sábado, 27 de novembro de 2010

Osmar: "nunca vi tanta traição numa campanha"

Calado desde que perdeu a eleição para o governo do Estado, o senador Osmar Dias deu entrevista ao site G1 e falou em traições sofridas durante as eleições. Depois de perder em 2006 para Requião por uma diferença de 10 mil votos, nesta, Osmar fez aliança com o partido do ex-governador e aponta traições na legenda.

“Foi decepcionante porque nunca vi tanta traição numa campanha. O PMDB teria eleito seis deputados se não fosse a minha candidatura. Elegeu 13. Só que eu não tive o apoio de 30% dos deputados do partido. Eles apoiaram o outro candidato”, aponta. A partir do ano que vem, Osmar voltará a se dedicar às propriedades rurais que possui e diz que ainda não pensou em projetos para 2012 ou 2014.

“A lição que eu tiro é que a gente deve confiar nas próprias convicções. Eu tinha a convicção de que seria traído da forma que fui durante a campanha. A gente deve levar adiante as convicções que tem e não acreditar em Papai Noel.”

O senador agora espera “reconhecimento” por parte da presidente eleita Dilma Rousseff na montagem do governo. “Antes da campanha, eu tinha um projeto de ser candidato ao Senado e tinha uma eleição certa. Mas esse projeto foi alterado em função da pressão do meu partido e do governo para que fosse candidato a governador e, dessa forma, oferecesse um palanque forte para a Dilma”, expõe.

“Se eu disser que não espero que haja um reconhecimento desse esforço que foi feito, não estaria sendo sincero. Mas não vou cobrar porque acho que é do arbítrio da presidente eleita fazer as escolhas. Não vou entrar nesse jogo de cobrança porque nunca fez parte do meu jeito de fazer política e não vai ser agora que vou fazer isso.”

Termina o prazo para traficantes se entregarem e polícia fecha os acessos ao Complexo do Alemão


Mister M, braço direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão

G1

Desde que a Estrada do Itararé foi fechada por voltas das 16h, os policiais estão impedindo os moradores de entrar no Complexo do Alemão. O próprio comandante do Batalhão de Choque, Waldir Soares Filho, está abordando os moradores nas estradas próximas à Rua Joaquim Queiroz e explicando que até segundo ordem, por motivos de segurança, ninguém terá acesso ao complexo.

Recomeça o tiroteio no Complexo do Alemão e traficantes atiram no helicóptero da polícia.

Novos disparos foram ouvidos no Complexo do Alemão, por volta das 19h20m deste sábado. Há uma grande movimentação de policiais no local. Um blindado do exército está posicionado na entrada da Rua Joaquim Queiroz, um dos acessos à favela. Apenas policiais e militares passam pela Estrada do Itararé, que está fechada desde as 16h. Os policiais estão impedindo os moradores de entrar na comunidade. O próprio comandante do Batalhão de Choque (BPChoque), Waldir Soares Filho, está abordando os moradores nas estradas próximas à Rua Joaquim Queiroz e explicando que até segundo ordem, por motivos de segurença, ninguém terá acesso ao complexo.

Dois micro-ônibus com 40 detidos está seguindo para a 21ª DP (Bonsucesso). Segundo informações da polícia, até agora, 31 bandidos do Complexo da Penha e do Alemão se entregaram. Desses, apenas um menor de 16 anos confessou, após ser abordado por policiais do BPChoque, que fazia parte do tráfico de drogas. Ele afirmou ainda que é primo do traficante traficante Paulo Rogério de Souza Paes, o Mica, ou MK, um dos chefes do tráfico da região.

O rapaz estava desarmado e disse que ocupava a função de fogueteiro. Após ser brevemente interrogado, ele confessou que queria abandonar a vida no crime porque temia a morte.

Durante a tarde, o traficante Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como Mister M , braço direito do chefe do tráfico no Complexo do Alemão, se entregou. Ele já foi apresentado na 6ª DP (Cidade Nova).

Mister M era o braço direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão. Mister M é acusado de, em 2008, ter participado da morte de Antônio Ferreira, o Tota, que até então controlava o tráfico na favela.

Segundo o relações públicas da PM, coronel Lima Castro, o prazo para que os criminosos se entreguem termina no fim do dia, "assim que o sol se puser".

Por volta das 17h30m, recomeçou o tiroteio no Morro do Alemão. Os traficantes atiraram no helicóptero da Polícia Civil, que sobrevoa a área em busca de esconderijos do tráfico. Uma confecção, que fica ao lado de um bar, foi atingida pelos tiros, provocando um incêndio. Dentro do bar, que também pegou fogo, havia um homem desacordado que foi socorrido por moradores.

Já na favela Nova Brasília, também no Complexo do Alemão, policiais do Batalhão de Choque atiraram uma bomba de efeito moral contra um grupo de cinco criminosos. Os traficantes estavam no interior de uma casa de dois andares, na rua Antônio Austragésimo, e fugiram logo em seguida.

Os confrontos começaram por volta das 17h. policiais civis apóiam a operação na mesma rua. O clima de terror impede que moradores transitem pelas ruas e fujam para locais seguros.

Polícia Rodoviária Federal está realizando uma operação na Ponte Rio-Niterói, após a praça do pedágio. Segundo a PRF, a fiscalização tem por objetivo evitar a passagem de suspeitos e criminosos pelo local. Somente duas pistas estão abertas à passagem de veículos.

Mais dez presos do Rio de Janeiro chegam ao Paraná


AE

Dez presos, suspeitos de terem dado ordens para os ataques a ônibus e carros no Rio de Janeiro, foram transferidos hoje para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, a cerca de 500 quilômetros de Curitiba.

O avião da Polícia Federal que os conduziu chegou por volta no início desta tarde ao Aeroporto de Cascavel. De lá, os dez presos, cujos nomes não foram revelados, seguiram em um carro do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) até Catanduvas, distante cerca de 60 quilômetros, sob forte escolta policial.

Esta é a segunda transferência de presos do Rio de Janeiro para o Paraná desde que começou a onda de ataques. Na quarta-feira, outros dez presos haviam chegado. Mas 13 também deixaram o complexo, entre eles os traficantes Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco. Eles foram levados para a Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Com capacidade para 208 presos, Catanduvas está agora com 159.

Sexta-feira, duas mulheres de presos de Catanduvas que estavam em uma delegacia da Polícia Civil de Cascavel foram levadas para a Polícia Federal em Foz do Iguaçu. Pela manhã, elas foram novamente transferidas para local não divulgado por questão de segurança. Elas são acusadas de, em meados de outubro, terem tentado passar bilhetes para os chefes de facções criminosas do Rio de Janeiro detidos em Catanduvas, em que traficantes pediam orientações para promoverem violência.

Maiores bancos da Irlanda serão estatizados

Andrei Netto e Jamil Chade/AE

Em troca do socorro governamental, todos os cinco maiores bancos da Irlanda serão total ou parcialmente nacionalizados, com participações que vão de 51% a 100%.

A estimativa vem sendo feita por analistas econômicos da agência Fitch e por autoridades do país. Já socorridos com € 46 bilhões no auge da crise, em 2008, o sistema financeiro da Irlanda deverá receber uma nova injeção de recursos, prevista em cerca de € 12 bilhões, em análises otimistas.

Todo o oligopólio do sistema financeiro irlandês está incluído. Já detentor de 100% das ações do Anglo Irish Bank desde 2009 – quando a instituição foi nacionalizada em troca de um empréstimo de € 30 bilhões, equivalente a 20% do PIB do país -, o governo de Brian Cowen também deve superar os 90% de ações no Allied Irish Bank (AIB), do qual hoje detém 18% dos títulos. Além dos dois, o Estado também deve assumir o controle do Bank of Ireland, elevando sua participação acionária dos atuais 34% para mais de 50%.

AIB e Bank of Ireland perderam 80% de seus valores de mercado nas bolsas de valores desde a eclosão da falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008. As três instituições dividem o mercado de 4,4 milhões de clientes do país. Dois outros bancos de financiamento imobiliário, o EBS e o Irish Nationwide (INBS) também já são controlados pelo poder público, que detém 51% das ações das duas empresas.

A nacionalização, entretanto, vai custar caro à Irlanda. Só o AIB pode receber até € 7 bilhões dos € 85 bilhões em recursos prometidos pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). E nem a injeção de recursos é capaz de garantir a perenidade da instituição. Desde janeiro, o banco já perdeu € 13 bilhões em depósitos de seus clientes.Levantamento da agência de risco Moody's avalia a necessidade de recapitalização dos bancos irlandeses entre € 8 bilhões e € 12 bilhões

Alimentos e serviços devem manter a inflação alta pelos próximos 5 meses

Márcia De Chiara/AE

SÃO PAULO - O brasileiro terá de enfrentar pelo menos cinco meses de inflação alta pela frente. No rol dos aumentos de preços previstos para a virada do ano estão os reajustes das mensalidades escolares, das passagens de ônibus e dos aluguéis, todos numa faixa que deve superar 7%, além da forte pressão dos alimentos que deve continuar até a entrada da safra de grãos, marcada para o fim do primeiro trimestre.

A inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou outubro em 5,2%, pode passar de 6% em dezembro, janeiro e fevereiro, preveem economistas. Se confirmado, o resultado acumulado pode superar no período, em mais de um ponto e meio porcentual, o centro da meta de inflação (4,5%).

As projeções de inflação para os próximos meses foram revistas para cima na semana passada pelo mercado, depois que o IPCA-15, prévia da medida oficial de inflação, superou as expectativas e atingiu 0,86% em novembro. Metade desse resultado veio da alta dos alimentos, que não deve dar trégua até março. Normalmente, em janeiro e fevereiro, a alta dos alimentos ganha força com a elevação dos preços das hortaliças afetadas pelas chuvas de verão. Só que esse fator sazonal pode agravar um quadro que já não é favorável.

Risco. A comida é considerada o maior fator de risco da inflação para 2011. Mesmo assim, o grande foco de pressão para manter a inflação em níveis elevados está nos preços dos serviços, que já vêm ao longo deste ano sendo sustentados pelo aumento do emprego e da renda, que mantêm o consumo aquecido.

Combustível para essa demanda existe. Em outubro, a taxa oficial de desemprego atingiu 6,1%, a menor marca desde 2002, o início da série histórica. E a renda média real do brasileiro cresceu 6,5% na comparação com outubro de 2009, a maior expansão anual desde junho de 2006.

"A maior pressão inflacionária para 2011 está nos preços livres (alimentos e serviços), mesmo com a alta de 10% do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) acumulada em 2010", afirma a economista do Banco Santander, Tatiana Pinheiro.

O IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é usado total ou parcialmente como indexador de vários contratos privados, como aluguéis e mensalidades escolares, e preços administrados, como tarifas de energia e de pedágio, por exemplo. Em 2009, o indicador fechou o ano com deflação de 1,7%. Isso fez com que alguns preços balizados pelo indicador não tivessem reajustes este ano.

Mas, para 2011, o cenário é diferente. O IGP-M subiu 10,29% até a segunda prévia de novembro, o que chancela reajustes significativos no curto prazo dos preços regidos por esses contratos. "O efeito da indexação será mais forte em 2011 do que foi neste ano", prevê o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele pondera que essa pressão da indexação sobre os preços pode ser compensada parcialmente se o governo optar por não aumentar o salário mínimo acima da inflação.

Sem alívio. "Não vejo nada que alivie a inflação nos próximos meses. Dezembro vai ser complicado para a inflação, porque o consumidor tem mais renda no bolso", diz o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Antonio Evaldo Comune. Ele prevê que o ano comece forte, com inflação mensal na casa de 1%, já contando com reajustes das escolas, das tarifas de ônibus e do imposto predial.

Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, calcula que o IPCA suba, em média, 0,80% ao mês entre novembro e fevereiro. "Vai ser um começo de ano complicado para a nova diretoria do Banco Central." Ele atribui a maior parte da aceleração da inflação à disparada do preço dos alimentos.

"De meados para o fim de outubro, fui surpreendido por um fôlego adicional no preço das commodities agrícolas. E, com os dados da segunda prévia do IGP-M de novembro, ficou claro que podemos ter um início de ano com potencial de alta de preços dos alimentos no varejo", diz Quadros, da FGV.

Mais da metade do IGP-M (60%) vem da variação dos preços no atacado, entre os quais estão os produtos agropecuários, que subiram 4,65% na segunda prévia deste mês. O IGP-M é uma espécie de indicador antecedente e indica o que deve ocorrer com os preços ao consumidor nos meses seguintes.

O movimento de alta dos preços das matérias-primas no atacado, na segunda prévia de novembro, não se trata, segundo Quadros, de algo pontual. O preço da soja, carnes bovina e suína, rações, fertilizantes, metais, como alumínio, níquel e zinco, e produtos petroquímicos estão acelerados. Ele destaca que a alta das matérias-primas este ano está relacionada com uma reação às quedas ocorridas no fim de 2008 e parte de 2009 por causa da crise.

Panamericano afeta outros bancos

Leandro Modé/AE

SÃO PAULO - Os bancos de pequeno e médio porte ainda sofrem os efeitos dos problemas no Panamericano. Custo de captação mais alto, ações desvalorizadas e preço de títulos de dívida emitidos no exterior em queda estão entre os indicadores que mostram que a confiança do investidor nesse segmento ainda não foi plenamente restaurada. Especialistas avaliam, no entanto, que a confiança será recuperada em breve. Argumentam, sobretudo, que o Panamericano foi um caso isolado.

"Sem dúvida, há uma aversão a risco maior no mercado como um todo por causa do choque do Panamericano", afirma o diretor executivo e de Relações com Investidores do Banco Daycoval, Morris Dayan, recorrendo a um jargão da área financeira que indica um momento de cautela. Segundo a mais recente estatística do Banco Central (BC), o Daycoval é o 30.º maior banco brasileiro pelo critério de ativos (R$ 8,7 bilhões em junho de 2010).

"Os preços deram uma piorada natural, mas acreditamos que, entre duas e quatro semanas, o mercado estará normalizado", completa o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC, entidade que reúne instituições de menor porte), Renato Oliva.

O impacto mais forte, até o momento, não se deu apenas no custo de captação via Certificado de Depósito Bancário (CDB), como muitos esperavam. Ocorreu também na venda de carteiras de crédito para instituições de maior porte.

Bancões. Um banqueiro que pediu para não ser identificado explica que, antes do caso Panamericano, os bancões (como Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) costumavam cobrar CDI (taxa de juros de referência do mercado financeiro) mais 4% ao ano para comprar carteiras de instituições de menor porte. Agora, não o fazem por menos de CDI mais 7,5% ao ano.

Não é difícil explicar por quê. As investigações do Banco Central (BC) para apurar o rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano apontam para problemas na contabilização das carteiras de crédito cedidas a outras instituições. Ou seja, o negócio ficou mais arriscado. Se tem mais risco, custa mais caro.

Os ex-diretores do banco de Silvio Santos vendiam algumas dessas carteiras para outras instituições, mas não as tiravam do balanço. Continuavam computando como do Panamericano ativos que já haviam sido passados para outras instituições, inflando os resultados do banco.

No caso dos CDBs, Oliva, que também preside o Banco Cacique, diz que há uma tentativa de reajuste por parte dos investidores. Na média, afirma, os bancos menores costumavam pagar entre 105% e 107% do CDI para captar dinheiro via CDB. "Muitos investidores estão querendo levar para a casa de 110%, mas a aceitação desse valor depende da necessidade de recursos de cada tomador", observa.

Riscos. Outro termômetro que mede a disposição dos investidores em assumir o risco de aplicar nos bancos menores é a taxa de retorno embutida em papéis vendidos por essas instituições no mercado internacional. Nesse quesito, um dos que mais sofreram até agora foi o BMG (especializado em crédito consignado em folha de pagamento).

A taxa de retorno (yield, em inglês) de papéis do banco negociados no exterior saiu de 7,4% ao ano no fim de outubro para 8,5% logo depois que o rombo do Panamericano foi anunciado, na segunda semana de novembro. Quinta-feira, estava em 8,4%. Esses porcentuais são definidos com base no preço do papel. Se o preço cai (por demanda menor), o rendimento (fixo, determinado por contrato) aumenta. Se sobe o preço, ocorre o oposto - a remuneração cai.

Por fim, as ações de bancos - não apenas dos pequenos, diga-se - ainda não se recuperaram do baque do Panamericano. Entre o início de novembro e sexta-feira, os papéis do Sofisa, por exemplo, perderam 7%. Os do Daycoval, 4,49% e os do Bicbanco, 5,77%. Em igual período, as ações do Itaú se desvalorizaram 3,59%, as do Bradesco, 2,33%, e as do Banco do Brasil, 0,67%.

O analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu, pondera que os efeitos negativos foram potencializados pela piora do cenário internacional - em decorrência da crise da Irlanda e das ameaças que pairam sobre Portugal e Espanha.

Investigações. Ainda assim, reconhece que os investidores levarão um tempo para absorver o golpe do Panamericano. A situação só ficará realmente clara, argumenta, quando o tamanho do rombo - e sua origem - forem finalmente conhecidos. O BC, o Ministério Público e a Polícia Federal investigam o caso.

Dayan, do Daycoval, vai na mesma linha. Para ele, a tensão só se dissipará de vez quando o balanço do 3.º trimestre do Panamericano for divulgado.

Os números devem revelar o tamanho exato do buraco. A nova diretoria do Panamericano promete divulgar o balanço até o próximo dia 15.

PROIBIDÃO, A MÚSICA MARGINAL DO CV:















Bastidores da Operação no Complexo do Alemão





Polícia dá ultimato a criminosos antes de invasão ao Alemão

Complexo do Alemão

A polícia do Rio de Janeiro, que desde sexta-feira mantém um cerco ao conjunto de favelas do Alemão com veículos blindados e 800 homens do Exército, deu um ultimato neste sábado aos criminosos que se refugiam no local, após uma onda de violência que deixou ao menos 46 mortos na cidade nos últimos dias.

"Nós estamos a postos para invadir o Complexo do Alemão a qualquer momento. É melhor eles se renderem agora e levantarem as armas enquanto é tempo, porque quando a gente invadir vai ser mais difícil. Estamos do lado de fora por pouco tempo," avisou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, em entrevista coletiva.

"Não existe a menor chance de os traficantes terem êxito nessa guerra do Alemão. Os bandidos têm a chance de se entregar agora. Estamos chegando nos momentos finais para entrar no Alemão... Eles devem se entregar agora e ter o tratamento que a lei lhes garante," acrescentou o coronel, que também fez um pedido aos moradores da comunidade para não saírem às ruas em caso da invasão das forças de segurança.

A Polícia Militar informou que foi preparado um local determinado dentro da favela para que os homens se entreguem, com as armas sobre a cabeça, de forma a impedir a invasão dos policiais.

Mister M se entrega

Um criminoso, conhecido como Mister M, se entregou à polícia na tarde deste sábado. A informação é do delegado-adjunto Luiz Henrique Ferreira, da 6ª DP (Cidade Nova). Segundo Ferreira, Mister M seria o segurança do traficante Pezão, que é um dos chefes do tráfico no Alemão e teria contado com o apoio da mãe na negociação para se render.

Policiais da 6ª DP foram ao Alemão buscar o preso, que já está na detido na delegacia.

Mister M é acusado de ser um dos executores do ex-chefe do Alemão, Tota. A ordem teria partido do traficante Marcinho VP.

Diretor de ONG Afroreggae é chamado para mediar conflito

Os traficantes cercados no Complexo do Alemão enviaram mensagens ao mediador de conflitos e coordenador do Afroreggae, José Júnior, para iniciar algum tipo de conversação antes da invasão da polícia. José Júnior está agora no Complexo do Alemão disposto a negociar uma rendição com os traficantes para evitar o elevado número de mortes que se espera em um eventual combate. Pelo Twitter José Júnior colocou algumas informações sobre como está a situação no Alemão. Há pouco ele tuitou que alguns traficantes começaram a se entregar.

 
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