo que este embora tenha tido alguns pontos positivos teve enormes obstĂ¡culos pela frente ao ter tido de enfrentar varias crises econĂ´micas globais e por ter tornado a nossa economia mais desnacionalizada e dependente, mas sim por questões partidĂ¡rias nĂ£o poder deixar claro o quanto o seu pensamento Ă© diferente do FHC, com o qual o governo Lula e a Dilma, regidos pela batuta do Meirelles, possuem mais afinidades do que ele prĂ³prio.

No governo do FHC por ter tido sĂ©rias divergĂªncias com os rumos tomados pela polĂ­tica econĂ´mica o Serra foi afastado do MinistĂ©rio do Planejamento e remanejado para o da SaĂºde, onde apesar das limitações orçamentĂ¡rias a ele impostas teve um desempenho razoĂ¡vel.

 
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