sábado, 19 de março de 2011

Sírios exigem revolta, tropas do governo lançam gás lacrimogêneo


Milhares de pessoas que perderam parentes exigiam uma "revolução" neste sábado na Síria, durante os funerais de manifestantes mortos pelas forças de segurança do país, no mais ousado desafio a governantes desde que os levantes começaram a sacudir o mundo árabe.

As forças de segurança responderam atirando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar as multidões em Deraa, uma região tribal ao sul da capital, onde pelo menos 10 mil pessoas protestaram neste sábado, no funeral de dois manifestantes, entre os pelo menos quatro que foram mortos na sexta-feira.

"Revolução, revolução. Levante-se Hauran," gritavam os manifestantes em Deraa, enquanto marchavam atrás dos caixões de Wissam Ayyash e Mahmoud al-Jawabra. "Deus, Síria, liberdade. Aquele que mata o seu próprio povo é um traidor", diziam.

Os dois foram mortos quando as forças de segurança abriram fogo na sexta-feira em direção aos civis que participavam de uma manifestação pacífica, exigindo liberdade política e o fim da corrupção na Síria, que tem sido governada sob leis emergenciais pelo partido Baatth, do presidente Bashar al-Assad, por quase meio século.

Um terceiro homem que foi morto na sexta-feira, Ayen al-Hariri, foi enterrado em um vilarejo perto de Deraa mais cedo neste sábado. Outro manifestante, Adnan Akrad, morreu neste sábado em consequência de ferimentos.

A polícia secreta presente no principal funeral em Deraa prendeu pelo menos um manifestante, disseram os ativistas. A segurança era forte na cidade, especialmente ao redor das delegacias.

Os protestos contra a elite governante da Síria, inspirados pela revolta no mundo árabe, ganharam força esta semana depois que um protesto silencioso em Damasco reuniu 150 pessoas exigindo a libertação de milhares de presos políticos. (Reuters)

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