quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O PMDB-PR , A SUCESSĂƒO DA MESA DA ASSEMBLÉIA E A COMPOSIĂ‡ĂƒO DOS GOVERNOS ESTADUAL E FEDERAL


O PMDB, como sempre foi, Ă© uma frente muito mais pragmĂ¡tica do que polĂ­tico ideolĂ³gica e por este motivo nunca possuiu unidade ideolĂ³gica interna.
O PMDB local, que nĂ£o difere do nacional, hoje sem conseguir ser o diapasĂ£o que afina os interesses entre a bancada estadual e a federal, sendo que os deputados de BrasĂ­lia tentam costear a cerca do governo Dilma e os daqui pular a cerca para participar do governo Beto, navega sem rumo.

O que dava uma pequena “unidade” ao PMDB local era a postura autoritĂ¡ria do ex-governador RequiĂ£o, que seguindo a sua velha e carcomida “lĂ³gica” do “bate o pĂ© que a cachorrada corre ou enfia o rabo no meio das pernas” impunha o que era do seu interesse e nĂ£o do coletivo partidĂ¡rio, se Ă© que este existe.

Com o Pessuti assumindo o governo e em sua jornada de vendeta decretando a “caça ao tigre” a força do RequiĂ£o perante o PMDB, mas sem a mĂ¡quina para a impor, se diluiu, sendo que como o Pessuti nĂ£o conseguiu ocupar o espaço, tanto pela breve transitoriedade de sua governança como pela sua falta de liderança, se estabeleceu um vĂ¡cuo e o que era anĂ¡rquico ficou ainda mais. A dispersĂ£o interna entre os parlamentares deste partido Ă© mais que um fato.

EstĂ¡ confederaĂ§Ă£o partidĂ¡ria que Ă© o PMDB, movida pelos interesses imediatos das oligarquias microrregionais e nĂ£o por uma agenda estratĂ©gica nacional de longo prazo sĂ³ se manteve aglutinada pelo fato da direĂ§Ă£o nacional e das estaduais nĂ£o imporem um Ăºnico rumo.

O PMDB nacional encostado na parede pela Dilma e o PT aciona os seus arautos nos estados, aqui os enfraquecidos, e enquanto lĂ­deres nada significativos, Pessuti e o Rodriguinho para enquadrar aos demais anunciando aos quatro ventos que caso o partidos nos estados nĂ£o se afinem com as diretrizes do nacional “cabeças irĂ£o rolar”, o que para quem conhece a fundo a histĂ³ria deste amontoado de interesses divergentes com nome de partido soa como hilĂ¡rio.

Se as relações do Pessuti e do Rodriguinho perante as cĂºpulas nacionais do PT e do PMDB sĂ£o de vassalagem, pois internamente nĂ£o possuem grande brilho prĂ³prio, as do RequiĂ£o com estas instĂ¢ncias de poder nĂ£o sĂ£o e nunca foram das melhores, jĂ¡ que este durante toda a sua carreira polĂ­tica perante as estas por ser o dissenso nunca foi bem vista e mereceu a confiança destas partes e estas apostaram pesado na sua nĂ£o eleiĂ§Ă£o para o senado, o que tambĂ©m o deixa inseguro e na defensiva, pois muitos, e nestes incluĂ­dos o Pessuti e o seus, tentam impedir a sua posse.

O Romanelli, “rĂ¡pido” como sempre, ao ver claramente o vĂ¡cuo de poder formado no interior do partido, estando este sem comando, forçou a aliança do PMDB com o futuro governo do PSDB, mas estĂ¡ nĂ£o passava pelos interesses do conjunto e sim pelo seu espaço de poder pessoal. Isto gerou uma sĂ©rie de questionamentos coletivos, tanto por parte daqueles que possuem sintonia com o futuro governo e jĂ¡ nas eleições passadas se perfilaram junto com o Beto, como por parte daqueles que querem aderir e da parte dos que sĂ£o contra, jĂ¡ que do ponto de vista do conjunto partidĂ¡rio o ex-lĂ­der do governo RequiĂ£o nĂ£o o representa e muito menos os consultou. Assim a confusĂ£o interna se estabeleceu de forma mais forte do que era para ocorrer, atrapalhou ainda mais do ponto de vista da perspectiva da aproximaĂ§Ă£o destas forças. A sua pretensĂ£o pessoal despertou nos outros deputados os mesmos interesses, tanto do ponto de vista da composiĂ§Ă£o da mesa como em relaĂ§Ă£o aos espaços no futuro governo .

Em relaĂ§Ă£o a CĂ¢mara Federal e a ocupaĂ§Ă£o do espaços junto ao governo Dilma a relaĂ§Ă£o do PMDB do ParanĂ¡ com estas estruturas de poder nĂ£o ocorrem de forma diferente do que estĂ¡ acontecendo aqui na ALEP e em relaĂ§Ă£o a futura participaĂ§Ă£o no governo Beto, pois o que o Pessuti e seu escudeiro Rodriguinho pretendem nĂ£o vai de encontro as pretensões do RequiĂ£o e dos seus. Este, com o mandato de senador nas mĂ£os e repetindo o que jĂ¡ fez anteriormente em relaĂ§Ă£o ao seu ex-vice MĂ¡rio Pereira, que no governo FHC jĂ¡ estava praticamente nomeado para ITAIPU e nĂ£o foi pela pressĂ£o do mesmo, hoje tenta impedir que seus desafetos , Pessuti e os demais,ocupem qualquer espaço de destaque a nĂ­vel federal. O RequiĂ£o sabe que com eles fortes lĂ¡ os riscos dele perder aqui o controle da legenda e seu atual espaço polĂ­tico Ă© grande.

Durmam com um barulho deste!

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles