quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Governo negocia duplicação de todo o Anel de Integração


“A tarifa de pedágio é pesada e incompatível com a realidade econômica do Paraná e do Brasil”, disse o governador. Ele lembrou que o diálogo com as concessionárias já resultou na retomada de obras. Entre as intervenções já iniciadas, Richa citou os contornos de Campo Largo e de Mandaguari e a duplicação dos trechos entre Jandaia do Sul e Apucarana e entre Medianeira e Matelândia.

O governador também detalhou o Programa de Modernização da Infraestrutura (Proinfra), que foi anunciado semana passada em Foz do Iguaçu e marca a retomada dos investimentos para melhorar a competitividade do Estado. Para os próximos dois anos, estão previstos investimentos de R$ 12,5 bilhões em rodovias, portos, energia, saneamento, habitação e construção de escolas, postos de saúde e delegacias.

Segundo Richa, os recursos financeiros para as obras virão exclusivamente do Tesouro do Estado e de empréstimos internacionais. “O Proinfra busca a melhoria e a modernização da infraestrutura, transporte e logística do Paraná. Depois de anos, o Estado agora retoma os investimentos na área”, disse Richa.

Os investimentos do Proinfra serão distribuídos nas seguintes áreas: rodovias (R$ 2,547 bilhões), portos (R$ 1,6 bilhão), edificações de escolas e delegacias (R$ 945 milhões), ampliação da oferta de energia (R$ 4,162 bilhões), saneamento (R$ 1,437 bilhão), oferta de gás (R$ 246 milhões), habitação (R$ 492 milhões) e desenvolvimento urbano (R$ 1,080 bilhão).

“É o maior programa de investimento em infraestrutura da história do Estado, suficiente para fazer o Paraná voltar a crescer”, disse o governador. Os empréstimos que o Estado está fazendo para colocar em prática os projetos são: R$ 816 milhões do Banco do Brasil, R$ 157 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), R$ 735 milhões do Banco Mundial e R$ 600 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
FERROVIA 
  
 Beto Richa garantiu investimentos para construção de novos ramais ferroviários e destacou o compromisso de fortalecer a Ferroeste. “Trabalhamos para organizar a empresa, que tinha grandes dívidas e estava praticamente inoperante”, afirmou. 
Richa disse que o Paraná conseguiu, junto ao governo federal, a construção de um ramal ferroviário ligando Maracajú/Dourados/Guaíra/Cascavel. Permitindo escoar a safra do Mato Grosso e Oeste pelo Porto de Paranaguá. “A União propôs um traçado diferente, que apenas cortava o Paraná e isolava nosso porto. Lutei energicamente para a mudança, e conseguimos. Teremos agora uma ferrovia que deixará um rastro de desenvolvimento por todo o Paraná”, explicou o governador. 

Ele também destacou o objetivo de reduzir o custo da produção paranaense com investimentos nos portos de Paranaguá e Antonina. “Retomamos os investimentos nos portos, que nos últimos anos ficaram estagnados, o que resultou na perda de eficiência e de cargas para as unidades catarinenses”, disse Richa. 

O governador destacou que em 2011 foi quebrado um recorde histórico com o embarque de 41 milhões de toneladas por Paranaguá. “Prova de que o porto esta se modernizando e voltando a ser referência”, avaliou. Entre recursos privados e públicos, estão previstos para os próximos anos investimentos de R$ 5 bilhões nos portos. 

ÁREAS PRIORITÁRIAS – Além de infraestrutura e mobilidade urbana, o governador Beto Richa apresentou um balanço e os investimentos do governo estadual previstos para saúde, educação e segurança pública. “São áreas prioritárias, que têm recebido atenção especial, com grandes investimentos”, afirmou. 

Ele disse que já foram contratados 17 mil novos professores e mais 13 mil deverão ser contratados nos próximos dois anos. Outro avanço foi a equiparação salarial dos professores com os técnicos de nível superior. “Em dois anos, tivemos um aumento de 35% no salário dos nossos professores”, disse Richa, elogiando o trabalho do secretário de Educação, Flavio Arns. 

Na área da segurança pública, o governo está adquirindo novas viaturas e equipamentos policiais, construindo delegacias e batalhões da Polícia Militar e contratando mais policiais. Segundo Richa, a intenção é retomar os módulos policiais móveis para resgatar a integração do agente com a comunidade local. Em dois anos, disse o governador, foram contratados 3.120 policias civis e militares. “É a maior contratação de policias da história do Paraná. Já autorizei ainda para os próximos anos a contratação de outros 6 mil policiais”, afirmou o governador.

O governador Beto Richa disse nesta terça-feira (4/12) que estão avançadas as conversas com as concessionárias de rodovias do Paraná para a duplicação de todo o Anel de Integração do Estado. Richa afirmou que também está otimista quanto à possibilidade de acordo em torno da redução das tarifas de pedágio. “Despolitizamos esse assunto e abrimos um debate com as concessionárias, fazendo prevalecer o interesse público”, afirmou. 

LULA X DILMA - Lula, Dilma e o PT: fatiados

Ainda em 2011, recém-iniciado o governo Dilma, ficaram claras as estratégias do governo vitorioso e da oposição derrotada pela terceira vez. Do lado petista, Dilma caminhou (ainda mais) para o centro, numa tentativa de conquistar setores urbanos (da nova e da velha classes médias) que se haviam afastado do PT durante os dois mandatos de Lula. Dilma aceitou a pauta da “faxina moral”, investiu na imagem da “gerente”, e evitou qualquer conflito com a mídia conservadora que é a verdadeira comandante da oposição no Brasil.
A presidente emitiu sinais de que concentraria toda sua energia na mudança de paradigma econômico: reduzir os juros, e abrir espaço para uma nova fase de desenvolvimento sem a hegemonia ostensiva do setor financeiro (o que inclui também as tentativas de reduzir os custos de produção, como no caso da energia). O arranjo adotado durante os dois mandatos de Lula, com juros altos e programas sociais massivos (Bolsa-Família, crediário popular, recuperação do salário mínimo, Pro-Uni), serviu para manter os rentistas e grandes empresários calmos – ao mesmo tempo em que trouxe para o PT imensas massas “descamisadas” que, no passado, não votavam no partido de Lula.
Escrevi, em 2011, que a escolha parecia inteligente: o PT ja tinha os setores de trabalhadores organizados (que votam na aliança de esquerda desde os anos 80) e as grandes massas que o governo Lula tirou da miséria. Dilma conquistaria a classe média, reduzindo ainda mais a margem de manobra da oposição.
O risco, no entanto, era evidente: tudo ficar igual. Se Dilma assume o discurso tucano do “gerenciamento”, afastando-se de qualquer confronto, evitando a “politização”, qual seria a diferença – no fim das contas – de votar num tucano ou num(a) candidato(a) do PT, em 2014?
Fragilizada pela terceira vitória lulista, a oposição midiática e o consórcio PSDB/DEM/PPS aceitaram o jogo, mas com uma nuance matreira: passaram a dividir PT, Lula e Dilma em 3 fatias. Lula seria o “atraso” populista, o PT seria quase uma ”quadrilha”, e Dilma seria a única aceitável nesse tripé – a gerente confiável. Se Dilma tomara a decisão de caminhar para o centro (abandonando a  Reforma Agrária, engavetando a “Ley de Medios” que Franklin deixou pronta no fim do governo Lula, jogando no lixo avanços na Cultura da era Gil/Juca, entre outros pontos), a oposição tratou de atraí-la cada vez mais: “venha com a gente, longe de Lula e do PT você será bem tratada…”
A sedução, em parte, parece ter funcionado.
Assim, terminamos 2012 com a estratégia do “fatiamento” em pleno vapor: o PT recebe o carimbo de “quadrilha” no STF (o que não impediu que o partido conquistasse mais Prefeituras, incluindo a gigantesca São Paulo; mas foi suficiente para evitar uma vitória ainda mais consagradora para a sigla de Lula, que teve recuos inesperados em Salvador e Fortaleza, e resultados apenas razoáveis em cidades médias de todo o país), Lula vira o alvo no caso Rosemary (que, por outro lado, mostra o mergulho de parte do petismo na inaceitável tradição de velhacarias e patrimonialismo brasileiros).
E Dilma? Os geniais condutores da estratégia de comunicação da presidenta acham que ela se salvará sozinha dos ataques. Acreditam – ou fingem acreditar – no canto de sereia da velha mídia conservadora… Gostam de ver Dilma apontada como a condutora de um “novo PT”.
Não é preciso ser muito esperto para perceber que não há “novo” ou “velho” PT. O que existe é o PT – com sua história de erros e acertos. O velho e o novo ganham juntos, ou naufragam juntos. A arena da oposição é o “gerenciamento” e o “moralismo” udenista. A arena da centro-esquerda é a política, a defesa do Estado, das reformas democráticas e dos programas sociais. Dilma parece ter-se esquecido disso. Ou achou que seria possível manter isso tudo em banho-maria, enquanto se concentrava no rearranjo da economia?
Agora, em 2013, veremos iniciar-se a terceira etapa do “fatiamento” – que não foi concebido por Joaquim Barbosa, mas por Mervais e outros quetais. Enfraquecida a imagem de Lula e do PT (atenção, não estou dizendo que a imagem esteja irremediavelmente abalada; as pesquisas mostram que tanto Lula como o PT seguem como referência de defesa dos interesses populares, mas o partido está claramente na defensiva nos últimos meses), veremos se Dilma terá força para reagir aos ataques.
E eles já começaram. ”Mequetrefe”, diz um colunista sobre a presidenta. Outro comemora o “ano perdido” (2012) na economia. Inicia-se, no noticiário, um giro cuidadoso para incluir Dilma – ao lado de Lula e do PT – na mira dos ataques.
PT/Lula/Dilma juntos são fortíssimos. Quase imbatíveis. Sozinha, Dilma ainda é forte. Mas o jogo fica embolado. O povo teria que escolher entre uma “gerente” petista ou um “gerente” tucano. O PSDB já percebeu que há espaço pra avançar agora. FHC lançou Aécio. Nas pesquisas, ele está muito atrás de Dilma. Mas pesquisa a essa altura não diz muito. O que importa é o arranjo político.
Se o PSDB abandona o discurso raivoso da era Serra, e adota um tom mais centrista, a massa de eleitores pode se perguntar: vamos eleger pela quarta vez um(a) presidente(a) petista? Mesmo com tantos escândalos? Se PSDB e PT ficam parecidos, será que não é melhor apostar dessa vez naquele partido que – na mídia – não está carimbado como “quadrilha”? A avenida por onde os tucanos podem avançar é essa: ganhar dos eleitores o benefício da dúvida, o mesmo que o STF deixou de lado em 2012…
Ah, mas os tucanos tem outro carimbo – governam para os ricos, são privatistas e só pensam em agradar os empresários. Lula e o PT, não – esses governam para o povo. Mas quem está falando de Lula e do PT? Dilma não se afastou dos dois, ao traçar sua estratégia inicial há 2 anos?
Isso tudo, e mais o crescimento medíocre da economia pelo segundo ano seguido (a “gerente” não gerenciou?) permitem que a oposição – que respirava por aparelhos – ganhe ao menos o benefício de deixar o eleitor em dúvida. PT de novo? Será que não vale a pena mudar?
Se a eleição de 2014 for acirrada - como imagino que será – Dilma vai enfim perceber o erro que foi ter-se afastado das bases e das bandeiras  históricas de Lula e do PT. Sacar na última hora o discurso de que “tucano é privatista” pode não colar – tantos anos depois de FHC ter saído do poder.
A oposição conseguiu fatiar PT, Dilma e Lula. Eles conseguirão se reagrupar - no imaginário popular – em 2014? Tempo para isso existe, de sobra. Mas o lulismo precisa sair da defensiva. Trocar “gerenciamento” por política.
Os tucanos querem Aécio para ganhar, apostando num “pós-Lula”. Mas não existe “pós-Lula”. O que está em curso é uma tentativa de derrotar o lulismo. No presente e na história. A ideia é afogar Lula e o PT num “mar de lama” tão intenso quanto aquele que levou Vargas ao suicídio em 1954 . Dilma acha mesmo que pode sair “limpinha” dessa batalha? Não vai funcionar…

Ação da PF liberta quase 400 tartarugas na região amazônica

 Uma ação inédita que resultou na apreensão de quase 400 tartarugas vivas de espécies ameaçadas de extinção, entre elas a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), acaba de ser concluída pela Superintendência da Polícia Federal (PF) em Roraima.


Os animais seriam vendidos em Boa Vista e, principalmente, em Manaus. A carne da tartaruga é apreciada na região amazônica. O consumo aumenta no Natal, pois é hábito local preparar na ceia pratos à base de tartaruga.
A quantidade de animais encontrados e a crueldade com que eram tratados pelos caçadores, chamados de tartarugueiros, surpreendeu os dois delegados e seis agentes federais deslocados para a região do Baixo Rio Branco, afluente do Rio Negro, formador do Rio Amazonas.
As maiores tartarugas, com peso entre 50 kg e 65 kg e idade presumida de 100 anos, ficavam fora da água, com o casco para baixo, imobilizadas. As menores, amontoadas às dezenas em currais improvisados na mata, estavam sem acesso a alimento e água.
A equipe da PF, que teve o apoio de um profissional do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e outro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), devolveu ao Rio Branco e afluentes 362 tartarugas vivas. Foram achados 16 animais mortos em consequência dos maus-tratos.
Os policiais queimaram sete embarcações, grande quantidade de redes de pesca e material variado em acampamentos abandonados às pressas pelos tartarugueiros. Sete deles foram presos, mas já estão soltos, após pagamento de fiança no valor de 1 salário mínimo.
A expedição partiu de Boa Vista em embarcação utilizada por pesquisadores, jamais por fiscais e policiais. A intenção era manter sigilo, já que a presença de grupos de fiscalização costuma ser rapidamente disseminada ao longo do Rio Branco.
A estratégia foi vitoriosa. Os tartarugueiros foram surpreendidos em vários trechos ribeirinhos, na altura dos municípios de Caracaraí e Rorainópolis, em margens opostas do rio. São áreas no sul de Roraima, quase na divisa com o Amazonas, que deveriam ser de acesso restrito, pois banham dois santuários naturais, o Parque Nacional do Viruá e a Estação Ecológica de Caracaraí.
Batizada de Operação Pimenta - homenagem a José Santos, o Zé Pimenta, um estudioso dos quelônios da Amazônia, assassinado em 2006 por tartarugueiros -, a ação foi realizada em duas etapas. A última delas, de oito dias, terminou anteontem.
Extinção
Chefe do grupo de policiais que percorreu o Baixo Rio Branco, o delegado Alexandre Saraiva, superintendente da PF no Estado, previu que, no ritmo atual da caça clandestina, a tartaruga-da-amazônia estará extinta naquela região em, no máximo, 20 anos. Nas redes de malha grossa, os "capa-sacos", também ficam presos botos e peixes maiores, o que torna a mortandade ainda maior.
"A tartaruga-da-amazônia e o tracajá são espécies condenadas, pois os caçadores pegam, além dos animais, os ovos, para consumo próprio. Recolhemos 700 ovos nos acampamentos dos criminosos. Aquilo é terra de ninguém", declarou o delegado.
Nesta época do ano, as tartarugas estão "assoalhando", expressão empregada na região para designar a procura dos melhores bancos de areia, os tabuleiros, para desovar. Daí a facilidade com que os caçadores localizam os ovos, já que as desovas ocorrem nos tabuleiros mais altos, escolhidos pelos animais por ficarem mais longe da água. (AE)

De Neusah Cerveira: TRISTE ANIVERSÁRIO


"...05 de dezembro de 1973, O major Joaquim Pires Cerveira, 49 anos(usando p/ questões de segurança o nome de Walter de Souza ou Walter Moura Duarte) encontra João Batista de Rita Pereda, 25 anos, e sua esposa Amália (com quem estava casado há 15 dias, tendo como Padrinho , o amigo Cerveira) se encontram ao meio dia para tratar de assuntos referentes a documentação, já que ambos estavam radicando-se na Argentina, vindos do Chile quando da deposição de Salvador Allende.Conversam um pouco e marcam na presença de Amália um novo encontro para as 18 hs do mesmo dia. Foram vistos no horário combinado por várias pessoas. 18:30, esquina da rua Corrientes um carro com vários homens simula um atropelamento dos dois e na presença de testemunhas os leva sob protestos. Amália é alertada em Combate de los Pozos onde viviam os exilados do Chile. 23hs Agentes da Repressão Argentina, acompanhados de Brasileiros chegam a casa onde Cerveira resid
ia com uma família de amigos na calle Horácio Quiroga. A família já estava preocupada com a demora de Cerveira que tinha o hábito de sempre deixar um bilhete avisando onde ia e a que horas chegaria. 


Os agentes invadem a residência, vasculham tudo, levam pertences pessoais de Cerveira que dizem estar sendo requerido pelas autoridades de seu País: o Brasil. Vão embora depois de muitas ameaças. 4 horas da manhã os agentes voltam dessa vez comandados por um brasileiro com uma cicatriz no rosto(mais tarde identificado por fotografia pelas testemunhas como o Delegado Sérgio Paranhos Fleury) agridem a família e procedem nova busca de armas e documentos. Fleury mostra uma foto de Cerveira e diz a família que o mesmo já está detido e será levado para o Brasil. Antes de se retirar o Delegado Fleury deixa de regallo para a menina mais jovem da família, uma bala de revolver. Os moradores são novamente espancados e ameaçados. A última notícia que se tem é que ambos chegaram quase mortos numa ambulância vinda da OBAN em SP para O Doi-Codi do RJ, na rua Barão de Mesquita na madrugada do dia 12 /13 de Janeiro de 1974. Segundo testemunhos prestados a ONU. No dia 11 de dezembro de 1973 a Associação Gremial dos Advogados da Argentina denunciou o sequestro e protestou contra a violação da soberania nacional argentina. Um advogado da Gremial, o Drº Rossi Impetrou Habeas Corpus para o Major Cerveira, que resultou inútil. A comunidade internacional de Direitos Humanos organizou inúmeros protestos, assim como autoridades internacionais e a imprensa. Mesmo admitindo o assassinato no Brasil do Major Joaquim Pires Cerveira e de Rita Pereda, o governo brasileiro não devolveu até hoje os restos mortais dos dois opositores da ditadura."



Neusah Cerveira


Histórico:

Major Joaquim Pires Cerveira
Militante da FRENTE DE LIBERTAÇÃO NACIONAL (FLN).
 Nascido a 14 de dezembro de 1923, em Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul, filho de Marcelo Pires e Auricela Goulart Cerveira.
 Desaparecido desde 1973, quando tinha 50 anos de idade.
 Casado, tinha filhos. Major do Exército Brasileiro, passou à reserva pelo ato institucional n° 1, de 1964. Conforme documentos encontrados nos arquivos do antigo DOPS/SP foi preso no dia 21 de outubro de 1965 e encaminhado à 5ª Região Militar e entregue ao Coronel Fragomini. Em 29 de maio de 1967 foi absolvido pelo Conselho Especial de Justiça da 5ª Auditoria, da denúncia do processo 324, por crime de subversão.
 Foi preso novamente, em 1970, com sua mulher e o filho, que foram torturados no DOI-CODI/RJ.
 Foi banido do país em junho de 1970, quando do seqüestro do embaixador da Alemanha no Brasil, viajando para a Argélia com outros 39 presos políticos.
 Preso em Buenos Aires em 11 de dezembro de 1973, juntamente com João Batista Rita, por policiais brasileiros, provavelmente comandados pelo delegado Sérgio Fleury.
 Ambos foram vistos por alguns presos políticos no DOI-CODI-RJ quando chegavam trazidos por uma ambulância. Estavam amarrados juntos, em posição fetal, tendo os rostos inchados, esburacados e repletos de sangue na cabeça.
 A nota do Ministro da Justiça Armando Falcão esclarecendo os casos de desaparecimentos no Brasil, dava conta que Cerveira estava banido do País, nada esclarecendo sobre seu paradeiro.
 Em matéria publicada no jornal “Folha de São Paulo”, baseada em entrevista com um general de responsabilidade comprovada dentro dos órgãos de repressão política, a morte do Major Cerveira e outros 11 desaparecidos é confirmada.
 No Arquivo do DOPS/PR, o nome do major Cerveira foi encontrado numa gaveta com a identificação “falecidos”.
Grupo Tortura Nunca Mais/RJ
Mais:

 
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