ResponsĂ¡vel pelo caso, o juiz Paulo Cezar Lopes, da 13.ª Vara Federal, disse ao Estado estar na fase de anĂ¡lise das alegações das defesas e tem a intenĂ§Ă£o de divulgar a sentença jĂ¡ na prĂ³xima semana. “Estou analisando os documentos e tento dar certa prioridade a isso, mas nĂ£o tenho como me debruçar apenas sobre um caso.”
A aĂ§Ă£o foi apresentada pelo MP em fevereiro de 2011. Um ano depois, estava pronta para ser julgada. A demora na decisĂ£o foi criticada ontem pelo advogado Luiz Francisco CorrĂªa Barbosa, defensor do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Segundo a procuradora responsĂ¡vel, Luciana Loureiro Oliveira, a irregularidade se refere ao envio de mais de 10 milhões de cartas a segurados do INSS, entre outubro e dezembro de 2004, ao custo de R$ 9,5 milhões, que informavam sobre a possibilidade de obtenĂ§Ă£o de emprĂ©stimos consignados. ApĂ³s as cartas, o lucro do BMG pulou de R$ 90 milhões, em 2003, para quase R$ 280 milhões, em 2004.
Na defesa de Lula, apresentada em fevereiro, a Advocacia-Geral da UniĂ£o pede o arquivamento da aĂ§Ă£o, e argumenta que Lula nĂ£o fez “propaganda gratuita” para o BMG, pois, quando do envio da carta, o banco concorria com a Caixa, que jĂ¡ estava no mercado de consignado. (AE)