sábado, 19 de março de 2011

França diz que EUA estão coordenando ataque à Líbia


Um alto funcionário do governo francês disse que os ataques aéreos contra a Líbia estão sendo coordenados a partir da sede do comando militar norte-americano na Alemanha. "Esta é uma operação multilateral coordenada pelo comando das forças dos EUA na Europa, que está baseado em Stuttgart, na Alemanha", afirmou o funcionário, que pediu para não ter seu nome revelado.

O governo dos EUA tem procurado minimizar seu próprio papel na coalizão que está intervindo na guerra civil líbia e destacar que os ataques iniciados hojes estão sendo levados a cabo por uma coalizão multinacional.

Segundo o funcionário francês os EUA estão coordenando as ações militares com centros operacionais da França, em Lyon, e do Reino Unido, em Northwood. (Dow Jones)

Kadafi diz que Mediterrâneo se tornou campo de batalha e ameaça civis

Muamar Kadafi, ameaçou mais uma vez atacar alvos civis e militares fora da Líbia e disse que o Mar Mediterrâneo se tornou um campo de batalha. Ele prometeu reagir à operação Alvorada da Odisseia, lançada pela coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Canadá e Itália para implementar a resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Vamos abrir o depósito de armas", disse Kadafi. Ele convocou todos os líbios a defender o país da "segunda cruzada do Ocidente", em uma referência à invasão de Jerusalém por europeus na Idade Média.

Mais cedo, um porta-voz do governo líbio condenou os bombardeios. "Esta agressão é bárbara. Aceitamos a resolução e anunciamos um cessar-fogo. Mas isso não irá debilitar o nosso espírito", disse.

A televisão estatal líbia divulgou que os ataques aéreos da coalizão internacional atingiram áreas civis em Trípoli, matando a população local. Os bombardeios também teriam atingido tanques de depósito de combustível em Misrata.

A rede também afirmou que uma das aeronaves francesas que participam da intervenção foi derrubada pelas forças do líder líbio Muamar Kadafi. As notícias, no entanto, não puderam ser confirmada por nenhuma outra fonte independente. (AGêNCIAS)

Todo arrogante, o Obama que "tomou Omo para ficar mais branco", em nada parece com os dignos representantes negros das tribos do rio Omo

Membro de tribo do rio Omo
Na maior cara de pau o Obama Omo, além de estando em uma terra estrangeira ter anunciado a autorização de ataque ao território da Líbia, disse que "agora chegou o futuro ao Brasil". Esperamos é que não seja a mesma "modernidade democrática" que um dia o embaixador norte americano Lincoln Gordon um dia nos trouxe ao ser o principal articulador do golpe de 64.

O medo que o todo poderoso governo norte americano sente em relação aos povos abaixo da linha do equador se torna desrespeito ao seu esquema de segurança ocupar militarmente o Palácio do Planalto, sede do nosso poder e símbolo da nossa soberania.


Mercadante não é o lambe botas Otávio Mangabeira

No Planalto sitiado, além dos empresários, os maiores representantes da nossa economia, terem de passar pelo mico de serem apalpados por estrangeiros o mesmo aconteceu com o ministros, que tiveram de reagir a tal ato de invasão de privacidade dentro do próprio espaço de trabalho, pois o planalto não é nenhum valhacouto para assassinos estrangeiros. Estes, protestando não aceitaram a situação,e logo depois, com a ocorrência de mais um incidente abandonaram o local onde ocorreria a Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos. Os ministros Guido Mantega (Fazenda), Edison Lobão (Minas e Energia), Aloizio Mercadante (Ciências e Tecnologia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) tiveram a dignidade, como verdadeiros dignatários símbolos da nossa soberania, de não permanecer no evento para assistir o "aguardado" discurso do presidente dos EUA.

O que piorou a já denigrente situação foi ao chegarem ao auditório verem que o desrespeitoso presidente da seção americana do Conselho Empresarial Brasil-EUA, John Faraci, subir ao palco e começar a falar em inglês. O clima que já estava péssimo entre os ministros piorou. Mantega, Mercadante, Lobão e Pimentel levantaram e foram embora.

O velhaco "pai João gringo" e seus subordinados, espaçosos, folgados, até pareciam os anfitriões e a dona Dilma a mestre de cerimônias. Esperto foi o Lula que não se sujeitou a pagar tal mico.

Na nossa história já nos humilhou demais o ato leniente obsceno promovido no passado pelo Otávio Mangabeira ao beijar a mão do general norte-americano Dwight Eisenhower, mas agora vemos ocorrer algo diferente, pois o exemplo dado, em primeiro pelo Aloizio Mercadante e seguido pelos outros nossos dignatários, nos fazem acreditar que um dia ainda seremos de fato soberanos, donos do nosso destino!

Havia sido firmado um acordo com a Casa Branca para que os ministros não fossem revistados quando chegassem ao local da realização do encontro, mas a tropa de choque do Obama, com a arrogância dos que estão a serviço do Império, não o respeitaram.

Abaixo o desrespeito e a quebra de protocolo por parte dos "gringos capitães de mato" e viva a dignidade dos povos das tribos do rio Omo, dos que são negros de verdade e nunca traíram as suas raízes!

Com chuva bairro de Antonina pode ruir, dizem técnicos


Uma semana depois das fortes chuvas que atingiram o litoral do Paraná, técnicos e geólogos ainda trabalham na análise da estrutura das casas que foram rachadas ou destruídas. No município de Antonina, um bairro inteiro, o Portinho, onde havia mais de mil casas, pode estar comprometido.

Toda a região é considerada frágil, de acordo com análise do geólogo da empresa Minerais do Paraná (Mineropar), Diclécio Falcade, e por isso o trabalho é feito de maneira criteriosa. A equipe dos geólogos sobrevoou a região nesta sexta-feira. “O bairro fica entre a encosta de um morro e a rua que fica um pouco acima do nível do mar, onde há várias rachaduras”, explica o geólogo. Não há previsão de quando os laudos de infraestrutura devem ser concluídos.(iG Paraná)

Tsunami teve 23 metros de altura, diz instituto japonês


O tsunami que devastou o nordeste do Japão na sexta-feira passada, logo após o terremoto de 9 graus, teve uma altura de pelo menos 23 metros, de acordo com um instituto japonês de pesquisas, entrevistado pelo diário Yomiuri. O Instituto de Pesquisas Portuárias e Aeroportuárias gravou a passagem do tsunami destruidor pela cidade de Ofunato, na prefeitura de Iwate.

O maior tsunami já registrado a atingir o Japão ocorreu em 1896, após outro grande terremoto submarino acontecer perto da costa. A onda gigante teve 38,2 metros de altura.

O estudo foi conduzido com o uso de GPS e instrumentos de medição. A Autoridade de Informação Geo espacial do Japão disse que pelo menos 400 quilômetros quadrados de território foram inundados pelo tsunami de 11 de março. Segundo a polícia do Japão, até agora o número de mortos na tragédia chega a 6.911, sendo que 10.692 pessoas ainda estão desaparecidas. (Dow Jones)

Mutirão vai refazer documentos de desabrigados no Paraná


A população atingida pelas chuvas no Litoral vai poder refazer os documentos perdidos e cancelar as faturas de luz e água com auxílio de um mutirão. Um levantamento da Defesa Civil aponta que cerca de 16 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no Litoral.

A ação, que deve começar na próxima semana, está sendo organizada pela Secretaria de Relações com a Comunidade, que conta com os parceiros do programa Paraná em Ação para programar o mutirão. Entre os parceiros estão o Instituto de Identificação e o Instituto de Registro Civil de Pessoas Naturais do Paraná (Irpen).

Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo, o diretor-geral do Instituto de Identificação, Nilton Tadeu Rocha, garantiu agilidade na emissão dos documentos. Ele explica que os registros feitos a partir de 1994 estão microfilmados, o que facilita a emissão da carteira de identidade. Já os cadastros anteriores a essa data necessitam da apresentação da certidão de casamento ou nascimento. As segundas vias desses documentos serão solicitadas ao Irpen pelas assistentes sociais das prefeituras.

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) também vão cadastrar as residências destruídas e danificadas pelas chuvas para o cancelamento da emissão das faturas correspondentes.

Os locais de atendimento e a data para o início ainda não foram definidos. (GP)

Movimentos fazem ato contra imperialismo no domingo no Rio


Neste domingo, os movimentos sociais fazem uma manifestação contra as políticas imperialistas dos Estados Unidos, que tem como presidente Barack Obama, que visita o Brasil neste final de semana. A concentração será no metrô da Glória, a partir das 10h.

Nesta sexta-feira, às 16h, na Candelária, as entidades fazem uma passeata para convocar a sociedade para a atividade de domingo.

Mais de 20 organizações da classe trabalhadora, como o MST, lançaram um manifesto contra as políticas imperialistas dos Estados Unidos, que tem como presidente Barack Obama, que visita o Brasil neste final de semana.

"Os Estados Unidos vêm ao Brasil para negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do que leiloar as nossas riquezas. Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma de entrega das riquezas nacionais", afirma o manifesto.

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que reúne as principais entidades do movimento social brasileiro, também lançou uma nota, intitulada "É muita guerra para quem diz promover a paz".

“Mudou a retórica, aperfeiçoou-se a propaganda, mudaram alguns atores, mas sob a direção de Barack Obama a política externa do imperialismo norte-americano continua em essência a mesma”, avalia a CMS.

Abaixo, leia o texto do manifesto:

Obama, volte para casa!!!!

20 de março, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. Obama, tire as garras do Pré-sal!

Principal representante das políticas imperialistas e das guerras contra os povos oprimidos de todo o mundo, o presidente dos EUA chega ao Brasil para falar de “democracia e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se dirigir ao povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas populares, até então cenário exclusivo de grandes manifestações contra ditaduras e em respeito aos direitos humanos: a Cinelândia, no Rio.

O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas traiu uma de suas principais promessas de campanha, ao manter a prisão de Guantánamo, onde estão milhares de
pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento justo: no último dia 7, Obama revogou seu próprio decreto, permitindo que os presos de Guantánamo continuem a ser julgados por tribunais militares.

O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.

A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a visita de Obama?

Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora, a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo. A “Operação Líbia” pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás natural.

Depois da Palestina, Afeganistão e Iraque pretende uma nova guerra na Líbia. Que serviria aos mesmos interesses que levaram à invasão do Iraque, em 20 de março de 2003! Aliás, a escolha do “20 de março”, para fazer esse pronunciamento às massas, não acontece por acaso. Convocada no Fórum Social Mundial, nesta data estarão acontecendo manifestações em várias partes do mundo, em apoio às lutas dos povos oprimidos, contra as guerras que aprofundam a exploração dos ricos pelos pobres e que são movidas, exatamente, pelos Estados Unidos e pelos países da OTAN.

Também o Brasil, principal país da América Latina, não foi escolhido por acaso: eles estão de olho nas imensas riquezas do pré-sal e já falam em reativar a ALCA – uma proposta contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro e que já havíamos derrotado nas urnas, em plebiscito popular.

Os governos esperam a comitiva composta por dezenas de empresários norte-americanos que, junto à Obama, negociarão contratos preferenciais de energia e infraestrutura, muitos aproveitando a “oportunidade” de lucros com mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É dinheiro público sendo gasto sem licitações e com amplas denúncias de superfaturamento e desvios, veiculadas tanto pela grande imprensa quanto pelos Tribunais de Contas. Podemos aceitar isso?

O ministro Antonio Patriota espera que tais acordos coloquem o Brasil na condição de “igual para igual” com os EUA. Em troca o capital norte-americano gozará de amplas
vantagens em seus negócios no Brasil, com seus investimentos e lucros assegurados, dentre outras coisas, pelos financiamentos do BNDES à megaempreendimentos com participação de empresas transnacionais, com sede nos EUA.

A captação de dinheiro público brasileiro é vista como uma das fontes de recuperação da economia norte-america, ainda em crise. Em suma, Obama quer que o povo brasileiro financie o setor privado norte-americano, causador da mesma crise de 2008!

Como pode o governo brasileiro se curvar ao imperialismo estadunidense, reproduzindo o mesmo modelo de exploração e, agora com o agravante, de utilizar dinheiro do BNDES para sustentar e reproduzir tal modelo? O mesmo imperialismo que nos ameaça reativando a Quarta Frota, e que ainda fala em deslocar para o Atlântico Sul os navios de guerra da OTAN?

A soberania nacional está ameaçada. Os Estados Unidos vêm ao Brasil para negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do que leiloar as nossas riquezas. Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma de entrega das riquezas nacionais!

A história está cheia de exemplos de países que esgotaram suas reservas e permaneceram mergulhados num mar de corrupção e de miséria!

Não queremos repetir esses exemplos!

O Petróleo Tem que Ser Nosso!

Obama e o messianismo imperialista

O discurso de Obama sobre o Estado da União desencadeou na Europa uma torrente de elogios.

Portugal não foi exceção. Nos canais de televisão, nas rádios e nos jornais, os analistas da burguesia reagiram com entusiasmo à fala do presidente dos EUA. Identificam em Barack Obama o estadista providencial que ao leme da Casa Branca vai salvar a humanidade. Registram que foi interrompido 75 vezes pelos aplausos dos congressistas e que o esboço da sua nova estratégia impressionou favoravelmente a oposição.

É compreensível a satisfação dos republicanos que dispõem agora de maioria na Câmara dos Representantes. E também os elogios dos magnatas de Wall Street e das grandes empresas. O discurso de Obama assinalou uma acentuada guinada à direita da sua política. O balanço e as promessas do presidente justificam o temor de que na segunda metade do seu mandato não somente renuncie aos projetos sociais de matiz humanista que geraram esperança em milhões de estadunidenses como favoreça mais ostensivamente o capital financeiro e radicalize uma política externa marcada pela agressividade e a ambição de hegemonia planetária.

Despojado da sua retórica populista, o que sobra do discurso presidencial – um exercício de hipocrisia – de uma hora sobre o Estado da União?

Cito alguns itens importantes:

Propõe-se a manter a “liderança que fez dos EUA não somente um ponto no mapa, mas a luz do mundo”.

Euforia porque “a bolsa se recuperou com fervor e os lucros das grandes empresas são mais elevados”.

O desejo de “fazer dos EUA o melhor lugar do mundo para negócios”.

Muita preocupação por a China ter construído “o mais rápido computador do mundo” e fabricar “comboios mais rápidos” do que os estadunidenses.

Temor do desenvolvimento econômico da Índia e da China.

Intenção de reduzir os impostos pagos pelas grandes empresas.

Escalada de agressões no mundo

O conceito dos EUA como “luz do mundo” retoma o mito da nação predestinada, a única capaz de salvar a humanidade.

Obama, na síntese do que se fez e não fez no terreno da política internacional clarifica bem esse conceito ao manifestar orgulho pela missão cumprida no Iraque “onde quase 100 mil dos nossos homens e mulheres saíram com a cabeça alta”. Omitiu obviamente que dezenas de milhares de soldados estadunidenses continuam ocupando aquele país saqueado e vandalizado.

Aliás, no mesmo dia em que pronunciava o seu discurso, mais de 50 iraquianos morriam em Bagdá em consequência da explosão de uma bomba. Nas vésperas morreram outros tantos. Imagens da pax americana.

Orgulho idêntico expressa pelo rumo das coisas no Afeganistão, uma das prioridades da sua política externa, país agredido onde um exército de mais de 100 mil soldados e mercenários estadunidenses (apoiado por 60 mil da Nato) travam uma guerra genocida responsável pela morte de dezenas de milhares de civis afegãos.

É de satisfação igualmente o sentimento do presidente por “termos revitalizado a Nato e aumentado a nossa cooperação em tudo, desde o antiterrorismo à defesa antimíssil”.

Traduzido para linguagem comum, que não distorça a realidade, Obama alegra-se pelo novo conceito estratégico da Nato lhe permitir atuar em escala planetária onde e quando Washington quiser. Militarizar o espaço sob hegemonia estadunidense é para ele outro objetivo que encara como projeto merecedor da gratidão dos seus compatriotas.

Não falou das sete novas bases que os EUA vão instalar na Colômbia nem da presença da IV Frota da US NAVY em águas sul-americanas, repudiada pelos povos da região.

Anunciou para março deste ano viagens ao Brasil, Chile e El Salvador para “forjar novas alianças em todo o continente americano”, mas não esclareceu que tipo de alianças, expressando, porém, satisfação pelos acordos bilaterais assinados com o Panamá e a Colômbia, dois países semicolonizados pelos EUA.

A leitura do discurso sobre o Estado da União confirma que o presidente Obama dará continuidade a uma política externa menos ruidosa, mas não menos perigosa para a humanidade do que a de George Bush.

Falta sublinhar que muitos minutos do seu discurso retórico e grandiloquente foram dedicados à evocação de êxitos individuais de desconhecidos jovens estadunidenses que apontou como exemplos da superioridade do american way of life.

O desfecho não destoa do espírito messiânico da mensagem. Inspirado pelos pais da Pátria, Barack Obama, invocando o seu exemplo, afirma a sua convicção de que é “graças à nossa gente que o nosso futuro está cheio de esperança”. E conclui: “Obrigado, que Deus os abençoe e que Deus abençoe os Estados Unidos da América”.

Estranha é a concepção do divino perfilada pelo presidente dos EUA, glorificado pela grande burguesia europeia. (Brasil de fato/Miguel Urbano Rodrigues)

Para Socorro Gomes, visita de Obama ao Brasil expõe contradições do imperialismo


A ativista Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz e do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), entende que a visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil irá expor todas as contradições do discurso do imperialismo em relação à paz e aos direitos humanos.

“Ele fala em paz, em direitos humanos, mas sua administração não cumpriu as promessas feitas em sua campanha eleitoral”, afirmou a presidente do Cebrapaz.

Para Socorro Gomes, os movimentos sociais as entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais [CMS) devem manifestar o repúdio à visita de Obama ao Brasil. “A nossa mídia diz que Obama vai fazer e acontecer no Brasil, mas na realidade ele vem para cá para impor a agenda do imperialismo na região”.

Leia abaixo a entrevista:

O que o Cebrapaz pretende fazer durante a visita de Obama ao Brasil?
Os movimentos sociais, como o Cebrapaz e as entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais [CMS), devem manifestar o repúdio à visita de Obama ao Brasil. O que os Estados Unidos têm feito na América Latina é um mau exemplo. A nossa experiência mostra que os EUA não nos veem como amigos, mas como terra para explorar, dominar e saquear. Querem saquear recursos naturais, controlar os nossos mercados e dominar nossos povos [da América Latina].

Por isso os povos latino-americanos buscaram outro caminho de independência e soberania. Nossa história foi escrita com muito sangue e sofrimento, com ditaduras, invasões militares, complôs patrocinados pela CIA, assassinatos de presidentes. Nossa história testemunha a truculência e a força bruta do imperialismo americano em nosso território.

Quais são os verdadeiros motivos da viagem?
Obama fala em paz, em Direitos Humanos. Mas sua administração não cumpriu com as promessas feitas em sua campanha eleitoral, que dizia serem "sagradas". O desmantelamento da prisão de Guantânamo é promessa não cumprida e que não vai se cumprir em seu mandato. Ele tem total descompromisso com a paz. Não se discute sequer a situação de Guantânamo, uma área militar ocupada contra a vontade do povo cubano.
Obama vem ao Brasil para falar de Direitos Humanos e Paz, mas ao mesmo tempo dá total apoio ao regime israelense quando invade, ocupa e promove a colonização de territórios palestinos.

Hoje, os Estados Unidos articulam uma intervenção militar contra a Líbia, demonstrando completo desrespeito à soberania dos povos. Na América Latina, aprofundou a ingerência militar. Honduras, Panamá e Colômbia são exemplos gritantes disso. A manutenção da Quarta Frota da Marinha de Guerra americana, criada por Bush em junho de 2008, também desmente Obama e configura-se numa grande ameaça à soberania e à paz no continente latino-americano.

O que Obama vem fazer aqui é discurso retórico, descompromissado com suas atitudes, que têm ido no rumo contrário à paz e ao Direito Internacional. O regime americano mantém 50 mil soldados na ocupação do Iraque, além da ocupação do Afeganistão, que Obama declarou ser a "sua guerra". O Nobel da Paz caminha no sentido contrário ao da paz e da amizade entre os povos.

Entre outros assuntos, Obama deve abordar as relações que o Brasil tem com Venezuela e Cuba de forma a pressionar por outro caminho...
As nossas relações com outros povos são relações de países soberanos, que prezamos muito, e não aceitamos ingerências sobre elas. Com a Venezuela temos interesses comuns, como o Mercosul, como a Unasul. Participamos de uma serie de foros conjuntos e procuramos construir um caminho comum soberano, sob um novo paradigma. De respeito e de complementaridade, diferente das relações de força dos EUA com as nações do nosso continente.

Um fato curioso e que desperta o interesse da nossa mídia, desviando a atenção dos assuntos importantes, é que a embaixada dos Estados Unidos vai dar gadgets eletrônicos àqueles que fizerem as melhores frases de boas vindas ao presidente Obama. Você vê nisso alguma semelhança com o que os colonizadores fizeram no descobrimento do Brasil?
Esse é o tipo de relação que o imperialismo tem com os nossos povos, é uma tentativa de humilhar o nosso povo, repete a estratégia dos colonizadores, que davam miçangas, vidros coloridos e espelhos, ao mesmo tempo em que levavam em troca as nossas riquezas, como o ouro, o diamante e o pau-brasil.

Os principais temas da relação entre Brasil e EUA a serem tratados na visita do Obama


O presidente americano, Barack Obama, chega neste sábado ao Brasil para uma visita de dois dias que deve marcar uma nova fase nas relações entre os dois países, depois de um período de algumas divergências nos últimos dois anos.

Os brasileiros esperavam uma visita desde que Obama assumiu o poder, em janeiro de 2009, mas a expectativa da viagem foi ficando cada vez mais distante, em meio a um certo esfriamento nas relações durante os últimos anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi um período marcado por posições divergentes em temas como a crise em Honduras, disputas comerciais e, principalmente, o programa nuclear do Irã. Com a posse de Dilma Rousseff, criou-se a expectativa de um recomeço nas relações bilaterais.

A viagem deve ser permeada por manifestações de apoio à ampliação das relações comerciais e de investimentos, especialmente nos setores de energia e infraestrutura. Os brasileiros também gostariam de ouvir de Obama uma manifestação pública de apoio ao Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a exemplo da oferecida à Índia, no ano passado.

No entanto, apesar de a visita marcar a possibilidade de avanço nas relações, a expectativa não é a de que os dois países passem a concordar em todos os temas. Segundo analistas, à medida que o Brasil consolida seu papel no cenário internacional e uma política externa cada vez mais independente dos Estados Unidos, a perspectiva é de que a relação bilateral continue marcada por divergências.

Obama e Dilma também vão se encontrar em um momento em que dois outros assuntos mobilizam a comunidade internacional: o conflito entre governo e oposição na Líbia e a crise nuclear no Japão, depois do terremoto que atingiu o país no último dia 11 e deixou milhares de mortos.

Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que impõe uma área de exclusão aérea e autoriza ações militares para evitar que o regime do líder líbio, coronel Muamar Khadafi, combata civis. O Brasil, junto de outros quatro países (China, Índia, Rússia e Alemanha), se absteve, enquanto os Estados Unidos votaram a favor da resolução.

Veja abaixo mais detalhes sobre os principais temas da relação entre Brasil e Estados Unidos.

Conselho de Segurança da ONU

A conquista de uma vaga permanente no Conselho de Segurança (CS) da ONU é uma ambição antiga da diplomacia brasileira, e o governo brasileiro gostaria que Obama manifestasse seu apoio a isso publicamente durante a visita, como fez no ano passado, quando esteve na Índia.


Em 2010, americano apoiou entrada da Índia no Conselho de Segurança

O Brasil ocupa atualmente uma vaga rotativa no órgão, que tem apenas cinco membros permanentes (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China), mas defende uma reforma para permitir a entrada de novos membros, tanto permanentes quanto não-permanentes. O argumento é o de que a composição do órgão não reflete mais a realidade geopolítica atual.

O governo brasileiro tem buscado consolidar uma diplomacia independente e participar mais ativamente em questões globais, e um apoio público de Obama a uma vaga permanente no CS seria vista como a consolidação desse novo papel.

No entanto, segundo analistas, é pouco provável que Obama presenteie o Brasil com uma manifestação forte de apoio nesse sentido. A expectativa é de que seja apenas incluída uma referência à necessidade de reformar o CS no comunicado final da visita.

Programa nuclear do Irã

As posições divergentes do Brasil e dos Estados Unidos em relação ao programa nuclear do Irã se converteram no principal ponto de atrito entre os dois países nos últimos anos. Segundo analistas, as divergências sobre o tema são um dos motivos pelos quais Obama não deve apoiar publicamente a ambição brasileira de conquistar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

No ano passado, o Brasil votou contra a imposição de uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança para obrigar o Irã a interromper seu programa nuclear – sob a desconfiança dos Estados Unidos e de outros países de que o Irã planeje usar seu programa de enriquecimento de urânio para secretamente desenvolver armas nucleares.

O Brasil defende o direito do Irã de manter um programa nuclear para fins pacíficos e buscava uma solução negociada para a questão. O voto no Conselho de Segurança ocorreu pouco depois de o Brasil ter obtido, ao lado da Turquia, um acordo de troca de combustível nuclear com o Irã, na tentativa de evitar a aplicação de novas sanções.

No entanto, os Estados Unidos rejeitaram o acordo e pressionaram pela votação. As sanções acabaram sendo aprovadas, mesmo sem o voto do Brasil, em um episódio que causou irritação tanto do lado brasileiro quanto do americano.

“O que Lula considerou um sucesso de negociação foi visto em Washington como uma intromissão irresponsável e inútil por parte do Brasil”, disse o presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, Peter Hakim, em um artigo.

Em entrevista à BBC Brasil, Hakim disse que o episódio ainda não está superado. “O Irã é uma questão central para a política externa americana. E até agora não houve declarações que sugiram uma mudança brusca da postura brasileira em relação ao programa nuclear iraniano”, afirmou.

Comércio

Declarações do governo americano nesta semana indicam que a questão econômica e comercial será o principal foco da visita. Segundo o vice-conselheiro de segurança nacional para assuntos de economia internacional de Obama, Mike Froman, a viagem é “fundamentalmente” sobre a recuperação dos Estados Unidos, as exportações e a relação “crucial” que a América Latina tem no futuro econômico e na criação de empregos nos EUA.

Obama chega ao Brasil acompanhado de ministros da área econômica e empresários, com o objetivo de ampliar as relações comerciais e os investimentos, especialmente nas áreas de energia e infraestrutura, em um momento de grande expectativa em torno das descobertas de petróleo e de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Os Estados Unidos perderam no ano passado para a China a posição de principal parceiro comercial do Brasil, mas registraram com o país seu quinto maior superavit (e o pior do lado brasileiro), de US$ 8 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.

Em visita a Washington nesta semana, o presidente da Câmara de Comércio Americana para o Brasil, Gabriel Rico, manifestou expectativa positiva com a possibilidade de ampliar as relações comerciais, mas disse que os brasileiros querem “alguma concessão” do lado americano para contrabalançar o superavit, na forma de um maior esforço para eliminar os subsídios à agricultura.

Durante a visita de Obama, os americanos deverão ainda fazer lobby pelos caças F-18 Super Hornet, da Boeing, no processo de seleção para a compra de 36 novos caças destinados à Força Aérea Brasileira (FAB). O processo, chamado de FX-2, foi suspenso pelo Brasil, por razões orçamentárias, mas um dos entraves à escolha dos americanos seria o fato de o Brasil desejar que o negócio envolvesse uma transferência mais ampla de tecnologia.

Outro tema em pauta deve ser a desvalorização da moeda chinesa, o yuan, que afeta tanto o Brasil quanto os Estados Unidos. Os americanos buscam o apoio do Brasil para pressionar a China a desvalorizar sua moeda.

Energia

O potencial energético do Brasil terá destaque na visita de Obama. As descobertas de petróleo na camada do pré-sal colocam o país como possível fornecedor estratégico para os Estados Unidos no futuro.

Na semana passada, o presidente americano já avisou que pretende discutir a importação de petróleo com Dilma. Em um momento em que o petróleo registra preços recordes, em meio a crises em países produtores do Oriente Médio e do norte da África, os Estados Unidos buscam diversificar seu portfolio de fornecedores.

“A dimensão energética das capacidades do Brasil é de importância estratégica para os EUA”, disse à BBC Brasil a analista Julia Sweig, do Council on Foreign Relations.

Além do petróleo, os americanos também buscam parcerias com o Brasil em energias renováveis e em biocombustíveis.

Subsídios

Os subsídios concedidos pelo governo americano a seus produtores rurais provocam divergências entre os dois países.

Em um dos casos mais recentes, o Brasil foi autorizado pela OMC (Organização Mundial do Comércio) a retaliar os Estados Unidos em US$ 829 milhões por conta dos subsídios concedidos aos produtores de algodão. A retaliação foi adiada, porém, depois que os dois países firmaram um acordo para buscar uma solução.

No caso do etanol, a reclamação é a de que o produto brasileiro é sobretaxado ao entrar nos Estados Unidos que, além de subsidiarem sua produção, impõem uma tarifa de importação de 54 centavos de dólar por galão (equivalente a 3,78 litros).

A eliminação dos subsídios, porém, não depende de Obama, e sim do Congresso. Como o tema enfrenta forte resistência de vários setores, poucos acreditam em uma mudança no curto prazo.

América Latina

Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alguns temas relacionados à América Latina acabaram azedando as relações com os Estados Unidos.

Em 2009, a crise instalada com a deposição do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, colocou Brasil e EUA em posições divergentes. Apesar de concordarem no início, ao condenar a deposição de Zelaya como um “golpe de Estado”, os dois países adotaram posições opostas quando um novo governo foi eleito.

Os Estados Unidos consideraram que a eleição do presidente Porfírio “Pepe” Lobo ocorreu em um ambiente democrático e defenderam o reconhecimento imediato do novo governo. O Brasil, porém, condiciona a regularização da situação em Honduras a medidas como a criação de uma comissão da verdade para investigar os episódios da crise e o retorno “seguro” de Zelaya – que está na República Dominicana. Mais de um ano depois da posse de Lobo, o país continua suspenso da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Outro episódio foi o acordo firmado em 2009 para instalação de bases militares americanas na Colômbia, duramente criticado pelo Brasil e por outros países sul-americanos por sua suposta “falta de transparência” e por aumentar desconfianças na região, criando um clima de insegurança.

Esseacordo acabou suspenso pela Justiça colombiana em agosto do ano passado, por não ter passado por aprovação do Congresso.

Sírios exigem revolta, tropas do governo lançam gás lacrimogêneo


Milhares de pessoas que perderam parentes exigiam uma "revolução" neste sábado na Síria, durante os funerais de manifestantes mortos pelas forças de segurança do país, no mais ousado desafio a governantes desde que os levantes começaram a sacudir o mundo árabe.

As forças de segurança responderam atirando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar as multidões em Deraa, uma região tribal ao sul da capital, onde pelo menos 10 mil pessoas protestaram neste sábado, no funeral de dois manifestantes, entre os pelo menos quatro que foram mortos na sexta-feira.

"Revolução, revolução. Levante-se Hauran," gritavam os manifestantes em Deraa, enquanto marchavam atrás dos caixões de Wissam Ayyash e Mahmoud al-Jawabra. "Deus, Síria, liberdade. Aquele que mata o seu próprio povo é um traidor", diziam.

Os dois foram mortos quando as forças de segurança abriram fogo na sexta-feira em direção aos civis que participavam de uma manifestação pacífica, exigindo liberdade política e o fim da corrupção na Síria, que tem sido governada sob leis emergenciais pelo partido Baatth, do presidente Bashar al-Assad, por quase meio século.

Um terceiro homem que foi morto na sexta-feira, Ayen al-Hariri, foi enterrado em um vilarejo perto de Deraa mais cedo neste sábado. Outro manifestante, Adnan Akrad, morreu neste sábado em consequência de ferimentos.

A polícia secreta presente no principal funeral em Deraa prendeu pelo menos um manifestante, disseram os ativistas. A segurança era forte na cidade, especialmente ao redor das delegacias.

Os protestos contra a elite governante da Síria, inspirados pela revolta no mundo árabe, ganharam força esta semana depois que um protesto silencioso em Damasco reuniu 150 pessoas exigindo a libertação de milhares de presos políticos. (Reuters)

Egípcios vão às urnas para votar reforma histórica


Os egípcios compareceram em massa às urnas neste sábado pela primeira vez desde que o ex-presidente Hosni Mubarak foi derrubado, para votar em um referendo de reformas constitucionais, as quais os governantes militares esperam que permitam a realização de eleições daqui a seis meses.

As filas com centenas de pessoas que votaram pela primeira vez se formaram pela manhã em todo o país, em uma votação cujo desfecho não é conhecido antecipadamente. O resultado determinará com que rapidez o Egito poderá realizar eleições.

"É muito cedo para determinar o número de eleitores presentes, mas está claro que isso é um fato inédito," disse Ahmed Samih Farag, um ativista de direitos humanos e observador da Coalizão Egípcia para a Monitoração das Eleições.

O Egito está efervescendo com o debate sobre o referendo e o país está dividido entre aqueles que dizem que a constituição precisa ser completamente reescrita e outros que defendem que as emendas serão suficientes por enquanto.

"Eu votei pelo sim. Sim para a estabilidade e para que as coisas voltem ao normal," disse Mustafá Fouad, 24, um engenheiro que votou no Cairo.

"Eu votei pelo não. Isso não é o suficiente," disse Atef Farouk, que chegou ao mesmo local de votação, com sua esposa e três filhos, que agitavam uma bandeira do Egito, enquanto seus pais votavam. "Queremos uma nova constituição," acrescentou Farouk, 41.

O resultado do referendo deve ser anunciado na noite de domingo ou na manhã de segunda-feira, disse à Reuters um membro de um comitê judicial envolvido na fiscalização da votação.

"O país é finalmente nosso e jamais deixaremos que ele deixe de sê-lo novamente, ficando em casa quando devemos estar exatamente aqui, na fila, para que nossas vozes sejam ouvidas," disse Om Sayyed, 65. "Sou velha e isso não é para mim, é para os meus filhos... É importante que eu lhes ensine que a sua opinião conta," disse.

As emendas foram escritas por um comitê judicial escolhido pelos governantes militares, para quem Mubarak entregou o poder no dia 11 de fevereiro. Eles foram nomeados para dar início às eleições legislativas e presidenciais que permitirão que os militares entreguem o poder a um governo civil eleito.

Mubarak foi forçado a renunciar depois que uma onda de protestos exigiu a sua saída, pondo fim a um governo autoritário no país que ele governou durante três décadas. (Reuters)

Iêmen decreta estado de emergência


O governo do Iêmen decretou nesta sexta-feira, 18, estado de emergência na capital do país, Sanaa. O anúncio foi feito após a escalada da violência no país, com confrontos deixando 46 mortos e mais de uma centena de feridos. As forças iemenitas abriram fogo contra manifestantes que estavam concentrados na praça principal da capital, após as rezas de sexta-feira e para forçar sua demanda para que o presidente Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder, renuncie.

Centenas de policiais estão nas ruas da capital e as forças de elite estão preparando fortificações ao redor do palácio presidencial, ministérios e sede do partido que governa o Iêmen. O tiroteio começou quando os policiais tentaram impedir os manifestantes de marchar para fora da praça onde estavam concentrados.

Os manifestantes acampam há mais de um mês em praças por todo o Iêmen, inspirados pela revolução egípcia que tomou todo o Oriente Médio.Os manifestantes usam fogo, balas de borracha, gás lacrimogêneo, facas e pedras em confrontos cada vez mais violentos.

Ocorreram protestos nesta quarta-feira também na capital, Sanaa. Oposicionistas exigem a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder. Além da renúncia do presidente, os manifestantes pedem mais oportunidades de emprego e o fim da corrupção.

O Iêmen é mais um país do Oriente Médio a enfrentar manifestações políticas após levantes populares terem derrubado os governos na Tunísia e no Egito. Pelo menos 30 pessoas já morreram desde o início dos protestos no Iêmen, há um mês.

Saleh propôs adotar reformas políticas no país, incluindo a separação dos poderes de governo e a adoção de um sistema parlamentarista. A oposição, no entanto, não aceitou dialogar com o presidente. O líder, que está no poder desde 1978, disse anteriormente que pretende deixar a Presidência a partir de 2013.

A república iemenita foi criada depois que o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul se juntaram em 1990. Saleh liderava a República Árabe do Iêmen, no norte do país, desde 1978, quando assumiu o poder depois de um golpe militar. As primeiras eleições presidenciais diretas ocorreram apenas em 1999.

Apesar de ser, na teoria, um sistema multipartidário, a política do Iêmen é dominada pelo partido de Saleh, o Congresso Geral do Povo, desde a unificação. Opositores iemenitas vêm protestando desde fevereiro, inspirados pelas revoltas em países vizinhos.(BBC)

Radiação contamina água e alimentos após acidente nuclear no Japão


O governo japonês confirmou neste sábado níveis de radiação acima do normal em espinafre e leite produzidos em fazendas próximas ao complexo nuclear de Fukushima, atingido pelo tsunami do último dia 11. O Ministério de Ciência do Japão também identificou vestígios de uma substância radioativa incomum foram detectados na água da torneira em Tóquio e em outras cinco cidades próximas. Contudo, segundo o governo japonês (?), as quantidades são muito pequenas para representarem uma ameaça à saúde humana.

A comida analisada vem de fazendas a cerca de 100 quilômetros da usina nuclear, o que sugere uma área de contaminação expandida. Enquanto os níveis de radiação excederam os limites permitidos pelo governo, o secretário do cabinete do governo, Yukio Edano, insistiu que os produtos "não oferecem risco à saúde imediato".

Bombeiros também bombearam toneladas de água diretamente do oceano para uma das principais áreas atingidas na usina nuclera de Dai-ichi, em Fukushima: a piscina de resfriamento de combustível nuclear usado da unidade 3 da usina. O combustível nuclear correm o risco de queimar e espalhar o material radioativo para o ambiente.

A primeira notícia sobre comida contaminada na crise do Japão é mais um problema para as graves consequências do desastre que se seguiu ao terremoto de magnitude 9,0 em 11 de março. O terremoto provocou um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão, matando mais de 7,2 mil pessoas e afetando os sistemas de resfriamento da usina nuclear, e um vazamento de radiação. (AP)

 
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