Tendo como fundo o som de escopetas e bombas das polícias autoritárias e de vidros quebrados por vândalos fascistas associados a bandidos comuns saqueadores, o discurso em andamento proferido pela "esquerda institucionalizada" lembra bem o do período em que o
escândalo do mensalão se cristalizou. Momento onde a UNE com outras entidades
"representativas" da "organizadíssima" sociedade
brasileira, pagando o mico, foram às ruas anunciar que tudo era mentira e que a denúncia era uma "conspiração orquestrada pela direita e a extrema direita, como parte de um
golpe de estado sendo armado". Tudo isto mesmo depois do "Lula
eunãoseidenada" ter proferido este discurso: http://www.youtube.com/watch?v=Qj-w3i9_hpQ
Se os "nobres" burocratas encastelados nas ONGS
(entidades estudantis, sindicatos, etc.) não tivessem aderido de forma tão
passiva e fisiológica ao poder central, assim se afastando das ruas por mais de
10 anos, e por estratégia ou omissão, sessando com a discussão política em suas
bases, com certeza as ruas estariam repletas de gente politizada, e no seio
dela lideranças com posturas de vanguarda.
Estes “dirigentes”, ao na prática se afastarem do honroso papel de politizarem
e organizarem as massas, fugiram de seus compromissos maiores, como ao estabeleceram
umbilicalmente pactos com o parlamento burguês e com o governo central de
centro direita, que no máximo a este poderia ter dado apoio critico, não
mantiveram a autonomia do Movimento Social, como o desarticularam.
Os burocratas institucionalizados o colocarem as entidades
populares representativas a serviço do parlamento em vez de estar à frente das
lutas desviaram a energia das massas para ser está ser utilizada a serviço da
disputa de poder nos processos eleitorais, e assim as antigas lutas pontuais
por melhores condições de vida, que é o que educa e organiza o povo para as
lutas estratégicas maiores deixaram dia a dia de ocorrerem.
O povo sem ver resultados práticos e o abismo entre o
discurso e a prática do governo que elegeu, e isto ser reflexo das alianças com
cunho de realpolitik, onde Sarney, Collor, Maluf, Delfim, etc., de inimigos
passam a ser os "neocupanherus", pegou a primeira bandeira empunhada
que viu, no caso a do MPL, que é comandado por pessoas progressistas e agrupamentos minoritários de esquerda, agregou mais outras e foi a rua, sendo fato este ser um
povo desorganizado e pouco politizado.
Os burocratas,
perplexos, pensaram "como este povo ousa ir as ruas sem o nosso
comando?", e sequencialmente berraram: "O pessoal do MPl é porra
louca", "Isto é coisa da classe média!": e depois "A classe
média despolitizada; os coxinhas, está sendo infiltrada pela extrema
direita"; "Vamos ir lá levantar as nossas bandeiras vermelhas",
e assim arrogantemente invadiram um movimento que não ajudaram a organizar, e
foram repelidos, não só pela direitona raivosa, mas sim também pela massa.
Os boçais em vez de vir
forma calma e humilde aderir aos protestos, e nele inserirem palavras de ordem
mais avançadas, não o fizeram, vieram “vermelhamente diferenciados” para
arrogantemente comandar o que não ajudaram a construir. Só faltou combinar com a multidão desiludida, cansada
de ver o mau uso das verbas públicas, e que ali ostentava cartazes pedindo o
uso dos recursos na saúde, na educação, na melhoria da mobilidade urbana,
tarifas a preços justos, e outras propostas de "direita", que estão
sendo gastos no circo que é a Copa.
A multidão deu o recado, e este ainda não foi bem digerido
por estes que em vez de fazerem a autocrítica sincera tomam a atitude mais
fácil, que é mais uma vez berrar: “OLHA O GOLPE!!!!”
Neste mais de 10 anos de “governo popular”, por de trás dos
panos dirigido pelos pemedebistas Sarney, Delfim, Lobão, Renan, como pelos
pepistas Maluf, Janene, Afif, etc., e também pelos petebistas Jefferson, Collor,
e outros bichos partidariamente exóticos pelo crivo do discurso petista histórico,
a massa em vez de ser organizada foi anestesiada pelo discurso de “Nunca na história
deste país tivemos tão fabuloso espetáculo de desenvolvimento”, e tudo sob as
vistas de quem deveria estar dando no máximo o apoio crítico.
Espero que com humidade estes burocratas repensem os seus
papéis a serem desempenhados no papel de vanguarda, coisa que a muito deixaram
de ser.
A grande mídia, que no começo dos atos públicos exigia que a Polícia descesse o cacete nos que até aquele momento eram pacatos manifestantes, aos quais chamava de "baderneiros", depois que a oportunista extrema direita invadiu as mobilizações e impôs o terror começou "estranhamente a defender as mesmas. Enquanto isto a concessão da Globo foi renovada e a Lei de Médios não sai do papel!
A oportunista e nada representativa direitona brava, em sua essência ditatorial, antipopular, falso
moralista, racista e capitalista selvagem, verdadeiros herdeiros dos golpistas
de 64, mostra a cara perversa e late, latido que encontra eco no lumpesinato,
que enquanto está tenta impor um clima de terror com seus atos de violência
desestabilizantes, este saqueia e pratica atos vandalismo. Estes terroristas de extrema direita, como os
bandidos comuns, ambos infiltrados no Movimento de Massas, devem ser severamente
punidos.
E o estado a muito sabe quais são estes grupos e quem destes
fazem parte. Até a pouco estes criminosos de extrema direita, principais
responsáveis pelo que de ruim acontece nas manifestações, que eram para ser
pacíficas e ordeiras, só atacavam indivíduos e grupos pertencentes às minorias
(gays, negros, mendigos, judeus, índios latinos americanos e comunistas) agora
ousaram avançar ainda mais o sinal.
Esperamos que agora
as autoridades, até pouco operativas em relação aos neonazistas e aos
fascistas, vejam com mais seriedade o risco que eles maus elementos representam
para a nossa incipiente democracia, e se aja a altura, com todo o rigor
legalmente possível!
Voltar atrás nunca mais!
Quando aos governantes, os berros nas ruas não cessam, e a única
forma que existe para os acalmarem são as medidas práticas tomadas pelos
governos indo de encontro aso anseios populares, no caso um projeto estratégico
de desenvolvimento social, que passa pela saúde, cultura, educação, habitação, qualificação de
mão de obra, investimento em pesquisa, diminuição de impostos, diminuição dos
juros, agregação de valores a nossa produtos, melhores salários, redefinição do
que é empresa nacional, integração latino americana, etc.. Todos parte de um
projeto estratégico de profundas reformas políticas, econômicas e socais, com
planejamentos de execuções com objetivos a serem atingidos a curto médio e longo
prazo.
Não dá mais para o governo deixar de exercer o seu papel interventor na busca soberana do
equilíbrio social, da justiça em sua expressão, pois a sociedade não pode ficar
refém dos excludentes interesses de mercado em busca de lucros fáceis para uma
minoria.
Com toda sinceridade digo que espero que desta 1ª reunião
por Pacto Nacional se saia com indicativos neste sentido, pois o povo não aguenta
mais e mais discurso sem que estes se efetivem!
Contra o neonazismo e o fascismo!
Pelo resgate da autonomia o Movimento Social!
Contra o neoliberalismo, pelas reformas de caráter popular nacional
soberano!
Pela reorganização da Frente Popular!