sábado, 16 de julho de 2011

Versão curitibana da “Marcha das Vadias” reúne cerca de 200 pessoas

Cerca de 200 pessoas participam no fim da manhã deste sábado (16) da versão curitibana da Marcha das Vadias. A manifestação é uma resposta a cultura machista no mundo, segundo as organizadoras. O protesto surgiu após um policial de Toronto, no Canadá, afirmar durante uma palestra que as mulheres deveriam parar de usar roupas de “vadias” para evitar os estupros.

A marcha já ocorreu em São Paulo, Brasília e outras capitais brasileiras. No Paraná, a ideia é cobrar mais politicas públicas para as mulheres, de acordo com uma das organizadores do evento, a atriz Ludimila Nascarella.
De acordo com ela, pesquisas apontam que a cada 24 segundos uma mulher é espancada no país. “Queremos tratar da saúde da mulher, desmistificar o termo vadia. Estamos armadas com autoestima e amor”, afirma.

O grupo exige que os governos divulguem dados mais claros sobre a violência contra a mulher. “A gente quer mais dados, transparência, para que possa ser planejada políticas públicas”, relata outra coordenadora da manifestação, Stephany Mattano.

Ao lado de muitas mulheres, crianças, jovens, homens e idosos também tiveram presentes na manifestação. Segundo Cléber Moura, que participou da marcha, o evento vai além do feminino. “É para todas as classes que se sentem inferiorizadas”.

Redes sociais

Após a Marcha das Vadias de São Paulo, no começo de junho, um grupo curitibano de amigos iniciou uma mobilização pelas redes sociais. Pela internet, segundo Ludimila, conseguiu 11 mil adesões a manifestação, que tem como mote principal “Por prazer ou profissão, sexo não é convite à violência”.

Além da resposta contra o machismo, a Marcha das Vadias pretende sensibilizar a população sobre a falta de humanidade. “As pessoas não se importam mais umas com as outras”, afirma Stephany. (GP)

Polícia faz reconstituição da morte de Louise; suspeitos seguem presos

A polícia fez a reconstituição do crime e pediu a prisão preventiva dos três suspeitos de assassinar a universitária Louise Sayuri Maeda, 22 anos, em maio deste ano. A simulação foi feita durante a noite de sexta-feira (15) e durou duas horas. Os três suspeitos seguem presos.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp)divulgou inicialmente que a prisão preventiva havia sido decretada, mas depois corrigiu a informação, avisando que, por enquanto, há apenas a solicitação.

O pedido de prisão preventiva visa manter detidos até o julgamento Fabiana Perpétua de Oliveira, 20 anos, Márcia do Nascimento, 21, - colegas de trabalho da jovem - e Elvis de Souza, 20, acusados de armar uma emboscada e matar a jovem. A prisão temporária de Márcia e Fabiana venceria na segunda-feira (18), quando as duas completariam 30 dias presas. Já a de Elvis iria até o dia 23 de julho. O trio segue detido.

Os três suspeitos participaram na sexta-feira da reconstituição do crime. Os trabalhos começaram por volta das 21h40, na Avenida Cândido de Abreu, Centro Cívico, ao lado do shopping onde Louise trabalhava, e de onde seguiu com as colegas no carro de Elvis.

Segundo a Sesp, os depoimentos dos suspeitos informam que a jovem seguiu de carro com eles para o bairro Campo do Santana, na região sul de Curitiba, para buscar um amigo de Márcia e irem juntos a um barzinho. No caminho, no entanto, Márcia teria simulado passar mal, e pediu que Elvis – com quem teria um relacionamento – parasse o carro. Neste local, Louise foi morta com dois tiros na cabeça e jogada no rio.

De acordo com a polícia, Elvis ajudou pouco na reconstituição. A versão dele foi encenada com base nos depoimentos. Nos interrogatórios, os três suspeitos confirmaram que Elvis fez o primeiro disparo. A partir daí, Fabiana e Márcia deram versões diferentes. Fabiana relatou que, quando ouviu o tiro, já estava dentro do carro, e que não colaborou com os comparsas para jogar Louise no rio. Ela disse que não ouviu o segundo disparo contra a estudante.

Márcia disse que a amiga teria ajudado a jogar o corpo de Louise no rio, porque a vítima era pesada. A suspeita, na reconstituição, não relata o segundo tiro, que, como consta na versão de Elvis teria sido dado por ela.

Para o delegado Marcelo Lemos, responsável pelas investigações, a versão que Fabiana apresentou é a que mais se aproxima das informações contidas no inquérito policial. Já as versões dadas por Elvis e Márcia seriam inconsistentes.

A conclusão do inquérito, com respostas sobre a motivação do crime, deve ser divulgada no início da próxima semana.

Crime

Louise desapareceu em 31 de maio após sair do trabalho. Ela era supervisora de uma iogurteria em um shopping da capital.

O corpo foi encontrado no dia 17 de junho em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba. O cadáver trajava as roupas que a universitária usava quando desapareceu, mas como estava em avançado estado de decomposição, o reconhecimento foi feito por meio de um exame papiloscópico (de confronto de digitais) no IML.

Duas mullheres foram detidas no dia seguinte à confirmação da morte da universitária, suspeitas de participar do assassinato com a ajuda de um rapaz. Em uma coletiva realizada no dia 20 de junho, a polícia revelou que Louise foi vítima de uma emboscada, que teria sido articulada por duas colegas de trabalho. O motivo ainda não foi esclarecido, a primeira hipótese apresentada pela polícia – e até agora não confirmado – era de que Louise teria descoberto que uma das funcionárias estaria desviando dinheiro do caixa.

As suspeitas foram identificadas pela polícia como Fabiana Perpétua de Oliveira, de 20 anos, eMárcia do Nascimento, de 21 anos. Élvis de Souza, de 20 anos, que teria um relacionamento com Márcia também é suspeito de envolvimento no crime. Ele se entregou à polícia no dia 23 de junho, mesmo dia que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado.

A bolsa que Louise carregava na noite do crime foi encontrada na casa do pai de Élvis. O objeto foi localizado durante as buscas que foram feitas por policiais no imóvel. O carro do rapaz também é considerado o provável veículo utilizado para levar a jovem até o local do crime. (GP)

Índios impedem hidrelétrica de funcionar


Localizada no município de Aripuanã (MT), a hidrelétrica de Dardanelos, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), se transformou em instrumento de barganha importante para duas tribos indígenas da região negociarem uma série de benesses com a empresa responsável pela usina e os governos estadual e municipal.

Apesar de estar pronta desde janeiro, a usina, que vai gerar eletricidade suficiente para atender uma cidade de 500 mil habitantes, só deve começar a operar, no melhor dos cenários, a partir de agosto.

Questões judiciais e problemas na construção da linha de transmissão, que permitirá ligar a usina ao sistema elétrico nacional, são algumas das razões por trás do atraso de mais de um ano do início efetivo da operação da hidrelétrica. Mas os índios cinta larga e arara também têm uma contribuição.

Integrantes das duas tribos já promoveram várias invasões à usina para reivindicar compensações que deveriam ser pagas por causa do impacto ambiental que o empreendimento causou na região.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), não há muito o que fazer porque o termo de compromisso, que normalmente é assinado por índios, governo e empresa para criação de programas de compensação na construção de hidrelétricas, no caso de Dardanelos, não foi formalizado.

Ocupando espaço. Diante do vácuo legal, os índios usam as invasões para conseguir o que querem. Em julho do ano passado, por exemplo, os cinta larga e arara ocuparam a usina e só deixaram o local depois de acertarem o recebimento de oito caminhonetes com tração nas quatro rodas, equipadas com rádios amadores, além de oito barcos de alumínio com motores.

Também ficou acertado que seriam construídas duas casas de alvenaria de 120 metros quadrados cada uma, que servirão de sede para a associação das tribos. "Mas isso é apenas um paliativo. Não há um termo de compromisso definitivo assinado. Por isso, as demandas dos índios só aumentam", afirmou uma representante da Funai, que preferiu não se identificar.

No mês passado, os índios voltaram a invadir a usina. Dessa vez, desapareceram os computadores que seriam utilizados para os últimos testes da hidrelétrica. Para completar, os representantes das duas tribos fizeram um pedido inusitado: querem uma participação de 5% no faturamento da empresa, que ainda nem opera comercialmente. O impasse entre índios, empresa e governo local já foi comunicado ao grupo de acompanhamento do PAC. Mas nada foi resolvido até o momento.

Sem aviso. Dardanelos começou a ser construída em pela Empresa Energética Águas da Pedra, controlada pela Neoenergia, em setembro de 2007 sem previsão de compensações para os índios, que vivem nas proximidades do empreendimento.

A Funai alega que só entrou no processo para intermediar os interesses indígenas em 2008, quando a licença ambiental para instalação já havia sido concedida. Essa é uma situação atípica. Normalmente, para que a licença seja liberada, esse tipo de compromisso já precisa estar oficializado.

Segundo a Funai, foi exigida da empresa a apresentação de um Plano Básico de Meio Ambiente, que atendesse os índios, o que só foi entregue no ano passado. Ajustes foram solicitados, mas, até o momento, a proposta corrigida não foi devolvida.

Sobre o Plano Básico Ambiental Indígena, o Ministério do Planejamento informou que a concessionária responsável pela linha de transmissão entregou à Funai o estudo concluído do componente indígena da usina em meados do mês passado. Procurada, a empresa responsável pela usina não se pronunciou.

Apesar de a Funai informar que o termo de compromisso definitivo de compensações não foi assinado, o governo do Estado de Mato Grosso e a prefeitura de Aripuanã informaram que estão atendendo ao que foi combinado com os índios, como formação de professores arara e cinta larga, distribuição de material didático específico e pavimentação de estradas. (AE)


Sadok é dono de veleiro chamado 'eu mereço'

O casal José Guilherme Sadok de Sá e Ana Paula Batista Araújo é bem conhecido no Clube Naval de Brasília. Os dois são donos do veleiro "Eu Mereço".

A embarcação, de 27 pés, fica estacionada no pátio náutico do clube. Encarregados da manutenção do local contam que foi Sadok de Sá - conhecido por eles como Zé Guilherme - que batizou o veleiro de "Eu Mereço". O nome anterior da embarcação era "Maria das Flores".

O registro do veleiro ainda está em nome do dono anterior. Embora utilizem os serviços do Clube Naval de Brasília, o nome de Sadok e de sua mulher não consta nos registros da diretoria.

Um marinheiro que trabalha no local informou que o casal não aparece por ali há um bom tempo. Ele disse que na semana passada Sadok de Sá telefonou pedindo que ele preparasse a embarcação, porque pretendia velejar no Lago Paranoá. "Eu fiz o que ele mandou, mas não apareceu ninguém", disse.

Clube Naval. O estacionamento náutico do Clube Naval está lotado e quem quiser guardar seu barco em Brasília terá de buscar outras opções. O aluguel mensal para um veleiro de 27 pés, como o do ex-diretor do Dnit, é de R$ 115 no Clube Naval. Outros clubes cobram preço um pouco maior. (AE)

Arqueólogos acham peças de engenho de 1580 em SP

Uma descoberta arqueológica em São Vicente está ajudando a elucidar um período pouco documentado da história brasileira: o início do ciclo da cana-de-açúcar no País, que começou com os engenhos do litoral paulista. Escavações nas ruínas do Porto das Naus descobriram dois tanques de caldo de cana e mais de 400 fragmentos de peças usadas no engenho de Jerônimo Leitão, construído em 1580 na área próxima ao primeiro trapiche alfandegado do Brasil.

"Esses tanques eram utilizados para fazer melado e torrões de açúcar, que eram levados para Portugal. Acreditamos que tenham entre seis e dez deles nessa área", explica o arqueólogo Manoel Mateus Gonzalez, que comemora a descoberta das duas estruturas circulares feitas com grandes pedras com raios de 2,2 metros e de 1,5 metro.

Entre as peças encontradas, Gonzalez destaca os fragmentos de "formas de pão de açúcar" - peças de cerâmica com pequeno orifício na extremidade, onde o melado era colocado depois de cozido para passar por decantação. Delas saíam torrões de açúcar para então serem levados à "casa de purgar", onde eram limpos, purificados, divididos e classificados segundo a qualidade.

História. Relatos históricos contam que o engenho de açúcar de Jerônimo Leitão funcionou junto à área do Porto das Naus de 1580 até pelo menos 1615, quando corsários comandados pelo pirata holandês Joris Van Spilbergen incendiaram a Vila de São Vicente.

Antes do engenho, o Porto das Naus consistia em um atracadouro de madeiras em estacas, que foi instalado oficialmente por Martim Afonso de Sousa em 1532, mas que desde 1510 já era utilizado por Antônio Rodrigues e João Ramalho, o "Bacharel de Cananeia".

Em 1540, o porto perdeu a importância. Foi quando o chamado "maremoto" destruiu a antiga vila e assoreou a entrada da barra da baia de São Vicente, tornando-a inavegável para embarcações de grande porte.

O historiador da Prefeitura de São Vicente, Marcos Braga, afirma que o achado tem grande importância histórica, porque até então não havia provas materiais da existência do engenho. "Os documentos que existem são generalistas, dizem que Jerônimo Leitão construiu um trapiche, uma capela (Nossa Senhora das Naus) e a casa de purgar, mas os relatos não descrevem o engenho e não há desenhos, pinturas, fotografias ou plantas", afirma.

As escavações no Porto das Naus começaram em maio do ano passado e os tanques são a primeira grande descoberta do projeto, realizado pelo Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas (Cerpa) em parceria com a Prefeitura de São Vicente.

Segundo Gonzalez, que dirige o Cerpa, o Porto das Naus tem potencial arqueológico para dez anos de escavações. "Tem toda a área do entorno, do morro, e as escavações subaquáticas, mas que custam mais caro e para realizá-las precisaremos de parceiros", disse o arqueólogo, que acredita que embaixo do mar possam ser encontradas embarcações, ferramentas e equipamentos bélicos.

As ruínas ficam em área de mil metros quadrados, bem próximas à Ponte Pênsil, e são tombadas pelos órgãos de patrimônio municipal e estadual e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "Havia vários desses pequenos engenhos no litoral paulista, mas esse é o primeiro de que temos comprovação. Temos o engenho dos Erasmos, em Santos, mas era um engenho real, movido por rodas de água, não por força animal como o do Jerônimo Leitão", explica o arquiteto do Iphan Victor Hugo Mori. (AE)



Dilma dá largada amanhã a construção de submarinos


A presidente Dilma Rousseff vai conhecer amanhã, no litoral fluminense, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, ProSub, um empreendimento avaliado em 6,7 bilhões de euros. Dilma vai fazer o corte simbólico da primeira chapa da Seção de Qualificação do navio, que inicia a série de quatro unidades do tipo Scórpene, de tecnologia francesa, os quais precedem o modelo pesado, de propulsão nuclear.

Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, “as duas plataformas são interdependentes. Para chegar à classe SN-Br, atômica, será preciso desenvolver os S-Br, que usam motores diesel-elétricos”. Cada Scórpene custa cerca de 400 milhões de euros. As entregas começam em 2016. A chapa não vai fazer parte do submarino. Servirá para treinar pessoal e, depois, vai virar monumento.

A presidente visitará o enorme canteiro das obras de um novo estaleiro e nova base de operações em construção em Itaguaí, na baia de Sepetiba, ao lado das instalações da Nuclep, o complexo industrial da estatal Eletronuclear. Ela chega de helicóptero, às 16 horas. Ouve uma palestra de 20 minutos a respeito do ProSub e depois recebe de uma funcionária, soldadora, uma maquete do navio.

O plano de longo prazo da Marinha, que se estende até 2047, contempla uma frota de 6 submarinos nucleares e mais 20 convencionais, 15 novos e 5 revitalizados. Com seus torpedos e mísseis, será a mais poderosa força dissuasória do continente. (AE)

Fogo consomiu 60 hectares de Vila Velha

Cerca de 60 hectares de vegetação do Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (Campos Gerais), foram consumidos por um incêndio na tarde de ontem. Homens do Corpo de Bombeiros e da Brigada de Incêndio da unidade de conservação levaram quatro horas para conter os focos. A área queimada tem o tamanho aproximado de 60 campos de futebol e equivale a 1,92% do parque, que tem 3.122 hectares.

O fogo começou perto do acostamento da BR-376, a cerca de três quilômetros da portaria da unidade. O Corpo de Bom­beiros suspeita de que o incêndio tenha iniciado com um cigarro aceso jogado na mata seca. O incêndio se alastrou por Furnas e quase atingiu a área da Lagoa Dourada, mas passou longe da região dos Arenitos, onde fica a central de visitação turística. As chamas chegaram à margem da estrada interna do parque que separa Furnas e os Arenitos.

Se o vento levasse fagulhas para o outro lado da estrada interna, a situação ficaria preocupante, disse o cabo do Corpo de Bombeiros, Sandro Luiz Copla. “Aí seria pior porque a mata está muito seca. Teríamos que chamar mais equipes”, completou. Quatro equipes, com 12 bombeiros, chegaram ao local por volta das 12h30 e só saíram às 16h30. Muitas pessoas que passavam pela rodovia ligaram ao serviço ao avistarem a fumaça.

Esse foi o primeiro incêndio de grandes proporções registrado neste ano no parque. Na tarde do último domingo já haviam sido registradas, também na região de Furnas, alguns focos que foram extintos pelos bombeiros.

O tempo seco na região contribuiu para que o fogo se alastrasse. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, o índice de umidade do ar foi de 41,3%, ontem à tarde, em Ponta Grossa. “O ideal é em torno de 50% a 60%”, explicou o meteorologista Paulo Barbieri. Embora a previsão seja de chuva para o próximo domingo, o Simepar registra médias baixas de umidade em todo o estado. O clima mais seco foi registrado ontem em Assis Chateaubriand, no Oeste do estado, que teve 23,4% de umidade, ao passo que Antonina, no litoral, teve o clima mais úmido, com taxa de 89%.

Segundo o tenente Bruno José Guedes Fidalgo, que comandou o combate ao incêndio em Vila Velha, além do tempo seco, que favorece as queimadas, outro fator que contribui para as ocorrências é a imprudência das pessoas, que jogam cigarros na beira da rodovia ou colocam fogo em terrenos baldios.

Entre o começo do ano e ontem, o Paraná registrou 4.191 ocorrências de incêndio ambiental, segundo o Corpo de Bom­beiros. O número é 2,7% menor que o do mesmo período do ano passado, quando aconteceram 4.307 queimadas. A Região Norte concentra a maioria dos casos. Somente neste ano, Ma­­ringá teve 967 casos e Londrina, 853. Ponta Grossa está em terceiro lugar, com 488 incêndios ambientais. “É preciso que as pessoas se conscientizem e evitem as queimadas”, disse o tenente. (GP)


Graciosa tem trecho histórico revitalizado



Um trecho histórico da Estrada da Graciosa, via de ligação do século 19 entre Curitiba e as cidades de Morretes e Antonina, no litoral paranaense, acaba de ter sua nova pavimentação concluída. Em pouco mais de dois anos de obras e com investimento de R$ 17,6 milhões, 20 quilômetros da rodovia agora contam com intervalos de asfalto e outros de paralelepípedos. O trecho reformado sai de Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, e segue até a PR-410, local mais conhecido da Estrada da Graciosa, que também tem acesso pela rodovia Régis Bittencourt (BR-116). Com a obra, agora todo o caminho da antiga Estrada da Graciosa se encontra pavimentado.

A verba para a obra foi disponibilizada pelo Programa Regional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), órgão do Ministério do Turismo, diante do pedido do município, que enxerga potencial de atração de visitantes devido ao apelo histórico e ambiental do lugar. A reinauguração da estrada estava prevista para hoje, com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), e do ministro do Turismo, Pedro Novaes (PMDB). O encontro, no entanto, foi cancelado devido a compromissos de agenda dos dois ministros.

Restauração

As melhorias na estrada foram acompanhadas da restauração de trechos que buscaram manter as características originais da via. O mesmo aconteceu com pontos históricos do local, como a centenária ponte do Rio Taquari, que também passou por reformas. Além disso, foram construídos oito quilômetros de ciclovias que acompanham parte da estrada.

“Tentamos dar melhores condições à estrada e, ao mesmo tempo, manter algumas de suas características históricas. A questão do meio ambiente também foi levada em conta, lembrando que lá estão áreas de preservação da Mata Atlântica”, afirma o prefeito de Quatro Barras, Loreno Tolardo (PDT).

Ele lembra que as obras finalizadas fazem parte de um projeto maior, que inclui a construção de um núcleo de atendimento a turistas e novos postos da Polícia Rodoviária Estadual e da Polícia Ambiental Força Verde. Há ainda a intenção de construir sete pontos temáticos ao longo da estrada, que devem lembrar a história da família real e sua passagem pelo local no final do século 19. Com o projeto concluído, a prefeitura espera renomear o trecho, que passaria a se chamar Real Estra­­da Parque da Graciosa.

Na estimativa do secretário de programas estratégicos do município, Ronaldo Loures Rocha, as novas obras irão custar de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões e devem contar com parcerias do governo estadual. Todo o projeto das novas obras já está concluído, mas ainda não há prazo para o início das construções.

Contorno

Já um trevo de acesso à estrada pelo Contorno Leste, teve sua instalação iniciada em abril, de acordo com a prefeitura de Quatro Barras. O projeto está sendo conduzido pela Autopista Litoral Sul, concessionária que administra a rodovia do Contorno Leste. O investimento é de R$ 4,2 milhões. (GP)

Brasileiro é muito "bonzinho": Justiça do Rio concede redução de pena para Cacciola

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu hoje uma redução de pena ao ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público. Pela decisão da juíza Roberta Barrouin Carvalho, da Vara de Execuções Penais, a pena fica encurtada em um quarto.

Com a redução, o ex-dono do Banco Marka terá cumprido um terço dos 13 anos de prisão a que foi condenado originalmente, o que abre caminho para um pedido de livramento condicional, regime no qual ele cumpriria em liberdade o restante de sua condenação. Em sua decisão, a juíza afirma que "o apenado, primário, cumpriu um quarto da pena em 7 de novembro de 2010 e não foi punido por falta grave ao longo de todo o ano de 2010, respectivamente".

O Ministério Público Estadual (MPE) do Rio já havia se manifestado contrário à redução da pena do ex-banqueiro. Em março, o MPE conseguiu impedir um pedido anterior de redução de pena de Cacciola feita pelos advogados de defesa. (AE)

O ex-dono do Banco Marka está preso desde setembro de 2007, quando foi capturado no Principado de Mônaco pela Interpol. Atualmente, ele cumpre pena em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. O pedido de comutação foi solicitado pelos advogados de defesa com base no decreto presidencial 7.420, de dezembro do ano passado, que reduz em um quarto a pena de condenados com mais de 60 anos que não tenham praticado crimes hediondos. Em janeiro, Cacciola completou 67 anos.

 
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