sexta-feira, 1 de abril de 2011

Política monetarista é ato lesivo aos interesses nacionais: Brasil vai tolerar real mais forte por ora

O governo brasileiro vai tolerar o dólar abaixo de 1,65 real por ora e não planeja grandes medidas para evitar a valorização do real no curtíssimo prazo, disseram fontes do governo à Reuters.

A presidente Dilma Rousseff está preocupada com o recente fortalecimento do real, que atingiu o maior nível em 31 meses na quinta-feira e fechou a cerca de 1,63 real por dólar. Contudo, fontes disseram que Dilma também está preocupada com a alta inflação e os preços do petróleo, e acreditam que uma moeda forte poderia ajudar a reduzir as pressões inflacionárias na economia.

"A atitude por enquanto é esperar para ver", disse uma das fontes. "Não temos nenhuma boa opção."

O governo vinha defendendo o piso informal de 1,65 real por dólar, implementando novas medidas de intervenção como o aumento do imposto sobre compras de bônus por estrangeiros quando a moeda ameaçou ultrapassar esse nível.

O real acumula alta de 2,5 por cento neste ano e de 40 por cento desde 2009.

A valorização do real prejudica a indústria manufatureira, mas a equipe econômica do governo decidiu não anunciar novas medidas por ora, acreditando que uma moeda um pouco mais forte pode agir como um freio à inflação e reduzir a ameaça dos preços elevados do petróleo, disseram as fontes.

As autoridades também temem que possíveis novos controles de capital tenham consequências negativas, repelindo o investimento produtivo estrangeiro. "Você precisa ter cuidado", disse uma das fontes.

As autoridades acrescentaram, porém, que podem abruptamente mudar a estratégia e implementar controles de capital se o real continuar a se fortalecer mais. Elas também disseram que o Banco Central continuará com as intervenções costumeiras no mercado de câmbio para limitar o máximo possível a alta do real.

PETRÓLEO PREOCUPA

As autoridades não quiseram especificar qual é o novo piso para o dólar ante o real. Mas seus comentários sinalizam uma decisão de reduzi-lo para pouco acima de 1,60 real, já que a onda de capital especulativo e de longo prazo entrando no Brasil não dá sinais de diminuir.

As medidas recentes para conter os ingressos de capital no país tiveram resultados diminutos. Na terça-feira, o governo elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos estrangeiros de até 360 dias, mas o efeito no mercado foi praticamente nulo.

"Isso foi uma decepção", disse uma autoridade.

Um dos motivos da alta do real nesta semana foi o relatório de inflação do governo, que viu a inflação perto do topo da meta neste ano. Os mercados interpretaram isso como sinal de fraqueza, apostando que as autoridades terão de deixar o real subir ou recorrer a juros mais altos nos próximos meses para controlar os preços. (Reuters)

"Saltadores" podem ganhar muito dinheiro em usina japonesa


É uma oferta de trabalho que soa boa demais para ser verdade: milhares de dólares por até uma hora de trabalho que requer pouca qualificação.

Mas ela também soa absurda demais para ser aceita, em vista dos detalhes adicionais: o trabalho requer atuar em ambientes perigosamente radiativos.

Na tentativa de controlar a usina nuclear que foi gravemente danificada pelo terremoto e o tsunami do mês passado e agora está espalhando radiatividade, a Tokyo Electric Power Company (Tepco) está tentando levar operários para cada vez mais perto da radiação que persiste em sair da usina, para pôr fim à pior crise nuclear do mundo desde Chernobyl (1986).

Consta que os trabalhadores estariam recebendo ofertas de adicionais de insalubridade de até 5.000 dólares por dia para trabalhar nos reatores danificados -- ou mais precisamente, esse valor é oferecido por uma fração de um dia, já que os turnos de trabalho na usina repleta de radiação estão sendo drasticamente restritos.

Um funcionário da Tepco disse esta semana que a empresa procura "saltadores" -- operários assim chamados porque eles "saltam" para dentro de áreas altamente radiativas para cumprir tarefas no mínimo possível de tempo e saem correndo o mais rapidamente possível.

Às vezes um saltador pode fazer corridas múltiplas, se a dosagem radiativa cumulativa se mantém dentro de limites aceitáveis, embora o que é "aceitável" possa ser aberto a interpretações.

Em casos de vazamentos extremos, a radiação pode ser tão intensa que o saltador só poderá fazer uma investida desse tipo em toda sua vida, sob o risco de sofrer envenenamento radiativo grave.

Há três semanas os reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, situada 240 quilômetros ao norte de Tóquio, se tornaram caldeirões explosivos de explosões de hidrogênio, vapor radiativo e água contaminada que aparentemente vazou para o oceano, onde nos últimos dias foram encontrados níveis de iodo radiativo vários milhares de vezes acima do normal.

FERIDOS

A Tepco disse que 18 funcionários e três empregados autônomos foram expostos a 100 milisieverts de radiação na sexta-feira. A dose média para uma pessoa que trabalha em uma usina nuclear é de 50 milisieverts ao longo de cinco anos.

Na semana passada, dois operários que trabalharam no reator 3 foram hospitalizados com ferimentos depois de seus pés terem sido expostos a 170-180 milisieverts, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A Tepco anunciou esta semana que vai fechar permanentemente pelo menos quatro dos seis reatores da usina. Mas primeiro ela precisa estabilizar e depois resfriar o combustível. A empresa vem tentando desesperadamente encharcar os bastões de combustível com jatos de água e agora precisa limpar a água contaminada com radiação que está estagnando nos pisos dos reatores.

Indagada na segunda-feira sobre como a água contaminada poderá ser bombeada para fora e quanto tempo isso levará, um representante da Tepco respondeu: "A bomba poderia ser ligada a partir de um gerador independente. Tudo o que alguém teria que fazer seria levar uma ponta da bomba até a água, jogá-la lá dentro e correr para fora."

Traduzindo: procura-se saltadores.

"Minha empresa me ofereceu 200 mil ienes (2.500 dólares) por dia", contou à revista Weekly Post um funcionário na cidade de Iwaki, 40 quilômetros ao sul da usina danificada.

"Normalmente eu acharia isso o trabalho dos sonhos, mas minha mulher chorou e não me deixou ir, então recusei", disse o operário não identificado, que tem cerca de 30 anos.

"Seria menos de uma hora de trabalho, de modo que na realidade seriam 200 mil ienes por hora, mas o risco era grande demais."

A relutância dos operários em entrar na usina danificada destaca um dos dilemas básicos da Tepco: ela não consegue pessoas que cheguem suficientemente perto para verificar se os esforços para resfriar os bastões de combustível estão funcionando, nem mesmo para confirmar quais são os problemas exatos que estão ocorrendo.

A maioria dos esforços da empresa têm sido de jogar água sobre os bastões de combustível expostos, numa tentativa de reduzir sua temperatura e restringir as emissões tóxicas. (Reuters)

Líbia rejeita oferta rebelde de cessar-fogo

O governo líbio rejeitou nesta sexta-feira uma oferta de cessar-fogo feita por opositores do regime de Muamar Khadafi.

A oferta foi feita com a condição de que as tropas leais a Khadafi se retirassem das cidades dominadas por rebeldes.

"Os rebeldes não estão oferecendo paz... fomos nós que fizemos a oferta, há semanas", disse o porta-voz líbio, Ibrahim Moussa.

"Se você quer paz, mantém as coisas como elas estão, senta e negocia, mas fazer exigências impossíveis, é um truque", disse Moussa.

Civis

Moussa afirmou também que os bombardeios da coalizão seriam um crime contra a humanidade e que ocorreram vítimas civis em um ataque próximo da cidade de Brega.

A Otan (aliança militar ocidental), que comanda as ações para impor uma zona de exclusão aérea e proteger os civis líbios de ataques de forças leais a Khadafi, disse que está investigando o caso, no qual um ataque aéreo da coalizão contra um comboio teria matado sete civis e ferido 25, segundo afirmou um médico local à BBC.


Líder opositor disse que rebeldes aceitam cessar-fogo com condições

Segundo o médico Suleiman Refardi, o ataque ocorreu na quarta-feira no vilarejo de Zawia el Argobe, a 15 quilômetros da cidade de Brega, em uma área tomada por rebeldes.

O ataque atingiu um caminhão que levava munição, mas a explosão resultante teria atingido duas casas próximas.

Segundo Refardi, todos os mortos, atingidos por estilhaços da explosão do caminhão, teriam idades entre 12 e 20 anos.

Quatro dos mortos seriam mulheres, incluindo três menores de idade da mesma família, com idades entre 12 e 16 anos. As outras três vítimas seriam homens, com idades entre 14 e 20 anos.

Misrata

Os combates entre forças de Khadafi e rebeldes prosseguiram na sexta-feira com fortes bombardeios na cidade de Misrata.

A cidade é a única do oeste líbio dominada por forças contrárias ao regime, mas está cercada há semanas.

Residentes afirmam que os ataques de sexta-feira foram bastante pesados e atingiram um grande número de civis.

Acredita-se que forças de Khadafi estejam preparadas para entrar na cidade no sábado. (BBC)

MP mostra provas que podem incriminar Barbosa Neto

A promotoria de Defesa do Patrimônio Público abriu procedimento administrativo para apurar supostas irregularidades em serviços de segurança contratados pela prefeitura de Londrina. A denúncia é de que profissionais da terceirizada Centronic prestavam expediente na rádio Brasil Sul, de propriedade do prefeito Barbosa Neto (PDT).

Os vigias, segundo a denúncia, cumpriam expediente na rádio, em turnos de 12 horas, entre junho de 2009 a julho de 2010.

Depois de ouvirem dois funcionários administrativos da terceirizada, na tarde desta sexta-feira (1º), promotores divulgaram holerites dos vigias à imprensa como prova da irregularidade. Os documentos mostram rendimentos mensais e descrição de serviços prestados à Prefeitura de Londrina. "Efetivamente se comprovou que essas pessoas prestaram serviços para a Brasil Sul e eram contratadas pela Centronic, sendo certo que nos holerites dessas pessoas constavam o nome da Prefeitura Municipal de Londrina. Nós temos prova documental, no sentido de que no holerite dos funcionários consta expressamente Centronic Segurança e embaixo Prefeitura Municipal de Londrina como contratante", disse o promotor Renato de Lima Castro.

O advogado da empresa, Elias Mattar Assad, desmentiu a irregularidade. "É um equívoco muito grande de como funciona a contratação de vigilantes", disse. Na manhã de hoje, o prefeito Barbosa Neto demonstrou irritação ao ser questionado sobre o assunto na coletiva semanal de imprensa. "É uma leviandade. Se tivesse algum tipo de ligação promíscua, não teria razão para o prefeito cancelar o contrato com a Centronic e abrir outro processo licitatório vencido por outra empresa. Essa pecha de corrupto, de inidônio não vai pegar na nossa administração e nem na minha pessoa", criticou.

A promotoria deve ouvir outras pessoas sobre o caso nos próximos dias, incluindo o prefeito Barbosa Neto. (Folha de Londrina)

Empresas usam resíduos agrícolas para produzir PET


A Pepsico anunciou recentemente ter conseguido produzir uma garrafa apenas com resíduos agrícolas, como cascas de pinheiro, laranja e batata. Em 2012, a empresa colocará a embalagem experimentalmente no mercado, num projeto-piloto. Depois, a ideia é expandir o seu uso. Desde o ano passado, a Coca-Cola produz a "plant bottle" (garrafa vegetal, em tradução livre) - embalagem feita com até 30% de cana-de-açúcar.

Nos dois casos, a boa notícia é a substituição de uma fonte não renovável - o petróleo - por outra renovável na produção do PET (sigla para politereftalato de etileno).

A demanda por PET só cresce no País. De 1994 até 2010, o aumento chegou a 525% - no último ano foram produzidas 500 mil toneladas.

Mas as iniciativas ainda são controversas. Até mesmo o presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), Auri Marçon, tem dúvidas.

Ele louva a iniciativa das empresas em pesquisar matérias-primas mais sustentáveis, mas faz ressalvas. Diz não conhecer "o pulo do gato" que permitiu à Pepsico fazer uma garrafa apenas com resíduos agrícolas. "Tentei inúmeros caminhos e não consegui descobrir a rota. Os cientistas do setor de PET desconhecem a rota química ou a patente que tenha sido adotada e dizem que isso é um desafio extraordinariamente difícil", afirmou Marçon.

Para ele, é preciso ter cuidado ao falar de um produto "que ainda não está na mão". "Respeito, porque é empresa de renome, mas gostaria de entender melhor como fizeram." O Estado solicitou entrevista à Pepsico, mas ela não foi concedida.

Dificuldades técnicas. O plástico PET é produzido a partir da reação química de dois componentes: MEG (monoetileno glicol), responsável por cerca de 30% de seu peso, e o PTA (ácido politereftálico), responsável pelos 70% restantes.

Segundo a Coca-Cola, "atualmente, podemos produzir em escala industrial o MEG a partir de origem vegetal". A empresa diz, porém, que trabalha "para desenvolver o outro componente, o PTA, também a partir de fonte vegetal renovável". Mas não há previsão de quando o objetivo será alcançado.

Marçon mostra uma incongruência no caso da Coca-Cola. Ele explica que o resíduo da cana é mandado do Brasil para a Índia, onde está parte da matéria-prima, para produzir o MEG. A resina PET é fabricada no país asiático e depois volta para o Brasil para embalar o refrigerante.

"Se for levar em consideração essa equação logística, provavelmente não há um equilíbrio ambiental, não é viável em termos de meio ambiente. Porque vai transportar o líquido lá para a Ásia, olha a emissão que se tem de combustível de navio", avalia o presidente da Abipet. Mas ele também afirma que, no futuro, esse conceito pode trazer bons resultados.

Distribuição. A plant bottle da Coca ainda hoje é comercializada no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Belo Horizonte, em Curitiba, no Recife e em Porto Alegre.

O processo é usado para produzir embalagens de 500 ml e 600 ml - mas ainda não atingiu o total fabricado dessas garrafas. A empresa não informou, porém, quanto do total produzido hoje é de plant bottle. Segundo a assessoria de imprensa da Coca, a meta da empresa "é que, até 2014, todos os seus produtos comercializados em embalagens PET sejam em plant bottle".

Urso polar Knut morreu afogado, informa zoológico


O célebre urso polar Knut morreu afogado, informou o Zôo de Berlim nesta sexta-feira, enquanto milhares de fãs inconformados planejavam para sábado um protesto contra o plano do zoológico de empalhar o animal.

Knut, que tornou-se mundialmente famoso quando era filhote e superou o desafio de sobreviver depois de ser rejeitado por sua mãe, morreu repentinamente diante de centenas de visitantes atônitos no último 19 de março, aos 4 anos de idade, depois de cair, inconsciente, em um laguinho em seu cercado.

Uma autópsia revelou que ele sofria de encefalite, uma inflamação do cérebro, que o levou a desmaiar, caindo no lago, onde se afogou. De acordo com as autoridades, se não tivesse se afogado, Knut provavelmente teria morrido de edema cerebral.

Achim Gruber, diretor administrativo do instituto de patologia animal da Universidade Livre de Berlim, disse em coletiva de imprensa que "Knut acabou morrendo afogado".

Ele informou que "danos cerebrais graves dos quais Knut sofria há algum tempo" provocaram espasmos musculares incontroláveis.

Em 22 de março, após exames preliminares, o zôo havia dito que Knut poderia ter sucumbido a uma desordem cerebral. Mas a mídia alemã noticiou mais tarde que ele poderia ter morrido em decorrência de um ataque epilético.

O plano do zôo de empalhar o urso de 200 quilos, para que ele possa ser exposto no Museu de História Natural de Berlim, vem enfrentando resistência de fãs. A manifestação "Não ao Empalhamento de Knut" foi planejada para o sábado, diante do zoológico.

Centenas de anotações feitas no livro comemorativo online do zôo pedem que Knut não seja empalhado.

"Sentimos que precisamos preservar alguma coisa", disse Gabriele Thoene, diretora de marketing do zoológico. "Acho que podemos fazer muita ciência graças a Knut. Foi por isso que concordamos com o pedido do Museu de Ciência Natural de doar os restos mortais de Knut à ciência."


Knut nasceu em dezembro de 2006. Rejeitado por sua mãe assim que nasceu, ele foi criado por seu tratador, Thomas Doerflein.

Milhares de visitantes vinham ver o tratador e o filhote brincando juntos, e Knut ganhou fama internacional. Doerflein também morreu jovem, aos 44, em 2008, de ataque cardíaco. (Reuters)

Crueldade: Animais vivos são vendidos como chaveiros na China


Matéria do jornal chinês Global Times publicada nesta quinta-feira relata um comércio, no mínimo, bizarro: ambulantes chineses estão vendendo chaveiros com animais vivos, selados em uma bolsa de plástico pequena, onde sobrevivem por curto tempo. Segundo a matéria, os chaveiros são muito populares e, pior de tudo, totalmente legais. Os "mimos" estão sendo vendidos em estações de metrô e nas calçadas.

A matéria diz que os potenciais compradores podem escolher entre uma tartaruga brasileira ou dois peixes pequenos, lacrados em uma embalagem hermética, com um pouco de água colorida. Um dos compradores que optou pela tartaruga chegou a dizer que ia colocar o chaveiro em seu escritório porque daria boa sorte. Mas alguns transeuntes mais conscientes se revoltaram com a situação, como uma mulher que, compadecida, comprou um chaveiro para libertar os animais.

Segundo o jornal, o país discute uma legislação proibindo a venda de seres vivos como objetos de diversão. Enquanto isso não acontece, a sugestão é que as pessoas usem seu bom senso para não deixar o comércio prosperar. "Se ninguém compra, o mercado vai morrer", afirmou ao Global Times o diretor da ONG Capital Animal Welfare Association, Qin Xiaona.

ESA mostra imagens de vulcões de Marte


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta sexta-feira imagens dos vulcões Ceraunius Tholus e Uranius Tholus de Marte capturados pela sonda Mars Express.
Os vulcões estão na região de Tharsis e medem 5,5 quilômetros de altura (Ceraunius) e 4,5 quilômetros (Uranius). Seus diâmetros são de 130 e 62 quilômetros, respectivamente.

Junto aos vulcões podem ser observados vales formados pelas erupções, dos quais o mais amplo alcança 3,5 quilômetros de diâmetro e 300 metros de profundidade.

Os cientistas da ESA geraram tais imagens a partir dos dados recolhidos pela sonda em três órbitas diferentes ao redor do planeta vermelho entre novembro de 2004 e junho de 2006, assinalou essa agência em comunicado. (Efe)

Vídeo: O interior do reator nuclear abalado pelo terremoto do dia 11 de março.



A empresa que opera o complexo atômico de Fukushima Daiichi, a Tokyo Electric Power Company, filmou a destruição no reator número 4 no dia 24 de março usando um guindaste.
Autoridades tentaram controlar a temperatura jogando água no prédio

É possível ver vapor e fumaça subindo do reator, já que à época, funcionários tentavam controlar a temperatura jogando água sobre o prédio.

Também na sexta-feira foi anunciado que milhares de pessoas retiradas da área próxima ao complexo não poderão voltar às suas casas por muito tempo.

Autoridades descobriram que a radiação afetou até o lençol freático da região. (BBC)

Revista Idéias - Curitiba manchada de sangue



A Revista Ideias 114 está com novo formato, maior e com mais conteúdo. A capa traz uma reportagem especial “Curitiba manchada de sangue” feita por Marcelo Vellinho e cobertura fotográfica de Átila Alberti sobre a violência em Curitiba e Região Metropolitana. Dados alarmantes colocam a cidade entre as mais violentas do sul do país.

Fábio Campana faz uma análise sobre o rombo no orçamento do Estado. Reportagem sobre as enchentes que arrasaram o litoral paranaense, etc..

Perfil escrito pelo professor de História da Arte e crítico de Arte, Fernando Bini, sobre a artista Leila Pugnaloni. Estreia de Jussara Voss, que conta sobre o melhor restaurante do mundo. Entrevista com Amely, uma mulher de verdade. Dico Kremer mostra o trabalho de Zig Koch.

O melhor time de colunistas está na Ideias. Dicas de livros, filmes e música na Prateleira. Isabela França e o Balacobaco destacam as pessoas que são o perfume das festas e eventos. No Gente Fina você conhece quem faz os trabalhos mais bacanas da cidade. E ainda: Pryscila Vieira e seu humor imbatível.

Este fim de semana nas bancas!!!

PT quer estrelas na disputa em 2012


Do diretor geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek, aos deputados estaduais e federais do partido, todos os que têm mandato e popularidade no PT do Paraná são considerados potenciais pré-candidatos do PT às prefeituras em 2012.

O presidente estadual do partido, Enio Verri, disse que, ao contrário das eleições do ano passado, quando o PT deu preferência a acordos que favorecessem a política de alianças nacional, o PT do Paraná vai investir em candidaturas próprias na disputa municipal do próximo ano.

O tema será debatido nesta sexta-feira e sábado, em Curitiba, pelos integrantes da executiva e do diretório estadual do PT, que participam de reuniões sobre o planejamento estratégico do partido.

A mudança da lógica eleitoral vale para todas as cidades, e faz parte de um processo de organização para a sucessão estadual de 2014. O nome que já está sendo trabalhado para concorrer ao governo é o da senadora Gleisi Hoffmann.

“O projeto nacional foi atingido no ano passado. Agora, é hora de o partido se fortalecer na sucessão municipal e no plano estadual. Não vamos ficar a reboque da situação nacional”, disse Verri.

O PT planeja ser cabeça de chapa em Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e nas demais principais cidades do estado. onde o nome citado por Verri foi o de Jorge Samek. Em Curitiba, os nomes citados são dos deputados federais Dr. Rosinha e Ângelo Vanhoni e do deputado estadual Tadeu Veneri.

Em Foz do Iguaçu, o nome apontado por Verri foi Samek, que embora tenha sido vereador e deputado federal com base eleitoral em Curitiba, tem presença constante em Foz do Iguaçu devido ao cargo que ocupa.

“Não sei se o domicílio eleitoral do Samek é Foz. Mas se não for, ainda há prazo para que possamos providenciar a mudança caso o projeto seja esse. Estou falando de potenciais nomes, não de candidaturas consolidadas”, justificou Verri. “Nós temos que colocar nossos principais quadros à disposição do partido em todos os municípios”, justificou.

Em Londrina, o PT cogita dois nomes: a ex-ministra Márcia Lopes e o deputado federal André Vargas. Em Maringá, é o próprio Verri que está nos planos do partido. Em Ponta Grossa, o deputado estadual Péricles de Mello é uma das possibilidades, disse o presidente do partido.

Em Cascavel, Verri sugere a candidatura do deputado estadual professor José Lemos. “É claro que teremos uma boa política de alianças com os partidos da base da presidente Dilma, mas queremos o maior número de cabeças de chapa”, afirmou. (O Estado do Paraná)

Alimentos impulsionam inflação pelo IPC-S em março, diz FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ganhou força, segundo informou nesta sexta-feira, 1º, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice subiu 0,71% até a quadrissemana encerrada em 31 de março, uma taxa maior que a apurada na quarta quadrissemana de fevereiro, quando houve alta de preços de 0,49%.

O resultado ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro, que apostavam em uma taxa de inflação entre 0,68% e 0,78%. A mediana das previsões estava em 0,71%. O resultado também foi superior ao apurado pelo IPC-S imediatamente anterior, de até 22 de março (terceira prévia do mês), quando houve alta de 0,69%.

Alimentos

A aceleração do grupo alimentação (0,86% para 0,98%) deu a principal contribuição para a taxa de 0,71% no IPC-S da última quadrissemana de março. Os destaques no grupo foram as oscilações das hortaliças e legumes (6,65% para 7,03%), carnes bovinas (-2,33% para -1,63%) e pescados frescos (2,46% para 4,31%).

Outros grupos que registraram elevação nas suas taxas de variação foram vestuário (0,89% para 1,01%); educação, leitura e recreação (0,25% para 0,29%), saúde e cuidados pessoais (0,64% para 0,68%) e transportes (1,18% para 1,23%). Nessas classes, destacaram-se, respectivamente: roupas (1,14% para 1,25%), hotel (1,09% para 1,21%), medicamentos em geral (0,33% para 0,42%) e gasolina (0,95% para 1,58%).

Por outro lado, tiveram decréscimos em suas taxas de variação os grupos habitação (0,47% para 0,41%), influenciado principalmente pelo aluguel residencial (0,75% para 0,58%); e despesas diversas (0,40% para 0,07%), no qual se destaca a queda registrada em cigarros (0,69% para 0,00%). (AE)

Preços dos remédios vão subir

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) – órgão que funciona junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – já autorizou reajuste de até 6,01% dos preços dos medicamentos. Os novos valores devem chegar às drogarias nos próximos meses, mas a indústria informa que nem todos os remédios terão aumento.

O reajuste médio será de 4,7%, conforme a média de faturamento da indústria com os mais de 24 mil medicamentos tabelados.

A alta é definida conforme a competição de mercado com os genéricos, ou seja, produtos com maior concorrência com os remédios de fórmula genérica terão um maior reajuste se comparados com aqueles que têm menor competição.

Na teoria, quanto maior a concorrência, maior será a pressão para que a alta seja menor do que a autorizada pela Cmed. Com isso, os medicamentos classificados como de Nível 1 – que têm maior participação de genéricos no mercado (acima de 20% de faturamento do fabricante) – terão alta máxima, de 6,01%.

Os remédios de Nível 2 – que têm os genéricos na concorrência de mercado com 15% do faturamento ou acima disso – terão alta autorizada de 4,77%. Já os produtos de Nível 3 – quando os genéricos representam menos de 15%das vendas – podem ser reajustados em até 3,54%.

O reajuste dos remédios leva em consideração alguns fatores, como a inflação de março de 2010 a março de 2011, que foi de 6,01%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também é calculado nessa correção da tabela de preços o ganho de produtividade da indústria, que ficou fixado em 2,47%.

Outros fatores que são analisados para que a Cmed faça a elevação de valores da tabela são o preço dos insumos para fabricação dos medicamentos.

Os novos preços não podem ultrapassar os tetos estabelecidos para o período, que vai até março de 2012. Caso haja infrações comprovadas de desrespeito à norma de correção de preço da Anvisa, a multa será de até R$ 3,2 milhões.

Os medicamentos homeopáticos, fitoterápicos e alguns de venda livre não são submetidos ao modelo de preços da agência.

Consumidor

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) informou, em nota, que o reajuste anual fixado pelo governo não acarreta aumentos automáticos nas farmácias e drogarias. Segundo a entidade, esses aumentos devem ocorrer ao longo do ano e podem não ser repassados integralmente devido à concorrência do mercado nacional.

A dica do Sindusfarma é que o consumidor faça pesquisa de preço entre as drogarias. Uma pesquisa da Fundação Procon-SP mostra que a variação de preço de um estabelecimento para o outro pode ser de até 1.000%.

Outra dica é pedir para o médico a receita do genérico do medicamento indicado, que tem preço mais acessível. (JT)

BANCADA DA MOTO SERRA: Rebelo busca votar Código Florestal na semana que vem

O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do substitutivo ao projeto de lei nº 1.876/99 - que cria um novo código florestal brasileiro -, está em intenso processo de negociação para chegar a um consenso e por o texto em votação logo no início de abril. "Creio que já avançamos em 90% da matéria", disse nesta quinta-feira(31) o deputado. Nesta manhã, Rebelo esteve reunido com equipes dos Ministérios da Agricultura (MAPA) e do Meio Ambiente (MMA) debatendo os últimos pontos de divergência.

"Receberei até o início da próxima semana as últimas contribuições e fico na espera do presidente da Câmara para que eu possa ler o relatório de plenário", disse Rebelo. Há expectativa de que o texto seja apreciado no dia 5 de abril. Sob o comando da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), está sendo articulada uma manifestação que pretende reunir milhares de produtores rurais nesse dia na Esplanada dos Ministérios, para pressionar pela atualização do Código Florestal.


O deputado disse que já está decidido a retirar do texto a proposta de que haja moratória de 5 anos para novos desmatamentos. A ideia é não fixar prazo, mas a exploração de novas áreas continuará sendo permitida somente depois do aval dos órgãos responsáveis. Segundo Rebelo, a moratória pouco atinge, por exemplo, São Paulo e Rio Grande do Sul, que já têm suas regiões agropecuárias consolidadas, mas pode gerar problemas para Estados como Piauí, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. "Estou decidido a retirar (a moratória)", disse Rebelo, ao participar de evento nesta manhã na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília. O deputado disse que, em relação a esse ponto, não há objeção do MMA.

Rebelo disse também que avançam as negociações para reduzir a extensão da Área de Preservação Permanente (APP), que é a faixa de terra à beira dos rios, em 50% do que estava até agora previsto. A faixa mínima, de 15 metros para rios que tenham até 5 metros de extensão, cairia para 7,5 metros. Em relação a esse ponto, Rebelo admite que não há concordância do MMA. Mas ele defende que essa retração seria necessária para proteger principalmente os pequenos produtores, que têm poucas terras.

Outra questão que o relator pretende resolver envolve a área de proteção em volta das nascentes. Segundo ele, para cada nascente é estabelecido um raio que "engessa" quase um hectare. "Quando o terreno é propício a nascentes, há muitas nascentes, como na zona da mata, onde há cinco a seis nascentes em um hectare, ao contrário da caatinga", argumentou. Na prática, isso significaria que uma propriedade com muitas nascentes ficaria produtivamente inviabilizada, argumentou. Para esse problema, Rebelo ainda não tem uma solução e vai buscar com o MMA equacionar a questão. "O certo é que não podemos transformar isso em um fator de expulsão", disse.

Mais uma novidade que Rebelo pretende estabelecer é que o produtor rural possa obter a certificação de reserva legal pela internet, fazendo uma declaração de boa-fé dos dados de sua propriedade. "Isso tem de ser declaratório. O órgão ambiental diz depois se aceita ou não", afirmou.

O deputado disse também estar decidido a defender o cultivo em áreas historicamente ocupadas por ribeirinhos, em referência a trechos de rios cultivados durante a época de seca na Amazônia. Segundo Rebelo, há populações que dependem dessa estratégia para praticar a agricultura de subsistência e que, assim, respeitam a floresta. Da mesma forma, ele vai defender o cultivo em áreas de topos de morro onde historicamente há produção agropecuária. "Vi em Guaxupé (MG), morros com inclinação de mais de 45 graus cultivados com café", argumentou. (AE)

Mensalão: Alvaro e Gleisi esquentam o debate no Senado

Os paranaenses Alvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) travaram uma acirrada discussão ontem no plenário do Senado sobre a relação entre o governo Dilma Rousseff e o Congresso Nacional. O embate regional es­­­quentou uma sessão tranquila e sem votações na Casa. Em um discurso com tom de denúncia, o tucano voltou a tocar no escândalo do mensalão, que deve ser julgado nos próximos meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou à reação imediata da colega.

Alvaro argumentou baseado em uma reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo. O texto relata um desabafo de Dilma ao presidente português Cavaco Silva, durante viagem desta semana a Portugal. A brasileira teria dito que “tem um problema sério de maioria” no Parlamento, o que força negociações “caso a caso”, como na votação do salário mínimo.

“É uma denúncia que tem que ser considerada, não pode ser esquecida e tem que ser explicada. Revela a barganha para aprovação de projetos, ou seja, a existência do chamado balcão de negócios”, afirmou o senador. “Isso se constitui na manutenção de algo deplorável que é a relação de promiscuidade do Executivo com o Legislativo, que se verificou nos últimos anos no Brasil, culminando com o grande escândalo do mensalão.”

Gleisi rebateu as declarações cobrando provas. “Ele tem que apontar nomes, fatos e datas e trazer a este Plenário um esclarecimento. Senão, vou ter aqui que avaliar o posicionamento do senador ou sua denúncia, e não quero fazer isso porque conheço sua trajetória em meu estado, como uma posição de leviandade”, disse a petista.

Alvaro prosseguiu no ataque e teve de enfrentar contraposições de outros três governistas – Eduardo Suplicy (PT-SP), Hum­­­berto Costa (PT-PE) e Walter Pinheiro (PT-BA). “Pesa contra as lideranças governistas no Congresso uma acusação que tem origem na palavra da presidente da República. Portanto, é uma acusação autorizada.” Na sequência, Gleisi chegou a sugerir que ele teria de se retratar com Dilma, pelo que classificou como “ilações que comprometem a honra da nossa presidenta e da maioria dos membros desta Casa.”

O embate de ontem não foi o primeiro entre Alvaro e Gleisi em plenário. Como líder do PSDB, ele tem mais autonomia para falar, de acordo com o regimento do Senado. Já a paranaense foi escalada pelo PT para atuar como porta-voz da legenda nos debates.

Após a discussão, o tucano comentou a postura da colega. “Ela adotou uma posição que, guardada as devidas proporções, era a da Ideli [Salvatti, ex-senadora catarinense, hoje ministra da Pesca], de bajulação permanente do governo. Quando alguém vai para a tribuna e critica o governo, ela logo responde”, disse o senador.

Gleisi rebateu as comparações feitas por Alvaro nos mesmos termos. “Não quero desqualificar a intervenção que ele faz, que é um ataque desesperado de oposição permanente. O papel da base é defender o projeto de governo que está aí dando certo nos últimos oito anos.”

Os dois foram rivais diretos no Paraná. Em 2006, Alvaro conseguiu a reeleição para o Senado com 55,51% dos votos válidos contra 45,14% de Gleisi. Em 2010, ele apoiou Gustavo Fruet (PSDB), que acabou de fora, atrás de Gleisi e Roberto Requião (PMDB).

Ambos, no entanto, consideraram a discussão de ontem como algo normal. “O clima estava muito tranquilo no plenário, acho que pelo menos deu uma animada”, brincou Alvaro. “O Parlamento é um lugar de debate e debate é sempre bom para a democracia”, completou Gleisi. (GP)

Antonina ainda tem três grandes áreas com risco de deslizamento


O município de Antonina, que foi atingido pelas fortes chuvas que castigaram o Litoral paranaense na primeira quinzena de março, ainda tem rês grandes áreas onde há risco de deslizamentos. Técnicos da Mineropar fazem o monitoramento diário dos terrenos e constataram que há pelo menos sete pontos de risco nos bairros Graciosa, Portinho e Maria Furuncho.

Segundo o diretor-técnico da Mineropar, Rogério da Silva Felipe, as três áreas inspiram mais cuidados porque há muitas pessoas envolvidas. As áreas da Graciosa e Portinho já receberam de volta 160 famílias, depois de uma avaliação detalhada do órgão. Entretanto, ainda há 25 casas nessas localidades que permanecem desocupadas em razão do risco de novos deslizamentos.


A Mineropar ainda faz uma avaliação detalhada dessas áreas e não é possível afirmar se elas serão permanentemente interditadas, mas a recomendação é que as famílias ainda não retornem para suas casas sem a autorização do órgão. Em alguns locais, existe a possibilidade de o solo não poder mais ser usado para ocupação. Segundo Felipe não há um prazo definido para a conclusão do trabalho de avaliação, mas os geólogos pretendem finalizá-lo o mais rápido possível.

Cento e vinte pessoas tiveram de deixar as suas casas na noite de segunda-feira (28) no bairro Caixa d’Água, por causa do risco de novos deslizamentos. Ao todo, 45 pessoas foram abrigadas na Escola Municipal João Paulino – o restante seguiu para a casa de parentes.


Morretes

Enquanto o monitoramento em Antonina ocorre in loco e diariamente, os geólogos vão a Morretes quando são chamados para avaliar os deslizamentos, já que o principal problema na cidade foi causado pelas enchentes. Segundo Felipe, para um trabalho mais detalhado o estado pode vir a contratar mais geólogos para analisar as áreas de risco nos municípios ou em todo o Litoral. (GP)

Mulher que sequestrou bebê confessa que matou mãe adolescente, diz polícia


A Polícia Civil afirmou, em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (31), que Eva Cássia Ferrarezi Zeglan, de 40 anos, confessou que assassinou a adolescente Paloma Agostinho, de 16 anos, encontrada morta no fim de semana, em São José dos Pinhais, na região metropolitana. Em depoimento, Eva disse que decidiu cometer o crime porque a jovem teria desistido de vender o filho à acusada. A mulher havia sido presa no Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Terezinha de Itaipu, por volta do meio-dia da quarta-feira (30).

“Segundo a acusada, a adolescente havia negociado a venda da criança, mas se arrependeu e quis desfazer o negócio”, disse o delegado Hamilton da Paz, chefe da Divisão Metropolitana. “Eva usou um pano para enforcar a vítima”, complementou.


Paloma desapareceu na quinta-feira (24), em Guaratuba, no Litoral, depois de ter levado o filho – que tem menos de um mês de vida – a um posto de saúde, para fazer o exame do pézinho. Segundo a polícia, Eva convenceu a jovem a acompanhá-la a São José dos Pinhais, onde a adolescente receberia R$ 1,5 mil para lhe entregar a criança. Eles viajaram em um Pálio, que pertence à mulher, onde Paloma e o Filho permaneceram até o início da manhã de sábado, quando a adolescente foi assassinada e teve o corpo abandonado em uma estrada de terra, no bairro Rio Pequeno.

“Após discutirem porque Paloma desistiu de entregar o filho, as duas entraram em luta corporal. Depois de matar a menina, Eva rodou com o corpo da adolescente dentro do carro por um tempo, até abandonar o cadáver”, contou o delegado Gil Rocha Tesseroli. “A acusada morou por um tempo em São José dos Pinhais, próximo ao local onde o corpo foi encontrado”, acrescentou.

De acordo com a polícia, Eva havia alugado uma casa em Guaratuba, próximo a residência da avó de Paloma, onde conheceu a jovem. A acusada teria chegado a acompanhar a gestação da adolescente.

Fuga

Após cometer o crime, Eva teria retornado com o bebê de Paloma a Guaratuba para pegar seus supostos dois filhos (uma jovem de 19 anos e um de 15 anos) e de uma menina de cinco anos, que pretendia adotar. A bordo do Pálio, o grupo partiu em direção ao Oeste do estado. Segundo a polícia, Eva passou em Guaraniaçu, onde teria abandonado pessoalmente o filho de Paloma, na terça-feira (29), na Igreja Nossa Senhora de Fátima. Junto ao corpo da criança, ela deixou um bilhete, na tentativa de despistar a polícia.

Eva foi presa na quarta-feira, no posto da PRF. No carro, foram encontrados oito peças de roupas de criança, fraldas, lenços umedecidos, leite em pó para recém-nascidos, cobertores e a certidão de nascimento do filho de Paloma. “Durante a abordagem, ela disse que visitaria uma amiga em Foz do Iguaçu, mas não tinha nem o telefone nem o endereço desta pessoa. Acreditamos que Eva procurava fugir do flagrante”, apontou o delegado Lúcio Lugli.

Evidências

Para o delegado Hamilton da Paz, a troca de informações constante entre as polícias de São José dos Pinhais, Guaratuba e Foz do Iguaçu foi determinante para que o caso fosse solucionado. Segundo a polícia, os depoimentos de um pai-de-santo e de uma atendente de um centro de umbanda de Guaratuba foram fundamentais.

Antes de tentar fugir para o Oeste do estado, Eva teria levado o bebê de Paloma para receber uma bênção no centro de umbanda. A atendente e o pai-de-santo, no entanto, suspeitaram quando viram esparadrapos nos pés da criança. “Eles conversaram com Eva, que teria confessado a eles que teria feito uma ‘grande besteira’, e que essa ‘besteira’ envolvia morte”, disse Tesseroli. Após isso, o pai-de-santo denunciou o fato à polícia.

Dentre as testemunhas ouvidas nas investigações está o pai do bebê, pedreiro Jefferson de Góes, 33 anos. Por enquanto, não há evidências de que ele tivesse ciência da suposta “venda” do filho a Eva. A polícia também afirma que não há elementos que indiquem que Paloma fosse usuária de drogas, como o bilhete escrito por Eva chegou a supor.

Segundo Lugli, Eva será indiciada por sequestro seguido de morte. Presa temporariamente por 30 dias, a mulher foi apresentada à imprensa durante a entrevista coletiva, mas não quis se pronunciar. O futuro do bebê, dos jovens e da criança que estavam com Eva serão decididos pela Justiça.

Crime

O corpo da vítima foi encontrado caído às margens de uma estrada rural, no bairro Rio Pequeno, no sábado (26). O corpo estava em um matagal na Rua Estefano Woicikieviz, próximo da represa de captação Rio Pequeno, da Sanepar. O local é uma área do turismo rural conhecido como Colônia Mergulhão.

Familiares da adolescente estiveram no IML, em Curitiba, na terça-feira (29) para liberar o corpo da jovem. O pai, o tio e o companheiro da vítima também prestaram depoimento, em São José dos Pinhais, na terça-feira. O velório e o enterro da jovem ocorreram na quarta-feira (30), em Guaratuba.(GP)

A ASSASSINA VORACIDADE DA INDÚSTRIA BÉLICA: Secretário de Defesa dos EUA reclama de orçamento


O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, se queixou nesta quinta-feira (31) no Congresso por causa de um impasse no orçamento que faz o Pentágono operar com limites estreitos de gastos, no momento em que os militares americanos acabaram de entrar em novas iniciativas na Líbia e no Japão.

"Nós estamos com um problema sério no orçamento", disse Gates ao Comitê de Serviços Armados do Senado. "Francamente, preciso da ajuda do Congresso. O Departamento de Defesa precisa da ajuda do Congresso. Se nós vamos fazer todas essas coisas, precisamos do dinheiro para fazê-las".

Os comentários de Gates foram feitos em uma audiência na qual os senadores pressionaram o secretário sobre os planos da administração Obama, se o coronel Muamar Kadafi permanecer no poder na Líbia ou se não permanecer. Gates reiterou que é contra enviar tropas terrestres americanas à Líbia e minimizou as chances de que as forças da coalizão usem tropas terrestres para estabilizar a situação no país.

Gates também se referiu à presença de 18 mil militares americanos e 19 navios que no momento ajudam o Japão a socorrer populações na região devastada pelo terremoto e o tsunami, dizendo que "existem custos associados a isso e nós também precisamos lidar com eles".

Pressionado sobre onde encontrará o dinheiro, Gates replicou a um senador: "Eu vou ter que fazer uma troca interna". Ele acrescentou mais tarde que existem US$ 4 bilhões que não foram pedidos nos projetos de gastos da Defesa que estão no momento em negociação, e "é para lá que eu vou olhar antes". (Dow Jones)

 
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