quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Copom decide manter taxa Selic em 10,75% ao ano


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu hoje manter a taxa Selic em 10,75% ao ano. Nas três últimas reuniões do comitê, em 28 de abril, 9 de junho e 21 de julho deste ano, o juro básico da economia brasileira havia sido elevado no total de 2 pontos, iniciando um ciclo de alta após a taxa ter ficado estável em 8,75% desde julho de 2009.

A decisão de hoje (a sexta reunião do Copom deste ano) ficou dentro do esperado da maior parte dos analistas financeiros. De acordo com sondagem da Agência Estado feita com 70 instituições financeiras na semana passada, 60 previam a estabilidade do juro. Vale destacar ainda que a maioria das casas consultadas aposta também que a Selic seguirá estável, chegando ao final de dezembro nos mesmos 10,75% de hoje. Para os analistas, sinais de acomodação da inflação e desaceleração da economia justificam o fim do ciclo de alta do juro.

Receita confirma que procuração de filha de Serra é falsa e envia documento ao MP



O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, reconheceu que é falso o documento apresentado por suposto procurador de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência da Republica, José Serra, solicitando cópias de suas declarações de renda. Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira, 1º, Cartaxo informou que o documento já foi entregue ao Ministério Público Federal (MPF), que irá investigar a fraude.

O tabelião do 16 º Cartório de Notas de São Paulo, Fabio Tadeu Bisognin, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que é falsa a procuração apresentada à Receita Federal que teria sido usada para acessar as declarações de Verônica Serra. Segundo ele, Veronica nunca teve firma reconhecida no cartório. “A falsificação é grotesca”, afirmou.

O Osmar e seus tropeços na sabatina promovida pela Folha e o UOL


O candidato do PDT e senador Osmar Dias, acusou na sabatina do Uol o adversário Beto Richa (PSDB) de ter rompido o compromisso assumido com a população de Curitiba, ao renunciar ao segundo mandato de prefeito após apenas 1 ano e três meses para concorrer ao governo:

“Apoiamos o ex-prefeito em 2008 acreditando no compromisso que ele fez de ficar os quatro anos de mandato”.

O Beto não traiu a ninguém e as pesquisas feitas pelos mais diferentes Institutos demonstram claramente que a maioria absoluta da população de Curitiba está com ele no projeto rumo ao Palácio Iguaçu.

Quem traiu algo foi o Osmar, que do dia para a noite mudou um discurso proferido por toda uma vida política e hoje caminha junto aos seus antigos desafetos.

Quando perguntado sobre a sua aliança com o governo Lula ele respondeu que “Nosso partido fez uma opção. Quando abraço uma causa, abraço por inteiro”. O seu partido, o PDT, pode até ter feito anteriormente está opção, mas não ele. Em 2006 foi contra a reeleição do Lula ao apoiar o Alckmin para presidente, como também, cansou de votar contra os projetos encaminhados pelo Planalto.

Hoje ele diz que depois de um ano e meio aprendeu a chamar os seus antigos adversários, hoje aliados, de companheiros:

"Demorei um ano e meio para aprender a falar companheiro, mas aprendi bem e não vou esquecer nunca. Apoiei no Senado um governo que tirou 24 milhões de pessoas da pobreza, que transformou o País. E é por isso que estamos aqui. Não queremos voltar ao tempo do apagão, da venda de empresas públicas"

Ele foi um grande inimigo do Bolsa Família e considerava este programa um "desastre assistencialista":

“As pessoas, nas praças públicas, acham que não precisam trabalhar, porque recebem a Bolsa Família”

“Essa geração que está sendo criada e não vê os pais trabalhar vai se acostumar a não trabalhar também”

Pessuti recua e manda os seus na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia barrarem o decreto sobre os precatórios





O governador Orlando Pessuti recuou perante a ilegalidade de seu decreto, que abria a possibilidade de pagamento de dívidas de impostos com precatórios. A toque de caixa voltou atrás em sua decisão e autorizou a Liderança do Governo para que ordenasse os integrantes que fazem parte do bloco do governista na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia a votarem contra a apresentação do decreto do próprio governador, assim votando junto com o deputado Durval Amaral para barrar a iniciativa que havia partido dele mesmo no comando do Executivo.

O desgaste que ele sofreu com a apresentação do decreto sobre os precatórios foi muito grande, pois foi atacado duramente pela oposição, pelo Requião e até pelo seu candidato Osmar Dias, que para fugir do desgaste ameaçou que caso eleito governador derrubaria o decreto se este fosse aprovado pela ALEP.

Assim não Zeca. E a democracia fica onde?





Do blog Paçoca com Cebola:

PT e PMDB, na frente das câmeras, tentam manter a aparência, fora delas...

Ontem em Cruzeiro do Oeste cabos eleitorais do deputado Osmar Serraglio (PMDB) foram expulsos da cidade por cabos eleitorais de Zeca Dirceu, do PT.

Só pra lembrar, os dois partidos estào na mesma coligação.

Osmar Serraglio estuda fazer uma reclamação formal para a coordenação de campanha de Osmar Dias/Gleisi/Requião e até formalizar denúncia a Justiça Eleitoral.

País registra aumento na taxa de homicídios, diz IBGE


O Brasil registrou uma taxa de 25,4 mortes por homicídio a cada cem mil habitantes, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2007 do Ministério da Saúde.

De acordo com o levantamento, em dez anos, de 1997 a 2007, os assassinatos no interior do País aumentaram 37,1%, enquanto nas grandes cidades e regiões metropolitanas caíram 19,8% e 25%, respectivamente. No primeiro lugar do ranking está o município de Juruena, no Mato Groso, com população estimada em 6,6 mil pessoas e taxa de 139 homicídios para cada 100 mil habitantes. Em seguida, encontra-se Nova Tebas, no Paraná, com 2 mil habitantes e taxa de 132 mortes.

O aumento da criminalidade no Paraná levou o estado a subir cinco posições no novo ranking da violência nacional. A edição de 2008 do Mapa da Violência mostrava o estado na 14.ª posição do país, com um índice de 17,3 homicídios para cada grupo de 100 mil pessoas. A edição de 2009 colocou o Paraná em 9.º lugar, com 29,6 homicídios/100 mil habitantes.

Segundo o levantamento, No Brasil houve um incremento de 6,2 óbitos por homicídios a cada 100 mil habitantes entre 1992 e 2007, mais acentuado para o sexo masculino. Entre 1992 e 2003, o coeficiente cresceu e, a partir de 2004, obteve uma tendência de queda. A pesquisa mostra ainda que os homens apresentavam uma taxa (47,7) superior à das mulheres (3,9).

Os Estados com piores índices em 2007 foram Alagoas (59,5), Espírito Santo (53,3) e Pernambuco (53,0). O Rio de Janeiro ocupava o 4º lugar, após baixar de 50,8 em 2004 para 41,5 em 2007. As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (10,4), Piauí (12,4) e São Paulo, que passou de 28,5 em 2004 para 15,4 em 2007.

Enquanto no Iraque a taxa é 53,5 homicídios por 100 mil habitantes, a área que compreende Santo Cristo/Mangueira/Cajú (Rio de Janeiro) chega a 155,35 homicídios a cada 100 mil. Ou seja, de cada 643 moradores desta área, normalmente jovens, um será assassinado.

A cidade de Foz de Iguaçu, fechou o ano com 220 assassinatos. O alto número de homicídios coloca a cidade como uma das mais violentas no país. Um levantamento feito pelo Polícia Civil mostra que o tráfico de drogas e o contrabando são os principais responsáveis para as mortes violentas na região da fronteira com a Argentina e Paraguai.

Foz de Iguaçu fechou o ano de 2009 com uma média de 72 assassinatos a cada 100 mil habitantes, muito acima da média nacional que é de 62 homicídios a cada 100 mil habitantes. Um outro dado preocupa a polícia: muitas crianças e adolescentes foram mortos por envolvimentos com traficantes.

O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de Foz de Iguaçu é de 9,7 mortes, três vezes e meio superior à média nacional, de 2,03. O cálculo levou em conta mortes ocorridas em grupo de mil jovens.

O futuro do PT


Lucia Hippolito analisa a trajetória do PT da sua origem no sindicalismo ao governo Lula


O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.

Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.

Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT… Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.

Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.

O PT lançava e elegia candidatos, mas não “dançava conforme a música”. Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.

Tudo muito chique, conforme o figurino.

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.

A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plinio de Arruda Sampaio Junior.

Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.

Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.

E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.

Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT?

Os sindicalistas.

Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.

Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.

Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus.

Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.

É o triunfo da pelegada.

ATRÁS NAS PESQUISAS, OSMAR DIAS RECLAMA DO CORPO MOLE DO PMDB DO PARANÁ





Por Márcio Falcão, na Folha.com:

Em uma reunião com os comandos do PT e do PMDB, o candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, cobrou nesta terça-feira mais empenho dos peemedebistas para reverter a vantagem de Beto Richa (PSDB) nas pesquisas de intenção de votos.

Segundo Dias, o problema estaria no engajamento dos deputados do PMDB que estão fazendo corpo mole. "Vim pedir empenho do PMDB. A questão está nos deputados que estão fazendo corpo mole.

As reclamações foram dirigidas ao presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e o presidente do PMDB, Michel Temer, candidato a vice na chapa presidencial de Dilma Rousseff (PT).

Na tentativa de acalmar Dias, os partidos confirmaram o comício com o presidente Lula em Foz do Iguaçu (PR) na quinta-feira. A presença de Dilma ainda não foi confirmada.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada semana passada, Richa, ex-prefeito de Curitiba, oscilou um ponto percentual para cima e agora tem 47% das intenções de voto. Dias (PDT) continua com 34% das intenções de voto, mesmo índice da pesquisa anterior, dos dias 9 a 12 de agosto.

Estrangeiros usam ''laranjas'' para registrar terras no país

Do Valor Econômico

O governo não tem a exata dimensão do volume de terras brasileiras em mãos de estrangeiros, mas está convencido que a elevação de 95% no registro de imóveis rurais em nome de pessoas jurídicas brasileiras entre 1998 e 2008 revela um caminho adotado por não brasileiros para comprar áreas no país.

Boa parte desses registros teria sido patrocinada por empresas estrangeiras, via criação de companhia nacionais abertas em nome de terceiros, para "legalizar" sua atuação no Brasil, aponta uma fonte graduada do governo.

O novo parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), publicado segunda-feira, obriga os estrangeiros a obter autorização prévia do governo para registrar terras em cartório e coloca limites severos à compra de glebas com até 5 mil hectares por não residentes - cada município poderá ter 25% de seu território nas mãos de estrangeiros.

Estatísticas cadastrais inéditas mantidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mostram que o número de imóveis sob domínio de empresas nacionais passou de 67 mil, em 1998, para 131 mil em 2008. O total da área registrada saltou de 80 milhões para 177,2 milhões de hectares nesses dez anos - um aumento de 121%.

Nos registros oficiais do governo, figuram apenas 34.371 imóveis rurais em nome de não residentes em 2010, e 4,307 milhões de glebas no país são propriedade de estrangeiros .

O governo avalia que o "arrocho" na titularidade das terras nacionais provocará uma avalanche de pedidos de regularização da situação. O presidente do Incra, Rolf Hackbart, afirma que está preparado para atender à demanda.

Hackbart argumenta que o parecer trará estabilidade jurídica, permitirá a regularização fundiária e ambiental, além de favorecer o combate à grilagem de terras, sobretudo na região Norte do país. O presidente do Incra afirma que um conjunto de medidas adotadas pelo governo ajudará na atuação da autarquia.

Além do novo parecer da AGU, Hackbart lista como essenciais ao processo os controles recomendados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e as decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a obrigação dos cartórios de informar essas transações ao Incra e o cancelamento de títulos de posse irregulares no Pará. "Os cartórios vão se preparar. O futuro chegou", afirma.

Copel vende geração da PCH Cavernoso, mesmo com os paranaenses precisando dessa energia

DOCUMENTO RESERVADO

Aos olhos dos paranaenses, parece que a atual administração da Copel não está nenhum pouco preocupada em contribuir para o desenvolvimento do Estado. Pelo contrário está mais voltada para a esfera nacional. Veja bem. A companhia tem a concessão de uma PCH – Pequena Central Hidroelétrica – chamada Cavernoso mas, de acordo com informações da própria Copel, resolveu vender a geração esta usina para o “pool” nacional, deixando de beneficiar o consumidor paranaense o qual, aliás, vem sofrendo as conseqüências do desnecessário reajuste de 15% na tarifa de energia elétrica. Ontem, pelas declarações do Ministro de Minas e Energia o Brasil, Marcio Zimmermann, está gerando energia térmica cada vez mais, por falta de reservatórios e pouca chuva, o que quer dizer, que teremos energia cada vez mais cara no País. Pela lógica, se esta PCH está no Paraná, porque a energia desta usina não é utilizada pela Copel para atender aos seus consumidores? Se de fato o Brasil está gerando energia térmica que é muito mais cara, estamos transferimos os benefícios da nossa querida Cavernoso para o resto do Brasil. Com a palavra, quem não a tem.

Em um ato de puro sebastianismo Osmar espera que o Lula o consiga salvar

Em um verdadeiro abraço dos afogados, já que são péssimas as perspectivas eleitorais para o Osmar, com o barco afundando a cada pesquisa a frente osmarista enxerga no Lula a "bóia" que os irá salvar.

Com a nova vinda do Lula ao Paraná para subir no palanque do Osmar, o que já não alterou os resultados das pesquisas com a vinda em Curitiba, os programas de TV do horário eleitoral gratuito vão vincular totalmente a imagem do presidente Lula e da Dilma Rousseff com o candidato pedetista.

Para a Dilma fixar a imagem dela à do Lula foram necessários praticamente oito anos de forte exposição na mídia da imagem casada em mais de 7.500 meios de comunicação espalhados por todo o país, mas será que isto irá funcionar com a imagem do Osmar?

Acredito que não, já que este sempre foi um desafeto do presidente e de seu partido o PT, o que dificulta o intento e o tempo que lhes restam é escasso, pois só faltam um mês para as eleições.

Na busca por formatar um grande palanque o Osmar em suas indefinições, que o levaram a muitos rumos divergentes, perdeu um precioso tempo e este não volta.

O governador Pessuti, que foi preterido pelo Lula e o PT, que somados ao Requião foram os padrinhos para que a coligação ocorresse, desgostoso acabou fazendo uma longa viagem para a África e na volta viu o palanque do Osmar casado com o Requião, o que o fez novamente se afastar da campanha, pois se negava a compartilhar o mesmo espaço com o seu algoz.

Com a falta de espaço, pois o Requião apavorado com os riscos da eleição abraçou ao Osmar, como tática o Pessuti cruzou os braços e deixou o barco afundar, pois pouco usou de seu espaço privilegiado para alavancar a candidatura Osmar e por isto o discurso do Requião acabou por impregnar os rumos da campanha osmarista. O ápice deste processo foi o Maurício Requião, cuja passagem pela Secretaria da Educação está sendo devassada pelo atual governador, com seu jogo pesado assumir a coordenação metropolitana da campanha, o que com certeza desagradou ao Pessuti e este viajou novamente, mas rumo aos EUA.

O roteiro raivoso imposto pelo Requião a campanha do Osmar não deu certo, já que este tipo de discurso só funciona para ele e com este, além dele próprio, nunca conseguiu eleger a mais ninguém.

Como a estratégia adotada pelo Requião, o que já era esperado, não funcionou e fez o barco começar a afundar, o Pessuti volta dos EUA e hoje tenta impor a campanha osmarista um novo rumo e joga pesado no uso do poder que a máquina do estado politicamente lhe transfere e já nos primeiros dias de seu retorno patrocina uma grande reunião com mais de 200 prefeitos, mas isto nada significa, pois as maiorias dos mesmos pouco antes se deixaram fotografar dando apoio ao Beto.

Neste embate interno, onde os tiros cruzados tornam insuportável a convivência dentro da própria trincheira, a campanha do Osmar se tornou uma confederação de feudos, o que na prática torna praticamente impossível qualquer tentativa de unidade para gerar uma ação mais concreta.

Não se faz uma campanha somente com o jogo pesado de desconstrução da imagem do adversário, pois o essencial para buscar a vitória é a unidade que gera o pensamento monolítico na frente de apoio ao candidato e sem está não existe meio para conquista o objetivo estratégico da vitória.

Elevando o desespero, causado pelos baixos índices nas pesquisas, que hoje apesar de todo o “apoio recebido” colocam o Osmar em um patamar de votos inferior ao que alcançou no primeiro turno de 2006, as tentativas de macular a imagem do Beto devem aumentar de intensidade, mas será que irão funcionar?

Tenho certeza de não irá funcionar, pois o povo está vacinado contra este tipo de prática que muitas vezes geram crimes eleitorais.

Para o “sebastianista” Osmar só resta rezar para que o “venturoso Lula” o consiga salvar do naufrágio eleitoral, que é o que a cada dia que passa mais se consolida.

Pessuti e o segundo turno no Paraná

CONEXÃO BRASILIA – GAZETA DO POVO - André Gonçalves

Orlando Pessuti(PMDB) fez jogo duro o quanto pôde para ser candidato a governador. No começo, chegou até a empolgar o hoje desafeto Roberto Requião(PMDB), depois emplacou um lobby com Michel Temer e a direção nacional do PMDB, até conseguir uma audiência em Brasília com Lula. No final, valeu o consenso de que seria melhor fechar aliança em torno de um só nome governista, ou seja, Osmar Dias(PDT),(para o gosto e alivio de Roberto Requião(PMDB) e Gleisi Hoffmann(PT) que tiravam Osmar Dias(PDT) do seu caminho na disputa do Senado).

Pois Pessuti poderia ter sido a bóia de salvação para evitar uma disputa que deve se resolver em um só turno. Segundo a pesquisa RPC/Ibope divulgada na última quinta-feira sobre a corrida pelo Palácio Iguaçu, Beto Richa (PSDB) começa a abrir uma margem folgada para vencer já no dia 3 de outubro. O tucano aparece com 59% dos votos válidos contra 40% do pedetista.

O que realmente minou Pessuti foi a tese de que ele tiraria mais votos de Osmar do que de Beto. O certo, contudo, é que ele morderia ao menos um pedaço do eleitorado do ex-prefeito. Estima-se que o peemedebista começaria a campanha com 12% a 15% das intenções de voto, o que parece pouco, mas faria diferença.

Nas duas únicas vezes em que a eleição paranaense foi decidida no primeiro turno o cenário foi muito parecido ao atual. Em 1994, houve só dois candidatos fortes: Jaime Lerner (então no PDT) e Alvaro Dias (então no PP). Lerner atingiu 54,85% contra 38,55% de Alvaro, enquanto os demais quatro concorrentes não passaram dos 6% dos votos válidos.

Em 1998, aconteceu a disputa com o menor número de concorrentes das últimas duas décadas. Júlio de Jesus (PSTU) e Jamil Nakad (Prona) somaram apenas 1,9% dos votos válidos e não serviram nem como coadjuvantes. Lerner (que havia mudado para o PFL) fez 52,2% e impôs a única derrota eleitoral da carreira de Requião, que teve 45,9%.

As duas eleições seguintes tiveram segundo turno graças a disputas radicalmente diferentes. Em 2002, foram 12 candidatos. Enquanto Alvaro e Requião despontaram com 31,4% e 26,1% dos votos válidos, respectivamente, Padre Roque (PT), Beto Richa (PSDB) e Rubens Bueno (PPS) somaram juntos 40,5%.

Em 2006, Requião e Osmar polarizaram a eleição desde o começo, mas disputaram o primeiro turno contra dois coadjuvantes com alguma relevância eleitoral. Flávio Arns (então no PT) teve 9,3% dos votos válidos e Rubens Bueno, 8,07%. Os votos de ambos foram disputados palmo a palmo no segundo turno e o resultado foi a eleição mais disputada de todos os tempos no estado, vencida por Requião graças a uma diferença de 10 mil votos.

Mas não é apenas do ponto de vista numérico que a candidatura de Pessuti poderia ter beneficiado Osmar. Ao receber o apoio do PMDB, o senador herdou o vínculo com Requião. E depois da pancadaria de quatro anos atrás, ver os dois juntos tornou-se o fato mais chocante desta campanha.

Com um candidato peemedebista, ambos manteriam uma distância mais saudável entre si. E aí até poderiam estar juntos no segundo turno, o que não seria tão bizarro.

(Não descartando a possibilidade de Pessuti ir para o segundo turno e ter o apoio de Osmar(PDT).

Era exatamente isso que Pessuti tanto pregava.

*A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 23 e 25 de agosto, com 1.008 entrevistas e margem de erro de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. Ela foi registrada no TSE sob número 25.671/2010.

 
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