quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sanepar quer ampliar parceria com BNDES para novos investimentos

A parceria da Sanepar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai ser ampliada, conforme afirmou o diretor-presidente da Sanepar, Fernando Ghignone, na manhã desta quinta-feira (27), em reunião com técnicos do banco. Eles vieram a Curitiba para o primeiro contato com a nova diretoria da empresa.

Ghignone garantiu a continuidade dos pedidos de financiamentos já iniciados com o BNDES e declarou a sua intenção em ampliar os investimentos da empresa em novos mercados, como o de resíduos sólidos, e ainda em novas tecnologias e em desenvolvimento institucional. “Este governo está focado no bem-servir à população”, disse.

O chefe do Departamento de Saneamento Ambiental do BNDES, Luis Inácio Senos Dantas, falou do interesse do banco em manter estreita relação com a empresa, especialmente em razão da capacidade técnica já demonstrada e pelo cumprimento dos contratos feitos até agora. “Queremos continuar a ser parceiros de primeira hora da Sanepar”, afirmou.

OBRAS – Importantes obras de saneamento do Paraná já foram realizadas com financiamentos do banco, como a perfuração de poços do Aqüífero Guarani, a realização de obras de água em Maringá e Campo Largo, e de esgoto em Londrina/Cambé e em Guarapuava, algumas ainda com recursos a serem liberados.

As negociações iniciadas com o BNDES estão direcionadas principalmente na emissão de debêntures e na liberação de financiamentos para obras do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento).

Esta nova emissão de debêntures, a segunda a ser realizada pela empresa, já foi autorizada em maio do ano passado pelo Conselho de Administração da Sanepar, no valor total de R$ 374 milhões. A previsão é de utilização da maior parte destes recursos em sistemas de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, no desenvolvimento institucional e na elaboração de projetos.

Nas obras do PAC 2, estão previstos, no BNDES, 14 projetos da Sanepar, com um valor aproximado de R$ 135 milhões. A liberação de novos financiamentos beneficiaria principalmente os sistemas de esgotamento sanitário.

Também estavam presentes à reunião o gerente Arian Bechara e o economista Tomás de Carvalho Rudge, do BNDES, e, da Sanepar, os diretores Dirceu Wichnieski (Financeiro) e João Martinho Cleto Reis Junior (Investimentos), o gerente de Finanças, Abel Demétrio, e o assessor da Diretoria de Investimentos, Mário Penna Guedes Jr.

MPF entra com ação contra licença para Belo Monte

Assembléia Popular contra a construção da usina

O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) ajuizou hoje ação civil pública contra a licença para instalação do canteiro de obras da hidrelétrica Belo Monte, emitida ontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na ação, apresentada na 9ª Vara da Seção Judiciária do Estado do Pará, os procuradores da República pedem uma liminar para suspender os efeitos da licença do canteiro e a autorização para supressão vegetal até que o mérito dessa ação seja apreciado pela Justiça.

Os procuradores do MPF-PA alegam que a Norte Energia, concessionária que irá construir e operar Belo Monte, não cumpriu boa parte das condicionantes previstas na licença prévia, que foi emitida no ano passado pelo Ibama. O entendimento do MPF é de que o órgão ambiental não deveria emitir a licença para instalação do canteiro de obras aos investidores. A hidrelétrica Belo Monte terá 11 mil megawatts de capacidade instalada e está localizada no Rio Xingu, no Pará.

Nesse contexto, consta no pedido de liminar do MPF-PA que a Justiça também proíba que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) repasse recursos para a Norte Energia enquanto as ações contra o empreendimento tramitarem na Justiça ou até que o consórcio cumpra todas as condicionantes da licença prévia.

Os procuradores também solicitam que a empresa seja obrigada a cumprir todas as condicionantes antes de solicitar a licença de instalação (LI) e que o Ibama só a conceda após a Norte Energia ter cumprido todas as exigências da LP. A ação civil pública é assinada pelos procuradores Bruno Araújo Soares valente, Bruno Alexandre Gütschow, Felício Pontes Jr, Daniel Cesar Azeredo Avelino e Ubiratan Cazetta.

Chile abre investigação sobre morte de Salvador Allende


AE

A Justiça do Chile decidiu abrir hoje uma investigação sobre a morte do presidente Salvador Allende, 37 anos depois do ex-mandatário chileno ter sido derrubado pelo golpe de Estado conduzido pelo general Augusto Pinochet e ter morrido no Palácio La Moneda.

Allende foi deposto em 11 de setembro de 1973 pelo chefe do Exército, o general Pinochet, o qual governou como ditador até 1990 e morreu em 2006, sem ser julgado por seus crimes. Allende e um pequeno grupo de guarda-costas, no dia 11 de setembro de 1973, se entrincheiraram e resistiram aos ataques das tropas amotinadas em La Moneda.

Allende, segundo uma parte dos depoimentos, teria cometido suicídio para não ser capturado pelos golpistas. Outras versões, contudo, afirmam que ele foi morto em um bombardeio dos amotinados.

A investigação sobre a morte de Allende será baseada em uma decisão da procuradora Beatriz Pedrals, do Tribunal de Apelações de Santiago, a qual pediu baseada em relatório de 1991 que fossem analisadas todas as violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura de Pinochet. O juiz do Tribunal de Apelações Mario Carroza deverá analisar agora 726 causas na abertura do caso sobre a morte de Allende. As informações são da Associated Press.

Brasileira participou de festas de Berlusconi

AE

Um comitê parlamentar na Itália examinou mais 200 páginas de documentos hoje reunidos por promotores que investigam o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, suspeito de pagar por fazer sexo com uma garota marroquina de 17 anos. Além disso, os documentos incluem referências a uma menor brasileira, que teria recebido joias e outros presentes em troca da participação em festas em propriedades de Berlusconi, informou a agência de notícias italiana LaPresse e outros meios de comunicação.

O jornal espanhol El País identificou a brasileira como Iris Berardi. O diário de Madri afirmou que a "prostituta brasileira" participou das festas do premiê "ao menos duas vezes quando ainda era menor de idade". Hoje, Iris já teria 19 anos. As revelações aprofundam o escândalo envolvendo o premiê de 74 anos. Berlusconi negou ter pagado por sexo e criticou as acusações contra ele.

Os promotores de Milão enviaram documentos adicionais sobre a investigação a um comitê parlamentar, para respaldar seu pedido de realizar buscas em algumas das propriedades de Berlusconi. Além de premiê, Berlusconi é um membro da Câmara dos Deputados. Os membros da Casa têm imunidade parlamentar, que impede sua prisão e investigações criminais, a menos que um comitê decida de outra maneira. Uma decisão sobre a possível autorização das buscas pode ocorrer hoje.

Os novos documentos incluem gravações de conversas entre jovens mulheres que participaram das festas de Berlusconi, com supostas evidências de pagamentos para elas e relatos de que a polícia conduziu mais cedo neste mês buscas em algumas das casas das mulheres. As revelações mais perigosas envolvem a brasileira. Os documentos listam colares, braceletes, brincos e outras joias que ela teria recebido "em troca de sua repetida participação em festas nas villas de Berlusconi", segundo trechos do material. Os objetos foram apreendidos durante uma busca em 14 de janeiro na residência de Iris.

Os documentos apontam que a brasileira estava em uma propriedade de Berlusconi em 22 de novembro de 2009, segundo a LaPresse. A ANSA afirmou que os promotores dizem que ela é uma prostituta e também esteve em uma villa de Berlusconi em Arcore, perto de Milão, em 13 de dezembro de 2009. Essas são as datas mais significativas, pois Iris teria nascido em 29 de dezembro de 1991, portanto nessa época era menor de idade. Pagar por sexo com uma prostituta não é crime na Itália, a menos que a mulher seja menor de 18 anos.

Ex-comandante dos Bombeiros é suspeito por série de mortes

Paranáonline

O ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Coronel Jorge Luiz Thais Martins, é suspeito por uma série de nove homicídios cometidos contra usuários de drogas em Curitiba. Segundo informações do telejornal Paraná TV, homens da Delegacia de Homicídios estiveram na casa do coronel, nesta manhã, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Martins não foi encontrado.

De acordo com as investigações, os assassinatos teriam começado após o filho do coronel ter sido morto em um assalto em 2009. Um usuário de drogas que sobreviveu a uma tentativa de execução, reconheceu o coronel como autor dos disparos. Todos os crimes ocorreram no bairro Boqueirão, em Curitiba, onde o filho de Martins foi morto. Segundo a polícia, os usuários de drogas executados não teriam ligação com a morte do filho do ex-comandante dos Bombeiros. Os crimes teriam acontecido entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.

A morte do filho

Em 22 de outubro de 2009, Jorge Guilherme Marinho Martins, 26 anos, filho do coronel Jorge Luiz Thais Martins, foi abordado, junto com a namorada, por marginais que queriam roubar o Gol do rapaz. Ele teria reagido e foi morto com pelo menos dois tiros de pistola calibre 765, no peito e na cabeça. A namorada levou um tiro de raspão no peito e no antebraço direito.

Vinte dias depois do crime, um adolescente de 17 anos foi apreendido no Hospital do Trabalhador. Ele acompanhava sua parceira, uma garota, de 15 anos, que estava em trabalho de parto. Segundo a delegada Luciana de Novaes, que comandou a investigação na época, o rapaz já tinha passagens por tráfico de drogas e confessou outros crimes.

A expectativa é de que o Coronel Jorge Luiz Thais Martins se entregue nas próximas horas.

Bombeiros que atuaram na tragédia do Rio de Janeiro voltam ao Paraná


A equipe do Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Paraná enviada pelo governador Beto Richa para ajudar nas buscas e salvamentos no Rio de Janeiro (RJ) apresentou, nesta quinta-feira (27), balanço de sua atuação. “O grupo paranaense salvou pessoas em locais em que só era possível chegar de helicóptero”, informou o comandante do grupamento e piloto da aeronave tenente-coronel Orlando Artur da Costa.

O grupo transportou 1,5 tonelada de alimentos, além de policiais, bombeiros militares e cães de busca para a realização dos serviços. “Levamos equipamentos necessários como cabos e redes de salvamento, macas, kits de socorros, além do pessoal especializado, pois em alguns locais só era possível fazer o trabalho com rapel”, disse.

Depois de dez dias de trabalho, em que foram resgatados sobreviventes e famílias isoladas, a tripulação concluiu sua participação e retornou ao Paraná. “Paulatinamente as coisas foram colocadas em ordem e, passada a fase emergencial de ajuda médica e salvamento, retornamos. Agora a região está em um momento de reestruturação, não mais de socorro”.

EXPERIÊNCIA – De acordo com o comandante do grupamento, o mais surpreendente nesta operação foi a extensão territorial da catástrofe e a destruição que ela causou, atingindo pessoas de todas as classes sociais. “Também surpreendeu a capacidade de gerenciamento de eventos como este da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro”.

O co-piloto capitão Sérgio Eduardo Plácido lembrou que este tipo de atividade já aconteceu em 2008, em Santa Catarina, mas a proporção daquele evento forneceu experiências para ações futuras. “Nas condições climáticas encontradas lá, com chuva, a visão fica prejudicada, então além do trabalho precisávamos cuidar de nós mesmos, mas felizmente deu tudo certo no final”, relatou o capitão.

Os cinco integrantes do grupo seguiram com a aeronave para a região serrana do Rio de Janeiro no dia 15 de janeiro para prestar socorro a vítimas isoladas. A equipe realizou também o transporte de alimentos, medicamentos, bombeiros e pessoas enfermas.

EQUIPE – A equipe enviada ao Rio de Janeiro é formada por policiais e bombeiros militares e mais um mecânico. “O grupo foi composto desta forma para que fosse autossuficiente”, explica o tenente-coronel Artur. O helicóptero, adquirido em 2009 pelo governo do estado, tem autonomia para três horas e meia de vôo e capacidade para seis pessoas, além dos equipamentos.

Secretaria da Educação vai substituir professores temporários por efetivos


A Secretaria de Estado da Educação irá substituir grande parte dos contratos temporários de professores por vagas efetivas de candidatos aprovados no concurso público realizado em 2007. As contratações em regime PSS (Processo Seletivo Simplificado) serão feitas a partir de terça-feira (1.º) e em caráter emergencial.

De acordo com a superintendente de Educação, da Secretaria, Meroujy Cavet, 60 mil professores aguardam ser chamados. Um cronograma das próximas contratações será concluído pela Secretaria até o fim do próximo mês. Até o momento, cerca de 13.865 professores aprovados naquele concurso foram contratados em caráter efetivo.

A intenção da Secretaria em reduzir os contratos temporários foi reafirmada, nesta quinta-feira (27), durante reunião realizada com representantes da APP - Sindicato, do Ministério Público do Paraná e da Procuradoria Geral do Estado. “Prosseguimos com as contratações temporárias, porque não teríamos tempo hábil, incluindo os prazos legais de nomeação, para realizar os contratos efetivos dos aprovados no concurso de 2007 até o início do ano letivo”, afirmou Meroujy. Os contratos temporários têm validade por um ano e podem ser prorrogado por mais um.

Governo do Estado vai liberar R$ 351 mil para combate à dengue na região de Londrina


O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, anunciou nesta quinta-feira (27), em Londrina, a liberação de R$ 351 mil para contratação de 123 agentes de controle de endemias na região, pelo período de 90 dias. Também foram liberados equipamentos e materiais educativos para 10 municípios em situação de emergência no controle e combate à dengue.

Na primeira visita oficial à cidade, o secretário fez uma reunião interna com a 17a Regional de Saúde, visitou os hospitais da Zona Sul e Zona Norte e atendeu os secretários municipais da região, onde anunciou as medidas de apoio aos municípios.

“As ações que estamos anunciando aqui vêm fortalecer o combate direto à dengue com recursos para contratação de pessoal, porque no nosso entendimento ainda não há um número suficiente em Londrina e região para fazer esse combate e esse bloqueio, que é essencial neste momento. Quando estado e municípios compartilham as ações e as estratégias de enfrentamento à dengue, quem ganha é a população”, afirmou Caputo Neto.

Londrina deverá receber maior aporte financeiro devido à situação epidemiológica. Serão ofertados recursos para contratação emergencial de 80 agentes de controle de endemias e equipamentos de proteção (EPI), pelo período de 90 dias, o que totalizará R$ 228.560,00 de repasse. A contratação deverá ser feita pelo município e os repasses serão mensais. Além disso, o estado já enviou à cidade 20 agentes de controle de endemias, que se unem às equipes municipais, um caminhão para recolhimento de entulhos, sete camionetes com UBVs pesadas (fumacês), 22 pulverizadores costais, 24 kits de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e materiais impressos educativos.

Outras nove cidades receberão recursos para contratação de 43 agentes: Alvorada do Sul (04); Bela Vista do Paraíso (06); Cafeara (01); Florestópolis (04); Ibiporã (12); Jaguapitã (04); Jataizinho (04); Porecatu (03) e Sertanópolis (05). A liberação de recursos foi definida a partir da constatação da situação epidemiológica dos municípios e do déficit de agentes, que deverão ser contratados para se unir às equipes do PSF (Programa Saúde da Família).

Sergio Ricardo fala sobre conversa telefônica com ex superintendente da APPA « CBN Cascavel – A rádio que toca notícia.




Conversa trataria de tráfico de influência e comprometeria ex-governador Orlando Pessuti.

Valdomiro Cantini entrevista Sergio Ricardo:
Sergio Ricardo fala sobre conversa telefônica com ex superintendente da APPA « CBN Cascavel – A rádio que toca notícia.

Nelson Garcia não é candidato a presidência da ALEP

FÓRUM DO MOVIMENTO SINDICAL E POPULAR DE NOVA FRIBURGO


As organizações representativas do movimento sindical e popular de Nova Friburgo, reunidas em fórum permanente de debates e de apresentação de propostas para o enfrentamento à tragédia que se abateu sobre a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, vêm a público apresentar sua pauta de reivindicações, entendendo, em primeiro lugar, que as discussões em torno das soluções para os graves problemas que hoje afligem nossa população não podem ser monopolizadas pelos governantes e representantes do empresariado. Os trabalhadores e moradores das áreas devastadas pelas chuvas são os maiores interessados na definição das políticas públicas voltadas à superação das adversidades e não aceitam ficar à margem da tomada de decisões. Exigimos a nossa participação neste processo e viemos, por meio deste manifesto, apresentar nossas proposições.

Os trágicos acontecimentos vividos pelos moradores da região serrana, se, em parte, têm origem nos fatores de ordem natural, devido ao grande volume das chuvas descarregado sobre nossos municípios, evidenciam, por outro lado, o descaso dos sucessivos governos municipais e estaduais que permitiram a ocupação desordenada de encostas, margens de rios e outros espaços impróprios, sem respeito às exigências técnicas de segurança. As áreas de risco são ocupadas por vias públicas e famílias de baixa renda que não têm para onde ir e precisam estar perto dos centros urbanos, mas também por habitações voltadas às camadas de rendas média e alta, construídas em ações de especulação imobiliária.

A ausência de uma política voltada a estudos permanentes e ações preventivas denuncia a visão imediatista dos políticos burgueses, praticantes da troca fisiológica de favores por votos, deixando ao léu qualquer perspectiva de administração planejada das cidades em prol do interesse popular. Fica clara a total falta de compromisso com as camadas populares e suas necessidades dos governos que agem a serviço do capital.

O governo do Estado pouco investiu, nos últimos anos, na prevenção a tais calamidades, mesmo havendo recursos específicos para isso. Em Nova Friburgo, sucessivos governantes deixaram de investir em programas ambientais e habitacionais, permitindo a ocupação irregular do solo, mesmo sabendo das condições precárias de sobrevivência em áreas de risco, numa cidade que cresceu ao longo das margens dos rios e nas encostas dos morros. Trata-se de atitude criminosa, responsável pela morte de centenas de pessoas, e que não pode passar em branco. Cabe ao Ministério Público responsabilizar judicialmente os últimos governantes da cidade e do Estado.

A Prefeitura de Nova Friburgo continua deixando de cumprir o que determinam as leis municipais 3.549/2007 e 3.690/2008, que criaram, respectivamente, o Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social e o Conselho Municipal do Trabalho, Emprego e Renda. De fato, com o descumprimento da legislação, os governantes evidenciam o desinteresse pela participação dos trabalhadores organizados e movimentos populares na definição das políticas sociais e econômicas.

Basta! O uso do solo para os interesses do capital, a ocupação das cidades em benefício dos ricos, a falta de participação direta da maioria da população nas decisões políticas não podem continuar. Tampouco podemos aceitar a desigual distribuição das verbas públicas. Se há dinheiro sobrando para socorrer grandes empresas e bancos durantes as crises do capitalismo e se a reforma do Maracanã movimenta um bilhão de reais, consideramos insuficiente a destinação de cerca de 700 milhões para as vítimas da região serrana.

Já passou da hora de a população, que paga seus impostos e produz a riqueza através do trabalho, mudar este estado de coisas. A classe trabalhadora tem o direito de receber de volta e a fundo perdido os recursos (no lugar do saque do Fundo de Garantia) para adquirir moradia digna em local seguro, com todos os equipamentos urbanos e sociais que o Estado tem a obrigação de oferecer: pavimentação, iluminação pública, saneamento básico (coleta de lixo, água potável e esgoto tratado), energia elétrica (com tarifas equivalentes às contas de luz das indústrias), telefonia, transporte público a preços justos, saúde, educação, cultura e lazer. Além disso, é preciso decretar a garantia dos postos de trabalho e dos salários, consoante asseguram nossa Constituição Federal e demais legislações específicas.

Os movimentos e organizações representativas dos trabalhadores estão hoje unidos para ações conjuntas no caminho da (re)construção das cidades sobre novas bases, visando ao atendimento dos interesses populares. Sendo assim, apresentamos nossa pauta de reivindicações:

- estabilidade no emprego por pelo menos um ano para trabalhadores cujas empresas receberão ajuda estatal para retomarem suas atividades;

- nenhuma demissão ou corte de salários no período crítico imediato após a tragédia (de 12 a 23 de janeiro), quando se viviam momentos de desespero, as vias públicas estavam interrompidas, não havia transportes nem comunicações;

- nenhuma reposição posterior de jornada (banco de horas);

- isenção de impostos, taxas e tarifas – inclusive passagens de ônibus – aos atingidos pela catástrofe;

- contratação de vagas nos hotéis da cidade para os desabrigados;

- linha de crédito especial a fundo perdido para as pessoas atingidas pela tragédia (incluindo trabalhadores informais e profissionais liberais), na ordem de 20 salários mínimos;

- ação conjunta da Procuradoria Geral do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Emprego no sentido de efetivar a garantia dos direitos sociais e trabalhistas e a estabilidade no emprego, com a designação de uma Procuradoria especial para as demandas oriundas da tragédia;

- campanha de saúde preventiva para toda a população;

- prisão e cassação dos alvarás de empresários, comerciantes e corretores de imóveis que tenham majorado abusivamente os preços de seus produtos e dos aluguéis, aproveitando-se criminosamente da situação;

- transparência total das receitas e despesas relativas aos recursos destinados pelos governos federal e estadual, bem como na movimentação das contas correntes (S.O.S) abertas pelas prefeituras dos municípios atingidos pelas fortes chuvas;

- formação de comitês populares para acompanhamento da aplicação das verbas federais e estaduais nos bairros e distritos arrasados pelas chuvas;

- garantia da participação popular na tomada de decisões sobre as políticas públicas a serem adotadas daqui para diante;

- construção de moradias populares em áreas seguras e com dignas condições de vida (infraestrutura, saúde, educação, transporte);

- plano permanente de preservação ambiental, na contramão da lógica capitalista destruidora.

Abaixo assinado:

Associação de Docentes da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia
Conselho Municipal das Associações de Moradores (COMAMOR)
Sindicato dos Professores (SINPRO) de Nova Friburgo e Região
Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE)
Sindicatos dos Trabalhadores Metalúrgicos
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (Têxteis)
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário
Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (SINDSPREV)
Sindicato dos Trabalhadores Químicos
Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil
Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Bancários
Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares
Sindicato dos Empregados no Comércio
Sindicato dos Marceneiros
Movimento Educacionista
Central Sindical e Popular/Conlutas
Intersindical
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)
Partido dos Trabalhadores (PT)
Vereador Professor Pierre (PDT)

Ex-diretor porto de Paranaguá diz que falcatruas no porto são antigas


O Estado do Paraná

Exonerado da Diretoria Técnica do porto de Paranaguá pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB) após denunciar irregularidades no terminal marítimo, o engenheiro Leopoldo Campos disse ontem que os esquemas desvendados pela Operação Dallas já ocorriam antes mesmo de Daniel Lúcio de Oliveira Souza assumir a superintendência do Porto, em 2008.

Campos disse que muitos dos crimes cometidos foram denunciados por ele a Requião, à Polícia Federal e ao Ministério Público (MP) em 2007, durante a gestão de Eduardo Requião.

“De tudo isso, a única coisa diferente é a compra da draga, que ocorreu depois que eu já saí. Mas o resto, já acontecia tudo antes e foram denunciados por mim à Polícia Federal e ao Ministério Público”, disse Campos que aponta Eduardo com líder do esquema. “Denunciei fraudes em licitações, cobrança de propina, comportamentos inadequados, fraudulentos, tudo visando o lucro. Até propina da cantina eles cobravam”, disse. “E tem gente que continua lá que era cérebro desse esquema”, alertou.

Leopoldo Campos disse que no dossiê que entregou a Requião e, posteriormente ao MP alertava para o desvio de cargas, fraudes nas licitações, irregularidades nos procedimentos de dragagem, empresas construindo em áreas públicas após pagar propina, obras realizadas com equipamentos inadequados, aditivos contratuais fraudulentos, entre outras irregularidades.

“Nenhum engenheiro assinava nenhuma licitação, não era consultado sobre nada. A equipe técnica não participava de nenhum desses procedimentos, que são fundamentais para o porto”, disse.

Leopoldo Campos disse que nunca foi convidado para participar do esquema. “O que eles queriam era que eu assinasse pareceres técnicos referendando a falcatrua deles, mas nunca assinei”, disse. “O superintendente me chamou para reunião eu disse que não ia participar de reunião de quadrilha”, emendou.

Apesar de não estar no porto na época da tentativa da compra de uma draga chinesa, que levou a PF a pedir a prisão de Eduardo e do ex-secretário Luiz Mussi pela cobrança de US$ 5 milhões em propina, Lepoldo Campos disse que o processo de dragagem do Canal da Galheta, que o governo nunca conseguiu concluir, era sempre pretexto para esquemas fraudulentos. “Todas aquelas licitações eram viciadas”, contou.

O engenheiro disse estar satisfeito com os desdobramentos da Operação Dallas, mesmo quase quatro anos depois de sua denúncia. “Não tem preço. Estou muito satisfeito de a sociedade estar descobrindo quem são essas pessoas. De ver que está acontecendo Justiça. Eu fui para Paranaguá para arrumar o porto, mas isso não interessava a eles, pois, quanto mais bagunçado, mais fácil para a corrupção”.

Ele disse que mesmo que não tenha participado do esquema, o ex-governador Roberto Requião sabia das irregularidades, já que foi comunicado pessoalmente pelo próprio Leopoldo Campos, “mas ele preferiu me exonerar”.

Beto Richa sobre uma suposta federalização do Porto: ‘Federalização só se fosse retaliação política’

Folha de Londrina

Governador Beto Richa diz que recebeu como ‘especulação’ a informação de possível intervenção federal no Porto

O governador Beto Richa (PSDB) afirmou ontem ter recebido como ''especulação'' a informação de que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, estaria considerando uma intervenção federal no Porto de Paranaguá. O governador disse ter recorrido a vários amigos no governo federal e que, segundo eles, ''em Brasília não tem discussão alguma em relação à possível federalização do Porto''. No entanto, a Secretaria de Portos, do governo federal informou, no início desta semana, que a questão será levada pelo ministro à presidente Dilma Rousseff (PT) em reunião específica ainda sem data definida.

''(A federalização) nem faz sentido. Porque se não fizeram nenhuma intervenção ao longo dos últimos anos do governo anterior, onde no meio político era voz corrente da gestão - dizendo o mínimo - temerária do Porto, agora, com as medidas de austeridade e de moralização que vão garantir competência para a gestão do Porto, não há o menor sentido fazer isso. Se houvesse seria obviamente uma retaliação política puramente'', afirmou Beto.

A discussão sobre uma possível intervenção do governo federal retornou à pauta após a deflagração da Operação Dallas, na semana passada, pela Polícia Federal (PF) de Paranaguá. Dez pessoas foram presas por suspeita de terem cometido diversos crimes - como o desvio de grãos de um terminal ou fraudes em licitações -, entre elas o ex-superintentende da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Daniel Lúcio Oliveira de Souza.

O Porto de Paranaguá é um dos 16 portos públicos brasileiros que estão delegados, concedidos ou têm a operação autorizada a um governo estadual ou municipal.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Sintraport), Wilson da Silva, também não acredita na intervenção, uma vez que os problemas apontados pela PF teriam ocorrido apenas com a administração anterior do Porto de Paranaguá. Na opinião de Silva, a gestão atual é feita por pessoas que já atuavam no terminal e tem características mais técnicas.

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Airton Vidal Maron, irá se reunir hoje com o ministro Cristino em Brasília. No entanto, segundo a assessoria de imprensa da autarquia, o assunto do encontro, que incluirá outros administradores de portos, será o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O imperador das falcatruas


Paranáonline/Et Cetera

O homem de confiança de Orlando Pessuti no Porto de Paranaguá, João Batista Lopes dos Santos, o João Feio, falou à imprensa sobre os escândalos que atingem a Appa. Sua declaração é didática e incriminadora no que toca a Eduardo Requião. Em entrevista ao Jornal da Massa, do SBT, Feio sustentou a tese de que o irmão do Mello e Silva teria participação direta no esquema delituoso montado dentro do terminal: “O doutor Eduardo Requião era o imperador do Porto de Paranaguá. Quem mandava era ele. Ele sabia de tudo”, disparou. Já sobre o chefe Roberto, o ex-funcionário do Porto optou pela ironia: “Ah, eu não posso dizer isso, se ele sabia ou se não sabia. Eu acho até que o Requião... não vou dizer que sabia, que não sabia porque não dá”. Dá sim, João. O ex-inquilino do Canguiri não somente tinha conhecimento do que ocorria no local como era quem regia a orquestra. Era ele o maestro. Não custa frisar que foi Requião quem nomeou Eduardo ao posto de superintendente e, mais tarde, substituiu-o por alguém de sua confiança, Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, que está preso. Por essa razão, é impossível que o governador não soubesse dos desvios de cargas, da construção de um túnel para acobertar a corrupção e da “facilitação” para a compra da draga. O verdadeiro imperador não é o Eduardo; é o Roberto.

Francisco Monteiro Rocha Jr., advogado de Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, ex-superintendente da Appa, falou



Et Cetera

Francisco Monteiro Rocha Jr., advogado de Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, ex-superintendente da Appa, falou ontem sobre a linha que será assumida pela defesa: “A licitação dos portos de Paranaguá e Antonina não é levada a cabo pelo superintendente. Há órgãos específicos dentro da estrutura do Porto que vão realizar as licitações. E o superintendente apenas vai autorizar o pagamento dessas licitações que já foram realizadas. Ele não tem autonomia, segundo o próprio regulamento dos portos, pra realizar ele mesmo a licitação.”. Faz todo o sentido. Roberto Requião é quem estava por trás dessa maracutaia da draga.

A arte requiônica de sofismar

Indícios fortes já existem (gravações, etc.)e com certeza o Daniel não é o tipo de homem para aguentar o tranco sozinho, ele vai falar. As investigações só ocorreram a partir de fatos acontecidos de 2009 para cá, mas tudo o que ocorreu anteriormente também deve ser auditado em uma profunda investigação:

A tentativa de envolver Eduardo Requião em escândalos do Porto é descabida, desde outubro de 2008 ele estava fora. Absurda canalhice .
about 19 hours ago via web


Em vez de rebater os fatos, o que é impossível, ele parte para remontar o velho enredo de sua velha e carcomida teoria de conspiração:

A má fé da imprensa e a Máfia das dragas tenta inviabilizar o Porto de Paranaguá. Privatização a caminho.
about 19 hours ago via web


Em vez de assumir o que já é realidade pública ele se vitimiza e ameaça:

Eu agüento bem e reajo à calunia e a infâmia, mas vamos acompanhar com cuidado o destino e a administração do porto de Paranaguá .
about 16 hours ago via web


Com medo de que as auditorias levem a demais investigações sobre o seu governo ele acusa o golpe e aponta o caminho para onde deve ser investigado:

@gabrielciriaco A gestão da nossa Sanepar foi gloriosa, a canalha quer desconstruir para privatizar. Estarei lá na tribuna do senado !
about 9 hours ago via web in reply to gabrielciriaco


Aqui ele se cristianiza, não no sentido cristão da cristianização, mas sim em relação ao ocorreu com Cristiano Machado, pois com certeza, envolvido e incompetente, ele não sabia nem da metade do que ocorria em seu governo, mas não terá como alegar que não sabia de nada:

Há momentos em que a paciência é virtude;em outros virtude é a paciência Mas há momentos em que a indignação é santa, como Cristo no templo.
about 9 hours ago via web

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles