quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CUT cobra "agenda trabalhista" do governo Dilma

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) criticou nesta quinta-feira (8) o governo e o Congresso Nacional por seguir uma agenda de interesses dos empresários e não defender os projetos favoráveis aos trabalhadores. Em reunião a portas fechadas, em São Paulo, com o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, a diretoria do sindicato reclamou da obstrução na discussão sobre a redução da jornada de trabalho e na ratificação de convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Não podemos ficar presos à agenda do empresário", disse Artur Henrique, presidente da CUT.

Entre esta quinta e sexta, os sindicalistas pretendem discutir estratégias para aumentar a pressão sobre o governo e o parlamento. "O governo quando quer aprovar a DRU (Desvinculação de Receitas da União) não faz pressão para aprovar? Quando o governo quer aprovar proposta que interessa ao governo não vai para cima? Estamos cobrando que o governo faça o mesmo", disse Henrique.

Não estão descartados paralisações e atos públicos em 2012. "Vamos discutir (nesses dias) mecanismos mais ousados de mobilização", contou Henrique.

A CUT faz campanha para que o Brasil regulamente as convenções 151 e 158 da OIT. A primeira normatiza as relações de trabalho na administração pública e a segunda veda a dispensa do trabalhador de forma imotivada. "O projeto da convenção 151 está na mesa da dona Gleisi Hoffmann", cobrou o sindicalista. "Falei sobre isso na primeira reunião que tive com ela", contou o dirigente, ao se referir ao encontro de agosto com a ministra-chefe da Casa Civil. "O governo foi pautado pelo mercado (financeiro)", acusou.

A principal central sindical do País acredita que há espaço na agenda para aprovar as medidas ainda no primeiro semestre de 2012, mesmo sendo ano eleitoral, quando os partidos se voltam para as campanhas eleitorais. O sindicalista, que encerrará seu mandato à frente da entidade no próximo ano, afirma que não pretende abandonar as bandeiras da central em 2012 para se candidatar à Prefeitura de Campinas, como se discute nos bastidores do PT. "Faz 12 anos que me mudei de Campinas para São Paulo. Estou fora da realidade da cidade", justificou.

O presidente da CUT também rejeitou as especulações sobre a possibilidade de algum dirigente ligado à entidade de ocupar o Ministério do Trabalho em substituição ao ex-ministro Carlos Lupi. "Todo ministro tem de ter uma atitude republicana. Somos contra o aparelhamento de qualquer ministério", afirmou. (AE)

Adiada votação de projeto que criminaliza a homofobia

Ativistas da causa homossexual e grupos religiosos acompanharam com interesse, e, em muitos momentos, com aplausos e vaias, debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta quinta-feira (8), sobre o projeto de lei da Câmara (PLC 122/2006) que criminaliza a homofobia. A pedido da relatora, senadora Marta Suplicy (PT-SP), a proposta foi retirada da pauta de votações para reexame, na tentativa de se buscar um entendimento entre as correntes favoráveis e contrárias ao projeto.

O clima tenso no evento não inviabilizou, entretanto, uma conversa cordial entre o senador Magno Malta (PR-ES) - crítico do PLC 122/2006 - e o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis. De um lado, Magno Malta reiterava que a ninguém é dado o direito de ser intolerante contra quem quer que seja, incluindo homossexuais e religiosos. Do outro, Toni Reis defendia a busca por um texto de convergência, baseado no respeito, e não na agressividade.

Marta Suplicy decidiu adiar a votação do projeto - provavelmente para 2012 - para não correr o risco de vê-lo derrubado em caso de empate de votos. Autora de substitutivo ao PLC 122/2006, ela se disse convencida de que é necessária uma lei específica para combater a homofobia e que seu texto deve coibir, de forma clara, o preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

Substitutivo

Ainda segundo a relatora, alguns pontos de seu substitutivo já foram negociados com representantes evangélicos e católicos. Com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Marta Suplicy ajustou termos de um artigo (3º) para não seja considerada crime "a manifestação pacífica de pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, crença e religião". Já com o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), ligado à Igreja Universal, reformulou artigo (7º) que criminaliza a "indução à violência", ao retirar do texto as palavras "praticar" e "incitar". O artigo que estabelece pena de reclusão, de um a três anos, para quem induzir alguém a agir com violência por motivação de cunho sexual.

Manifestação

"Cada qual defende o que acredita, e nós precisamos respeitar isso". Foi com essas palavras que Magno Malta abriu sua manifestação contrária ao projeto. Depois de afirmar que a Constituição já considera crime descriminar qualquer pessoa, o senador protestou contra uma suposta tentativa de "requerer um direito, criminalizando quem não concorda com ele".

"Não podemos ser estigmatizados como homofóbicos. Queremos encontrar uma lei que preserve o nosso direito de discordar", apelou em seguida Marcelo Crivella, sustentando que, "apesar de considerarem o homossexualismo um pecado, os evangélicos sempre vão tratar as pessoas com essa orientação sexual com carinho, distinção e respeito em suas igrejas".

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) disse acreditar que a maioria da população não é homofóbica, o que não significa que o Estado não precise proteger os homossexuais contra a discriminação e a violência. Marinor Brito avalia que "o Estado brasileiro não garante ao cidadão com orientação sexual diferente o direito de ser respeitado". Na sua opinião, a criação de uma lei específica, como a Lei Maria da Penha (para coibir a violência contra a mulher) e o Estatuto da Igualdade Racial (contra o racismo), é necessária para fazer valer as garantias e os direitos já estabelecidos pela Constituição.

Entendimento

Ao contrário de Magno Malta, que vê o homossexualismo como uma escolha, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) ponderou que algumas correntes científicas admitem a hipótese de as pessoas já nascerem com essa condição. Desta forma, fez um apelo aos críticos ao PLC 122/2006 para admitirem essa tese e, assim, concordarem em criminalizar a homofobia.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) assinalou o esforço da relatora para elaborar um texto de consenso, mas acredita ser preciso avançar ainda mais no diálogo para "que a luta contra a intolerância não passe a idéia de que se está criando outra forma de intolerância".

A exemplo de Cristovam, o senador Sérgio Petecão (PMN-AC) pediu para não haver mais demora na votação do projeto - ele tramita há dez anos no Congresso - e se insurgiu contra um cartaz exibido por uma ativista com os dizeres "declare guerra a quem finge que te ama".

"Nós não precisamos declarar guerra a ninguém. O nosso propósito aqui é combater a homofobia e temos que ter a responsabilidade de encontrar um meio termo para resolver a questão", ponderou.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) considerou positivo esse espírito de busca de um entendimento em torno da matéria. E pediu que esse acordo leve em conta observação da CNBB de que não haja desrespeito a qualquer ser humano em nosso país. (AS)

O fantasma de uma ferrovia

Vanhoni (PT-PR) contra os interesses da Educação, que exige 10%, ardiloso faz manobras no PNE 1

Angelo Vanhoni (PT-PR), relator da Comissão Especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE) fez uma manobra ardilosa, maquiando dados sobre o financiamento da educação. O projeto original do MEC previa 7% do PIB (Produto Interno Bruto) e os educadores solicitam 10%. Vanhoni elevou para 8%, mas modificou o texto, passando a designar o índice do PIB para “investimento público total em educação”. A palavra “total” não existia no original. Com isso, ficam incluídas as bolsas de estudo como investimento. A maquiagem faz com que o relatório seja exatamente o projeto do governo, com os 7% ou até menos. Vanhoni se defendeu, afirmando que está atendendo à uma “negociação com o Planalto”. (Ivana Veraldo)

Papai Noel malvado


"Se você tem subordinados e o ano todo os tratou com impropérios e humilhações; paga-lhes com desdém e cruel avareza; considerou-os, permanentemente, 'zés-ninguém', sem reconhecê-los como gente, úteis e também detentores de direitos ... NÃO É A HORA DE DESEJAR-LHES FELIZ NATAL"...

David de Castro

100 ANOS DE MARIGHELLA

Procuradoria denuncia presidente e outros conselheiros do TCE do Rio

O Ministério Público Federal denunciou o presidente, o vice-presidente e outros dois conselheiros do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado) do Rio por crimes que incluem falsidade ideológica, peculato e corrupção ativa.

Eles são suspeitos de contratar funcionários-fantasmas e servidores sem concurso público mediante fraude.

A pedido dos procuradores, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a Polícia Federal a apreender na tarde de ontem o disco rígido de um computador com dados do sistema de recursos humanos do órgão.

A denúncia apresentada contempla quase 25 casos de contratações irregulares, mas estima-se que o número possa ser ainda maior. Os nomes dos servidores suspeitos não foram divulgados.

A Folha apurou que os contratados recebiam entre R$ 8.000 e R$ 12 mil por mês. As investigações apontaram ainda patrimônio incompatível com a renda.

Em nota divulgada após a operação da PF, o TCE disse desconhecer o motivo da apreensão, mas afirmou ter colaborado com os agentes.

Procurado novamente no início da noite, após a denúncia da Procuradoria, o TCE não voltou a se manifestar.

Em outubro, o Ministério Público já havia pedido ao STJ o afastamento do presidente do TCE do Rio, Jonas Lopes de Carvalho, e do conselheiro do órgão José Gomes Graciosa, por suposta corrupção passiva. Eles permanecem no cargo.

Os dois foram acusados de dividir propina para aprovar contratos, o que eles negam.

As duas investigações são um desdobramento da Operação Pasárgada, que detectou organizações criminosas acusadas de corromper juízes e conselheiros dos tribunais de contas em Minas e no Rio.

Charge do Paixão: Pimentel

Criadores de camarão abrem brecha para utilizar mangues

O lobby dos criadores de camarão contra o veto à exploração econômica do mangue teve êxito. O Código Florestal aprovado no Senado manteve os manguezais como áreas de proteção permanente, mas admitiu exceções em caso de interesse social.

"Não queremos uma folha dos mangues", disse o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão, Itamar Rocha. "Mas proibir o uso dos salgados e apicuns [áreas no interior ou contíguas aos mangues] significa prejudicar principalmente os pequenos criadores, que formam 75% da categoria".

Segundo Rocha, o setor emprega cerca de 40 mil pessoas e utiliza 20 mil hectares de áreas próximas aos estuários. A produção nacional de camarão é de 75 mil toneladas por ano. O Rio Grande do Norte é o maior produtor, com 20 mil toneladas anuais.

"São números absurdos para um país que tem 1 milhão de hectares propícios à criação de camarões", disse.

"O país gasta US$ 1,3 bilhão com a importação de pescado e R$ 1,3 bilhão com o seguro defeso, mas cada brasileiro consome apenas 8,2 kg de pescado por ano, metade da média mundial, de 17 kg por ano", afirmou.

A Folha esteve na região de criação de camarões no estuário do rio Potengi, no entorno de Natal. Ali, grandes áreas de mangue deram lugar a tanques e viveiros. Moradores dizem que as obras alteraram as marés no local.

No dia 10 de novembro, o Ibama e o Exército destruíram com dinamite, por decisão judicial, um viveiro de camarão em Tibau do Sul (RN). (UOL)

PM que fez a denúncia contra o Ministério dos Esportes é preso novamente após escândalo dentro do palácio do governo do DF

O policial militar João Dias Ferreira, delator de um esquema de desvios no Ministério do Esporte, foi preso novamente após ser pego com R$ 159 mil na sede do governo de Agnelo Queiroz (PT), ex-chefe da pasta.

O policial foi preso em flagrante na tarde desta quarta-feira (7), na sede do governo do DF, o Palácio do Buriti. Ele também agrediu uma assessora da secretaria de Governo, comandada por Paulo Tadeu --um dos principais aliados de Agnelo.

O dinheiro jogado na mesa das funcionárias durante a confusão está sendo analisado pela polícia, que também investigará a origem do montante.

Na confusão, Ferreira atacou também um policial militar que fazia a segurança no Palácio do Buriti.

Ele foi solto ontem pela Polícia Civil após pagar fiança, mas a corregedoria da Polícia Militar decidiu prendê-lo novamente hoje por conta do ataque ao colega de corporação.

"Não tem fiança no Código Militar e encaminhamos o policial para o complexo penitenciário, onde ficará preso até a Justiça se manifestar. Decidimos prendê-lo por conta do laudo do IML e do atendimento ao policial atacado, que quebrou o dedo e ficará pelo menos 15 dias engessado", disse à Folha o corregedor da PM, coronel Jahir Lobo.

Segundo o advogado de Ferreira, ele recebeu "inúmeras" propostas de pessoas ligadas a Agnelo e, na terça-feira, teria decidido aceitar para poder filmar a entrega do dinheiro.

O pagamento seria um "cala-boca" para que o policial não falasse das irregularidades no Ministério do Esporte e os desdobramentos do caso.

Ferreira é dono de duas ONGs que desviaram mais de R$ 3 milhões do Esporte, quando Agnelo era ministro e também na gestão de Orlando Silva --que caiu após as acusações. Durante a crise no Esporte, o policial centrou as acusações em Orlando Silva, sem implicar diretamente Agnelo.

"Ele resolveu então ir devolver o dinheiro e foi na secretaria de Paulo Tadeu, que é quem ele entende que foi a origem do dinheiro", disse o advogado de Ferreira, André Cardoso.

Segundo a assessoria de Agnelo Queiroz, a motivação de Ferreira é "escusa".

"Quanto ao secretário de governo, Paulo Tadeu, ele não se encontrava no Palácio durante o episódio. A segurança do Palácio do Buriti abriu procedimento para apurar como se deu o acesso de João Dias ao prédio. O governo do Distrito Federal também vai apurar com que objetivos escusos o policial apareceu nesta tarde, de forma despropositada, no Palácio do Buriti", diz a nota do governo. (Uol)

Criação de reservas naturais em Curitiba ganha incentivos com nova lei

Uma nova lei municipal de Curitiba normatizou a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNMs). As mudanças incluem a redução de custos e burocracia no processo e prevêem a concessão de potencial construtivo como forma de incentivar donos de imóveis a transformarem suas áreas em reservas.

Atualmente, Curitiba já possui quatro reservas e outros 19 pedidos estão sendo encaminhados. De acordo com a Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores, a capital possui cerca de mil imóveis que poderiam ser transformados em reservas.

Mudanças

As alterações feitas na lei desburocratizam parte do processo, evitando a apresentação de documentos desnecessários nos processo de criação das reservas. Além disso, está previsto a transformação de áreas com menos de 70% de vegetação nativa em reserva, desde que já possua 60% da área e firme um compromisso com um plano de manejo. A subdivisão de imóveis para a criação de reservas só será autorizada em casos especiais.

O proprietário que se dispuser a transformar seu imóvel em uma reserva terá isenção de taxas municipais no processo de criação e prioridade de analise dos processos. Já a concessão de potencial construtivo será regulamentada e pode ser renovada periodicamente. O cálculo do potencial não vai levar em conta uma eventual depreciação no valor do terreno por causa da área de preservação. Os locais serão fiscalizados periodicamente e os proprietários poderão implantar edificações no terreno para fins de turismo, educação ambiental ou para moradia, desde que conste no plano de manejo. (GP)

Lupi, o desastrado, o PT e o PDT


Leandro Mazzini

A queda de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho foi causada por uma sucessão de fatos desastrosos causados pelo próprio. Na política, você se alça à glória ou se enterra por conta de cada palavra e ato, sempre destacados ou nunca perdoados. Lupi, por exemplo, já entrou errando quando aceitou ser ministro do então presidente Lula. Porque esqueceu, da noite para o dia, todas as críticas ferrenhas que fazia às políticas monetária e econômica do governo. Calou-se. Lula o neutralizou, e conseguiu todo o PDT para seu governo – que não tem lá seu grande peso político mais.

Lupi ainda emendou uma série de gafes quando viu-se, há pouco, cercado pela mídia. Simplesmente esnobou as denúncias contra a sua administração – engavetou centenas de apurações internas sobre indícios de irregularidades nos repasses milionários para ONGs – fechou os ouvidos para os apelos do Tribunal de Contas da União, mentiu no Congresso, e fez desastradas declarações de bajulação, logo a quem, à presidente Dilma Rousseff, que detesta puxas-sacos. Lupi cavou sua demissão.

Não bastassem esses itens para uma demissão, outros ingredientes, no entanto, reforçam a saída do ministro. Uma briga interna no governo entre centrais sindicais, com sede para o bilionário pote do imposto sindical, contribuição esta direcionada às centrais e sem a lupa do TCU e do próprio ministério. A Força Sindical, ligada ao PDT, continuará dominando a pasta. Mas a Central Única dos Trabalhadores, o berço do PT, se mobiliza. Cada qual com seus padrinhos e atores. O deputado Paulinho da Força faz gestões para que sua central fique no comando da divisão do bolo. Por outro lado, do outro lado da avenida, no Palácio do Planalto, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, associado ao deputado Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT e ligado à CUT, trabalham para derrubar a Força do ministério. É briga grande. Apontam, na Esplanada, Gilberto Carvalho como o tutor da provocação à Comissão de Ética da Presidência pelo parecer pela demissão de Lupi, à revelia de Dilma.

Mas, a meu ver, Lupi começou a cair bem antes, num movimento discreto e pouco elucidado, tanto por ele quanto pela imprensa. Quando ano passado derrubou do conselho deliberativo do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador os representantes da classe patronal. O FAT é uma mina de ouro, dinheiro do FGTS que irriga fundos de pensão e investimentos diversos do governo federal , através da única caneta do ministro no cargo.

Foi um claro movimento de Lupi de que ele queria muito mais que gerar empregos com carteira assinada. Queria controlar o saldo extra do trabalhador. E conseguiu. Até há poucos dias.

Ato público em Foz do Iguaçu: Não ao assalto na catraca!!! Contra R$ 2,65!!!


Dia 9 de novembro (sexta-feira)

Horário: 17 horas

Local: Praça Getúlio Vargas
(acima da Praça da Paz)

Participe da manisfetação contra esse abusivo aumento da passagem de ônibus!!!

Mostraremos que, quando o povo se une, as coisas mudam!!!

MUP - Movimento Universidade Popular
UJC - União da Juventude Comunista
MEGAFONE - Rede Cidadania na Comunicação
CDHPM - Centro de Direitos Humanos e Memória Popular
Movimento Fronteira Zero
DCE Unioeste - Diretório Central dos Estudantes

Em Durban ambientalistas de todo o mundo criticam Código Florestal do Brasil

O Brasil coloca em dúvida seu papel de líder ambiental e pode perder milhões de hectares de floresta na Amazônia com a aprovação do Código Florestal no Senado, advertiram nesta quarta-feira organizações ambientalistas presentes na conferência da ONU contra as mudanças climáticas (COP-17) em Durban, África do Sul.

"Dilma, pare as motosserras", escreveu o Greenpeace em um grande painel luminoso refletido sobre o principal hotel onde acontece a conferência da ONU, que reúne 190 países em Durban.

O Senado brasileiro aprovou na noite de terça-feira uma reforma do Código Florestal, a lei de 1965, que estabelece o percentual de áreas que devem ser preservadas, que chega a 80% nas propriedades da Amazônia.

"O mundo espera que a presidente Dilma Rousseff reafirme o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o combate às mudanças climáticas, vetando as mudanças na lei", reagiu o diretor internacional da WWF, Jim Leape.

"A aprovação desta legislação fará com que seja praticamente impossível para o Brasil alcançar seus compromissos apresentados na conferência do clima em 2009, quando se comprometeu a reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia", completou.

A rede de ONGs Observatório do Clima considera que o novo código coloca em risco até 79 milhões de hectares de florestas que ficarão sem proteção ou deixarão de ser reflorestados, uma superfície equivalente ao território conjunto de Alemanha, Áustria e Itália.

A mudança foi uma exigência do poderoso setor agropecuário, que considerava a legislação muito exigente, em um país que tem 537 milhões de hectares de cobertura vegetal. O governo havia aceitado uma flexibilização em troca da recuperação de áreas desmatadas.

O Brasil anunciou na segunda-feira o menor nível de desmatamento em 13 anos, que chegou a 6.200 km2 em 2011, após o pico de 27.000 km2 em 2004. (AFP)

Anistia pede prisão de Bush durante visita à África

A Anistia Internacional pediu na quinta-feira aos governos de Etiópia, Tanzânia e Zâmbia que aproveitem a atual viagem do ex-presidente norte-americano George W. Bush para prendê-lo por violações dos direitos humanos.

Durante seu governo (2001-09), Bush autorizou que suspeitos de ligação com grupos militantes islâmicos fossem submetidos à "simulação de afogamento" e a outras técnicas de interrogatório que a Anistia e outros grupos de direitos humanos consideram ser uma forma de tortura.

"O direito internacional exige que não haja refúgio para os responsáveis por tortura; Etiópia, Tanzânia e Zâmbia devem aproveitar essa oportunidade para cumprir suas obrigações e acabarem com a impunidade que George W. Bush desfrutou até agora", disse o consultor jurídico Matt Pollard em nota divulgada pela Anistia.

Em fevereiro, entidades de direitos humanos disseram que Bush cancelou uma visita à Suíça por causa da ameaça de sofrer um processo judicial. Organizadores daquele evento disseram que o cancelamento se deveu a preocupações com a segurança do ex-presidente, e não à ameaça jurídica.

Bush defende o uso das técnicas agressivas de interrogatório, alegando que elas evitaram que se repetissem atentados como os de 11 de setembro de 2001.

O Departamento de Estado dos EUA não se pronunciou. (Reuters)

Receita abre nesta quinta consulta ao último lote multiexercício do ano

A Receita Federal abre nesta quinta-feira (8) a consulta ao último lote multiexercício de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física deste ano.

Nele estão restituições referentes ao exercício 2011 (ano-base 2010) e lotes residuais do IR 2010 (ano-base 2009), 2009 (ano-base 2008) e do IR 2008 (ano-base 2007).

Ao todo, 110.525 contribuintes terão imposto a restituir, o que totalizará R$ 255,091 milhões a serem creditados em conta bancária no dia 15 deste mês.

Para saber se terá a restituição liberada, o contribuinte poderá acessar, a partir das 9h, a página da Receita na internet (www.receita.fazenda.gov.br) ou ligar para o 146. Basta informar o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Cada exercício Para o IR 2011, são 86.979 contribuintes com imposto a restituir, no valor de R$ 211,390 milhões, que virá corrigido em 7,67%, referentes à taxa Selic de maio a dezembro deste ano. Deste total, 10.201 são idosos, que devem receber R$ 40,398 milhões.

Em relação ao IR 2010, serão creditadas restituições a 12.872 contribuintes, em um valor de R$ 24,319 milhões. O dinheiro virá corrigido em 17,82%, referente à variação da Selic de maio de 2010 a dezembro deste ano.

Quanto ao IR 2009, serão creditadas restituições para um total de 6.317 contribuintes, totalizando R$ 12,041 milhões, já atualizados pela Selic de 26,28%, de maio de 2009 a dezembro deste ano. Já o lote residual de 2008 pagará R$ 7,339 milhões já atualizados pela taxa selic de 38,35%, de maio de 2008 a dezembro deste ano, para 4.357 contribuintes..

Regras A restituição ficará disponível no banco por um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, disponível na internet.

Caso o contribuinte não concorde com o valor da restituição, poderá receber a importância disponível no banco e reclamar a diferença na unidade local da Receita.

Os valores estarão disponíveis no Banco do Brasil. O contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência ou ligar para a Central de Atendimento BB 4004-0001 (capitais ), 0800-729-0001 (demais localidades - clientes do Banco do Brasil S.A), 0800-729-0722 (capitais e demais localidades – clientes e não clientes do Banco do Brasil S.A) e 0800-729-0088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta corrente ou de poupança em seu nome, em qualquer banco.

O olhar de Eric Hobsbawm sobre a América Latina

"A dependência econômica ainda é um fato, mas politicamente a América Latina é cada vez mais livre. Washington jamais voltará a exercer a influência de antes, tampouco a apoiar golpes ou ditaduras como fez no passado. O que está acontecendo em Honduras é um sinal disso. O Brasil tem papel central nesse processo, uma vez que o México se transforma cada vez mais em apêndice dos EUA."

Eric Hobsbawm

 
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