sexta-feira, 5 de março de 2010

TRANSFORMAR A ESCOLA NO CENTRO DA VIDA COMUNITÁRIA



A Educação é o mais importante instrumento de transformação e desenvolvimento!


Um dos motivos do atraso político, econômico e social que o Brasil se encontra é a falta da prioridade pela educação e em especial a educação técnica a nível de segundo grau.

Hoje falta mão de obra qualificada para todos os segmentos profissionais, pois a escola não prepara o estudante para o universo do trabalho.

Os jovens que terminam o segundo grau, o que ainda não é uma maioria, não está minimamente preparado para a vida adulta que terá de enfrentar em um mundo aonde a especialização técnica é pré-requisito para o mercado de trabalho.

Qualquer anúncio de empregos pede experiência anterior ou no mínimo a qualificação técnica, o que a juventude não possui assim os mesmos acabam por ficar fora de qualquer perspectiva de inclusão enquanto trabalhador, o que da marginalização é um passo para a criminalidade.

A jovem mão de obra sem qualificação está sujeita tanto aos baixos salários, quando os tem, como a alta rotatividade dos empregos temporários pessimamente remunerados, o que lhes tiram qualquer perspectiva futura de planejarem as suas vidas e também constituírem as suas famílias, já que o salário, quando os tem, mal dá para o próprio sustento.

O atual sistema de educação não humaniza, pois matérias como a filosofia, psicologia, etc. foram tiradas das grades de currículos pela ditadura militar, pois eles não queriam que o pensamento crítico se desenvolvesse.

Do ponto de vista do primeiro grau hoje vemos alunos chegarem à oitava série sem ao menos saber ler ou escrever corretamente, pois não existe mais a reprovação, o que é um grande erro que mascara a falência do ensino, já que sem reprovados o péssimo preparo dos estudantes pelas instituições fica camuflado.

Hoje temos uma estrutura educacional que não prepara tecnicamente e não alfabetiza corretamente.

No passado ser professor era ter um emprego remunerado a altura da função, que é a de preparar os futuros adultos do Brasil, o que hoje deixou de ser prioridade, pois a educação e os professores enquanto partes centrais do sistema não recebem o respeito e o estímulo que tão importante setor merece.

Os professores deveriam ser periodicamente reciclados, mas não o são e por receberem salários baixos ficam impedidos de investirem na autoformação, já que os cursos, os livros, etc. são caros demais.

A função de educar não deve ser vista somente pelo prisma da responsabilidade do Estado, dos professores e dos alunos, mas sim como de toda a sociedade.

O envolvimento da sociedade é fundamental para interagir o sistema educacional ao desenvolvimento econômico e social para resgatar o Brasil das últimas colocações do ranking mundial da educação.

O Brasil é muito grande e complexo para que possamos tentar modificar de forma total a sua realidade pela nossa ação direta a nível nacional, mas pela ação no nosso município podemos colaborar e muito para que este quadro melhore aos poucos.

Temos de parar de olhar para fora em busca de culpados, não que eles não existam, pois as políticas nacionais e estaduais também interferem de forma direta na nossa realidade municipal, mas se não gerenciamos bem o orçamento do município como é que teremos moral para cobrar o gerenciamento do Estadual e do Federal?

Temos que dar exemplos e parar de lamuriar, pois dos mesmos, do fato de assumirmos a responsabilidades pelas nossas próprias vidas depende todo o nosso futuro e não vai ser os de fora que irão se compadecer com a nossa falta de políticas estratégicas de desenvolvimento econômico e social!

Temos que construir as políticas de implementação do orçamento participativo aonde em conjunto com a população organizada o poder público pautará as necessidades e as formas de pela racionalização dos custos concretizarem as soluções com excelência, pois temos de fazer um máximo tendo um mínimo.

Os Conselhos que garantam a participação organizada da população em assembléias de cunho deliberativo são essenciais para que as transformações ocorram, mas para isto ocorrer tem de ter a vontade política para radicalizar a ação democrática, que é o que não ocorre.

Sempre estivemos reféns de ações autoritárias impostas de cima para baixo, pois sempre nos trataram como incapacitados do ponto de vista do poder de decisão, o que não somos.
Queremos ver o povo participar diretamente nas decisões e fiscalizar diretamente as concorrências e licitações para o direito de que de aja transparência seja garantido como também convidaremos o Ministério Público para acompanhar estes processos.

As prestações de contas terão transparência via a publicação na internet e outros meios de comunicação, pois a contabilidade do município deve estar aberta a fiscalização por parte de todos.

As escolas terão a função de serem além do papel de centro educacional os pontos de integração e desenvolvimento da cidadania ao sediarem as ações dos Conselhos populares, pois não existe formação de cidadãos sem o exercício pleno da cidadania.

Nebulosa NGC 6543 (Olho de Gato)

Definitivo




Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drummond de Andrade

A eleição apenas está começando!




Embora muitos dos que estão acostumados com as manipulações tradicionais nas campanhas acreditem que o debate eleitoral está de forma plebiscitária pretensamente polarizado entre as campanhas do Serra e a da Dilma estão enganados, pois o debate eleitoral será o mais intenso e polarizado que a história de do Brasil já viu, pois o que mai importa é a discussão sobre a viabilidade transformadora dos projetos dentro do prisma do que é nacional e popular.

O cidadão quando se sujeita a ser um homem público está sujeito a ter a sua vida política devassada e a coerência ou não das propostas que apresenta a serem questionadas tanto do ponto de vista das realidades objetivas como da coerência que apresenta em seus discursos por toda a sua vida pregressa.

A Dilma, candidata do governo federal e o PT, como o Serra , que é governador, e o PSDB do ponto de vista dos interesses do país estão sujeitos a terem os seus mandatos eletivos questionados pelas incoerências entre as práticas assumidas e o que antes haviam prometido e não cumprido, com também avaliados no que foram coerentes entre o discurso e a prática.

O Brasil tem que ter um projeto de desenvolvimento estratégico a curto, médio e a longo prazo, pois temos de em primeiro ter claro quais são as nossas potencialidades e a partir delas criar tendências de desenvolvimento, no que inclui busca de recursos , qualificação de mão de obra, política de incentivo a novos empreendedores, logística, etc. e isto é o que importa e não os candidatos em si.

Chega de mentiras e políticas populistas que nunca passam de um discurso de campanha para ser esquecido depois!

A BAIXA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS JOVENS É A ORIGEM DA MARGINALIDADE.




O desemprego e o não emprego são um grave problema social que vem afetando a toda a sociedade pelos efeitos que gera.

Podemos dizer que os índices de desemprego representam a falta de capacidade da economia de um país em prover ocupação produtiva para todos que a desejam. Nas últimas décadas, houve uma deterioração do mercado de trabalho em todo o Brasil e em Curitiba não foi diferente, como o aumento da taxa de desemprego e diminuição da taxa de emprego, o que leva uma grande parte de nossa juventude a ir buscar fora outras alternativas, que nem sempre são as melhores.

Tendo o conhecimento das razões do não emprego juvenil nos é permitido identificar o perfil dos jovens desempregados e as suas necessidades e assim pela qualificação integrá-los ao mercado, melhor focando políticas de geração de emprego.

A taxa de desemprego juvenil sempre foi mais alta que a de adultos e idosos, não só em Curitiba, mas em todo país, e, mesmo em períodos que apresentam crescimento econômico e queda dos níveis de desemprego, o juvenil não diminui, pelo menos na mesma proporção, sendo também comum a sua expansão pela baixa qualificação exatamente nestes períodos.

É nessa faixa etária que se concentra a maior parte das pessoas que procuram incorporar-se ao mercado de trabalho pela primeira vez. Um argumento recorrente é que a causa do alto desemprego juvenil está na dificuldade do jovem em conseguir o primeiro emprego é associado a um sistema de educação inadequado diante das exigências do mercado de trabalho e a uma incapacidade de muitos jovens por motivos econômicos permanecerem na escola.

As atitudes preconceituosas por parte dos empresários ao preferirem trabalhadores adultos, que somam experiências e hábitos de trabalho tecnicamente melhores em um mercado com excedente de mão de obra, é mais um obstáculo para a colocação dos jovens no mercado de trabalho, principalmente para a obtenção do primeiro emprego, o que leva a muitos destes a perderem a esperança e caírem na marginalidade e até na criminalidade.

O desemprego entre jovens de 15 a 29 anos atinge 46% do total de indivíduos nesta situação no país!

Existem atualmente 51 milhões de jovens, com idade entre 15 anos e 29 anos, que enfrentam pela falta de perspectiva grandes riscos e problemas em seu cotidiano. Entre eles ocorre uma elevada incidência de mortes por homicídios, já que os homicídios correspondem a 38% das mortes juvenis.
Apenas 48% das pessoas entre 15 anos e 17 anos cursam o ensino médio, sendo que este embora importante não os qualifique para o mercado de trabalho por não terem o cunho profissionalizante, e somente 13% daquelas entre 18 anos e 24 anos estão cursando o ensino superior, o que revela o importante desequilíbrio existente entre a idade e a escolarização entre estes jovens alijados da qualificação técnica.

Chega a alcançar 18% à porcentagem de indivíduos entre 15 anos e 17 anos que estão fora da escola, percentual que atinge 66% entre aqueles que têm de 18 anos a 24 anos, sendo que a principal causa de abandono da escola entre os homens é o trabalho e, entre as mulheres, a gravidez antecipada e não programada.

O desemprego é um problema cada vez mais grave para os jovens entre 15 anos e 29 anos, que respondem por 46% do total de indivíduos nesta situação no Brasil.

A qualidade da ocupação causada pela baixa qualificação é outro problema grave, já que 50% dos ocupados entre 18 anos e 24 anos são assalariados sem carteira, porcentagem que se mantêm em 30% entre os que estão entre os da faixa dos 25 anos aos 29 anos de idade.

A insuficiência de rendas coloca na faixa de risco de cometerem crimes uma boa parcela da juventude, já que 31% dos indivíduos entre 15 anos e 29 anos podem ser considerados vivendo na miserabilidade, pois a renda domiciliar per capita é inferior a meio salário mínimo sendo que o risco de viver na pobreza absoluta é mais presente para as mulheres e para os negros, já que 70% dos jovens na extrema pobreza são afros descendentes.

Essa triste realidade enfrentada pela juventude desperta preocupações em toda a sociedade civil e também por parte do Estado brasileiro, que apesar de desencadearem uma série de ações afirmativas as mesmas não são o suficiente por não ser ainda objeto da importância que deveria ter.

A juventude é mais do que uma etapa crítica na trajetória de vida dos indivíduos e, paralelamente, mais do que uma fase preparatória para a vida adulta, a condição juvenil possui "valor" por si mesma por se tratar do futuro de uma sociedade.

Em qualquer sociedade que se preze enquanto tal ela exige uma série de políticas públicas estratégicas, que se mostrem aptas a encontrarem soluções para que não ocorram os riscos e os problemas citados pela falta da maximilização das oportunidades de inserção econômica, social, política e cultural para os jovens.

No sentido de possibilitar a estruturação de uma Política Municipal de Juventude para Curitiba devíamos criar a Secretaria Municipal da Juventude, que atuaria com o apoio do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) na implementação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) em nosso município.

Este programa estratégico pela gravidade que apresenta a questão será direcionado para a população juvenil entre 15 anos e 29 anos que está fora da escola e do mercado de trabalho, que não concluíram o ensino fundamental, que não estão no mercado de trabalho formal e habitam em áreas carentes da cidade.

Com a intenção de oferecer uma maior proteção contra os riscos sociais por que passam, bem como um maior leque de oportunidades de desenvolvimento para estes jovens será criada a Universidade Livre do Ofício, que além de melhorar o nível de alfabetização para a ampliação do universo cultural em conjunto irá oferecer a formação técnicas nas mais diversas áreas, tal qual a qualificação para as indústrias de confecção, metalurgia (torno, solda, etc.), construção civil (pedreiros, carpinteiros, encanadores, etc.), móveis (torno, carpintaria, entalhamento, etc.) como também para a agroindústria manufatureira da alimentação (laticínios, embutidos, conservas, etc.), vestuário, etc..

Estes cursos serão ministrados nas escolas municipais que serão readequadas para serem utilizadas no período noturno para este novo modelo de educação.

Os estudantes receberão uma bolsa para estudarem e como contrapartidas em seus treinamentos contribuirão prestando serviços a Prefeitura nas áreas específicas que estejam cursando, assim tirando a perspectiva meramente assistencialista no aprendizado recebido ao devolverem a comunidade o esforço por ela despendido para que a Universidade Livre do Ofício venha a ser uma realidade.

A condição juvenil demanda a articulação de políticas gerais com políticas específicas, além da integração de políticas coordenadas por diversas instituições tanto governamentais como das ONGs (Igrejas, Associações de Moradores, Sindicatos, etc.).

Temos que considerar os jovens como sujeitos de direitos em seu relacionamento cotidiano com a Prefeitura em seu poder de mobilização de forças e, que os problemas a que eles enfrentam só serão superados com a mobilização social e políticas de todas as organizações da sociedade civil pela via da estruturação de políticas públicas de diversas origens e naturezas para este importante segmento da nossa sociedade, que devem se articular e integrar para a abertura de oportunidades de inserção dos jovens na sociedade.



Antonio Carlos Molina

As neoplantations




A escravidão dos negros em nosso país é uma doença social crônica e é um crime contra a humanidade aqui cometido a mais de 400 anos!

No Brasil maioria absoluta dos 30% da população que vive abaixo da linha da miséria é composta de brasileiros negros!

Desde que os Bantu, o Malês, Nagô, Ussá, etc. a força aqui aportaram dos navios negreiros a realidade de escravidão dos negros, sempre excluídos e marginalizados por não terem os seus direitos mínimos respeitados, é a mesma, mas hoje com nova face continua a sobreviver nos canaviais, nos desmatamentos, nos reflorestamentos e demais atividades rurais e urbanas, onde a construção civil é o maior péssimo exemplo.
Aqui eles encontraram formas de escravagismo piores do que as que vivenciavam na África e o álcool que obtinham da fermentação da palma foi substituído pela cachaça, como a maconha que antes nas suas origens era usada de forma ritual aqui virou hábito diário de consumo.

Sem nem poderem mais chorar as suas mágoas em bantu ou yorubá, já que até as suas culturas lhes foram tomadas, eles as afogam na cachaça e nas drogas, pois o que permanece são as palavras bantu, maconha, cachimbo, etc. também não lhes dão um destino diferente.
O pior desta história é o fato de que os grandes fazendeiros são estimulados pelo próprio governo a utilizarem desta enorme senzala com as suas neo-plantations chamada Brasil. Nela os novos "sinhôs", que faturam R$ 40 bilhões ao ano, em vez do chicote tem como aliados na produção o medo do desemprego, as propositais baixas condições culturais, além do álcool, do crack, da maconha, etc., que os trabalhadores rurais usam para poderem aguentar o trabalho pessimamente remunerado e degradante nos canaviais:

As atividades profissionais que desempenham exigem alto esforço físico, pois na lida do corte da cana é preciso dar 3.792 golpes com o facão e fazer 3.994 flexões de coluna para colher 11,5 toneladas no dia. Nos últimos anos uma grande parte das mortes de canavieiros foi associada ao excesso de trabalho.

São transportados pior do que gado em ônibus deteriorados e a ausência de equipamentos de segurança no trabalho no campo é uma realidade presente, as suas moradias são insalubres e o pagamento de salários inferiores ao mínimo não lhes garantem a mínima condição de sobrevivência com dignidade.
A maior parte das famílias de canavieiros dependem do Bolsa Família para sobreviverem.
Drogados uma boa parte deles se anestesiam e só assim conseguem aguentar a vida que levam:

“ O primeiro fumava maconha na colheita da cana porque "ficava com o corpo mais leve. Dava vontade de trabalhar. ”

“ Quanto mais eu bebia, mais tinha energia. Eu me sentia forte. ”

“ Quando usava ninguém me segurava. Cortei 21 toneladas em um dia. ”

Na Casa do Caminho, que é um centro de recuperação de dependentes químicos em Barrinha, região de Ribeirão Preto, os internados, que na maioria são negros trabalhadores no cultivo da cana, tentam voltar à tona deste novo abismo das drogas que os afligem, mas está triste realidade não ocorre somente lá, pois centros de tratamento similares estão espalhados em outras cidades, já que está realidade é a constante.

No projeto de "branquamento" da população com a importação da mão de obra européia a realidade do "sistema de barracão", onde os trabalhadores eram obrigados a comprarem do armazém do próprio patrão os colocou em uma realidade não muito diferente das de antes levadas pelos escravos.

Eles eram vigidos dia e noite por jagunços para que não fugissem, mas muitos conseguiam fugir e migravam para as frentes pioneiras onde conseguiam estabelecer uma vida um pouco menos sofrida.

Os mais enganados foram os japoneses, pois lhes eram oferecidos casa, escolas em língua japonesa, hospitais e que com o passar do tempo com o bom salário que receberiam iriam virar proprietários de terras.

Aqui chegando os nipônicos tiveram o mesmo péssimo tratamento que os italianos, espanhóis, etc. antes tiveram, pois nada do que tinha sido prometido aconteceu.

A esquerda e a educação





A direitona nada esclarecida não aceita que a educação tenha o papel central no homem enquanto agente transformador da sociedade.

Os que são considerados como os maiores estudiosos da educação e do aprendizado no século XX, Piaget, Vygotski e o nosso Paulo Freire usaram Marx como um dos métodos de análise ao estruturarem as suas concepções.

Piaget em seus estudos sobre estruturalismo genético abordou a questão da "equlibração", o que foi uma de suas maiores contribuições, ao colocar ela como um fator que considerava essencial no desenvolvimento cognitivo. Ele abordou que para compreender o papel deste fator, devemos relacioná-lo a outros fatores que sempre foram considerados essenciais no desenvolvimento cognitivo do estudante. Segundo ele seriam três os fatores anteriores:

- as influências do ambiente físico, a experiência externa dos objetos

- o que é inato, a herança genética

- transmissão social, os efeitos de influências sociais

O quarto fator, a equilibração, seria o que teria o papel de exercer a coordenação entre eles, assim integrando os mesmos, pois na construção de qualquer estrutura operacional ou pré-operacional, um indivíduo passa por muitas tentativas e erros e muitas regulações que envolvem em grande parte a auto-regulação. Auto-regulação é a própria natureza da equilibração. Essas auto-regulações entram em cena em todos os níveis da cognição, incluindo o próprio nível mais inferior da percepção.

A regulação permite uma síntese entre a compreensão dos processos lógicos e operatórios sugeridos pelo racionalismo, das regulações sociais através da negociação e contratos entre os interlocutores conforme a análise do discurso e dos ritmos observados pela antropologia.

A perspectiva piagetiana se refere à estrutura como algo que existe através das interações. Em segundo lugar, são construídas pelos sujeitos, mesmo que não tenham consciência da obra construída ( metodologia de análise marxista). Em terceiro lugar, são genéticas: toda estrutura tem uma gênese, e toda a gênese resulta de uma estrutura. Em quarto lugar, tem um funcionamento, sendo a dialética entre estrutura e funcionamento central na compreensão do desenvolvimento.

Já Vygotsky, o que não vai contra o que foi dito por Piaget considera o papel da instrução um fator positivo, no qual a criança aprende conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a trabalhar com essas situações de forma consciente. Se uma transformação social pode alterar o funcionamento cognitivo e pode reduzir o preconceito e conflitos sociais, então esses processos psicológicos são de natureza social. Devem ser analisados e trabalhados através de fatores sociais.
Eles discutem que a divisão do social e o indivíduo não se perdem porque Vygotsky e Piaget avaliaram as forças individuais e sociais em desenvolvimento. Ambos relacionam social-individual, mas é Vygotsky que focaliza mais o social, dando ao social um papel específico no desenvolvimento.

Para Piaget, as crianças individuais constroem conhecimento através de suas próprias ações: entender é inventar. Para Vigotsky é a compreensão através do contraste social e origem. Entretanto Piaget nunca negou o papel da igualdade social na construção do conhecimento. É possível encontrar em Piaget afirmações em que a individualidade e o social são importantes.
Paulo Freire, embora tenha encontrado seus próprios caminhos ao fazer a crítica, como Vygotski e Piaget também usou da análise dialética marxista como uma das bases de seu método de educação, a ‘Pedagogia do Oprimido”.

Como ele disse:

“Em outras palavras, ensinar é uma forma que o professor ou educador possui de trazer evidências para o estudante sobre o que é conhecer, de forma que o estudante também venha a conhecer em vez de simplesmente aprender. Por esse motivo, o processo de aprendizagem implica a aprendizagem do objeto que deve ser aprendido. Essa preocupação não tem nada a ver com o ensino exclusivo de habilidades de alfabetização. Essa preocupação estabelece o ato de ensinar e o ato de aprender como momentos fundamentais no processo geral de conhecimento, processo do qual o educador, de um lado, e o educando, de outro, fazem parte. E esse processo implica uma instância subjetiva. É impossível que uma pessoa, não sendo o sujeito de sua própria curiosidade, possa realmente compreender o objeto de seu conhecimento.
A prática educacional, a despeito de sua importância fundamental nos processos sócio-históricos de transformação das sociedades, não é por si mesma a chave para a transformação, mesmo que seja fundamental. Dialeticamente, a educação não é a chave para a transformação, mas a transformação é por si mesma educacional.”

Democracia Socialista




A Democracia Partidária e o Partido dentro do Partido

O maior problema na vida interna das nossas legendas partidárias é que desconhecemos grande parte do que é decidido pela direção executiva e isto trás enormes prejuízos para a construção diária do processo socialista. Por não ter acesso às deliberações, que são reincidentemente unilaterais, a direção estadual e as organizações da base partidária ficam alijadas do exercício ideológico estratégico da Democracia Socialista, sendo que está só pode ser exercida com o uso dialético do centralismo democrático, pois só assim o partido marxista leninista é construído.

Repetindo fatos anteriores mais uma vez alguns membros da executiva sozinhos tomam uma decisão e sem o debate nem ao menos junto ao coletivo da direção estadual, quanto mais junto relação às organizações de base, de questões de cunho estratégico como foi este episódio de rompimento com o governo Requião. Uma deliberação tão importante como está deveria ter sido tomada pelo coletivo, mas não foi.

Algumas pessoas se consideram com mais direitos partidários do que as outras agem de forma ditatorial, o que do ponto de vista ideológico, achando que unilateralmente podem nos representar, do que baseados no estatuto partidário profundamente discordam. O Partido não pode ser transformado em uma Igreja aonde as decisões de cunho estratégico são tomadas por pessoas que se achando “iluminadas” agem a revelia do poder de decisão do conjunto partidário.

A direção executiva partidária, para que possa ser vista e respeitada como tal, deve se abrir para o partido, não só para que tenhamos maiores condições de fortalecer pelo centralismo democrático a nossa dinâmica organizacional como para que possamos marchar unidos e também atrair mais quadros dirigentes de grupos sociais ao partido pelo exemplo de democracia interna.

No conjunto erramos ao não nos posicionarmos diante de fatos que se repetem e a cada atitude antidemocrática cada vez mais forte por parte de alguns não reagirmos enquanto conjunto. Fomos cada vez mais nos silenciando a respeito dos nossos objetivos revolucionários e caindo insensivelmente nos limites de um quadro estritamente anti-estatutário ao nos submetermos as pequenas manobras de uma minoria, que agindo desta forma ao ferirem os estatutos não nos representa enquanto um todo.

Essa tendência direitista de se colocarem enquanto “donos do PC do B” se caracteriza pela sistemática contenção das lutas ideológicas, que necessariamente tem de serem travadas de forma dialética por conjunto partidário marxista leninista. Só assim eles conseguem impor de cima para baixo as posições deste agrupamento que é um partido dentro do partido.

Temos que lutar para que o Partido deixe de ter uma relação “religiosa” ao manter este clima extremamente solene da infalibilidade ditatorial de alguns nos leva a uma profunda incapacidade de pensar e pronunciar críticas, por menores que fossem, a essas figuras.Elas ao agirem por si e para si não nos representam enquanto conjunto, já que nos negamos baseados na metodologia progressista e democrática de organização partidária a respeitar e a seguir as vontades unilaterais destes que se acham iluminados.

O culto à personalidade cumpre o papel fundamental para a manutenção de um falso monolitísmo partidário no qual criatividade e a crítica, que são intrínsecas para a existência de uma agremiação democrática, longe de representarem instrumentos de aperfeiçoamento, são vistos como perigos para os que dele se beneficiam se manterem no poder.

Alguns membros da direção central executiva, que são elementos sem grande base teórica ideológica, aproveitavam-se do “culto” para podar qualquer atitude intelectual partida dos outros quadros e da militância partidária.

O “centralismo democrático” dá lugar à manipulação generalizada por parte de alguns membros do organismo dirigente.

Não deve ser a prática de um dirigente marxista leninista introjetar nos membros do partido o comportamento do indivíduo servil, obediente, sem capacidade crítica diante de seus superiores partidários.

Eu não posso aceitar que companheiros tão heróicos nas situações de perigo se mostram subservientes, tão incapazes de revide, diante das atitudes ditatoriais tomadas por alguns dos dirigentes, já que o partido é tudo e ele para ser considerado enquanto tal tem de representar a vontade do coletivo.

Idiotia




“Idiotia é na psiquiatria o grau mais elevado da tríade oligofrênica, e os indivíduos portadores possuem o menor grau de desenvolvimento intelectual.”

É assim que querem no tratar, já que em vez de respeitarem o nosso intelecto e nos verem como cidadãos nos tentam empurrar goela abaixo um amontoado de meias verdade relacionadas ao passado para fugirem da discussão sobre o que será o nosso futuro.

Às vezes fico cansado e até desanimado em relação a participação nos debates, que deveriam ocorrer no campo das idéias e com um mínimo de imparcialidade, mas não ocorrem e outros tentam transformar um debate sério, pois nele está sendo construído o nosso futuro, em uma gincana.

Para começar o Serra não é o FHC e a Dilma não é um Lula e neste quadro partidário os partidos são verdadeiras confederações de tendências ideológicas. O debate ideológico programático não ocorre e os petistas fogem dele como o diabo da cruz, já que ao empurrarem a discussão para o passado eles não têm de darem as respostas sobre os seus rompimentos com os seus discursos históricos desenvolvimentistas.

O que está mais do que claro é que no governo Lula ocorre a falta de projeto desenvolvimentista para o país, e este do ponto de vista de rompermos com o processo de desindustrialização por que passa o Brasil, que está estagnado como aponta os baixos índices de desenvolvimento industrial,no governo Lula acelerou.

O governo Lula é responsável pela perda da oportunidade extraordinária criada pelo contexto internacional pós-2002 que permitiria colocar o país em trajetória de desenvolvimento econômico estável e dinâmico, por este motivo a vulnerabilidade externa comparada do Governo Lula é maior do que a média dos governos anteriores.

No governo Lula o Brasil andou para trás, visto que há hiato de crescimento negativo, ou seja, a economia brasileira cresceu a taxas significativamente menores do que a economia mundial.

Este governo nos empurrou de volta a sermos principalmente meros exportadores de commodities o que fica claro com a diminuição das exportações de produtos industrializados causados pela falta de competitividade de nossos produtos por causa dos altos custos de financiamento da produção como pela alta tributação. Assim o governo do PT asfixia a economia, o que garante altos lucros aos banqueiros, fazendeiros e empreiteiros amigos do Lula.

Embora algumas medidas tenham sido meio radicais, o FHC não errou ao estabilizar a moeda, mas somente manter as políticas econômicas dele, que é o que o Lula fez, não bastava, pois com a moeda estabilizada o segundo passo era a implantação de políticas públicas que nos levassem ao desenvolvimento tecnológico industrial exportador, mas isto não ocorreu, pois as medidas monetárias necessárias para estabilizarem a economia se tornaram definitiva durante o governo Lula, o que tanto veio de agrado ao atendimento dos interesses dos banqueiros.

No campo em vez se investir pesado na agro industrialização, na democratização do acesso a terra pela reforma agrária, na segurança alimentar, no apoio ao micro e pequeno produtor, já que estes comprovadamente são os que são responsáveis pela maior parte dos alimentos em nossas mesas, inclusive pela maior qualificação técnica dos mesmos, preferiu chamar os grande fazendeiros de heróis. Não que estes não tenham importância do ponto de vista do nosso desenvolvimento econômico, pois a possuem, mas sim que em primeiro em vez de só priorizar as commodities como foi feito e deveria ter cumprido o compromisso de manter o homem no campo e dar a maioria da população o direito a uma alimentação farta e barata.

Chega de sermos meros exportadores de matéria prima. Para o Brasil poder se desenvolver o centro da atividade econômica tem de ser a indústria, pois com ela além de agregarmos novos valores a nossa produção de produtos primários iremos gerar empregos com melhor remuneração, o que é vital para fortalecermos o mercado interno pela melhora do consumo.

No governo Lula o aumento do consumo não está relacionado com o aumento da renda e da poupança, mas sim no endividamento da maior parte da população, que para comprar um produto a prazo é obrigada no final a ter pagado o valor de três.


Em vez de baixar os juros o Lula para que os industriais tivessem como buscar dinheiro junto ao mercado como também reduzir de forma permanente as altas taxas de juros, o que faria o mercado por si só s estabilizar ele manteve os juros altos e os impostos só foram reduzidos de forma momentânea, contingencial.

Com a enorme propaganda falsa da baixa dos preços, que só serviu para quem estava capitalizado, o que não era o caso da maioria da população, o povo se endividou além do limite e só a dívida popular gerada com a compra de carros atingiu a marca de 160 bilhões de reais. Com os mais pobres não ocorreu diferente, pois iludidos todos foram se endividar comprando geladeiras, fogões, etc. nas grandes lojas de rede.

Com o povo sem dinheiro e endividado a tendência é de que o consumo seja reduzido ao mínimo necessário para a sobrevivência (comida, produtos de higiene, etc.), assim logo este baixo consumo irá refletir em queda de produção e em deflação, o que acarretará mais desemprego e fechamento de portas de indústrias.

Enquanto a Dilma tenta a todo o momento afirmar que ela será uma mera continuidade do governo Lula o Serra começa a formular um discurso diferente, desenvolvimentista industrial:

"É importante que a indústria se desenvolva também exportando, não apenas atendendo o mercado interno. São falaciosas as teses de que o Brasil deve permanecer exportador de produtos primários ou focar a economia de serviços.”

“grande parte da força de trabalho está subempregada. Não vamos conseguir gerar os empregos num país de 180 milhões de habitantes sem indústria.”

Não que aqui esteja defendendo o Serra, ao qual também tenho muito a criticar, mas reconheço que quando ele por este discurso aponta o caminho do desenvolvimentismo e a Dilma fala em manter o que este governo tem feito e da forma como tem feito e vejo aqueles que antes defendiam a monetarização da economia virem com o discurso em defesa da industrialização, da baixa das taxas de juros, da educação, etc. vejo que na política tudo é mutável e as vezes para melhor.

Uma grande parte dos bens de consumo duráveis ou não duráveis é importada, o que não gera empregos, não agrega valores pela industrialização local e faz saírem divisas. A China, a Coréia e o Japão agradecem.
Só em Janeiro o aumento das importações de janeiro em relação a dezembro de 2009 teve alta de 2,7% na média diária do total de valores desembarcados:

"As importações estão mostrando fôlego suficiente para manter nos próximos meses um valor médio total de US$ 600 milhões ao dia"

José Augusto de Castro (vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB)

Este excesso de compras, que endividou a população além do limite permitido não foi pelo fato da mesma estar capitalizada e sim por causa da propaganda oficial dizendo que tínhamos de consumir para manter os empregos.
O governo veio e baixou alguns impostos para estimular o consumo e manter os empregos, mas os empresários não assumiram o discurso do governo e além de faturarem mais continuaram a demitir.
O resultado é que o povo gastou o que não podia, não manteve os empregos e irá ter de submeter aos juros extorsivos praticados pelo mercado.
Daqui a pouco em vez de termos uma bolha imobiliária tal quais os americanos estão tendo de enfrentar teremos a “bolha dos carros”, “bolha do liquidificador”, a “bolha do fogão”, etc., pois a inadimplência inevitavelmente será uma realidade.

O Lula disse que a crise não atravessaria o Atlântico, depois disse que ela era uma e marolinha para depois dizer que a crise era real e que o governo teria de agir.

Enquanto o governo norte americano e demais governos do primeiro mundo intervêm nos bancos, acaba com o mercado especulativo inclusive fechando estabelecimentos bancários por terem agido de má fé aqui o governo socorre os mesmos. Com foi o caso do Banco Votorantin, onde o Lula comprou parte das ações do estabelecimento bancário por mais de 4 bilhões, sendo que o valor total de mercado do mesmo era de menos de 1,5 bilhão. O mais grave neste caso é o fato de que a família Ermírio de Moraes embora minoritária do ponto de vista do controle acionário ficou com a direção do Banco.

Que blindagem é está que só favorece ao grande capital e para os pobres gera dívidas e desemprego?

Mesmo com as taxas de desemprego tendo baixado no segundo semestre de 2.009 por causa do incentivo por parte do governo ao endividamento da população, os que conseguiram voltar ao mercado de trabalho tiveram de se sujeitar a salários muito inferiores e também se sujeitarem a contratos temporários. Segundo a pesquisa da Fundação Seade nas seis regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal, sem contar as demais regiões metropolitanas e o resto do Brasil, o total de desempregados somava até novembro do ano passado 2,6 milhões.

Não custa lembrar que a nossa economia é dependente do mercado internacional e que a atual crise americana foi apenas a ponta do iceberg - menos de 10% da crise total que pode vingar por lá. Toda a energia global para salvar os EUA foi apenas para salvar os maiores bancos e ainda muitos estão quebrando sem liquidez, pois o povo americano empobreceu, os salários diminuíram, como aqui também para evitar milhões de desempregados, porém as empresas brasileiras que têm lucro pra investimentos e capitalizações vivem de exportações, pois o mercado interno é só para pagar a atividade da empresa (custos fixos e variáveis), não estão investindo um real sequer na ampliação.

O mercado internacional para os nossos produtos industrializados refluiu, o que não é diferente do que ocorre com as commodities, mas isto o IBGE não fala.
Com o dólar baixo fica ainda pior, pois os nossos produtos perdem ainda mais a competitividade com a política cambial atual. Só com o consumo interno em um país onde o povo está desempregado, descapitalizado e endividado como irá ocorrer um PIB positivo?

O mercado internacional para os nossos produtos industrializados refluiu, o que não é diferente do que ocorre com as commodities, mas isto o IBGE não fala.

Com o dólar baixo fica ainda pior, pois os nossos produtos perdem ainda mais a competitividade com a política cambial atual. Só com o consumo interno em um país onde o povo está desempregado, descapitalizado e endividado como irá ocorrer um PIB positivo?

O governo diz que os juros agora estão baixos se os praticados aqui estão entre os maiores do mundo?

Em matéria de liderança em relação aos juros altos somos o quarto país no mundo!

Só para se ter uma idéia, com as atuais taxas, o cidadão que compra uma geladeira à vista por R$ 1.500,00, se for financiar em 12 vezes sem entrada, com a taxa de 101,68% ao ano ou 6,02% ao mês, vai pagar R$ 179,11 por mês, com gasto final de R$ 2.149,32.

Os consumidores que costumam rolar parte de suas faturas de cartão de crédito estão cometendo um suicídio financeiro. Os juros cobrados pelos bancos chegam a 600,73% ao ano. Esse encargo, praticamente impagável, corresponde a quase 70 vezes a taxa básica de juros (Selic) de 8,75% anuais. Não há consumidor que consiga honrar seus compromissos em dia.

Segundo dados da Anefac os juros no comércio continuam extremamente altos, com queda média de 102,59% para 101,68% ao ano. Em média, os juros cobrados da pessoa física estão em 131,87% ao ano.

O governo Lula diz que o nosso crescimento é sustentável, mas que sustentabilidade existe em um país em que a dívida interna beira a casa de R$ 1,49 trilhão?

Assim que tomou posse em janeiro de 2003, o presidente Lula celebrizou a expressão “herança maldita” numa clara referência ao tamanho da dívida pública (R$ 892,94 bilhões) que recebeu do governo Fernando Henrique Cardoso. Pois, a se confirmarem as previsões do Tesouro Nacional de que a dívida interna federal pode fechar 2010 em até R$ 1,73 trilhão, Lula repetirá a maldição do antecessor.

Este governo também diz que hoje temos uma maior independência econômica, mas que independência existe em um país cuja principal função junto ao mercado internacional é a produção de commodities?

Com dizem que hoje existe maior autonomia do executivo para tomar decisões sem interferência do capital externo. Existe AUTONOMIA em um país onde o presidente Lula contrariando todo o seu discurso histórico paga a dívida externa, que antes dizia estar mais do que paga, sem ao menos auditar os valores?

Se houve o crescimento dos investimentos estrangeiros ele se deu e se dá pela entrada do capital especulativo!

Para alguns o tal do “reconhecimento internacional” é o fato do Obama ter dito que “o Lula é o cara”?

Para mim isto só aumenta as minhas preocupações!

Carlos Molina

 
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