sĂ¡bado, 14 de abril de 2012

Quem irĂ¡ dirigir a CPI contra o Cachoeira?


O PT indicarĂ¡ o relator da CPI mista que investigarĂ¡ as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com os polĂ­ticos, no rastro das operações Monte Carlo e Vegas, da PolĂ­cia Federal. O PMDB preferiu indicar o senador Vital do RĂªgo (PB) para presidir a comissĂ£o. Os dois cargos sĂ£o espinhosos. Os membros da CPI serĂ£o submetidos a uma espĂ©cie de tomografia computadorizada, principalmente o presidente e o relator. Quem nĂ£o estiver bem de saĂºde, Ă© melhor nĂ£o aceitar a tarefa.

No PT, nĂ£o hĂ¡ uma disputa entre candidatos ao cargo de relator, hĂ¡ preferĂªncias por CĂ¢ndido Vaccarezza e Paulo Teixeira, ex-lĂ­deres do governo e da bancada, respectivamente. Nenhum dos dois briga pela posiĂ§Ă£o. Os deputados AndrĂ© Vargas (PR) e Carlos Zarattini (SP) tambĂ©m estĂ£o cotados. PorĂ©m, nada impede que apareça outro nome atĂ© a instalaĂ§Ă£o da CPI.

Prevalece a lĂ³gica de ajuste de contas entre o PSDB e o PT, cada qual acusa o adversĂ¡rio de envolvimento na rede criminosa de Cachoeira e procura esconder os prĂ³prios podres. O DEM, o mais atingido pelo escĂ¢ndalo por causa do senador DemĂ³stenes Torres (GO), livrou-se do problema com seu afastamento do partido. PorĂ©m, entre os lĂ­deres de bancada, hĂ¡ o entendimento de que a CPI deve ser focada nos fatos e na depuraĂ§Ă£o do Congresso, ou seja, nos parlamentares e demais polĂ­ticos envolvidos com atividades criminosas, e nĂ£o nos partidos. (CB)

Caso Cachoeira: Uma CPI de alto poder destrutivo

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta sexta-feira, 13, por duas horas e quarenta minutos com o ex-presidente Lula para pedir a ele que tenha cautela ao incentivar a ComissĂ£o Parlamentar de InquĂ©rito (CPI) que investigarĂ¡ laços de polĂ­ticos e agentes privados com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais. A presidente teme que as investigações respinguem em seu governo. Lula tem sido um dos principais incentivadores da CPI, por entender que com ela serĂ¡ possĂ­vel provar que nĂ£o houve o mensalĂ£o – maior escĂ¢ndalo do governo do PT, ocorrido em 2005, no qual parlamentares da base aliada votavam a favor de projetos de interesse do PalĂ¡cio do Planalto em troca de uma remuneraĂ§Ă£o mensal, conforme o relatĂ³rio da CPI dos Correios.

Recados do governador do Rio de Janeiro, SĂ©rgio Cabral (PMDB), do presidente do Senado, JosĂ© Sarney (PMDB-AP), do lĂ­der do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e do senador DelcĂ­dio Amaral (PT-MS) que chegaram Ă  presidente classificam a CPI como “de alto potencial destrutivo”.

“O alcance dessa CPI Ă© inimaginĂ¡vel. SĂ³ a empresa Delta Construções (que aparece nas gravações telefĂ´nicas feita pela OperaĂ§Ă£o Monte Carlo, da PolĂ­cia Federal, e recebeu R$ 4,13 bilhões do governo federal por obras do Programa de AceleraĂ§Ă£o do Crescimento – PAC) – estĂ¡ presente em quase todo o paĂ­s, principalmente na construĂ§Ă£o e reforma de estradas”, disse DelcĂ­dio. “Eu jĂ¡ fiz vĂ¡rios alertas sobre isso. EstĂ£o brincando com fogo”, afirmou ainda o senador petista, que presidiu a CPI dos Correios, e sabe que, uma vez em funcionamento, o desdobramento das investigações Ă© algo incontrolĂ¡vel.

Agnelo: “NĂ£o vou fazer palanque para a oposiĂ§Ă£o”

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), intercedeu em favor da construtora Delta antes mesmo de tomar posse. Em ofĂ­cio ao entĂ£o governador RogĂ©rio Rosso (PMDB), protocolado em 15 de dezembro de 2010, o petista, na condiĂ§Ă£o de eleito, pediu a prorrogaĂ§Ă£o de todos os contratos essenciais, entre os quais os do lixo, com vencimentos previstos atĂ© 2011. Agnelo foi identificado nas escutas da PolĂ­cia Federal como o “01 de BrasĂ­lia” pela organizaĂ§Ă£o desmantelada pela OperaĂ§Ă£o Monte Carlo.

“Tenho certeza de que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula tĂªm tanta confiança que o governo do DF nĂ£o tem envolvimento com isso, que nĂ£o tĂªm dĂºvida nenhuma de que nĂ£o tememos a CPI. HĂ¡ solidariedade integral do PT”, disse Agnelo. Em entrevista, o governador declarou estar disposto a depor na CPI do Congresso, mas fez ressalvas: “AtĂ© agora nĂ£o tem acusaĂ§Ă£o sobre a minha pessoa. NĂ£o vou para fazer palanque para gente que estĂ¡ atolada com esse tipo de coisa, como integrantes do DEM e do PSDB”. Segundo o petista, hĂ¡ uma tentativa de envolver o seu nome no caso. “HĂ¡ interesses gigantescos em botar o PT no meio disso”, afirmou o governador.

Agnelo reafirmou a versĂ£o de que esteve com Cachoeira uma sĂ³ vez, em 2010, quando era dirigente da AgĂªncia Nacional de VigilĂ¢ncia SanitĂ¡ria. Dias antes, o petista havia negado ter se reunido com o empresĂ¡rio. O encontro, segundo ele, foi para discutir com empresĂ¡rios atividades do setor farmacĂªutico. Cachoeira, segundo a PF, controla um laboratĂ³rio. “Fiz vĂ¡rias reuniões com empresĂ¡rios desta Ă¡rea, mas essa reuniĂ£o, que ele tenha participado como interessado, foi uma Ăºnica vez. Nunca mais encontrei com ele”, declarou Agnelo.

Na terça, o chefe de gabinete do governador, ClĂ¡udio Monteiro, deixou o cargo apĂ³s divulgaĂ§Ă£o de gravações em que o grupo de Cachoeira discutiria pagamento de propina a ele. Agnelo disse nĂ£o acreditar que o ex-assessor tenha recebido dinheiro.

Delta recebeu R$ 92,8 milhões do governo do DF em 2011

A Delta Ă© suspeita de financiar a campanha de Agnelo com caixa 2 e depois cobrar a “fatura eleitoral”, contrapartidas, conforme sugerem diĂ¡logos interceptados pela PF com autorizaĂ§Ă£o judicial, divulgados pelo Estado. No ofĂ­cio, Agnelo pede outras manutenções de contrato, alĂ©m do serviço de limpeza urbana. A empresa nega irregularidades na obtenĂ§Ă£o do contrato ou que tenha pago propina a dirigentes do governo para favorecer seus negĂ³cios, como sustenta a PF no inquĂ©rito da Monte Carlo. A Delta informa ainda que afastou do cargo o diretor regional da empresa em GoiĂ¢nia, ClĂ¡udio Abreu, indiciado como braço direito da organizaĂ§Ă£o comandada por Cachoeira.

A Delta detĂ©m – desde 2007, durante a gestĂ£o de JosĂ© Roberto Arruda – dois dos trĂªs lotes da limpeza urbana do DF, o que inclui o Plano Piloto e sete cidades-satĂ©lites. O contrato totaliza R$ 472 milhões em cinco anos, com vencimento previsto para 2012. Em 2010, o contrato foi suspenso apĂ³s a descoberta de que a empresa usou atestado falso de capacidade tĂ©cnica, fornecido pelo governo do Tocantins. Mas a Delta vem se mantendo atĂ© hoje Ă  frente do serviço mediante sucessivas liminares obtidas na Justiça do DF.

A fatia da Delta representa 70% dos serviços de varriĂ§Ă£o de ruas, coleta de lixo, tratamento de resĂ­duos, pinturas de meio fio, remoĂ§Ă£o de entulho e lavagem de paradas e monumentos pĂºblicos. Os outros 30% estĂ£o nas mĂ£os da empresa Valor Ambiental, autora da recurso contra ilegalidades no contrato da concorrente, que acabou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). HĂ¡ uma semana, a corte acatou a reclamaĂ§Ă£o e mandou suspender o contrato, mas a empresa disse que vai recorrer. A chegada de Agnelo ao PalĂ¡cio do Buriti coincide com o vultoso incremento dos repasses Ă  Delta. Em 2010, a empreiteira recebeu R$ 19,4 milhões do governo, valor que saltou para R$ 92,8 milhões em 2011, primeiro ano do petista no poder. Este ano, a empresa jĂ¡ recebeu R$ 27,5 milhões.

De acordo com auxiliares prĂ³ximos, a presidente Dilma Rousseff sinalizou que estĂ¡ aborrecida com a forma como o PT estĂ¡ se comportando em relaĂ§Ă£o Ă  CPI. Ela nĂ£o concorda que as investigações possam servir para que o partido tente se vingar de uma parte dos meios de comunicaĂ§Ă£o. AlĂ©m disso, a presidente acredita que a agenda do governo tem caminhos prĂ³prios que envolvem acordos com a oposiĂ§Ă£o e nĂ£o Ă© a mesma do PT. Por fim, Dilma teme que a CPI cause uma paralisia no Congresso.

“A CPI nĂ£o tem nenhum objetivo de vingança, de acerto de contas. É um instrumento do Congresso para apurar circunstĂ¢ncias que envolvam agentes polĂ­ticos, agentes pĂºblicos ou privados”, disse o presidente do PT, Rui FalcĂ£o, nesta sexta-feira, 13, em Belo Horizonte. (ON)

Cohapar e Caixa Econômica Federal, trabalhando em conjunto, superam atraso dos 8 anos do governo anterior, e entregam 315 casas às famílias de Cambé

A Companhia de HabitaĂ§Ă£o do ParanĂ¡ (Cohapar) e a Caixa EconĂ´mica Federal entregaram nesta sexta-feira (13/04) 315 casas para famĂ­lias de CambĂ©, no Norte do Estado. O presidente da empresa, Mounir Chaowiche, e a secretĂ¡ria da FamĂ­lia e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, participaram da entrega das moradias.

O Residencial AntĂ´nio Euthymio Casaroto foi construĂ­do pelo sistema de gestĂ£o comunitĂ¡ria e conta com habitações que variam de 44 metros quadrados a 63 metros quadrados. O investimento chegou a R$ 9,2 milhões.

O conjunto Ă© um dos projetos que foram acelerados pela Cohapar no Ăºltimo ano. Segundo Chaowiche, em 2011, o Governo do Estado e a Caixa EconĂ´mica Federal retomaram os trabalhos de 76 projetos (com mais de 6,2 mil unidades) que estavam paralisados ou em ritmo lento. Os contratos em CambĂ© foram assinados em dezembro de 2008. Mas, atĂ© dezembro de 2010, apenas 36% das obras estavam prontas. “ConcluĂ­mos o empreendimento em 15 meses”, afirmou o presidente da Cohapar.

A secretĂ¡ria Fernanda Richa disse que o governo estadual estĂ¡ determinado em levar mais qualidade de vida para os paranaenses. “A nossa equipe trabalha com respeito para atender todos os municĂ­pios. Hoje jĂ¡ passei por outras 12 cidades aqui na regiĂ£o, e em todas tĂªm coisas acontecendo em benefĂ­cio dos moradores. SĂ£o casas populares, bibliotecas cidadĂ£s, ambulĂ¢ncias”, destacou.

De acordo com o presidente da Cohapar, o governador Beto Richa colocou como meta terminar todas as obras que estavam estagnadas e autorizou um aporte extra de recursos de R$ 16 milhões para estes projetos. “Em CambĂ©, trabalhamos arduamente para que as famĂ­lias tivessem uma moradia digna o mais rĂ¡pido possĂ­vel”, disse Chaowiche.

TambĂ©m participaram do evento os secretĂ¡rios da Casa Civil, Durval Amaral, e da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, e o coordenador da RegiĂ£o Metropolitana de Londrina, Victor Hugo Dantas.

ESPERA – A operadora de caixa Gisele Servenini e seu marido, o contador Vagner Servenini, esperaram 11 anos para ter a casa prĂ³pria. O casal mora de favor, com o filho de sete anos, na casa do pai dela. Gisele sofre de esclerose mĂºltipla e nĂ£o estĂ¡ trabalhando por causa da doença. “Se nĂ£o fosse esse programa, nĂ£o seria possĂ­vel comprar a nossa casa. Ainda mais agora, que estou encostada e o salĂ¡rio vem bem pequeno”, contou.

A espera tambĂ©m foi longa para o casal Odair e Vanessa Paviani. “Sentimos que a obra andou mais rĂ¡pido. Estou muito feliz em deixar uma casa para os meus filhos. NĂ£o vemos a hora de mudar para o nosso canto”, afirmou Odair.

VĂ­deo do ato do FĂ³rum Paranaense de Resgate da Verdade, MemĂ³ria e Justiça, ocorrido em 12 de Abril de 2012

A tradicional polĂ­tica mineira, entremeada por pĂ£es de queijo e cafezinhos, sempre acaba em acertos: PT e PSDB juntos em 50 municĂ­pios

No começo do ano o diretĂ³rio nacional do PT fem reuniĂ£o deliberou que, entre outra coisas, que nas eleições de 2012 nĂ£o haveria coligaĂ§Ă£o com os tucanos, mas em Minas", uai, as coisas nĂ£o ocorreram assim. LĂ¡ o PT vai Ă s urnas coligado com o PSDB em 50 municĂ­pios. O PSDB com 25 prefeitos e o PT com 25, coisa de irmĂ£o para irmĂ£o.

Inquirido pela mĂ­dia Rui FalcĂ£o, presidente do PT, deu a "explicaĂ§Ă£o": “Uma coisa Ă© uma coisa. Outra coisa Ă© outra coisa. NĂ£o vamos misturar as questões nacionais com aspectos locais da polĂ­tica". SerĂ¡ que este discurso cumpre a mĂ¡xima: "Eu nĂ£o vim para explicar, eu vim para confundir", ou nĂ£o?

Para mim, que nisto concordo com ele, realmente as contradições ideolĂ³gicas entre as maiorias partidĂ¡rias nĂ£o sĂ£o profundas que venham impedir tais acordos, atĂ© a central polĂ­tica econĂ´mica ainda Ă© a mesma herdada do FHC. O Marconi Perillo continua sĂ³cio fundador do que se tornou o Bolsa FamĂ­lia, tambĂ©m embrionĂ¡rio no governo FHC. o que o prĂ³prio Lula assume, como as privatizações, pouco diferenciadas, continuando a todo vapor (rodovias, florestas nacionais, bancos, hidrelĂ©tricas, aeroportos, basesde exploraĂ§Ă£o de petrĂ³leo, etc.).

Sem falsos pudores, a ortodoxia econômica soma a todos, como em alguns momentos a heterodoxia também.

Se o PT mudou o discurso atĂ© em relaĂ§Ă£o ao Sarney, por que nĂ£o mudar em relaĂ§Ă£o ao PSDB?

Recuerdos del Paraguay

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