sábado, 10 de julho de 2010

Caso Elisa: O que motiva um homem a mandar matar sua ex-namorada?

A brutalidade não é constitutiva da natureza masculina, mas um dispositivo de uma sociedade que reduz as mulheres a objetos de prazer e consumo dos homens

*DEBORA DINIZ

O crime passional não é um ato de amor, mas de ódio. Em algum momento do encontro afetivo entre duas pessoas, o desejo de posse se converte em um impulso de aniquilamento: só a morte é capaz de silenciar o incômodo pela existência do outro. Não há como sair à procura de razoabilidade para esse desejo de morte entre ex-casais, pois seu sentido não está apenas nos indivíduos e em suas histórias passionais, mas em uma matriz cultural que tolera a desigualdade entre homens e mulheres. Tentar explicar o crime passional por particularidades dos conflitos é simplesmente dar sentido a algo que se recusa à razão. Não foi o aborto não realizado por Eliza, não foi o anúncio de que o filho de Eliza era de Bruno, nem foi o vídeo distribuído no YouTube o que provocou a ira de Bruno. O ódio é latente como um atributo dos homens violentos em seus encontros afetivos e sexuais.

Como em outras histórias de crimes passionais, o final trágico de Eliza estava anunciado como uma profecia autorrealizadora. Em um vídeo disponível na internet, Eliza descreve os comportamentos violentos de Bruno, anuncia seus temores, repete a frase que centenas de mulheres em relacionamentos violentos já pronunciaram: "Eu não sei do que ele é capaz". Elas temem seus companheiros, mas não conseguem escapar desse enredo perverso de sedução. A pergunta óbvia é: por que elas se mantêm nos relacionamentos se temem a violência? Por que, jovem e bonita, Eliza não foi capaz de escapar de suas investidas amorosas? Por que centenas de mulheres anônimas vítimas de violência, antes da Lei Maria da Penha, procuravam as delegacias para retirar a queixa contra seus companheiros? Que compaixão feminina é essa que toleraria viver sob a ameaça de agressão e violência? Haveria mulheres que teriam prazer nesse jogo violento?

Não se trata de compaixão nem de masoquismo das mulheres. A resposta é muito mais complexa do que qualquer estudo de sociologia de gênero ou de psicologia das práticas afetivas poderia demonstrar. Bruno e outros homens violentos são indivíduos comuns, trabalhadores, esportistas, pais de família, bons filhos e cidadãos cumpridores de seus deveres. Esporadicamente, eles agridem suas mulheres. Como Eliza, outras mulheres vítimas de violência lidam com essa complexidade de seus companheiros: homens que ora são amantes, cuidadores e provedores, ora são violentos e aterrorizantes. O difícil para todas elas é discernir que a violência não é parte necessária da complexidade humana, e muito menos dos pactos afetivos e sexuais. É possível haver relacionamentos amorosos sem passionalidade e violência. É possível viver com homens amantes, cuidadores e provedores, porém pacíficos. A violência não é constitutiva da natureza masculina, mas sim um dispositivo cultural de uma sociedade patriarcal que reduz os corpos das mulheres a objetos de prazer e consumo dos homens.

A violência conjugal é muito mais comum do que se imagina. Não foi por acaso que, quando interpelado sobre um caso de violência de outro jogador de seu clube de futebol, Bruno rebateu: "Qual de vocês que é casado não discutiu, que não saiu na mão com a mulher, né cara? Não tem jeito. Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Há pelo menos dois equívocos nessa compreensão estreita sobre a ordem social. O primeiro é que nem todos os homens agridem suas companheiras. Embora a violência de gênero seja um fenômeno universal, não é uma prática de todos os homens. O segundo, e mais importante, é que a vida privada não é um espaço sacralizado e distante das regras de civilidade e justiça. O Estado tem o direito e o dever de atuar para garantir a igualdade entre homens e mulheres, seja na casa ou na rua. A Lei Maria da Penha é a resposta mais sistemática e eficiente que o Estado brasileiro já deu para romper com essa complexidade da violência de gênero.

Infelizmente, Eliza Samudio está morta. Morreu torturada e certamente consciente de quem eram seus algozes. O sofrimento de Eliza nos provoca espanto. A surpresa pelo absurdo dessa dor tem que ser capaz de nos mover para a mudança de padrões sociais injustos. O modelo patriarcal é uma das explicações para o fenômeno da violência contra a mulher, pois a reduz a objeto de posse e prazer dos homens. Bruno não é louco, apenas corporifica essa ordem social perversa.

Outra hipótese de compreensão do fenômeno é a persistência da impunidade à violência de gênero. A impunidade facilita o surgimento das redes de proteção aos agressores e enfraquece nossa sensibilidade à dor das vítimas. A aplicação do castigo aos agressores não é suficiente para modificar os padrões culturais de opressão, mas indica que modelo de sociedade queremos para garantir a vida das mulheres.



*DEBORA DINIZ É ANTROPÓLOGA E PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Prefeitos do PMDB não aceitam o Osmar e apóiam Beto Richa


Vinte prefeitos do Oeste, liderados pelo presidente da AMOP, prefeito de Jesuítas, Julio Verley, e pelo anfitrião, prefeito Claudio Quadri,de Capitão Leonidas Marques, todos do PMDB, decidiram não apoiar o Osmar Dias.

Todos eles, que não foram consultados sobre a coligação com o Osmar, não aceitam as imposições da cúpula do PMDB e apóiam o Beto Richa. Este apoio representa uma grave perda para a candidatura Osmar Dias e veio a se somar a outros problemas porque passa a coligação e torna ainda mais difíceis as relações do PMDB com os demais partidos integrantes da frente.

O primeiro encontro de Beto Richa com o presidente da AMOP se deu ontem à noite, em Cascavel.

Beto: “Um novo jeito de governar, sem truculência, que ouve os paranaenses”


O candidato da coligação Novo Paraná ao Governo do Estado, Beto Richa, encerrou uma viagem por 19 municípios da região Noroesteo. Na sexta-feira (9) à noite, em Campo Mourão, Richa participou de audiência pública com moradores e lideranças dos 25 municípios que integram a Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam). “O Paraná terá um novo um novo jeito de governar, sem truculência e que ouve as opiniões dos paranaenses”, disse Beto Richa.

Em dois dias de viagens, Beto Richa conversou com lideranças comunitárias, políticas e empresariais em Peabiru, Araruna, Terra Boa, Engenheiro Beltrão, Quinta do Sol, Fênix, Barbosa Ferraz, Corumbataí do Sul, Luiziana, Iretama, Farol, Janiópolis, Moreira Sales, Goioerê, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Juranda, Boa Esperança e Mamborê. Beto destacou que foi assim que aprendeu a fazer política, com seu pai, o ex-governador José Richa, dentro de casa. “Ouvindo e valorizando a opinião das pessoas”, afirmou, lembrando que em cinco anos à frente da Prefeitura de Curitiba, promoveu 300 audiências públicas.

Nos municípios

Em Juranda, Beto defendeu a união das forças políticas em prol do desenvolvimento social e econômico do Paraná. Na cidade foi recebido pela prefeita Leila Miotto Amadei (PSC). “O Beto é competente e tem a experiência de sucesso em Curitiba, que trará em sua administração no governo do Estado”, afirmou a prefeita, acompanhada dos deputados estaduais Luiz Accorsi e Plauto Miró Guimarães.

Em Mamborê, Beto foi recebido pelo prefeito Henrique Sanches Salla (PMDB), que entregou uma lista de demandas ao candidato a governador. Entre as propostas, estão a pavimentação de trechos rodoviários da rodovia PR 553, do anel viário de acesso à Mamborê, e a ligação Mamborê-Distrito Guaran, além de investimentos na agroindustrialização e ampliação de investimentos habitacionais. Beto disse que em seu plano de governo haverá grande investimento na malha rodoviária e no setor agroindustrial.

Gleisi e Osmar Dias percorrem o Estado



Desde terça-feira, 6, a candidata ao Senado Gleisi Hoffmann participa de um giro pelo Estado ao lado de Osmar Dias, candidato a governador pela coligação PDT, PMDB, PT, PSC, PR e PC do B.

Na terça, Gleisi e Osmar passaram por Ponta Grossa e Londrina. Na quarta, 7 visitaram Maringá, Paranavaí e Umuarama e na quinta, 8, Cascavel e Foz do Iguaçu.

Durante encontro com prefeitos e candidatos em Ponta Grossa, na manhã de terça-feira, Gleisi destacou a força da mulher na política, dando como exemplo as realizações de Dilma Rousseff, entre elas, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Desde o ano passado, Gleisi está percorrendo diversas regiões do Estado. “Nesses encontros com lideranças, tenho dialogado sobre temas importantes com os paranaenses. Através desse contato mais próximo com a população, tive a oportunidade de conhecer as características e carências de cada região. Estou disposta e preparada para ser a porta-voz dos paranaenses e trabalhar para que cada região implemente seu projeto de desenvolvimento regional com apoio do governador Osmar Dias e da presidente Dilma Rousseff”, enfatiza Gleisi.

O Requião não é o candidato ao senado da família Pessuti


Bruno Pessuti não cita o Requião como seu candidato:

“Se eu fosse emitir a minha opinião pessoal eu te diria que vou de Dilma & Michel Temer, Osmar & Rodrigo Rocha Loures e Gleisi”

Carreata do Beto Richa em Cascavel







"Eleição é falso plebiscito entre amigos de Lula e FHC", diz Ciro

Mirelle Irene

Antes de fazer uma palestra na noite desta quinta-feira (8) na Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (GO), o deputado Ciro Gomes (PSB) mostrou, durante entrevista, que ainda não digeriu muito bem a não inclusão de seu nome na disputa presidencial deste ano. "Não sou um neutro observador da cena (política) brasileira", começou. "Até dois meses atrás eu lutava para ser candidato a presidente do Brasil e, infelizmente, meu partido optou por não lançar a candidatura própria", lembrou. Ciro lamentou a decisão do PSB. "Acho um erro reduzir o debate brasileiro", disse. "Infelizmente, o debate está amesquinhado nesse falso plebiscito entre os amigos do Lula (entre os quais eu me incluo) e os amigos do FHC, representados pelo Serra", definiu. "Isto é muito pouco para um país que precisa tanto discutir seu futuro", ainda acrescentou. Ciro Gomes ainda revelou que não está tão empolgado em participar do esforço em eleger a candidata que seu partido apoia no pleito, a petista Dilma Rousseff. "Não tenho muita vontade não. A minha participação na campanha, a proporção dela, vai depender do nível de incorporação pela candidata das minhas preocupações com o País", resumiu.

Banco Central - Ciro criticou muito a política financeira adotada pelo Banco Central no Brasil. "O Banco Central hoje está aumentando as taxas de juros contra uma inflação que não existe, causada por mensalidade escolar, sazionalidades da agricultura", apontou. "A razão dos juros altos cronicamente está na questão de uma equação institucional que a política e só ela pode resolver", sugere. "Trabalhamos eternamente em desequilíbrio. Enquanto o mundo vai bem, nós financiamos este desequilíbrio rolando a dívida externa. Quando o mundo vai mal, a gente não consegue", disse.

ALEP: O PT TINHA SEIS ...


O Messias, sindicalista da CUT, conhecido por ser realista e um grande gozador, ao entrar na liderança do partido viu uma foto com os 6 deputados estaduais(Enio, Tadeu, Péricles, Pedro Ivo, Elton e Luciana). De sacada rápida lembrou que com a coligação na chapa proporcional com o PMDB-PDT- PSC e o PT, conforme previsão da maioria dos militantes, o PT poderá ter a sua bancada reduzida para três, apontando para um cartaz com a foto da atual bancada, e disse:

“Isso seria um bom cartaz para a novela Éramos seis!”

Éramos seis é o título de um romance escrito por Maria José Dupré, publicado em 1943 e adaptado para o cinema e a televisão em quatro ocasiões, na forma de telenovela.

Será o efeito Requião? Se já no início da campanha o homem está assim imaginem com o Requião ao lado no palanque!!!



Segundo o blog Boca Maldita o Osmar cancelou a agenda em Guarapuava:

"O senador Osmar Dias, candidato ao Governo do Estado pela coligação "A União Faz Um Novo Amanhã", cancelou a agenda que teria neste sábado (10) em Guarapuava, no Centro-Oeste do Paraná. A decisão foi tomada na noite de sexta-feira (9), informa pelo twitter André Sberze, membro da JPDT e da coordenação de Osmar Dias na regional dos Campos Gerais, em post direcionado ao perfil do Boca Maldita. Osmar deverá ir até a cidade na próxima semana. Confiram:

Sim, foi cancelado ontem a noite, ele vem na próxima semana. Mas os apoios dos Vereadores do PP de Gpva está mantido!! rsrs"

O twitter do Requião diz que o mesmo está em Guarapuava:

"# Encontrei agora no café, em Guarapuava, a Mara Lima, amiga comum do saudoso Vanderlei Iensen. Boa caminhada, Mara http://twitpic.com/241owy about 2 hours ago via Twitpic"

"# Agora em Guarapuava, terra de minha mãe, a caminho de Foz para conversar com companheiros, segunda , OFICIALMENTE , INICIO DA CAMPANHA. about 3 hours ago via web

Resumindo:

O REQUIÃO FAZ MAL A SAÚDE DO OSMAR?

Gleisi fala dos desafios no Senado no programa Jogo do Poder


Neste domingo, dia 11, Gleisi Hoffmann será a convidada do Programa Jogo do Poder, na CNT. O programa, apresentado por Luiz Carlos da Rocha, debate assuntos ligados à política.
Durante a entrevista, Gleisi falou sobre a atuação que pretende ter no Senado Federal. Questionada sobre os escândalos na instituição, disse acreditar que haverá uma grande renovação nesta eleição e que a tomada de discussões mais relevantes vai ser prioridade no seu mandato. "O Senado precisa discutir temas importantes para a população e pode fazê-lo. Poderia, por exemplo, encabeçar campanhas educativas e sociais. Atuar mais diretamente na vida das pessoas".

Governo completa ciclo de reciclagem em todo Estado

Jorge Augusto Callado Afonso

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não-Alcoólicas (ABIR), Hoche Pulcherio, assinaram nesta sexta-feira, em Curitiba, um termo de cooperação técnica que garante investimentos de R$ 700 mil em ações ambientais em todo Estado.

Com o projeto apresentado pela ABIR – Multiplicadores ambientais e inclusão social no Estado – o Governo do Estado completa o ciclo de ações ambientais voltadas para a reciclagem em todo o Estado e também prevê capacitação de catadores de materiais recicláveis, aquisição de equipamentos e eventos educativos.

Jorge Augusto ressaltou a importância do termo assinado e a parceria firmada entre o setor público e privado que visam a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental. “São várias as ações ambientais como esta que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado nos últimos meses que contribuem para o cumprimento da legislação ambiental vigente no Estado”, declarou.

As ações que deverão ser realizadas em vários municípios paranaenses entre os meses de julho e dezembro de 2010 cumprem a legislação ambiental no que se refere às embalagens pós-consumo.

Também está previsto no projeto a Capacitação de catadores de materiais recicláveis, objetivando qualidade de vida, cidadania, capacidade empreendedora, utilização adequada das técnicas necessárias à atividade, visão de negócio e sustentabilidade, bem como, a fim de manter o acompanhamento técnico especializado, na forma de consultoria/assessoria a cada uma das associações/cooperativas contempladas.

Para o presidente da ABIR, o projeto apresentado pelo órgão irá contribuir bastante para o meio ambiente e também para a vida das pessoas que trabalham neste setor. “Pra nós é muito importante a parceria firmada com o Governo do Paraná porque o Estado sempre liderou as ações ambientais. Portanto, desenvolvemos um projeto que irá atender todas as exigências ambientais e contribuir para a qualidade de vida das pessoas”, apontou Hoche.

Além disso, serão realizados eventos educativos envolvendo mais de 15 mil crianças, divulgação do projeto mediante a veiculação de peças publicitárias, cartazes, folhetos de caráter educativo, informativo ou de orientação social, com o objetivo de sensibilizar a população para a separação do material reciclável para a coleta seletiva e aquisição de máquinas e equipamentos paras as associações/cooperativas.

PARCERIA - As ações de reciclagem no Estado são coordenadas pelo Programa Desperdício Zero da Sema e conta com a parceria do grupo G22 + 1 – formado por representantes dos municípios responsáveis por 85% dos resíduos gerados no Estado, a Tetra Pak, Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abipech), Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), Sindibebidas e a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR).

O convênio firmado com o Governo do Estado contou com a participação das seguintes empresas associadas: Chocolate Indústria de Alimentos Ltda, Sococo S/A, Primo Schincariol, Red Bull do Brasil, Alflash, Ultrapan, Brasfrigo, Sig Combibloc, Yoki Alimentos, Cia de Bebidas das Américas, Spaipa e Sucos Del Valle.

“A assinatura representa o esforço que as empresas estão desempenhando e um projeto positivo que irá contribuir para o meio ambiente”, apontou o diretor de assuntos governamentais da Coca-Cola, Victor Bicca Neto.

BALANÇO – Foram várias as reuniões que envolveram diversos setores nos últimos meses realizados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente com o objetivo de cobrar ações ambientais das empresas. O coordenador de Resíduos Sólidos e do Programa Desperdício Zero da Sema, Laerty Dudas, avaliou que foram mobilizados diversos representantes e que os resultados foram surpreendentes.

“Com toda a cobrança e mobilização conseguimos contemplar todo o Estado num plano de ação para o escoamento sustentável dos materiais recicláveis. Temos alguns desafios pela frente, mas estamos no caminho certo”, comenta Dudas.

Com produtores do Noroeste, Beto reafirma compromisso com agroindústria


Em uma série de encontros com prefeitos, moradores, produtores rurais e lideranças de municípios da região Noroeste nesta sexta-feira (9), o candidato da coligação Novo Paraná, Beto Richa, afirmou que investirá no fortalecimento da agricultura e na agroindústria para promover o desenvolvimento econômico do Paraná. “É preciso valorizar e apoiar o produtor, garantir o direito à propriedade e o respeito às leis e dar todo apoio aos programas de agricultura familiar”, afirmou Beto.

“Ampliar o crédito agrícola, apoiar as cooperativas e investir em tecnologia são ações essenciais”, disse ele, após ouvir queixas dos prefeitos de Iretama, Farol, Janiópolis e Goioerê sobre a falta de apoio aos pequenos produtores rurais. Richa afirmou que é preciso modificar o modelo de gestão na área agrícola. “Nosso Plano de Governo prevê ações para agregar valor aos produtos rurais paranaenses e gerar renda”, disse Beto.

Beto encerra nesta sexta-feira, com uma audiência pública em Campo Mourão, um roteiro por 19 municípios da região. Na quinta-feira, foi a Peabiru, Araruna, Terra Boa, Engenheiro Beltrão, Quinta do Sol, Fênix, Barbosa Ferraz, Corumbataí do Sul, Luiziana e Iretama. Na sexta-feira, esteve em Farol, Janiópolis, Moreira Sales, Goioerê, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Juranda, Boa Esperança e Mamborê.

O prefeito de Iretama, Antônio José Quesada Piazzalunga (PMDB), disse que o Governo do Estado precisa oferecer mais apoio ao pequeno produtor rural. “O essencial é dar incentivo para que o produtor permaneça na sua propriedade”, afirmou o prefeito Piazzalunga, que administra município essencialmente agrícola. “A maior demanda no nosso município é por apoio para o pequeno agricultor rural”, completou o vice-prefeito de Farol, Izaias Lima (PSC). Farol tem cerca de 5 mil habitantes e as principais culturas são milho, soja e algodão, além da produção de leite.

Acompanharam Beto Richa os candidatos ao Senado, Gustavo Fruet e Ricardo Barros, os deputados estaduais Luiz Nishimori, Douglas Fabrício, Nelson Garcia, Luiz Fernandes Litro e Rubens Bueno.

BR 476 terá bloqueio total para obras neste sábado, no Tarumã



BR 476 terá bloqueio total para obras neste sábado, no Tarumã

A Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A informa que em função de obras que serão feitas pela Prefeitura, haverá bloqueios de trânsito - parcial e total - neste sábado (10) na BR 476, no bairro Tarumã.

Agentes da Diretran estarão em todo o trecho orientando os motoristas. É importante que motoristas e pedestres observem e obedeçam a sinalização e a orientação dos agentes de trânsito.

O bloqueio será feito em partes. Das 7h às 10h será bloqueada a lateral do viaduto do Tarumã no sentido Porto Alegre, no cruzamento com a rua Antonio Camilo.

O desvio será feito pela Antonio Camilo, virando à esquerda na Afonso Penna e à esquerda na rua Maria Ficinska, retornando então à BR. Com o bloqueio haverá alteração no acesso à avenida Victor Ferreira do Amaral para quem está na BR no sentido Porto Alegre.

Das 10h às 15h haverá bloqueio total ao tráfego na BR 476 e nas marginais. Para quem está no sentido Porto Alegre, o desvio deve ser feito da mesma forma, pelas ruas Antonio camilo, Afonso Penna e Maria Ficinska. Para quem segue no sentido São Paulo o desvio será feito pela rua, à direita, General Adalberto de Menezes, entrando à esquerda na Antonio Simm, em seguida à direita na rua Suécia, à esquerda na General Polli Coelho e à esquerda na Coronel Irazé Paes Brasil, retornando à BR.

Apesar da suspensão do embargo dos portos, multa de R$ 4,8 milhões continua valendo

A mídia procura o nepote Eduardo Requião, que foi o superintendente do Porto durante o governo de seu irmão, para explicações sobre as heranças malditas geradas pela sua péssima gestão, mas ele "sumiu"

GP
A suspensão do embargo imposto aos portos de Paranaguá e Antonina, obtida por meio de liminar concedida pela Justiça Federal, não anula a multa de R$ 4,8 milhões determinada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) informou na tarde desta sexta-feira (9) que a multa continua valendo e que os responsáveis pelos portos têm 20 dias para entrar com um processo administrativo junto ao próprio Ibama para tentar suspender a penalização.
Desacordo

Os pontos principais do acordo com o Ibama que o Porto de Paranaguá deixou de cumprir:

Plano de contingência - É preciso que o porto tenha um plano para conter emergências. Essa estratégia deve ser “condizente com o tamanho do porto e com a relevância biológica da Baía de Paranaguá”.

Crescimento - O porto deve apresentar planos de crescimento estrutural. A estrutura precisa ser “condizente com o crescimento econômico brasileiro”.

Sedimentação- Apresentação da análise dos sedimentos que são depositados no mar a todo momento, com a movimentação dos navios. Além disso, o terminal deve recolher esses sedimentos (que contém metais) e depositá-los em lugar seguro para o meio ambiente.

Segurança - De acordo com o Ibama, a dragagem do Canal da Galheta, que dá acesso marítimo à Baía de Paranaguá, está defasada e o risco de acidentes é iminente, o que pode causar vazamentos.

O Ibama multou a administração dos portos em razão de problemas apresentados para regularização do licenciamento ambiental dos locais (ver no quadro ao lado).

Ibama espera 30 dias

Também nesta sexta-feira, o Ibama anunciou que não vai recorrer da decisão da Justiça Federal que suspendeu a paralisação das atividades dos portos. Segundo o órgão, como a liminar determina que um cronograma para regularizar os problemas ambientais deve ser apresentado em 30 dias, o Ibama vai aguardar o prazo estabelecido pela Justiça.

O superintendente da Appa, Mario Lobo Filho, declarou que o cronograma de atividades deve ficar pronto antes do prazo de 30 dias. Segundo ele, as irregularidades estão mais relacionadas a questões formais como falta de relatórios e problemas de documentação.

Uma reunião entre representantes da Appa e do Ibama foi marcada para a próxima segunda-feira (12) em Brasília.

Embargo

A paralisação das atividades dos portos de Paranaguá e Antonina foi determinada pelo Ibama na tarde de quinta-feira. O embargo começou por volta das 17 horas de quinta e paralisou as operações de 13 navios por cerca de oito horas. Segundo a Appa, não houve prejuízos com relação ao transporte de cargas durante a interdição. Estava garoando durante a noite de quinta e na madrugada de sexta-feira (9) e nessas condições as atividades, normalmente, são suspensas.

PT vai trocar programa de Dilma outra vez

AE

O programa de governo da petista Dilma Rousseff protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será trocado outra vez. A nova versão deverá expurgar propostas marcadas pelo radicalismo, como os ataques aos meios de comunicação, que sobreviveram na segunda edição do plano. A decisão foi tomada para conter o ciclo de repercussão negativa aberto pela divulgação da primeira versão do programa, marcada por propostas radicais como o combate ao "monopólio da mídia" e taxação das grandes fortunas.

A terceira proposta contará com as sugestões de PMDB, PSB, PDT, PCdoB, PSC e outros partidos da aliança e terá mais cara de programa de governo, de acordo com um dos coordenadores da campanha de Dilma. Por isso, evitará entrar em assuntos como o controle social da mídia, que emergiu das resoluções aprovadas pelo 4.º Congresso do PT.

Um dos coordenadores da campanha de Dilma, o deputado estadual Rui Falcão (PT), disse que não há nenhum problema em fazer mais uma substituição do programa na Justiça Eleitoral. O primeiro programa registrado pelo PT no TSE, na segunda-feira, tinha 19 páginas com resoluções do 4.º Congresso do partido, realizado em fevereiro. Todas as páginas foram rubricadas por Dilma e pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Polícia italiana prende chefe da máfia Camorra

EFFE

A polícia italiana deteve nesta quinta-feira, 8, Cesare Pagano, considerado chefe do perigoso e sanguinário clã mafioso da Camorra napolitana e braço-direito de Raffaele Amato, o "capo" camorrista detido na Espanha em maio de 2009.

Segundo informam fontes policiais, Pagano, um dos 30 foragidos mais perigosos da Itália, foi detido esta madrugada em uma pequena vila da localidade de Licola, próxima a Nápoles, no litoral sudoeste italiano.

O suposto mafioso, de 40 anos e cunhado de Raffaele Amato, estava foragido da Justiça desde março de 2009 e é acusado de associação mafiosa e tráfico internacional de drogas.

Pagano era considerado o sucessor de Amato à frente do clã dos "escisionistas", que saiu vencedor perante o clã Di Lauro da sangrenta luta entre grupos rivais da Camorra que aconteceu na localidade napolitana de Scampia entre 2004 e 2005.

O clã dos "escisionistas", também chamado clã Amato, controla Scampia e os municípios vizinhos de Arzano, Casavatore, Mugnano e Melito.


Corleones do Brasil

O bicheiro Capitão Guimarães, que foi torturador na PE do Rio de Janeiro no período da ditadura, quando foi preso na Operação Hurricane

Tiago Cordeiro

Eles não vestem capotes escuros, mas ternos brancos, camisas floridas abertas e correntes de ouro no peito. Aprenderam a se organizar tendo contato com mafiosos do sul da Itália. Dos Corleones, um dos mais temidos clãs da máfia siciliana, conseguiram as primeiras máquinas caça-níqueis que vieram ao Brasil. Antes bicheiros da periferia, se tornaram mafiosos donos de bingos que dão lucros milionários. Compram juízes, o apoio de políticos e a amizade de celebridades. Como a polícia federal mostrou em abril, durante a operação hurricane, eles têm poder suficiente para serem chamados de Corleones do Brasil.

Jogo do bicho

Nossos chefões nasceram com o jogo do bicho e, nos últimos anos, viram seus lucros irem às alturas com as máquinas caça-níqueis instaladas em cada padaria da maioria das cidades brasileiras. No último dia 13 de abril, uma sexta-feira, eles passaram por uma cena comum na história de qualquer máfia: uma grande blitz policial.

Uma megaação desmontou um grupo organizado de bicheiros, delegados, juízes e desembargadores. Batizada de Hurricane, a operação da Polícia Federal indiciou 29 pessoas e levou 25 para a cadeia. Segundo a polícia, o esquema envolvia o pagamento mensal de até R$ 30 000 para juízes e desembargadores a fim de garantir que as casas de bingo, com suas máquinas caça-níqueis, continuassem a funcionar.

A exploração de jogos pela iniciativa privada tinha sido autorizada pela Lei Zico, de 1993, mas, desde 2001, os bingos são considerados uma atividade não regulamentada. Para funcionar, precisam ter liminares concedidas por juízes. Com a operação da PF, ficou claro que o grupo que operava as máquinas caça-níqueis era muito mais sofisticado que um grupo de crime organizado.

"Trata-se de um grupo que tem conexões com outras máfias, principalmente da Itália", afirma a juíza Denise Frossard, que em 1993 levou 14 integrantes da cúpula da máfia carioca para a cadeia (leia entrevista ao lado). Além do apoio de magistrados e políticos, os bingueiros participavam da vida social da elite carioca, dando festas em coberturas de 3 andares em Copacabana, patrocinando escolas de samba e posando ao lado de celebridades globais.

Não é por acaso que nossos mafiosos são tão parecidos com os originais. É que eles só existem por causa da interferência direta de algumas das maiores famiglias italianas, vindas diretamente da Sicília. O jogo do bicho não seria um império nem teria se modernizado com as máquinas caça-níqueis sem a influência e o dinheiro de dois dos maiores chefes da história, Antonino Salamone e Totò Riina.

A máfia e o papa

Tudo isso começou no século 19, na Sicília. A ilha tinha passado por duas tentativas de golpe, em 1848 e 1860, vivendo um estado de caos. Foi quando surgiram os primeiros grupos organizados, que protegiam seus membros da confusão reinante.

Em 1870, com a Itália já unificada, o Vaticano se declarou independente, e o papa Pio 9º chamou os católicos a reagir contra a autoridade do Estado italiano recém-unificado. Os bandos sicilianos aceitaram o chamado papal e começaram a reagir contra a polícia.

"Quando a situação se acalmou, os integrantes desses grupos estavam muito ligados. Eles chamavam a própria organização de Cosa Nostra, 'coisa nossa' ", diz o historiador e sociólogo italiano Diego Gambetta, professor da Universidade de Oxford e autor do livro The Sicilian Máfia ("A Máfia Siciliana", sem edição brasileira). Aqueles que não pertenciam à Cosa Nostra diziam que os fora-da-lei eram um grupo de mafiosi. "Essa palavra tinha um sentido ambíguo", afirma o sociólogo Gambetta. "Servia para caracterizar a pessoa como arrogante e também como destemida."

Nos anos seguintes, outras duas regiões do sul da Itália também se tornariam berço de grupos fortes - a Calábria e Nápoles, onde surgiu a Camorra. Com o tempo, algumas cidades sicilianas, como Corleone, Cinisi e Croceverde, ganhariam as próprias organizações mafiosas.

A máfia chega ao Brasil

Ainda no final do século 19, centenas de famílias de sicilianos emigraram para os EUA. Com elas, a máfia também atravessou o Atlântico. As famílias mais poderosas começaram a agir em Nova York e Chicago.

Em Nova York, 5 grandes famílias se consolidaram no poder: Bonanno, Genovese, Gambino, Luchese e Profaci. Começou então uma série de ciclos, que se estendeu pelo século 20, de famílias fazendo acordos de paz entre si e, quando eles eram rompidos, desencadeavam anos de carnificina. Na década de 1950, um capo italiano foragido da polícia resolveu se esconder nas praias do Rio. E foi assim que a máfia chegou ao Brasil.

Antonino Salamone foi um dos diretores da Cosa Nostra durante as décadas de 1960 e 1970. Em 1963, depois do Massacre de Ciaculli, quando sua organização matou 7 policiais italianos em um atentado à bomba, Salamone veio se refugiar no Brasil. No Rio de Janeiro, ele se aliou a Castor de Andrade, então com 37 anos. Da aliança entre os dois, surgiria a máfia brasileira.

Castor deu a Salamone abrigo e um emprego de fachada em uma das empresas da família, a Tecelagem Bangu. "Salamone, condenado nos EUA e na Itália, recebeu a cobertura da ditadura brasileira", afirma o juiz Walter Maierovitch, ex-Secretário Nacional de Justiça e um dos maiores especialistas em crime organizado no Brasil.

PARA SABER MAIS
The Sicilian Mafia: The Business of Private Protection
Diego Gambetta, Harvard University Press, 1993.

Criminalidade Organizada
Paulo José da Costa Jr. e Angiolo Pellegrini, Jurídica Brasileira, 1999.

EUA e Rússia fazem troca de espiões no aeroporto de Viena


Os EUA e a Rússia realizaram nesta sexta-feira, 9, a maior troca de espiões desde a Guerra Fria, trocando dez agentes secretos presos em território americano por quatro agentes condenados em Moscou. O procedimento ocorreu no aeroporto de Viena, na Áustria.

Dois aviões - um vindo de Nova York e o outro de Moscou - chegaram a Viena em um intervalo de poucos minutos, manobraram até ficar próximos e ficaram parados por cerca de uma hora e meia. Durante esse período, um ônibus viajou de uma aeronave à outra.

Concluída a troca, os aviões partiram do aeroporto de Viena - o russo com os dez detidos no fim de junho por viverem nos EUA com identidades falsas e o americano com quatro agentes que haviam sido condenados por espionar para o Ocidente. Não havia informações sobre o destino de casa aeronave, mas o primeiro deve ir para Moscou, e o segundo para Londres.

O ministério do Exterior russo confirmou a troca, dizendo que ela representava "o retorno à Rússia de 10 cidadãos russos acusados nos Estados Unidos, juntamente com a transferência simultânea para os EUA de quatro indivíduos previamente condenados na Rússia".

Efeito botox na face e no verbo!

Neste vale tudo eleitoral, na tentativa de ganhar o voto dos incautos, os políticos além de mudarem os discursos mudam até a face!

Antes:


Depois:

''Lula quer Dilma no poder para seguir mandando'', diz fundador do PT

Hélio Bicudo

AE

Fundador do PT, deputado federal pelo partido, vice-prefeito de São Paulo na gestão Marta Suplicy, candidato ao Senado e a vice de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa ao governo paulista, o advogado Helio Bicudo apoia publicamente a candidata do PV à Presidência, Marina da Silva, nas eleições desse ano. "Lula quer Dilma Rousseff no poder para continuar mandando no País", dispara, sobre a candidata petista.

Afastado do PT desde o escândalo do mensalão, em 2005, o jurista classifica o governo de "autoritário", acusa o presidente Lula de "mirar mais no poder pessoal do que nos objetivos do partido", diz que o Congresso e o Judiciário estão desmoralizados e defende a alternância de poder como indispensável ao estado democrático. "José Serra (PSDB) é um homem competente, mas Marina Silva expressa de forma melhor o ideário de um Brasil igual para todos."

Aos 88 anos, à frente da Fundação Interamericana de Direitos Humanos, Bicudo tem página no Facebook e escreve de próprio punho as notas que publica no Twitter, onde tem 618 seguidores. Nesta entrevista, o jurista fala da mágoa com o partido que ajudou a criar e onde militou por 25 anos. E diz por que, embora ligado aos movimentos sociais da Igreja Católica, seu voto irá para a candidata evangélica.

Marina Silva. "Conheci a Marina como senadora, quando nós organizamos um tribunal para julgar o massacre em Eldorado dos Carajás, no Pará. Ela deu um voto que realmente me emocionou. Mais tarde, num segundo tribunal da terra, em Curitiba, mais uma vez mostrou seu compromisso com os mais pobres. O fato de ser evangélica não muda em nada o meu apoio. Ter uma religião é um caminho importante no traçado da nossa vida. Sou católico praticante e tenho colhido bons frutos dessa fé. Mas, cada um deve encontrar seu credo.

Acho José Serra um homem competente. Plínio (Arruda Sampaio, candidato pelo Psol) é meu amigo e um homem de grande valor, que deixa tudo de lado para atender ao interesse público. Mas, Marina Silva expressa o ideário de um país onde todos são iguais, comprometido com os direitos humanos, não só relacionados à pessoa, mas ao meio ambiente."

Reforma Agrária. "Sou contra a criminalização dos movimentos sociais. Posso estar enganado, mas para mim o MST é o único movimento de massas ainda válido. A gente não sabe até que ponto eles estão envolvidos com o governo federal, mas criminalizar um movimento popular é ir na contramão dos direitos humanos. E acho que Marina não faria isso. Hoje, o MST sabe que não é com a invasão de terras que vão conseguir a reforma agrária, mas com a industrialização do que eles produzem nos assentamentos. E Marina é a pessoa certa para uma política agrária eficiente."

Partido dos Trabalhadores. "Não estou no PT desde 2005. Retirei a filiação porque entendi que o PT não cumpria mais o seu ideário. O que primeiro me advertiu sobre a mudança do partido foi a carta aos brasileiros (documento assinado durante a campanha presidencial de 2002) em que o Lula entregava-se ao neoliberalismo. Veio o mensalão, amoral e antiético. É um equívoco achar que não se pode governar com a minoria, porque Lula podia pressionar o Congresso com o povo. Como diz que não sabia? Lula manda no PT. Esse é um problema. Numa democracia, ninguém pode mandar num partido, se não a sua base. Mas, no Brasil, os partidos têm direção e não base. Ao pedir desligamento do PT, sequer recebi resposta. Ajudei o partido até o fim! Não conta?"

Lula. "É autoritário. Mira mais o poder pessoal do que os objetivos do PT. Me afastei dele. O eixo desse afastamento foi a sindicância interna feita por mim no PT, que enquadrava Roberto Teixeira, compadre de Lula e ele não perdoa ninguém."

Ficha Limpa. "É uma vergonha. A Constituição diz que se deve olhar a vida pregressa do candidato. Mas, a lei resumiu isso a um processo criminal. Vamos continuar tendo bandidos na política. Veja os envolvidos no mensalão. Foram denunciados pelo Procurador-Geral da República. Mas, pela lei, poderiam candidatar-se. E duas decisões dos Ministros do Supremo Tribunal Eleitoral já como a lei será interpretada. Ou seja, não será aplicada. Quando um Presidente da República nomeia 9 Ministros do STF, não há como garantir independência. Nenhum dos planos de governo, aliás, contempla o acesso à Justiça."

 
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