
Centímetro a centímetro, os gigantescos painéis que compõem Guerra e Paz, de Candido Portinari, voltam a ganhar tons originais. Com pincéis, tubos de ensaio e um microscópio eletrônico, restauradores tentam reverter no Rio efeitos da exposição ao sol, desgastes provocados por um pigmento misterioso e até respingos de coquetéis servidos na sede da ONU, em Nova York, onde a obra ficou por 54 anos.Serão necessários quatro meses para a recuperação minuciosa das 28 peças que compõem os murais, de 140 m² cada. No ateliê montado no Palácio Gustavo Capanema, aberto à visitação até 20 de maio, o público poderá ver de perto um trabalho que envolve análises químicas, soluções tecnológicas e técnicas aparentemente rudimentares, como o uso de esponjas...