segunda-feira, 15 de março de 2010

NASA (Via Láctea - concepção artística)

Infinito

Foi preso o assassino do Glauco

Foto: Roger Meireles
O momento em que o estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Foz do Iguaçu, para exames de corpo de delito.

Cadu, que confessou ter assassinado o cartunista Glauco e o filho dele na última semana, foi detido na noite de domingo (14), ao tentar cruzar a Ponte da Amizade em direção ao Paraguai. Com ele foi encontrada a pistola usada no assassinato e uma pequena quantidade de maconha.

Assédio moral é crime

Mulheres e jovens são mais vulneráveis

Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão ligado às Nações Unidas, mostra que as mulheres e os jo­­vens constituem o grupo de maior risco de sofrer violência moral no ambiente de trabalho. Para os jovens, o risco está na inexperiência, no desconhecimento dos próprios direitos e no medo de perder o emprego. Já as mulheres seriam vítimas de uma questão cultural, agravada pelo fato de ainda serem minoria nos cargos de chefia.

“Muitas vezes as mulheres ocupam posições de subordinação na hierarquia das empresas, em que os chefes geralmente são ho­­mens”, explica a procuradora do Tra­­balho Viviane Weffort. Se­­gundo ela, a própria gravidez pode gerar assédio moral.

No entendimento da OIT, o assédio moral desrespeita a saúde e a segurança ocupacional, des­­respeitando a Convenção 155 da oraganização. “O trabalhador agredido moralmente com fre­quência tem sua autoestima de­­ teriorada. Esse trabalhador, numa segunda etapa, apresenta-se deprimido, desestimulado a tra­­balhar e, por conseguinte, com me­­nor rendimento”, diz a OIT.

Segundo a OIT, isso tem efeitos nocivos não só na vida do trabalhador, mas em toda a sociedade. “A empresa perde com a queda na produtividade do trabalhador ou com o aumento nos custos com a recuperação de sua saúde, diminuindo seus lucros; a sociedade arca com os custos do salário desemprego ou com a recuperação da saúde do trabalhador e seus familiares”. (Alexandre Costa Nascimento)

Na contemporaneidade, as relações de trabalho estão mais acirradas e as exigências profissionais estão cada vez mais especializadas. Neste contexto, a globalização surge como alavancadora de novos modelos e padrões nas relações de trabalho. No Brasil, a contribuição de modelos internacionais é fundamental para que se desenvolvam novos padrões éticos nas relações de trabalho. A partir de convenções internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, dentre outras, no Brasil, empresas e instituições públicas e privadas têm aprimorado seus códigos e as casas legislativas têm editado leis que regulamentam o tema. Portanto, existe uma percepção mundial de que o Assédio Moral representa um risco pouco evidente, porém concreto, que desequilibra relações de trabalho, promove a degradação dessas relações e que contribui para o aumento das despesas públicas e privadas com o sistema de saúde e de seguridade social.

Por se tratar de um termo relativamente recente, sua definição ainda não é muito precisa, variando um pouco entre os autores. Segundo Margarida Barreto, é “a exposição prolongada e repetitiva a condições de trabalho que, deliberadamente, vão sendo degradadas. Surge e se propaga em relações hierárquicas assimétricas, desumanas e sem ética, marcada pelo abuso de poder e manipulações perversas. Assim, pode-se perceber que o Assédio Moral está bem perto. Acredito que, se não fomos vítimas de algumas das situações descritas acima, pelo menos ouvimos alguém contar um caso pessoal que retratasse um Assédio Moral sofrido. Mas não é somente isso, qualquer tipo de ação (perseguição, humilhação repetitiva, exposição negativa ou sobrecarga de trabalho) no sentido de colocar o profissional em situação vexatória, constrangedora ou que atinjam a sua dignidade, sua identidade e suas relações afetivo-emocionais, também representam formas de Assédio Moral.

Além da falta de informação, a cultura organizacional implantada nas empresas e instituições estatais favorecem o Assédio Moral, uma vez que alimentam o imaginário do trabalhador com a idéia de que gritos, maus tratos, cerceamento de direitos e exigências abusivas são normais. Tais situações passam a fazer parte de uma cultura que é passada dos profissionais mais experientes para os mais novos, a uniformização do comportamento no ambiente de trabalho é vista como um valor que deve ser defendido pelos profissionais mais experientes. Pois, para manter um bom relacionamento com colegas e superiores, evitando “desgastes desnecessários”, aceitam tais situações e acabam por repreender e “alertar” aqueles que fazem o contrário. O jargão “O prego que aparece toma a martelada” ilustra algumas dessas situações. O resultado disto é a insatisfação profissional, o desenvolvimento de doenças psicofísicas, o suicídio, a inibição profissional, etc.. (Arlindo Junior)

Os muros a nos dividir

Fora os “muros” cronicamente e historicamente intransponíveis da exclusão social, étnica ou financeira, ainda existem os que são materialmente construídos para nos separar.

No Rio o prefeito com o apoio do governo estadual está construindo barreiras para isolar a população favelada das vias de circulação da classe média, dos ricos e dos turistas.

Em vez de buscar a inclusão social as autoridades preferem manter a miséria e investir em muros e na violência policial como forma de manter calada e isolada a população carente, o que não resolve os graves problemas sociais e muito pelo contrário só os intensificam.

Sob o pretexto de serem barreiras acústicas elas estão sendo levantadas para separar as favelas do conjunto da cidade.

Será que este dinheiro desperdiçado para maquiar a presença da miséria social não seria mais bem aplicado em políticas sociais que gerem a inclusão?

A realidade é que está forma de “apartheid” só servirá para diminuir ainda mais a auto-estima destes moradores dos bairros populares, o que só servirá para amplificar a violência e a divisão entre os ricos, a classe média e os pobres.

Além das "Barreiras acústicas", sendo que estas não passam de muros camuflados, que eles estão construindo ao longo das Linhas Vermelha, Verde e Amarela também estão construindo muros nos fundos das favelas na divisa com a Mata Atlântica.

O ministro dos Direitos Humanos, em recente reunião da ONU em Genebra, Suíça, foi submetido a um grande constrangimento e isto poderia ter derrubado, antes mesmo de sua construção, o muro com que o governador Sérgio Cabral constroí para cerca a Rocinha e outras favelas. Paulo Vannuchi ouviu duras críticas ao governo brasileiro, embora a obra do cerco seja uma iniciativa do estadual é finaciada pelo PAC. A única solidariedade que Cabral teve do Planalto é o ainda inexplicável silêncio do presidente Lula.

Em Brasília tentaram convencer o presidente a fazer com o governador recuasse e fizesse na Rocinha exatamente o que estava previsto na solenidade ocorrida para o lançamento do projeto de revitalização da comunidade, quando ficou acordado que o ecolimite seria, na verdade, um anel viário, como mostrava o projeto inicial e posteriormente desvirtuado.O muro da Rocinha, que pode representar um grande risco para a população em caso de incêndio, teve a sua construção iniciada, apesar da absoluta contrariedade dos moradores.

Na Suiça, Vannuchi, foi muito questionado pelos peritos da ONU, que qualificaram o muro de ação de apartheid, e não tendo como fugir da acusaçõa na época admitiu que o projeto não é adequado a um estado democrático de direito, mas mesmo assim a cosntrução se tornou realidade.

Quando lemos que "A situação política mudou um pouco, mas não a econômica. Os negros ainda ganham menos do que os brancos e ocupam cargos inferiores" até parece que a frase está se referindo a um discurso proferido por um morador de uma favela do Rio, mas não, pois ela foi dita pelo sul-africano Ezzi, que é morador no Sweto.

É uma vergonha o PAC estar sendo usado para construir os muros da divisão.

O presidente da Federação das Associações de Moradores de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), Rossino de Castro,é o maior critico a ação de isolar as favelas:

“Nós somos contra. Não precisamos de muros. O que nós precisamos é de políticas públicas e não que transformem a favela em um gueto”.

Carlos Molina

 
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