terça-feira, 27 de setembro de 2011

Maioria no TSE vota pela criação do PSD


A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou a favor do registro para o PSD no processo de criação do partido. Se nenhum pedido de vista for feito, a nova sigla estará apta a disputar as eleições de 2012.

Até agora foram favoráveis ao registro os ministros Marcelo Ribeiro, Teori Zavascki, Arnaldo Versiani e Nancy Andrigui - relatora do caso na Corte. Faltam os votos de Marco Aurélio Mello, Carmem Lúcia e do presidente do TSE Ricardo Lewandowski.

O principal ponto do embate entre os magistrados no julgamento é a validação de assinaturas que foram certificadas por cartórios eleitorais mas não passaram pelo crivo de juízes de alguns Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s).

Ao todo, de 490 mil assinaturas necessárias para a criação de um partido, o PSD apresentou 538 mil. Parte certificada somente por cartórios, parte certificada tanto pelo cartório quanto pelos TRE’s.

A relatora do caso entendeu que a certificação dos cartórios é suficiente para o registro do partido. Ela, contudo, excluiu do processo 27 mil assinaturas. Disse que havia erros formais, problemas de grafia ou que estavam ilegíveis. Seu voto foi acompanhado pelos ministros Marcelo Ribeiro, Teori Zavascki e Arnaldo Versiani.

Durante o julgamento na última quinta-feira o ministro Marco Aurélio Mello disse que só se deve validar as assinaturas que obtiveram o crivo dos TRE’s. No campo oposto ficou o presidente do TSE Ricardo Lewandowski.

Para ele, o fato de mais de meio milhão de eleitores ter manifestado apoio à criação do PSD, com a intenção de que a sigla dispute as eleições de 2012, faz com que seja uma questão de justiça a concessão do registro antes de sete de outubro – prazo final para quem vai concorrer no próximo pleito.

Na ocasião, Lewandowski disse que, caso irregularidades sejam constatadas no futuro, o TSE pode cassar o registro da nova sigla. “O tribunal se confronta com 500 mil eleitores que cumpriram todos os critérios para disputar eleições. E vamos falar que não cumpriu alguma formalidade? (...) Entendo que o valor Constitucional fala mais alto que uma formalidade. E que a meu ver foi cumprida”, disse.

Na primeira etapa do julgamento, marcado por embates e argumentações entre os ministros, Marco Aurélio rebateu Lewandowski dizendo que a Justiça Eleitoral não pode se pautar pela pressa dos partidos. “Há formalidades que são indispensáveis para ter-se a segurança jurídica. Se flexibilizarmos o que está na nossa resolução ficará aberta a porta para evidentemente adotar-se o mesmo procedimento quanto a outros pedidos. E não me consta que faltem no cenário nacional partidos para ter-se a participação nas eleições e 2012”. (Último Segundo)

Suspeito de mandar matar juíza vai para Bangu 8

O tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e suspeito de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, será transferido para o presídio Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio. Ele teve a prisão decretada ontem à noite pela 3ª Vara Criminal de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

O tenente-coronel, há 26 anos na corporação, chefiava o 7º BPM na época do assassinato de Patrícia, então titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. No fim de agosto, a PM anunciou a troca do comando de 23 batalhões, e Oliveira passou a chefiar o 22º BPM (Maré).

Segundo o corregedor da PM, Coronel Ronaldo Menezes, o ex-comandante foi exonerado e se entregou por volta de 3h da madrugada de hoje, no Batalhão de Choque, após determinação do comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte. A ordem partiu do Hospital Central da PM, onde Duarte está internado após cirurgia. A transferência do tenente-coronel para Bangu 8, e não uma unidade prisional da PM, segundo o corregedor, consta na decisão da Justiça.

Outros seis PMs também tiveram as prisões decretadas, dos quais cinco já estavam presos por outros crimes. O PM Júnior César de Medeiros é considerado foragido. De acordo com o corregedor, o tenente-coronel será levado hoje à tarde para a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que investiga o assassinato da juíza, para prestar depoimento. Com os decretos de prisão de ontem, subiu para dez o número de PMs suspeitos de envolvimento na morte de Patrícia. (AE)

Não compre de quem desrespeita o trabalhador!!! Samsung: acordo judicial com MPT põe fim ao assédio e gera R$ 500 mil de indenização por danos morais


A Samsung Eletrônica da Amazônia não pode praticar assédio moral contra seus funcionários. A obrigação foi assumida em acordo judicial celebrado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), após a empresa ser processada pelos procuradores por cometer agressões físicas e verbais na fábrica em Campinas (SP), interior de São Paulo.

Nos termos da conciliação, já homologada pela Justiça do Trabalho, a Samsung fica proibida de “praticar e permitir todo e qualquer ato que configure assédio moral, assim entendido todo aquele que excede os limites regulares para o exercício do poder do empregador, adotando todas as medidas necessárias para coibir qualquer prática vexatória e/ou atentatória à dignidade dos trabalhadores”.

A Samsung se obriga também a não mais utilizar meios de punição que não estejam previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Caso descumpra as obrigações assumidas, a multinacional coreana pagará multa de R$ 2 mil por infração cometida e por trabalhador prejudicado.

Além disso, com base nas alegações contidas na petição inicial da ação civil pública, a Samsung pagará a quantia de R$ 500 mil por danos morais causados à coletividade, que será revertida a órgãos públicos e entidades assistenciais que serão indicadas pelo MPT.

Caso não haja o depósito do valor em uma conta judicial, a empresa pagará multa de 50% sobre esse valor.

Com o acordo, fica extinta a ação civil pública ajuizada no ano passado, assim como a decisão liminar já proferida sobre a matéria.

Inquérito

Investigações conduzidas pelos procuradores do MPT, motivadas por denúncias do sindicato da categoria, apontaram para um grave precedente dentro da empresa: os chefes coreanos da Samsung tratavam empregados de forma humilhante e vexatória, por meio de conduta desrespeitosa e agressiva.

Em depoimentos, ex-trabalhadores afirmaram que “eram tratados de forma agressiva pelos supervisores” e que “os supervisores chamavam a atenção dos funcionários com gritos e palavrões”.

Um dos ex-empregados disse em depoimento que “as agressões verbais proferidas pelos gerentes e supervisores coreanos eram rotineiras no ambiente de trabalho”. Duas depoentes afirmaram que “era comum presenciar trabalhadoras chorando nos banheiros”, e que, em prol da produtividade, os supervisores ameaçavam de demissão os funcionários com produção atrasada.

Há registro de afastamentos em razão de problemas de saúde, entre eles, depressão, estresse e síndrome do pânico, justificados pelas humilhações impostas pelos superiores.

Os procuradores fizeram diligência na empresa e tomaram depoimentos no local. Na oportunidade, o MPT constatou a forte pressão exercida sobre os trabalhadores para o alcance das metas de produção, com a afixação de placas e painéis por toda a fábrica.

Em audiência, a representante do sindicato da categoria esclareceu que as situações relatadas “de fato acontecem na empresa, especialmente quando há treinamento realizado por coreanos”. Além disso, foi dito que “os supervisores dos setores têm advertido indiscriminadamente os funcionários que cometem algum tipo de falha” e que “nessas situações o funcionário é chamado em uma sala aberta onde é advertido pessoalmente e ameaçado da perda do emprego”.

Em sua defesa, a Samsung sustentou que sempre cumpre rigorosamente a legislação vigente, recusando-se a firmar um acordo extrajudicial perante o MPT.

Ademais, foi ajuizada ação civil pública pedindo o fim imediato do assédio, o que resultou na concessão de liminar pela Justiça do Trabalho, determinando que a Samsung deixe de utilizar meios de punição senão os previstos na lei.

“O Ministério Público do Trabalho espera que a presente conciliação encerre definitivamente os atos de assédio moral por parte da empresa, os quais atentam seriamente contra a dignidade humana e os valores sociais”, conta a procuradora Catarina Von Zuben, responsável pela conciliação.

Coreanas investigadas

A situação do meio ambiente de trabalho nas grandes empresas coreanas instaladas no Brasil motivou a criação, pelo MPT, de procedimento específico para investigar de forma ampla e difusa as multinacionais oriundas daquele país que têm operações no interior de São Paulo.

O Promo (procedimento promocional) busca direcionar as relações trabalhistas com base na legislação brasileira, haja vista as diferenças culturais e de mercado entre os dois países.

Instalados há mais de uma década no Brasil, os grandes grupos coreanos estão dominando boa parte das vendas no mercado nacional, principalmente no setor automotivo e de eletrônicos, com crescimento invejável.

Contudo, como já ficou provado em investigações de procuradores do Trabalho, nem sempre essas empresas respeitam a legislação brasileira, o que reflete em adoecimento físico e mental de trabalhadores, como mostra o caso da Samsung e também as ocorrências na construção da planta da montadora Hyundai em Piracicaba (SP), onde já houve a interdição de ao menos sete alojamentos de operários.

Para iniciar a instrução do processo investigatório, o MPT dialogou com o cônsul coreano em São Paulo, Jeong Hak Park, que explanou a problemática apontando o diálogo como melhor forma de se minimizar as diferenças, estreitar relações e aproximar os povos.

“É indispensável o diálogo entre autoridades, empresas e sindicatos para tratativas quanto à proteção da saúde do trabalhador”, finaliza Von Zuben, que preside o Promo.

"Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, da Editora Cia das Letras, do jornalista Fernando Morais será lançado amanhã (28) em Curiba




"Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, pela Cia das Letras, é o lançamento do jornalista Fernando Morais. Para divulgação do seu trabalho, haverá um evento no dia 28 de setembro (próxima quarta feira), às 19h30, na Livrarias Curitiba do Shopping Palladium (Avenida Presidente Kennedy, 4121, loja 2047, piso L2 – Bairro Portão – entrada gratuita). A obra conta a saga da Rede Vespa, seleto grupo de agentes secretos que se infiltrou em organizações anticastristas em Miami. O trabalho é um suspenso baseado em fatos reais.

O autor trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de S. Paulo e TV Cultura. Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. É autor de mini-séries documentais, autor de diversos livros entre os quaisTransamazônica, A Ilha, Olga, Chatô, O Rei do Brasil, Corações Sujos, Cem Quilos de Ouro, Na Toca dos Leões, Montenegro e O Mago – que conta a biografia de Paulo Coelho.

Entrevista:

No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens e duas mulheres que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação temerária era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas “humanitárias” se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões da torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se voltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas de metralhadoras contra navios de passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.
Em cinco anos, foram 127 ataques terroristas, sem contar as invasões constantes do espaço aéreo cubano para lançar panfletos que, entre outras coisas, proclamavam: “A colheita de cana-de-açúcar está para começar. A safra deste ano deve ser destruída. [...] Povo cubano: exortamos cada um de vocês a destruir as moendas das usinas de açúcar”. Em trinta ocasiões, Havana formalizou protestos contra Washington pela invasão de seu espaço aéreo por aviões vindos dos Estados Unidos - sem nenhum efeito. Enquanto isso, em entrevistas, líderes anticastristas na Flórida diziam explicitamente: “A opinião pública internacional precisa saber que é mais seguro fazer turismo na Bósnia-Herzegovina do que em Cuba”.
Os últimos soldados da Guerra Fria narra a incrível aventura dos espiões cubanos em território americano e revela os tentáculos de uma rede terrorista com sede na Flórida e ramificações na América Central, e que conta com o apoio tácito nos Estados Unidos de membros do Poder Legislativo e com certa complacência do Executivo e do Judiciário. Ao escrever uma história cheia de peripécias dignas dos melhores romances de espionagem, Fernando Morais mostra mais uma vez como se faz jornalismo de primeira qualidade, com rigor investigativo, imparcialidade narrativa e sofisticados recursos literários.


Confira entrevista com Fernando Morais sobre o processo de pesquisa para "Os últimos soldados da Guerra Fria":

Qual foi seu primeiro contato com a história dos membros da Operação Vespa, os espiões cubanos em Miami?
Eu soube da história no dia das prisões dos dez agentes cubanos pelo FBI, em setembro de 1998. Ouvi a notícia no rádio de um táxi, no meio do trânsito, em São Paulo, e na hora pressenti que ali havia um livro embutido. Viajei a Cuba para tentar levantar o assunto, mas encontrei todas as portas fechadas. Para se ter uma ideia, Cuba só assumiu que eles de fato eram agentes de inteligência três anos depois, em 2001. O tema era tratado como segredo de Estado.

Como foi pesquisar em Cuba? Você teve pleno acesso a documentos oficiais? E do lado norte-americano?
Os cubanos só liberaram o assunto para mim no começo de 2008. A partir de então fiz cerca de vinte viagens a Havana, Miami e Nova York. O governo de Cuba liberou todo o material disponível e permitiu que eu entrevistasse quem quisesse, inclusive mercenários estrangeiros que haviam sido presos depois de colocar bombas em hotéis e restaurantes turísticos de Cuba e que tinham sido condenados à morte.
Nos Estados Unidos foi mais difícil. Como os agentes do FBI são proibidos de dar declarações públicas, só consegui entrevistas em off. Mas graças ao FOIA – Freedom of Information Act, a lei que regula a liberação de documentos secretos - e após pesquisas nos arquivos da Justiça Federal da Flórida, tive acesso a cerca de 30 mil documentos enviados pela Rede Vespa a Cuba e que haviam sido apreendidos pelo FBI nas casas dos agentes cubanos em Miami. E os serviços de inteligência cubanos me deram uma cópia do megadossiê sobre o terrorismo na Flórida que Fidel Castro entregou a Bill Clinton com a ajuda do escritor Gabriel García Márquez.

Quais personagens do livro você conseguiu entrevistar? Poderia falar um pouco deles?
Ao todo fiz quarenta entrevistas. Foram dezessete em Cuba, 22 nos Estados Unidos, e no México entrevistei a cantora brasileira De Kalafe, que havia sido vítima da intolerância de líderes anticastristas na Flórida. Entrevistei diretamente um dos presos, René González, via e-mail, e os demais por intermédio de seus familiares em Cuba. As mensagens (as minhas perguntas e as respostas deles) eram previamente censuradas pelas direções das prisões e limitadas a 13 mil caracteres por semana - se tivesse uma letra ou uma vírgula a mais, a mensagem se autodestruía.
Entrevistei, também pessoalmente, o agente que fugiu clandestinamente para Cuba antes das prisões, o piloto de caças-bombardeiros Juan Pablo Roque. Em Nova York entrevistei o jornalista Larry Rohter, do New York Times, que teve a casa metralhada e os freios de seu carro cortados depois que escreveu reportagens denunciando a ligação de lideranças anticastristas da Flórida com os atentados a bomba contra Cuba. E em Miami entrevistei líderes anticastristas diretamente envolvidos com os atentados contra Cuba, como o líder da organização Hermanos al Rescate, José Basulto.

As organizações de extrema direita descritas no livro continuam atuantes na Flórida?
Os tradicionais inimigos da Revolução Cubana, os autodenominados anticastristas verticales, estão morrendo ou já estão muito velhinhos. Quando eu terminava o texto final do livro, por exemplo, morreu Orlando Bosch, que era considerado o inimigo número 1 de Fidel Castro. Ainda é possível ver em Miami manifestações de rua contra a Revolução, mas as novas gerações parecem mais interessadas em ouvir salsa do que em colocar bombas.

Governo recebe senadores anti-corrupção

Senadores Pedro Taques (PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS)

Quando 25 mil pessoas saíram às ruas no dia 7 de setembro em protesto contra a corrupção em Brasília, alguns setores ligados ao PT torceram o nariz para o movimento, afirmando que ele era patrocinado pela oposição e tinha o propósito de desestabilizar o governo. Na semana passada, porém, de forma discreta, o governo deu uma demonstração de que, ao contrário, no mínimo respeita e dará liberdade para que o movimento evolua. Na última quinta-feira (22), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu os senadores que formam o grupo parlamentar de combate à corrupção.

Participaram da reunião com Gleisi, além de Cristovam, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Paulo Paim (PT-RS), Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (Psol-AP). Os senadores comunicaram à ministra que criaram um grupo de trabalho para debater e formular um pacote legal com regras para coibir de forma mais dura a corrupção pública. “Abrimos um importantíssimo canal de diálogo com o governo nesse sentido”, comemorou o senador Pedro Simon, em entrevista ao Congresso em Foco. Em contrapartida, os senadores disseram a Gleisi que a presidenta Dilma Rousseff pode contar com o apoio do grupo no seu esforço em punir e diminuir a corrupção no governo.

Desde que Dilma assumiu o governo, no início do ano, cinco ministros já deixaram seus cargos por denúncias de corrupção, desvio de dinheiro e influência política. Mobilizados em todo canto do país, setores da sociedade começaram a se organizar com o intuito de protestar contra os abusos de poder, além de apoiar as iniciativas da presidenta.

O grupo que discutirá medidas anti-corrupção está abrigado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A proposta de criação do grupo foi de Pedro Simon. “Nossa luta é pela moral e pela ética. Queremos encontrar ideias comuns para que cada segmento encontre bandeiras pelas quais lutar. Não queremos definir as bandeiras para os outros, mas queremos ajudar a organizá-las. Temos vários movimentos acontecendo, mas não temos organicidade”, explicou o senador.

O encontro com Gleisi partiu de uma conversa com Cristovam Buarque. “Foi uma iniciativa mútua”, explicou o senador. “Eu sugeri inicialmente o encontro, e a ministra nos chamou”. O intuito da reunião foi prestar solidariedade ao trabalho de combate à corrupção que vem sendo feito pela presidenta Dilma Rousseff. “A reunião foi muito boa. Até ressaltamos que essas ações devem ser tomadas mais depressa, mas a ministra pediu calma, pois o governo precisa manter a governabilidade. Defendemos ainda mudanças mais profundas como mudar o tipo de crescimento que temos no país”, disse Cristovam.

Via alternativa

A iniciativa de criar o grupo partiu de Simon, que inicialmente havia requerido a criação de uma subcomissão temporária. No entanto, a CDH já tem quatro subcomissões em funcionamento, número máximo permitido pelo Regimento Interno do Senado, por isso os senadores optaram por uma via alternativa. “Inicialmente, o requerimento do senador Simon estaria prejudicado. Mas trata-se de um símbolo da sociedade brasileira no combate à corrupção. Além disso, o assunto é da mais extrema relevância e merece atenção especial”, destacou o senador Paulo Paim, presidente da CDH.

Simon lamentou a situação atual do Brasil, conhecido no mundo inteiro como país da impunidade, como assinalou. “Corrupção existe no mundo inteiro. Só que, em outros países, há punição rigorosa. Aqui, não. O máximo que acontece é a exoneração de ministro. No Brasil, basta pagar um bom advogado, e o criminoso não pega um dia sequer de cadeia”, afirmou.

Na próxima terça-feira (27), o grupo deve se reunir para definir as pautas de ação do grupo. “Nos encontraremos, provavelmente, na reunião da CDH. Vamos ainda marcar encontros com entidades como a CNBB e a OAB e outras de quem já recebemos convites”, informou Simon. Perguntado se os senadores pretendem se unir aos grupos que recentemente organizaram protestos por várias cidades brasileiras, como os do dia 7 de setembro, o senador se mostrou cauteloso. “Esses grupos não querem ter ligação com partidos ou políticos. E nós achamos que eles estão certos. Só precisamos definir as bandeiras de luta”, disse.

Deputado Rasca Rodrigues promove campanha contra sacola plástica em Feira Livre de Curitiba


O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) esteve nesta terça-feira (27) na Feira Livre do bairro Rebouças, em Curitiba, promovendo uma campanha para incentivar os consumidores a não usarem sacolas plásticas, que poluem o meio ambiente e não podem ser recicladas. O deputado também foi conversar com feirantes e consumidores sobre os benefícios das sacolas ecológicas.

A campanha começou no dia 17 de setembro e já foi promovida em 34 Feiras Livres da capital, além do Mercado Municipal, onde foram distribuídas mais de 30 mil sacolas ecológicas. A sacola ecológica é composta de 99% de resina de polietileno (PEAD) e 1% de d2w – aditivo adicionado a sacola para que a mesma se torne biodegradável. A sacola ecológica será desfragmentada em 18 meses, sendo que uma sacola plástica convencional leva até 300 anos para se decompor.

DADOS - Diariamente são utilizadas mais de 2,5 milhões de sacolas apenas em supermercados paranaenses, representando 20 toneladas de resíduos depositados no meio ambiente. Nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte já é Lei a substituição do uso de sacolas plásticas por sacolas biodegradáveis.

PPS pede devassa nos cursos de qualificação do Ministério do Trabalho

O PPS vai pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria completa nos convênios do Ministério do Trabalho destinados a cursos de qualificação profissional. Levantamentos preliminares da Controladoria Geral da União (CGU) e denúncias veiculadas pela imprensa na última semana apontam para possíveis irregularidades em contratos da pasta com entidades ligadas ao ministro Carlos Lupi, que não teriam condições de executar o trabalho. O resultado disso seria a falta de prestação de contas, atrasos e má qualidade dos cursos.

Para que o TCU possa dar início a essa apuração, o líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), protocola nesta terça-feira (27/09), na Câmara, uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC). O requerimento precisa ser aprovado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para que o tribunal comece a analisar os contratos.

“A ação do TCU é urgente e necessária para impedir que mais um ministério do governo do PT vá parar nas páginas policiais devido a desvios de dinheiro público. Não queremos que aconteça no Ministério do Trabalho o mesmo que ocorreu com a pasta do Turismo, onde vários servidores foram presos pela Polícia Federal e denunciados pelo Ministério Público por formarem uma quadrilha da corrupção”, alertou o líder do PPS.

A denúncia

Segundo a denúncia entidades como a Federação Nacional de Mototaxistas e Motofretistas (Fenamoto), presidida por Robson Alves Paulino; a Associação Goiana de Atualização e Realização do Cidadão (AGA); e o Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureiras e Trabalhadores nas Indústrias de Confecção de Roupas e de Chapéus de Senhoras do Rio de Janeiro não teriam estrutura própria, estariam terceirizando a capacitação e oferecendo cursos de péssima qualidade. (PPS)

Mulheres são atraídas por voz masculina grave, afirma estudo

É oficial: as mulheres são atraídas por vozes graves masculinas, como a do ator James Earl Jones. Elas também estão mais propensas a recordar o que dizem os donos dessas vozes.

As mulheres provavelmente usam essas informações para selecionar os companheiros, afirma Kevin Allan, psicólogo cognitivo da Universidade de Aberdeen, na Escócia, e um dos autores de um estudo recente publicado na revista "Memory & Cognition" --acesse o resumo em inglês aqui.

Allan e seus colegas mostraram a mulheres imagens de objetos e, ao mesmo tempo, versões manipuladas por computador de vozes graves e agudas, masculinas e femininas, que diziam a elas o nome deles.

Em seguida, eles repetiram o experimento com vozes reais de homens e mulheres.

Nos dois casos, as mulheres expressaram uma clara preferência por vozes graves masculinas e se lembraram das imagens cujos nomes foram falados por vozes graves com mais frequência.

A escolha do companheiro tem um custo elevado para as mulheres, afirma Allan.

Esse custo é a gravidez, o nascimento do bebê e, frequentemente, a responsabilidade de ser a principal cuidadora e educadora.

Por isso, é de interesse da mulher selecionar um companheiro saudável e em boa forma, e a voz grave pode ser um sinal de masculinidade, afirma Allan.

Os pesquisadores agora planejam estudar o grau de influência no ciclo menstrual e a localização geográfica das mulheres quando elas conhecem homens que atendam a suas preferências.

Allan avisou que os homens não devem esperar seduzir as mulheres tornando a voz grave.

Ele avisa aos homens: "Se quiserem baixar o tom da voz, eles devem se preparar para serem julgado pelos detalhes lembrados pelas mulheres. Isso pode significar um tiro no pé. Não é uma estratégia que os homens possam usar."

Em contrapartida, um estudo britânico anterior, publicado no começo deste ano, afirma que as mulheres usam vozes mais agudas quando conversam com homens que acham atraentes. (NYT)

Sarney nomeia "especialistas de notório saber" ...

Está tudo dominado: Marcelo Leal Oliveira, advogado de Fernando Sarney, e Marcelo Leonardo, defensor de Marcos Valério, réu no caso do mensalão, foram nomeados pelo presidente do Senado, José Sarney, para a comissão que vai redigir o anteprojeto do Código Penal. (CH)

Paulo Bernardo diz que o governo mantém desconto dos dias da greve dos Correios

O governo não vai voltar atrás na decisão de descontar os dias parados dos trabalhadores dos Correios que aderiram à greve. O recado foi dado ontem pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. 'Fizemos uma proposta. Eles, com algumas alterações aceitariam a proposta, mas querem que nós paguemos os dias parados. Nós não temos condições de fazer isso. Essa proposta está na mesa há mais de 15 dias, e poderia ter sido feita uma negociação', disse o ministro.

'Nós não podemos fazer um acordo para pagar os dias parados, até porque temos mais de 80% dos trabalhadores na ativa. Então, o Wagner (Pinheiro, presidente dos Correios) e a diretoria, certamente, podem encontrar uma forma de descontar em parcelas, mas nós não temos condições de acatar essa sugestão.'

O embate entre trabalhadores e Correios sobre o corte de ponto e benefícios durante a greve já foi parar na Justiça. Os sindicatos regionais que representam a categoria têm entrado com ações para que os funcionários que aderiram à greve não tenham esse desconto, mas as decisões são divergentes.

Na Paraíba, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postais, Telégrafos e Similares (Sintec-PB) obteve liminar para que não haja corte de ponto, vale-transporte e vale-alimentação dos grevistas. Os Correios já recorreram da decisão. No Rio Grande do Sul, pedido semelhante foi indeferido.

Segundo o ministro, cerca de 18% dos trabalhadores estão em greve. Uma reunião seria realizada ontem, entre Correios e sindicatos, para tentar fechar um acordo. Na sexta-feira, a estatal rejeitou contraproposta da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect).

Mutirão. O segundo mutirão dos Correios entregou 9,4 milhões de correspondências no fim de semana. Conforme nota divulgada ontem pela empresa, outros 27 milhões de objetos foram preparados para ser entregues em todo o País.

Bancários dizem que paralisação atinge 25 Estados e DF

Bancários de 25 Estados e de agências do Distrito Federal cruzaram os braços nesta terça-feira, primeira dia da greve nacional aprovada na noite de ontem, de acordo com levantamento da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

Ainda segundo a Confederação, a greve atinge tantos bancos públicos quanto privados. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), por enquanto, não divulgou um balanço com números próprios sobre a paralisação.

Os bancários pedem reajuste de 12,8% e maior participação nos lucros das empresas. Isso significa aumento real de 5%, se descontada a inflação.

Os bancos ofereceram 8% de aumento sobre salários e participação nos lucros, incremento real de 0,56%.

A Fenaban recomendou à população que procure alternativas para ter acesso aos serviços bancários, tais como caixas eletrônicos, Internet Banking, Mobile Banking, operações por telefone e correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios, redes de supermercados e demais estabelecimentos credenciados.


Comissão do Senado aprova projeto para ampliar Simples

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira projeto de lei complementar que reajusta em 50% as tabelas de enquadramento das micro e pequenas empresas no Simples Nacional. O texto segue para votação em plenário, com regime de urgência, o que garante prioridade na pauta.

O projeto foi aprovado mesmo com a ressalva de senadores de que o impacto do regime especial de tributação pode trazer prejuízo aos cofres de alguns Estados como São Paulo. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que os secretários de Fazenda de São Paulo, Goiás e Bahia disseram a parlamentares ter preocupações com perdas nas receitas por conta do reajuste.

Relator da proposta e líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE) reconheceu que São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerias, que têm participação superior a 5% do PIB, poderão ter perdas. Segundo Pimentel, o ajuste no Simples provoca a diminuição no recolhimento do Imposto de Renda e do IPI.

"Esses quatro Estados têm participação acima de 5% no PIB e poderão ter perda de receita, mas como você tem sistema de formalização e diminuição da fraude, esses Estados praticam a substituição tributária".

Pimentel fez um apelo pela aprovação da matéria. Pediu que o texto fosse aprovado mesmo com dúvidas de senadores para que andasse na Casa. Na Câmara, um acordo de líderes deixou a discussão de mudanças no texto encaminhado pelo Planalto para o Senado.

Ex-governador do Paraná, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) saiu em defesa da matéria e disse que quando implantou sistema semelhante em sua gestão no Estado também enfrentou resistências. "Chegaram a dizer que eu quebraria o Estado. E não aconteceu".

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) disse que o projeto representa a correção da inflação dos últimos seis anos, quando as faixas foram fixadas. "A correção significa reconhecer o efeito inflacionário do período".

O ajuste de 50% nas tabelas de tributação, a receita bruta anual máxima para que as microempresas possam optar pelo regime simplificado passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil por ano.

Para a pequena empresa, a nova faixa de enquadramento irá de R$ 360 mil até R$ 3,6 milhões. O projeto também amplia o limite para o empreendedor individual, de R$ 36 mil para R$ 60 mil anuais. O reajuste deve valer a partir de 1º de janeiro de 2012. (Uol)

Organizações discutem prioridades da Amazônia para a Rio+20

A Amazônia será um dos focos das discussões da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), a Rio+20, que o Brasil vai sediar em junho de 2012.

Para definir as prioridades da região a caminho da economia verde, um grupo de organizações da sociedade civil, representantes de governos, povos tradicionais, empresários e movimentos sociais estão reunidos nesta terça-feira em Belém para definir uma agenda amazônica para a conferência.

A ideia é debater como aplicar o conceito de economia verde à região, melhorando os indicadores de desenvolvimento sem comprometer a conservação da biodiversidade.

Entre os temas que vão nortear o debate estão a inclusão social e educação, a gestão e consolidação de áreas protegidas e os desafios para efetivar a regularização fundiária nos estados amazônicos.

Também estão na pauta as grandes obras de infraestrutura que os governos têm planejado e levado adiante na região, como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), alvo de críticas de ambientalistas e movimentos sociais.

O Seminário Regional sobre Economia Verde da Amazônia: Amazônia Rumo à Rio+20 faz parte da iniciativa Diálogos Nacionais, que já discutiu a agenda das regiões Sul e Centro-Oeste para a conferência. As propostas serão apresentadas ao governo e deverão subsidiar o documento que o Brasil apresentará à ONU com as contribuições para o debate. (AB)

Manifestantes fazem ato em Brasília batizado de 'Primavera da Saúde'

Manifestantes fazem ato nesta terça-feira (27) em frente ao Congresso Nacional para pressionar pela aprovação do projeto que regulamenta a emenda 29 --que trata do financiamento da saúde pública do país.

Batizado de "Primavera da Saúde", o ato reúne secretários e pessoas ligadas ao setor.

A intenção dos manifestantes é mobilizar os senadores pela aprovação da proposta que vincula à saúde 10% das receitas brutas da União. Esse texto já havia sido aprovado no Senado, mas foi modificado pela Câmara --que manteve o reajuste anual dos gastos federais na área de acordo com o crescimento da economia, ou seja, do PIB (Produto Interno Bruto).

A Folha noticiou anteontem que 43 dos 81 senadores dizem apoiar a retomada da proposta original, vinculando os 10%. (Uol)

É exatamente o contrário do que deseja a presidente Dilma Rousseff, que nas últimas semanas afirmou que não aceitará aumento de despesas se o Congresso não indicar uma nova fonte de recursos para a saúde.

A "Primavera da Saúde" é conduzida principalmente pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Professores se acorrentam dentro do plenário na Assembleia em MG

Cerca de 30 professores estão acorrentados nesta terça-feira (27) dento do plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Os manifestantes entraram no local nesta segunda-feira (26) quando acontecia um debate público da Comissão de Direitos Humanos. A greve dos servidores da educação já dura 112 dias.

Segundo assessoria de imprensa da Assembleia, a tropa de choque da Polícia Militar está na porta do local por medidas de precaução. De acordo com Sindicato Único dos Trabalhos em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE/MG), os professores informaram que só vão deixar o local depois que o governador aprovar o piso salarial. Eles afirmaram ainda que escolheram a Assembleia porque foi lá que o governador encaminhou o projeto de lei dos subsídios.

Entenda o caso
Servidores da educação de Minas Gerais estão em greve desde o dia 8 de junho. A categoria reivindica piso salarial de R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas e Ensino Médio de escolaridade. De acordo com o sindicato que representa os servidores estaduais, o valor defendido segue cálculo da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (CNTE). Para tentar dar fim à greve, o sindicato já havia informado que admitiria discutir o piso de R$ 1.187, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC).

No dia 6 de setembro, o governador Antonio Anastasia encaminhou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Projeto de Lei número 2.355/11, que prevê mudanças na política salarial dos servidores da educação do estado. A proposta define piso de R$ 712,20 para os professores da educação que têm vencimento básico menor que este montante. A proposta enviada prevê ainda, para os trabalhadores que recebem no formato de subsídio, o salário inicial de R$ 1.122,00. As mudanças na política salarial dos servidores da educação foram anunciadas no dia 23 de agosto. Se aprovado, o projeto entra em vigor em janeiro de 2012.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação, com a proposta, o governo atende à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece piso salarial nacional para professores da rede pública no valor de R$ 1.187 para jornada de trabalho de 40 horas semanais. A secretaria diz que, como em Minas, os professores da educação básica têm jornada semanal de 24 horas e a legislação prevê a proporcionalidade, a aplicação do valor de R$ 712,20 como vencimento básico atende à interpretação da Lei Federal. (G1)

Cohapar e CAIXA tratam do trâmite da contratação de casas no Paraná

A Cohapar promoveu uma reunião com diretores da Caixa Econômica Federal para ajustar o fluxo de encaminhamento da contratação de unidades habitacionais até o final deste ano. A meta do Governo do Estado é construir 25 mil moradias por ano, em parceria com o Governo Federal, por meio da CAIXA, e também com os municípios.

Do encontro realizado durante a tarde no Auditório da CAIXA, em Curitiba, participaram o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, o Superintendente Nacional da CAIXA, Fábio Carnelós, além de Ubiraci Rodrigues, Gerente Nacional de Clientes e Negócios, dos superintendentes regionais Jorge Kalache Filho, Luiz Carlos Costa Formigari e Roberto Luiz Bachmann, dos gerentes regionais Arielson Bittencourt e Iedo Omar Faria, da gerente de Habitação e Infraestrutura, Elizabeth Alessi Walter da Costa, e técnicos. Pela Companhia de Habitação do Paraná também estiveram presentes Luciano Valério Bello Machado, Diretor de Programas e Obras, Jocely Maria Thomazoni Loyola, Diretora de Projetos, Agostinho Creplive Filho, Diretor Administrativo-Financeiro, assessores e técnicos.

Bancários entram em greve a partir desta terça-feira, diz confederação

Os bancários decidiram entrar em greve em todo o país a partir desta terça-feira (27), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após assembleias dos sindicatos da categoria realizadas em todo o país na noite desta segunda. A paralisação atingirá bancos públicos e privados.

Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, disse que o objetivo do movimento é pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e a melhorar a proposta de aumento real de salários da categoria, cuja data-base para renovação da convenção coletiva de trabalho é 1º de setembro.

Seguindo orientação do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban durante a quinta rodada de negociações, na última sexta-feira (23), em São Paulo. “Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do período)”, diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Reivindicações Para os trabalhadores, a proposta dos bancos não contém valorização do piso salarial, não amplia a participação nos lucros e não traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. “Os bancários reivindicam fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações”, destaca a Contraf-CUT.

“Contamos com o apoio e a compreensão dos clientes e usuários, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermináveis pela falta de funcionários, a insegurança e a precarização do atendimento bancário“, diz Cordeiro.

Na noite desta segunda-feira, houve assembleias nos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande, Mato Grosso, Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí, Espírito Santo, Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados e Vitória da Conquista, entre outros, conforme levantamento feito até as 20h30 pela Contraf-CUT.

Para a Fenaban, qualquer atitude que dificulte o atendimento de usuários é condenável, principalmente quando a negociação pode continuar e evitar qualquer paralisação. Aos clientes bancários, a entidade lembra que, mesmo numa greve, muitas agências funcionam normalmente e vários outros canais de atendimento (internet, telefone, terminais de autoatendimento e correspondentes) permitem a prestação de serviços.

De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o aumento real de 0,56% é insuficiente. Ele disse que o lucro dos seis maiores bancos do País subiu, em média, nos últimos dois anos, cerca de 20%. "E os bônus dos executivos de bancos na maioria deles é 400 vezes maior do que a participação nos lucros e resultados (PLR) básica de um bancário", protestou. Segundo Cordeiro, no ano passado, a categoria conseguiu 3,08% de aumento real, valor bem superior ao oferecido até agora para 2011. "Foram cinco rodadas de negociação e os bancos não avançaram em nada sua proposta", disse.

Febraban

Diante da greve dos bancários em todo o país, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta os clientes a recorrerem a canais alternativos como internet, telefone e terminais de auto atendimento.


Crise faz mercado apostar em corte de juros mais rápido

O agravamento da crise econômica nos países ricos tem levado investidores a apostar em aceleração da queda de juros no Brasil.


Ontem, pela primeira vez, a expectativa predominante do mercado era de corte superior a 0,7 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorrerá no fim de outubro.

As apostas até meados da semana passada eram de queda menor, mais próxima a 0,5 ponto percentual.

O Banco Central reduziu a taxa Selic no fim de agosto de 12,5% para 12%.

A principal razão citada para o corte na época foi a piora do cenário externo que, na avaliação da autoridade monetária, contribuirá para uma desaceleração da economia brasileira.

Pela primeira vez, as projeções, em média, apontam para inflação acima da meta perseguida pelo governo (de 6,5%) este ano. (Uol)

Governo publica decreto que reduz tributo da gasolina

O governo publicou nesta terça-feira no "Diário Oficial da União" decreto que reduz a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da gasolina, tributo que incide sobre a importação e comercialização de petróleo, gás natural e derivados.

A redução no tributo acontece em um momento em que a Petrobras aumenta a importação de gasolina para atender a demanda interna. Na véspera, o diretor de abastecimento da estatal afirmou que a companhia deve encerrar 2011 com uma média diária de importação de 30 mil barris de gasolina ante uma média de 7.000 em 2010.

Pelo decreto, o valor da Cide sobre a gasolina caiu para R$ 192,60 por metro cúbico. O texto altera decreto de abril de 2004, que estabelecia como valor do tributo como R$ 230, no caso da gasolina.

MISTURA

Em agosto, o governo decidiu reduzir de 25% para 20% o teor de álcool anidro misturado à gasolina vendida nos postos do país a partir de outubro.

A medida foi tomada para tentar evitar a falta de etanol no mercado. O governo espera que, com mais álcool no mercado --já que o percentual de mistura obrigatório na gasolina irá diminuir--, não haja risco de desabastecimento. Ao mesmo tempo, espera-se redução no preço do litro da gasolina.

(Uol)

Polícia Rodoviária apreende munição antiaérea na fronteira

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu por volta das 16h40 desta segunda-feira (26) 20munições calibre ponto 50 e um carregador prolongado de pistola 9mm com capacidade para 30 munições. Os artefatos bélicos estavam em um veículo GM Captiva, parado durante uma fiscalização de rotina na BR-277, posto de Santa Terezinha de Itaipu, limites com Foz do Iguaçu, Oeste do estado. A munição tem capacidade para derrubar helicópteros e aviões.

Os policiais encontraram as munições escondidas em uma garrafa pet de dois litros amarrada com uma presilha plástica e acondicionadas sob o eixo traseiro do veículo, próximo ao tanque de combustível. Desconfiados, eles colocaram o carro em uma rampa para fazer a vistoria.

Três rapazes foram presos, o condutor e dois passageiros. Eles alegaram que desconheciam a existência da munição. Todos foram encaminhados à delegacia de Santa Terezinha de Itaipu. Os policiais ainda encontraram diversas mercadorias contrabandeadas no veículo, com placas de Nova Odessa, São Paulo. (GP)

Jorge Hage critica forma como STF interpreta presunção de inocência, que favorece demais ao réu de colarinho branco

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, criticou nesta segunda-feira (26) a forma como o Supremo Tribunal Federal (STF) tem interpretado o princípio da presunção de inocência. Na avaliação do ministro, esse recurso tem favorecido demasiadamente as versões apresentadas pelos réus.

Hage, no entanto, elogiou a iniciativa do presidente da corte, Cezar Peluso, que propôs umProjeto de Emenda à Constituição (PEC) – acatada pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – prevendo a redução do número de recursos a que o réu tem direito antes de ir à prisão.

A PEC nº 15/2011 permite a execução imediata de sentenças de segunda instância, e o réu só seria libertado após decisão de tribunais superiores.

“O entendimento do Supremo sobre a forma como a atual legislação aborda a presunção de inocência favorece demais ao réu. A cadeia simplesmente não existe enquanto prevalecer essas regras”, disse Hage à Agência Brasil, após participar do 32º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna (Conbrai).

Caso a PEC seja aprovada pelo Congresso Nacional, “a prisão [do réu suspeito] passa a ocorrer após a condenação pelo Tribunal Justiça ou pelo Tribunal Regional Federal, que é a segunda instância”, explicou o ministro da CGU. (AE)

 
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