terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vendaval deixa mais de 150 mil casas sem energia no RS

AE
Os fortes ventos que atingem o Rio Grande do Sul desde a madrugada desta terça-feira, 14, deixaram pelo menos 154 mil residências sem energia elétrica no Estado. Entre as cidades mais atingidas estão Pelotas, Região Metropolitana de Porto Alegre e Camaquã, segundo a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), que contabilizou falta de fornecimento para 122 mil consumidores. A empresa informou que 170 equipes trabalham para restabelecer o serviço.

Entre os clientes da Rio Grande Energia (RGE), cerca de 15 mil estão com o fornecimento interrompido. Até às 16h30, os municípios mais atingidos eram: Caxias do Sul, Passo Fundo, Nova Prata, Bento Gonçalves e Palmeira das Missões.

Segundo a AES Sul, a maioria dos 17 mil imóveis sem energia são de Santa Cruz, Novo Hamburgo, Sapiranga e São Leopoldo. Em todos os casos, não há previsão para a normalização da energia.

Seca faz Rio Negro bater recorde de 1963 e isola comunidades rurais


Liège Albuquerque

A estiagem que castiga boa parte do Estado do Amazonas está fazendo com que o nível baixo das águas dos Rios Negro e Solimões isole comunidades rurais e assuste as autoridades. Em Manaus, o nível do Rio Negro continua batendo recorde em relação a 1963, ano da maior estiagem de sua história. No interior, sete municípios da calha do Solimões estão sob estado de emergência.

A estiagem do Rio Negro está secando até os igarapés dentro de Manaus. Na medição de ontem do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Negro estava com 19,64 metros, 4 centímetros abaixo da marca da mesma data de 1963. A expectativa é de que o nível deste ano bata o recorde histórico de outubro de 1963, de 13,64 metros.

"Mas continuamos frisando que só podemos diagnosticar o ranking da seca em outubro", destacou o geólogo do CPRM Daniel de Oliveira.

A situação é mais dramática no interior. A Defesa Civil estadual a decretou estado de emergência em São Paulo de Olivença. Trata-se do sétimo município na calha do Rio Solimões e seus afluentes Purus e Juruá sob a medida. Pelo menos 3 mil pessoas de comunidades rurais estão isoladas.

Segundo a Defesa Civil, a ajuda ainda não chegou aos municípios porque o órgão espera resposta desde a semana passada a uma consulta ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre o que será permitido fazer num ano eleitoral.

Inércia. Prefeitos que não querem se identificar reclamam do que chamam de "inércia do Estado" - o que não ocorreu na seca de 2005. Além de São Paulo de Olivença, estão sob estado de emergência os municípios de Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Itamarati, Ipixuna e Guajará.

"Enviamos os relatórios de avaliação de danos (Avadan) ao governo, mas não recebemos nenhum aceno de ajuda. Há comunidades onde não estamos conseguindo chegar nem a pé, precisamos de helicópteros", disse ao Estado o secretário de Planejamento de um dos municípios atingidos.

Apesar da situação crítica, o Rio Solimões - que conduz à maior parte dos municípios do interior do Amazonas - começou a subir no final de semana. Medição feita por técnicos do CPRM marcou ontem 16 centímetros na régua em Tabatinga, a 1.105 quilômetros de Manaus.

No dia 9, o Solimões havia chegado a 32 centímetros negativos, ou seja, abaixo do zero da régua - medição menor que o pico recorde registrado em 2005, de 2 centímetros positivos em outubro. A previsão é de que as chuvas, ainda abaixo da média para o período, sejam mais frequentes a partir desta semana.


Astrônomos flagram estrela devorando outra e gerando planetas


Uma equipe de astrônomos pode ter flagrado uma estrela no ato de devorar outra e criando uma segunda geração de planetas a partir do disco de "sobras".

Usando dados do Observatório de Raios X Chandra, o grupo de Joel Kastner, do Instituto de Tecnologia de Rochester, encontrou sinais de que uma estrela variável na constelação de peixes, BP Piscium, não é a estrela jovem que aparenta ser, mas sim uma gigante vermelha que engoliu uma estrela ou planeta da vizinhança, diz nota divulgada pelo instituto.

O artigo científico que descreve a hipótese será publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.

Desde que foi descoberta há 15 anos, a estrela vem confundindo os cientistas, ao apresentar características tanto de um astro jovem quando de uma estrela velha.

Kastner atribui a possivelmente enganosa juventude da estrela a duas coisas: um disco de material que lembra os discos onde se formam planetas ao redor de estrelas novas e os jatos de material que partem dos polos do astro. Uma estrela jovem acumula material do disco, que cai em sua direção, absorvendo cerca de 90% do que cai e reciclando o restante para o espaço, através dos jatos.

Outros detalhes, no entanto, apontam na direção oposta. Por exemplo, a estrela existe isolada, enquanto que a maioria das estrelas jovens se formam em aglomerados.

Os dados do Chandra mostram que a estrela é uma fonte pobre de raios X, o que vai contra a hipótese de juventude. Em nota, Kastner refere-se a esse dado como "o prego no caixão" da ideia de que BP Piscium seria uma estrela de formação recente.

A taxa de emissão, de acordo com ele, é compatível com a de estrelas velhas que giram rapidamente, de uma classe que, acredita-se, surge quando uma estrela engole outra.

"As companheiras dessas estrelas gigantes caíram dentro delas e fazem com que girem mais rápido", explica Kastner. "Nossa hipótese de trabalho é que estamos olhando para a estrela bem no ponto em que ela acabou de engolir a companheira e, assim, formou o disco. pare do material que compunha a companheira caiu na estrela, e parte foi expelido em alta velocidade, e é a isso que estamos assistindo".

Embora planetas próximos que eventualmente existissem tenham sido engolidos quando a estrela se tornou uma gigante vermelha, uma segunda rodada de formação de planetas pode estar em andamento no disco, centenas de milhões de anos após a primeira.

Outro artigo científico, baseado em dados do telescópio espacial Spitzer, indica evidência de um planeta gigante no disco. Esse pode ser um novo exoplaneta, ou um que sobreviveu ao cataclismo.

Igreja Católica da Bélgica admite abusos e promete punição


Yves Herman/Reuters-Associated Press

BRUXELAS - A Igreja Católica na Bélgica admitiu nesta segunda-feira, 13, que membros da instituição cometeram abusos sexuais durante anos e prometeu ajudar as vítimas e castigar os culpados. O arcebispo belga Andre-Mutien Leonard disse que "um sentimento de raiva e impotência" se apoderou da igreja.

Três dias depois da publicação de um relatório de uma comissão da própria Igreja para investigar abusos de religiosos contra menores, Leonard disse que os casos de pedofilia "são erros do passado e devem ser vir para que sejam tiradas lições deles". As investigações da Igreja constataram 475 denúncias de abusos e 13 suicídios cometidos por conta desses casos.

"Queremos nos comprometer com as vítimas, disse Leonard. Segundo ele, a Igreja prevê a criação de um centro para a recuperação e reconciliação das vítimas e vai colaborar com a Justiça nos casos que devem ser punidos. De acordo com Leonard, a crise é tão intensa que é impossível encontrar uma solução fácil para o problema.

O arcebispo ainda pediu que, embora todos os casos conhecidos tenham ocorrido na década de 60, os religiosos que cometeram abusos ainda não descobertos que denunciem a si próprios.

Várias supostas vítimas de abusos de religiosos testemunharam ante a comissão depois que o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, renunicou após admitir ter abusado de menores antes e depois de chegar ao posto dentro da Igreja.

Justiça do Rio suspende votação do pedido de liberdade do goleiro Bruno


Priscila Trindade - Central de Notícias

SÃO PAULO - A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu pela segunda vez a votação do pedido de habeas corpus do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes e de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusados de lesão corporal, ameaça, sequestro e cárcere privado contra Eliza Samudio. Os dois estão presos na Penitenciária Bangu 2, na zona oeste da cidade.

Dois desembargadores negaram o pedido da defesa dos réus nesta terça-feira, 14. A terceira e última magistrada a votar, a desembargadora Márcia Perrini Bodart, pediu para examinar os autos antes de decidir. A próxima sessão será na terça-feira, 21. O julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Bruno e Macarrão teve início no dia 31 de agosto.

Elisa Samudio acusou os dois réus de sequestro e tentativa de indução ao aborto, em 2009. Na época, ela estava grávida de cinco meses. Eliza queria que o goleiro reconhecesse a paternidade de seu filho. Ela está desaparecida desde 10 de junho.

PF vai investigar filho de Erenice por tráfico de influência; ministra é poupada


Carol Pires/AE
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, determinou nesta terça-feira, 14, que a Polícia Federal abra inquérito para investigar denúncias de que Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria feito lobby, em troca de propina, para beneficiar empresas privadas. A ministra, porém, não é alvo do inquérito. Por ter foro privilegiado, Erenice Guerra só pode ser investigada com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Barreto, a investigação será focada na atuação de Israel, de advogados e de empresas envolvidas no caso.

"O fato narra a atuação de pessoas, não narra diretamente a atuação da ministra em nenhum fato envolvendo esses aspectos. Há também uma necessidade, em caso de ministro de Estado, de autorização prévia do STF. Não competiria ao ministério da Justiça", afirmou Barreto, para explicar: "Ao ministério da Justiça compete avaliar esses fatos narrados com relação a advogados, à participação de empresas na liberação de licenças".

Uma vez que a ministra Erenice Guerra seria a única pessoa envolvida no caso capaz de exercer influência dentro do governo, Barreto foi questionado por um repórter, durante coletiva de imprensa, como poderia haver apuração sobre tráfico de influência sem a ministra figurar entre os investigados. O ministro respondeu: "Essa é a última etapa do processo. Em um primeiro momento você apura o que aconteceu, se houve uma empresa, se houve um escritório de advocacia, se eles atuaram para a atuação de algum tipo de licença. Eles [Polícia Federal] podem avaliar que houve uma situação normal".

Educação, a prioridade número 1 de Beto Richa

Buemba: figurão da política pode ser preso e mexer com eleição no PR





Do blog da Joice:

Um grandão da política paranaense, irmão de outro maior ainda pode ser preso nos próximos dias acusado de corrupção e remessa ilegal de dólares ao exterior. A informação circula os bastidores desde sexta-feira, data em que, juram boas fontes ligadas à Polícia Federal (PF), o tal seria preso. O vazamento porém teria adiado os planos.
A informação que se tem é que três contas bancárias foram localizadas em bancos de Miami, EUA. O dinheiro saiu aqui da capital paranaense. As contas estão no nome do figurão que é ex-funcionário do primeiríssimo escalão do governo do Paraná.
Se de fato o caso se tornar público e o moço, nem tão moço, for parar na cadeia a eleição pode tomar novos rumos aqui no estado. O trabalho de investigação é feito em parceria entre PF e Interpol.

O Requião perdeu espaço político na capital


o Requião, que se acha o "grande líder" em Curitiba, mas não é mais, a cada dia que passa perde eleitores na capital e hoje se tornou o "rei do fundões", espaço este que começa também a perder com a forte entrada dos outros candidatos, Gleisi, Ricardo e Gustavo, nos pequenos municípios do interior.

Demagogicamente o Requião andou dizendo que para fortalecer a campanha do Osmar ficaria dez dias percorrendo Curitiba. Este discursinho xureba é tão verdadeiro quanto a sua amizade com o Osmar, o Pessuti e com o Paulo Bernardo, já que a verdade é que ele está apavorado com a sua queda de prestígio e assim corre atrás do atraso. O Osmar que se cuide!

Na capital, Requião (PMDB) ocupa o 3.º lugar, com 33%, 14 pontos abaixo de Gleisi Hoffmann (PT), que tem 43%. Gustavo Fruet (PSDB) está em segundo, com 42%, praticamente empatado com a petista. Os curitibanos que indicaram apenas um candidato, os que ainda estão indecisos quanto às duas vagas e os que prometem votar em branco/nulo ainda somam 57%.

A pesquisa Datafolha ouviu 1.229 pessoas em 46 municípios nos dias 8 e 9 passados. Está registrada no TRE sob o nº 21.185/2010. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos.

PRTB perde tempo de tevê e desfilia seu candidato


GLADSON ANGELI

Na semana passada, Robinson de Paula entrou na Justiça contra o próprio partido alegando que seu espaço na televisão havia sido tirado


O Partido Renovador Tra balhista Brasileiro (PRTB) perdeu dois minutos e meio do Horário Eleitoral Gratuito no Paraná por ter exibido propaganda irregular. O juiz Ni colau Konkel Júnior considerou que houve invasão do tempo destinado ao candidato a governador do partido, Robinson de Paula, pela candidata a deputada estadual Ella Patrícia Vicente Teixeira.

Na semana passada, Robinson de Paula entrou na Justiça contra o próprio partido alegando que seu espaço na televisão havia sido tirado. Uma liminar garantiu ao candidato o direito de entregar pessoalmente as cópias com gravações de seu programa eleitoral.

Depois que o candidato entrou na Justiça contra o partido, a direção da legenda decidiu cancelar a filiação partidária dele. Marino José Teixeira, presidente regional do PRTB, afirma que Robin son infringiu o estatuto partidário. A legenda também encaminhou ao TRE-PR o pedido de substituição da candidatura de Robinson e do vice, Celso Luiz Carazzai de Matos, pela de Ella Patrícia Vicente Teixeira, filha de Marino. O processo será julgado pelo juiz Renato Cardoso de Almeida Andrade.

O advogado Jorge Faiad, que representa Robinson, afirma que quem está efetivamente registrado é seu cliente. “Se quer o Robinson foi notificado até a presente data, bem como jamais houve possibilidade de defesa ao mesmo perante o partido, haja vista que, se houve mesmo assembleia ou reunião do PRTB substituindo o candidato a governador, então o presidente do partido não seguiu o devido processo legal, nem foi dada defesa ao meu cliente.”

Segundo Marino, o candidato não foi convocado a apresentar sua defesa por não ter sido expulso do partido. “O cancelamento da filiação foi automático porque ele infringiu o estatuto.”


PRTB tenta cassar o próprio candidato ao governo do estado

TAIANA BUBNIAK/AGÊNCIA ESTADO


A menos de um mês para as eleições de 3 de outubro, o diretório regional do Partido Renovador Trabalhista Brasi leiro (PRTB) quer substituir o candidato ao governo, Robinson de Paula. O presidente estadual da sigla, Marino Teixeira, confirmou ontem que a sigla quer substituir o candidato e seu vice, Celso Carazzai. O caso está sendo analisado pela Justiça Eleitoral.

Se o pedido de cassação for aprovado, a candidata do PRTB ao governo deverá ser Ella Patrícia Vicente Teixeira, filha de Marino. O vice será Floresval Machado, que concorria na chapa de candidato a deputado estadual do PRTB ao lado de Ella. Por enquanto houve definição da Justiça Eleitoral apenas em favor de Robinson, que poderá continuar ocupando seu espaço eleitoral gratuito de 51 segundos no rádio e na tevê. O partido já recorreu.

De acordo com Marino, Robinson não vem cumprindo uma decisão partidária. “Ele se insurgiu contra o partido e não seguiu a orientação dos superiores. A mim, só coube tomar essa decisão para continuar o trabalho do 28”, afirmou. Marino confirmou que protocolou o pedido de cassação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e que ainda deve solicitar, também judicialmente, a cassação da filiação do candidato. Ainda de acordo com o presidente estadual do partido, o horário na tevê e no rádio seria usado para promover o PRTB e “lembrar os problemas da Assembleia Legislativa e de políticos que falam algo e não cumprem”. Segundo Marino, o candidato não cumpriu essa diretriz. “Ele [Robinson] não concordou e quer se autopromover.”

Robinson de Paula insinuou que a direção estadual do partido quer utilizar o horário na propaganda eleitoral para fazer ataques a outros candidatos. “Querem tirar minhas propostas e fazer ataques”, reclamou o candidato, que é policial militar. Ele ainda não recebeu nenhuma confirmação oficial e aguarda o comunicado para tomar alguma decisão. Robinson garante que não desistirá da candidatura e vai recorrer até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o TRE atenda o pedido do partido.

Robinson fez gravações mostrando suas propostas de governo, que devem ir ao ar na próxima semana. “Não sou fantoche e não vou deixar que me usem para interesses particulares”, afirmou. “Pelo que estou vendo, a decisão vai ser favorável ao meu favor, porque o pedido não tem fundamentação jurídica. A Justiça está vendo isso e o candidato tem direito a mostrar as suas ideias.”

o vídeo do Lula apoiando o corrupto Waldez:

Hoje é dia de eleição no Colégio Estadual do Paraná


Orçamento anual do colégio gira em torno de R$ 12,5 milhões

Flávio Laginski

Após quase duas décadas sem contar com eleições para diretor, o Colégio Estadual do Paraná decide hoje quem irá administrar a maior e mais tradicional escola do Estado.

Contando com uma comunidade de aproximadamente cinco mil pessoas, entre alunos, professores e funcionários, o Estadual, como é conhecido por todos, era um dos poucos colégios que não tinha processo de escolha de diretor porque a instituição é administrada de outra forma, uma vez que possui autonomia para gerir os seus recursos, cujo orçamento anual fica na faixa de R$ 12,5 milhões.

A consulta à comunidade só será possível devido à sanção da Lei número 14.231 em 6 de julho deste ano pelo governador Orlando Pessuti, atendendo a uma reivindicação de alunos, servidores e educadores do Estadual.

A atual diretora e chefe do Núcleo Estadual de Educação de Curitiba, professora Sheila Marize de Toledo Pereira, informa que o processo vem ocorrendo de forma tranquila.

“Não tivemos nenhum problema até o momento com a formação das duas chapas concorrentes. Estou certa que esta consulta à comunidade vai acontecer de forma pacífica e democrática”, avalia.

Dois grupos estão na disputa. A chapa 1, encabeçada pelo professor Enzo Aparecido de Souza, e a chapa 2, liderada pela professora Tânia Maria Acco. Estarão aptos para participar deste processo alunos do ensino médio e técnico, pais de alunos do ensino fundamental, estudantes do ensino fundamental maiores de 16 anos, professores e funcionários.

A consulta começa às 8h e vai até às 22h. A chapa vencedora vai administrar temporariamente o Colégio Estadual do Paraná. Em novembro de 2011, uma nova consulta aos estudantes, pais, professores e servidores será realizada.

PT quer tirar do ar apoio de Lula a Waldez preso pela PF no Amapá

Estadão:

A Executiva Nacional do PT vai pressionar os coordenadores da campanha do candidato ao Senado Waldez Góes (PDT), preso na sexta-feira durante a Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, no Amapá, para tirar do ar as inserções em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece pedindo votos para ele.

Nos dias que se seguiram à prisão, a fala de Lula pedindo votos ao senador continuou sendo mostrada exaustivamente na TV no Amapá. A campanha do governador Pedro Paulo Dias (PP), candidato à reeleição - outro detido na operação de sexta-feira - também continua no horário eleitoral apresentando a ligação política com a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

"O presidente Lula apoiou o candidato do PDT ao Senado, não as falcatruas que ele fez", afirma Jorge Coelho, secretário Nacional de Mobilização do PT, que desde sexta-feira estava no Estado. "Por isso cobramos hombridade do senador para retirar a peça publicitária do ar."

Segundo Coelho, a pressão para a retirada da peça também vai ser reforçada em Brasília pelo presidente Nacional do PT, José Eduardo Dutra. A campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra, já vem explorando nos últimos dias o apoio dado por Lula aos candidatos presos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Do site do Waldez Góes:

Lula e Waldez: Parceria que deu certo no Brasil e no Amapá

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu pela primeira vez no programa eleitoral do Amapá pedindo votos para o candidato da Coligação O Trabalho Precisa Continuar, Waldez Góes. "A presidente Dilma vai precisar muito de senadores que mantenham o Brasil no rumo certo. Aqui no Amapá votem em Waldez Góes para o Senado", disse Lula.

Disputado em todo o país como cabo eleitoral, o presidente Lula vem sendo mostrado em imagens nos programas eleitorais locais, mas foi a primeira vez que apareceu em depoimento gravado exclusivamente para uma candidatura. A fala não deixou dúvidas sobre quem é Lula no Amapá.

A declaração de Lula foi apresentada no programa de TV de Waldez 123, Senador da Gente, exibido nesta sexta-feira, 27. Na próxima semana já começam a ser veiculadas inserções com a gravação do presidente. Na introdução Lula fala das mudanças que aconteceram no Brasil e no Amapá nos últimos anos, gerando qualidade de vida para o povo. Para ele, Dilma traduz essas mudanças no âmbito nacional, enquanto Waldez tem a confiança para que essas mudanças sejam garantidas no Senado.

O apoio de Lula é considerado “muito importante” por Waldez Góes, diante da alta aprovação popular que ele têm. “É também o reconhecimento que o nosso trabalho no Governo do Amapá em ações de grande importância que ajudou nestas conquistas e no ótimo momento que o Brasil atravessa”, disse.

“Temos um vínculo forte com este trabalho, e isso vai continuar através da nossa atuação no Senado se assim for a vontade do povo do Amapá ”. ressaltou.

Faleceu José Janene – o homem que mandava em Londrina


Daniel Costa/Gazeta do Povo

O ex-deputado federal José Janene (PP), 55 anos, morreu na madrugada de terça-feira (14) em São Paulo. O ex-parlamentar estava internado no Instituto do Coração (Incor), na capital paulista, desde o início do mês de agosto, onde aguardava um transplante de coração. O corpo dele está sendo transportado para Londrina, para a realização do velório e sepultamento.

O ex-parlamentar enfrentava sérios problemas cardíacos há alguns anos. Acabou se aposentando da Câmara por invalidez, justamente em função de seu problema cardíaco. Em fevereiro deste ano, ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou internado por alguns dias na UTI do Hospital Evangélico de Londrina.

O problema se agravou em agosto, quando ele sofreu uma parada cardíaca durante uma pequena cirurgia para mexer num aparelho que ajudava a controlar seus batimentos cardíacos.

Mensalão

Um dos pivôs do escândalo do mensalão, que estourou em 2005, Janene é réu no processo que apura o caso. Ele é suspeito de ter recebido R$ 4,1 milhões do esquema. Na ação, que corre no Supremo Tribunal Federal, Janene é acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-parlamentar sempre negou as acusações.


Deu no Impacto Paraná:

José Janene – o homem que manda em Londrina

"Eu ganhei as últimas quatro eleições e vou ganhar a quinta eleição em Londrina" – José Janene, deputado aposentado do PP e líder do Mensalão e processado por formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal, em entrevista na TV CNT de Londrina, em 2004.

Como pode?

De onde veio o homem que comandou as últimas cinco eleições de Londrina? 20 anos dominando a cidade que já deu líderes nacionais como Nelson Maculan, José Richa, Amauri Silva e Leite Chaves?

20 anos (1988 a 2008) mandando e desmandando com seus associados no PT, PMDB e PDT além do 'seu' partido que administra com mão de ferro - PP.

Vamos mostrar como ele conseguiu:

1988: A candidatura a prefeito de Antonio Belinati escorria de suas mãos no PDT. Não tinha dinheiro e precisava desesperadamente de montar palanques em Londrina, patrocinar vereadores e mais umas 'cositas más'. Quem é o homem do cofre deste ex-prefeito que precisava derrotar o grupo de Wilson Moreira, que havia reformado a cidade e dando nova vida para Londrina?
Ele, José Janene, um obscuro homem de negócios não tão lícitos e que fazia as famosas procurações para desconto de ICM das prefeituras que submetiam-se ao seu esquema de iluminação pública e os lucros de L10 e L11 (ou Lucro de 10 vezes o valor correto ou Lucro de 11 vezes o valor correto).Era a Eletrojan montada por José Janene depois que deixou de ser vendedor do poder público de seu irmão Faiçal Jannani com o "Grupo Iluminação F. Jannani".Ganha a prefeitura e com isso o direito de ratear a administração com seus indicados. Começa o fim do mundo para Londrina.

Nada acontece em Londrina sem que as mãos sujas de José Janene não se meta nas inúmeras enrascadas.

A partir daqui é o negociador das tarifas de transporte coletivo com a empresa dos Irmãos Lopes, pois seu indicado é o secretário de Serviços Públicos.

1990:

Neste ano o insignificante empresário de iluminação pública José Janene, dono da Eletrojan e oriundo de Santo Inácio, disputa uma eleição para deputado federal pelo PDT usando o slogan que consagrou o seu homem na disputa da prefeitura de Londrina – Antonio Belinati – o deputado do povo!

Fica apenas na suplência mas faz alianças eleitorais como a com o então deputado estadual Orlando Pessuti em Jardim Alegre. PDT com PMDB, enquanto em Londrina descarrega dinheiro como nunca visto para tentar se eleger e onde havia derrotado o candidato do partido a prefeito – José Tavares.
Seu sonho é ser deputado federal e depois prefeito de Londrina – sucedendo a Antonio Belinati, que ajudou a eleger em 1988, ao lado de seus irmãos Assad Jannani e Faiçal Jannani (dono da F.Jannani Grupo Iluminação).
Monta dentro da prefeitura de Londrina um esquadrão de apadrinhados, dominando secretarias e órgãos municipais além de contratos de iluminação pública, negócios com concessionárias e até aluguel de arquibancadas de Carnaval e 7 de Setembro.

1992:
É o ano em que manda a família administrar o quinhão conquistado. Para a sucessão de Antonio Belinati, lança a candidatura de seu irmão Assad Jannani para vice-prefeito pelo PDT na chapa de Luiz Eduardo Cheida, então vereador do PT em Londrina. Derrota Wilson Moreira no segundo turno das eleições municipais, tendo como aliado de Luiz Eduardo Cheida o próprio Antonio Belinati, que no comando da prefeitura dá seu aval para a candidatura do PT contra o ex-prefeito do PSDB.
Nesta administração ele manda na SERCOMTEL, com seu irmão Assad Jannani (agora vice-prefeito), e comanda várias secretárias além de vários contratos milionários com a prefeitura de Londrina. Está preparando sua campanha para deputado federal em 1994 e faz um caixa de campanha astronômico. É aqui que a empresa telefônica faz seu contrato com o banco Fator, envolvido nos escândalos de Paulo Maluf e Celso Pitta em São Paulo, quando comandavam com o PP a administração daquela cidade. Nesta administração também é feito o contrato milionário com a Ericsson.

1994:
É candidato a deputado federal e consegue obter os votos necessários para instalar-se em Brasília. Vai angariando apoio de prefeitos e ex-prefeitos pelas pequenas cidades, já que o candidato do Povão, José Janene, não consegue nunca bons índices de votação em Londrina. O povo o rejeita como político e como homem. Instala seus tentáculos ambiciosos na Comissão de Minas e Energia e nas comissões de orçamento e pretende ser o presidente do PPB no Paraná, além de Londrina. Em 94 ele colocou um apaniguado da Lapa na CONAB e tinha uma diretoria da CEME. Durante sua época milhares de toneladas de arroz do Rio Grande do Sul dos armazéns da CONAB. E na CEME foi o articulador de compra de remédios de Cuba e que nada serviram para o Brasil. Trai o então candidato a governador Álvaro Dias e lança como vice-governadora de Jaime Lerner (PDT) a mulher de seu associado, Emilia Belinati (PTB). Contrata como assessor de imprensa o jornalista e radialista recém formado Barbosa Neto, já filiado ao PDT. Neste momento ele começou a usar a doença cardíaca que supostamente o deixava inválido e impossibilitado de usar vasos dilatadores e de apetite.

1996:
Paralisa as atividades da Eletrojan que é detonada pela imprensa de Foz do Iguaçu e pelo Ministério Público em licitação fraudulenta e começa a empresa Mercoluz – que começa a fazer as obras de iluminação de Londrina – principalmente na avenida Leste-Oeste. Lança seu parceiro de jogadas políticas pelo PDT, Antonio Belinati, para concorrer à prefeitura de Londrina. Cobra de Luiz Eduardo Cheida a fatura política de ter sido seu homem de confiança na prefeitura de Londrina e há um rompimento acertado entre ele e seu irmão, Assad Jannani, dando conta do afastamento dos dois e do irreversível ódio entre eles. Faz desistir da campanha a prefeito o então vereador Alex Canziani, pelo PTB, indicando ele para ser o vice-prefeito de Antonio Belinati. José Janene utiliza recursos para custear as despesas já feitas pelo pré-candidato a prefeito e garante Alex na chapa PDT e PTB.
Faz uma associação com o candidato do PT a prefeito de Londrina e membro da mesma Comissão de Orçamento da Câmara Federal, deputado Paulo Bernardo, que começa a atacar o candidato que incomodava aos planos dele: Luiz Carlos Hauly, pelo PSDB. Paulo Bernardo utiliza todo o tempo de televisão e rádio para atacar Hauly e com isso deixar o caminho livre para Antonio Belinati. No segundo turno entre Belinati e Hauly, José Janene consegue viabilizar recursos de Jaime Lerner como governador e mantém uma equipe coordenada pelo próprio chefe de gabinete Gerson Guellmann e o jornalista Fábio Campana. Monta o QG de campanha no Hotel Crystal e na antiga sede da compensação do Banco Real na avenida Arthur Thomas onde recebe as ordens dos novos comandantes de campanha. Garante que o Partido dos Trabalhadores de Londrina, comandado por Paulo Bernardo, André Vargas e Nedson Micheletti, dê o apoio para a campanha vitoriosa de Antonio Belinati no segundo turno. Garante a eles a manutenção de cargos para petistas no governo de Belinati – como secretaria de Finanças, secretarias especiais, secretaria da mulher além de muitos cargos terceirizados na tal Frente de Trabalho.

1998:
Com a administração das finanças com o PT e associado ao membro da Comissão de Orçamento, Paulo Bernardo, garante recursos em várias áreas para que as empresas de Londrina – VISATEC, VISAMOTORS, VISACON e F.Jannani Grupo Iluminação – garantam a expansão financeira deles.
Acontece o maior escândalo político de Londrina com a venda das ações da SERCOMTEL, comandada por José Janene e Antonio Belinati, para a COPEL. Uma CPI na Assembléia Legislativa do Paraná é abafada com promessas divinas para deputados estaduais.
Começa a farra chamada escândalo AMA-COMURB onde seus associados são pegos com a mão na massa, utilizando notas frias e medições de roçagem irregulares. Uma CEI na Câmara de Londrina começa a demonstrar os fatos e estender para um fundo gerido (COGEF) pelos indicados de Janene/Belinati, indícios de uso na campanha eleitoral dos candidatos a deputado estadual Antonio Carlos Belinati, deputados federais José Janene e Paulo Bernardo, através do presidente do PT em Londrina, André Vargas.
É candidato a senador pelo PT o então deputado federal Nedson Micheleti.
A Câmara Municipal de Londrina avança e consegue enviar para os promotores estaduais os indícios que transformam-se nas mais variadas ações judiciais contra Antonio Belinati, José Janene, Paulo Bernardo, André Vargas, além dos secretários municipais e diretores que coordenam as licitações fraudulentas para desviar o dinheiro da venda das ações da SERCOMTEL.
Nedson Micheleti perde para senador pelo PT e Paulo Bernardo não consegue sua reeleição. Já José Janene consegue uma votação ridícula em Londrina e garante sua eleição nos grotões do Vale do Ivaí e do Norte Pioneiro. Alex Canziani então vice-prefeito do PTB elege-se deputado federal e vira secretário de Indústria e Comércio de Jaime Lerner.
Seus tentáculos agora se estendem para Curitiba com o lernismo e seu PPB (depois PP) e depois para Mato Grosso do Sul, onde Paulo Bernardo vira o secretário da Fazenda ao lado de sua segunda mulher, Gleisi Helena Hoffmann.
A empresa VISATEC dos Jannani começa a fazer obras no Mato Grosso do Sul com o Zeca do PT, eleito governador pelo PT.

2000:
A cassação de Antonio Belinati começa a transformar-se em realidade e a Câmara Municipal de Londrina, curva-se à opinião pública. A Globo local recebe intervenção do comando do jornalismo nacional da emissora por conta da 'censura' jornalística feita em Curitiba e Londrina.
Descobre-se uma teia de corrupção nunca vista em outras administrações. Um ex-sócio de José Janene é peça chave para a descoberta de todo o esquema. Uma proposta que está nos jornais da época mostra o gangsterismo na política de Londrina: "Assume tudo sozinho, pega uns anos de cadeia e depois sai com o dinheiro garantido".
O empresário maringaense da empresa de limpeza pública conta tudo aos promotores e garante que o mentor de tudo é José Janene.
Vereadores são gravados na sala de Antonio Belinati pedindo 200 quilômetros (200 km 'sic') para votar contra a cassação. É a senha para a destruição de Antonio Belinati, pois a empresa de comunicação Metrópole é processada por ele e aí garante-se novo denunciante do esquema forjado de licitações – na SERCOMTEL e na campanha eleitoral. A propaganda para inauguração do PAI – Pronto Atendimento Infantil, com o show não realizado da Xuxa começa a ser investigado na Câmara Municipal de Londrina. Gasta-se mais na festa da inauguração do que na construção.
José Janene chama seus vereadores para festas na chácara da Rua Ademar de Barros (sic) em frente ao lago Igapó. É o chamado 'Rolo Compressor', que quer os quilômetros para votar e não tem garantia alguma de serem absolvidos pelas urnas em outubro.
Impossível de garantir a candidatura à reeleição de Antonio Belinati (que é cassado), José Janene articula as campanhas de seus candidatos – Barbosa Neto tendo como vice seu irmão Assad Jannani e o antigo companheiro de apoio em 1998 para o Senado, Nedson Micheletti, que tem como candidato a vereador André Vargas pelo PT.
Todo o trabalho é para retirar do segundo turno das eleições seu inimigo Luiz Carlos Hauly (PSDB) e conta com o programa do PMDB do candidato Luiz Eduardo Cheida para atacar quem quer que fosse.
E consegue levando para o segundo turno – Nedson Michetti com o vice Bracarense Costa e Barbosa Neto com o seu irmão Assad de vice.

2002:
José Janene consegue a sua terceira eleição e a indicação para ser o líder do PP na Câmara Federal, onde instala a 'política do rolo compressor' com muitos quilômetros de mensalão para serem entregues no governo do PT de Lula.
Seu parceiro do PT, Paulo Bernardo é presidente da Comissão de Orçamento e na prefeitura de Londrina muitos associados são indicados para cargos chaves.
Ele comanda o serviço de lixo reciclável, construção civil, aterro sanitário e coleta de lixo, além da iluminação pública.
Tudo que renda dividendos ele participa ou dá palpites.
Seu slogan é: "Tem que arrastar assim, para sobrar um pouco entre os dedos para os outros", fazendo chacota com o jeito de arrastar o dinheiro da mesa como se as mãos fossem rastelos para poucas notas saírem entre as mãos.
Seu associado Antonio Belinati, aposentado como deputado estadual pelo Fundo de Previdência da Assembléia Legislativa do Paraná, continua com a cobertura de seus advogados. Ele não fica na mão de seu ex-sócio.
Jaime Lerner é reeleito como governador e Emilia Belinati também como vice-governadora, derrotando o senador Roberto Requião. Já o filho de Antonio Belinati, Antonio Carlos vira piada como o deputado telettubie: "Oiê e tchau!", pois não consegue votos suficientes para voltar ao cargo.
Barbosa Neto é eleito pela primeira vez como deputado estadual, tendo como coordenador de campanha o irmão de José Janene, o ex-vice prefeito Assad Jannani.
A empresa Fóssil é contratada para administrar o lixo de Londrina em lugar da empreiteira VEGA SOPAVE.
Ela é de Goiás e tem como administrador um ex-assistente de José Janene.
Chega para administrar as empresas concreteiras de Londrina - a empreiteira Leão e Leão, que foi envolvida nos escândalos do PT em Ribeirão Preto ao lado de Antonio Palocci.

2004:
Janene todo poderoso homem do mensalão do PT e alvo de denúncias na imprensa além de processado pela Justiça do Paraná apresenta seus candidatos para uma quinta disputa:Nedson Micheletti e Antonio Belinati, além de Barbosa Neto que possui como chefe de gabinete na Assembléia Legislativa do Paraná, seu irmão Assad Jannani.
Vão ao segundo turno os candidatos Nedson Micheletti e Antonio Belinati, tendo sido eleito para um segundo mandato sob o slogan "Pior com ele, ruim sem ele", o candidato do PT. Janene aposta nos dois candidatos e garante seus contratos na prefeitura de Londrina.
Londrina é novamente associada a escândalos de contratos como o do aluguéis de radares que é suspenso pela Justiça. O prefeito é processado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. E Paulo Bernardo, como ministro do PT no governo Lula, retira seu título de eleitor de Londrina, levando o de sua mulher Gleisi Hoffman para Curitiba.

2006:
Janene é denunciado pelo esquema da corrupção no governo Lula e pede aposentadoria por invalidez para tentar escapar com seus direitos políticos preservados. Desiste de lançar a candidatura de sua segunda mulher, Fernanda Janene como deputada federal. Teme ser derrotada e por isso pede para ser substituída por um político de Ibiporã que também desiste de ser candidato a deputado federal. Quer na eleição em 2010 e para isso, sem ser inválido, apresentou-se como TESOUREIRO NACIONAL do PP e foi eleito na última convenção do partido.
Seus cabos eleitorais são orientados a trabalharem para o candidato do PT a federal, André Vargas e também para Gleisi Hoffman a senadora pelo PT, Belinati para deputado estadual e Roberto Requião para governador.
Seu associado Antonio Belinati é eleito deputado estadual e pede a suspensão dos pagamentos das pensões da Assembléia Legislativa enquanto recebe o salário de deputado.

2008

Em 2008 o tesoureiro nacional do PP e denunciado quadrilheiro pelo Procurador Geral da República e processado pelo STF, pretende lançar quem do seu time para ganhar as eleições: Antonio Belinati, André Vargas ou Barbosa Neto? Haverá espaço para outro em seu aposentado coração inválido, agora processado?
José Janene

Uma família e negócios com governos:

José Janene tem:

Eletrojan – administrada por sua filha


Mercoluz – administrada pelos seus associados(Empresas administradas pelas filhas e pela mulher)


Faiçal Janene tem:


F.Jannani Grupo IluminaçãoVisatec – Limpeza Pública e Construtora de ObrasVisacon – Construtora de Obras Visamáquinas – Aluguel de Máquinas e Equipamentos


Empresas administradas pelos filhos:


Assad Janene tem:


JN Locação de Automóveis (Rentacar) Empresas administradas pelos filhos.

A AÇÃO SINDICAL NO CONTEXTO POLÍTICO DA PRIVATIZAÇÃO DA TELEPAR E DAS DAS TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL

Silvia Maria P. de Araújo

Universidade Federal do Paraná, Brasil

A ação sindical no contexto político da privatização das telecomunicações no Brasil (Resumo)

As transformações requeridas pelo novo modelo de produção na economia mundial flexibilizam não só o processo produtivo, como a organização e os contratos de trabalho, desestabilizando a ação dos sindicatos. As telecomunicações brasileiras viveram conjuntura de acelerada ação político-estatal para a privatização das empresas e a modernização do mercado, acompanhada prévia e posteriormente de processos de reestruturação produtiva, durante a segunda metade da década de 1990. Há marcas regulatórias no período que influenciaram a atuação dos telefônicos, considerada uma categoria combativa por seu elevado índice de sindicalização no movimento nacional. No Paraná, questões estratégicas ultrapassaram a preocupação salarial e promoveram a capacidade de negociação em defesa dos postos de trabalho, provando os limites da ação sindical tradicional.

As telecomunicações, setor onde predomina a tecnologia de ponta e a abertura para a comercialização de produtos diversificados, vem passando, nos últimos anos, por intensos processos de reestruturação mundial e rápidos avanços tecnológicos, como a passagem do sistema analógico para o digital. Investimentos substituem, por exemplo, as redes telefônicas por modernas redes de fibras óticas, facilitando o acesso aos sistemas de comunicação que integram dados, voz, texto e imagem, conhecidos por RDSI.

O setor prova a supremacia do capital financeiro sobre o capital industrial, o crescimento dos serviços e o papel das tecnologias da telecomunicação e informática, ao apresentar capacidade de investimentos sob a forma de novos serviços fundados na interatividade comunicacional (LOJKINE, 1995), sobretudo na área de infra-estrutura de telefonia celular, transmissão de dados, satélite e os chamados SVAs – serviços de valor adicionado, capazes de gerar recursos para sustentar a expansão das telecomunicações. Esse resultado do impacto da tecnologia é obtido mediante a interação do sistema social abrangente com práticas de trabalho e organização da produção próprias do setor, implicando em um complexo de "decisões administrativas, sistemas de relações industriais, ambientes culturais e institucionais e políticas governamentais". (CASTELLS, 2000, p.262)

Setor em franco desenvolvimento recebeu, no Brasil em meados da década de 1990, o tratamento político dispensado pelo neoliberalismo: a liberação à privatização. Empresas de telecomunicações operavam em regime de monopólio estatal desde os anos 60 e a escolha da política brasileira pela privatização soou paradoxal: vender as empresas para monopólios privados e estatais dos Estados Unidos e da Europa, constituindo-se o processo em uma re-privatização do sistema de telefonia. Um tal interesse em participar das telecomunicações em diversos países de economia dependente foi ativado, já em 1984, a partir do fenômeno denominado divestiture que provocou a expropriação ou desregulamentação, com a quebra do monopólio privado da AT&T sobre a telefonia norte-americana. Esse foi o início do desmonte de um modelo institucional e econômico que, há meio século, caracterizava as telecomunicações nos principais países do mundo.

Para a adoção da gestão privatizada das empresas de telecomunicações estavam em jogo, no Brasil, o monopólio estatal comprovadamente eficiente, a requerida modernização tecnológica do setor e o desenvolvimento de redes alternativas em mercado cada vez mais competitivo. Ficaram à margem das decisões políticas neoliberais em relação ao Sistema Telebrás, questões antes vitais para o desempenho do setor e da categoria dos telefônicos: o modelo de relações de trabalho e o papel dos sindicatos. Caracterizar a ação sindical na conjuntura de concomitantes processos de privatização e de reestruturação das empresas de telecomunicações no Paraná é o foco desse artigo, identificando as iniciativas do sindicato dos telefônicos diante do complexo impacto inovador no mundo jurídico-institucional da organização das empresas privatizadas, das novas relações de trabalho e suas repercussões no mercado de trabalho. A ação sindical que se articula passa a ser reconhecida na concepção mais adequada à natureza transmudada do trabalho em serviços, em que a adoção de tecnologia é fator de transformação na prestação de serviços.

A reestruturação produtiva nas telecomunicações brasileiras, nas fases pré e pós-privatização, dimensionou a ação dos sindicatos, trazendo requisitos novos para as relações desses com as empresas, os trabalhadores, o governo e o mercado. O Sinttel – Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Telecomunicações do Paraná tem enfrentado parâmetros empresariais polarizados das relações de trabalho, que vão da capacidade técnica à dimensão do mercado de trabalho desregulamentado.

Além da introdução de novos padrões na organização do trabalho pelas empresas privatizadas, o maior problema enfrentado pelo Sinttel tem sido o desemprego e o subemprego. As mudanças organizacionais exigiram uma ação mais defensiva e maior respaldo jurídico-institucional da parte dos sindicatos, pois com o processo de modernização das empresas, que se efetivou com a privatização em junho de 1998, houve uma quebra na garantia do emprego, no trabalho previsível e adaptável a situações de transferência de tecnologia, na estabilidade relativa das relações de trabalho e na acomodação compatível com a produtividade, qualidade e preço dos serviços prestados pelas estatais de telecomunicações.

A prática sindical de denúncia e resistência ao processo de privatização data de início dos anos 90, quando a campanha dirigia-se à política difusa de venda de setores produtivos da economia, afunilando os interesses para as telecomunicações. Organizados em federações, nacional e interestaduais por força do Sistema Telebrás, os trabalhadores sentiram-se ameaçados e reagiram de forma articulada, através de lobbies junto aos grupos políticos e divulgação de material de esclarecimento à população. Na linha de convencimento dos segmentos sociais envolvidos no processo ampliado de privatizações, a argumentação sindical atacava o que chamava de falsas teses, ou seja, a discussão que se estabeleceu no país contrapondo o monopólio e a concorrência, o monopólio e a flexibilização, o Estado e o capital privado.

Esse movimento nacional do sindicalismo em defesa da situação estatal de funcionamento do setor levou a Fittel – Federação Interestadual dos Trabalhadores Estatais de Telecomunicações – a propor a manutenção das telecomunicações como um serviço público essencial. Em meados dos anos 90, a posição defendida, como um projeto nacional de democratização do acesso à informação, preservava o monopólio brasileiro das telecomunicações, propondo a evolução da Telebrás de instituição estatal para a condição de instituição pública. Argumentavam: "A Telebrás não precisa ser privatizada. O Estado, sim, precisa ser democratizado, para que as suas empresas, enquanto empresas, respeitem os investimentos nelas feitos por acionistas privados e, enquanto instrumentos de políticas públicas, respeitem os interesses maiores da sociedade que nelas investe através da União" (LEIA, 1993, p.39). Angariando apoio em outros segmentos da sociedade, a Fittel propiciou discussão sobre serviço público e serviços privados, baseando-se na situação de lucratividade e produtividade das telecomunicações nas mãos do Estado desde a década de 60 e o incremento do sistema telefônico brasileiro a partir dos anos 70, quando o monopólio foi instituído no país:

Desde de sua criação, pela Lei 5.792, de 1972, a Telebrás admite sócios privados. Ao todo, possui cerca de 6,5 milhões de acionistas [em 1993]. Pode-se dizer que o Brasil antecipou-se ao mundo pois, até os anos 70, autarquias públicas operavam as telecomunicações na grande maioria dos países centrais, com notável exceção dos Estados Unidos. Somente depois da "desregulamentação" norte-americana, os países europeus começaram a transformar essas autarquias em empresas comerciais sob controle acionário (e estratégico) do Estado. (LEIA, 1993, p.39)

No processo de privatização, o Sinttel-Pr assumiu a proposta de resistência da Fittel e os telefônicos sindicalizados contribuíram com 1 por cento do seu salário para a confecção de material impresso da campanha. Apesar da organização em nível nacional, os trabalhadores tinham medo de represálias diante da situação. O projeto "Brasil Telecom" propunha dispositivos na legislação para que determinados serviços fossem obrigatoriamente prestados pelas operadoras na forma de salvaguardas sociais. A proposta, porém, foi desconsiderada na definição do formato institucional para o ramo. Entre aqueles dispositivos estavam a universalização da telefonia, a construção de novas infovias que resgatassem a dívida social e a manutenção do subsídio cruzado, que se caracterizava pelos serviços de telecomunicações que eram organizados em quase todos os países na forma de monopólio público e permitiam que os seus custos fossem distribuídos entre os agentes econômicos e sociais, pesando mais sobre os chamados "usuários de negócios" do que sobre os usuários residenciais e as famílias (DANTAS, 1998, p.228).

As privatizações nas telecomunicações brasileiras ocorreram mais tardiamente, se comparadas com processos em outros países da América Latina, segundo Walter (1998) e, por isso, levaram vantagem em matéria de marco regulatório, na medida em que o grau de avanço e os alcances desses processos estavam em função da aptidão dos sindicatos das empresas públicas em suscitar o apoio da cidadania em oposição à privatização. No Brasil, esse apoio não foi efetivo, a ponto de impedir o processo ou de o movimento sindical ser capaz de colocar condições à avalanche de vendas das empresas ao capital estrangeiro, privado e estatal. A Lei Geral das Telecomunicações/LGT, em julho de 1997, procurou definir as linhas gerais do modelo institucional de fiscalização da gestão privada dos serviços, que continuam sendo públicos, por meio de um órgão regulador independente, exclusivo para o funcionamento das empresas, a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações.

Paulatinamente, a privatização ocorria pela via indireta da terceirização e, inclusive, da quarterização com a subcontratação da subcontratação. Dentre os serviços terceirizados, nos anos 80, estão aqueles referentes ao pessoal da eletricidade, envolvendo processos de força, comutação e transmissão, e aqueles relativos à rede, que incluem elaboração de projetos, instalação e manutenção de cabos. Ao processo gradativo de terceirização acopla-se a privatização, à medida que a transferência de certas atividades prepara a modernização do setor, a ponto de denominar esse procedimento de privatização periférica.

A terceirização é o lado soft da privatização e o Estado, ao investir na modernização do aparato tecnológico das empresas, prepara as condições para que ela aconteça em julho de 1998. O cenário que se seguiu foi de retrocesso da ação sindical. Sem condições de fazer frente à tendência de aceleração organizativa que acompanhou a substituição de tecnologia eletromecânica pela digital, e da gestão pública pelo gerenciamento privado preocupado com resultados na linha "eficientista" das empresas, os sindicatos ainda perdem sindicalizados e vêem crescer o número de trabalhadores aquém dos direitos trabalhistas.

Em 1998, todo o sistema Telebrás, formado por 27 empresas concessionárias e um centro nacional de excelência em pesquisa, o CPqD, foi privatizado. O controle do setor passou a ser feito por grupos privados nacionais e internacionais, incluindo as estatais européias. O modelo de privatização das telecomunicações no Brasil acompanhou o americano, caracterizado por traços de desnacionalização, fraca presença de um órgão regulador, não-constituição de multinacionais do ramo, formação de monopólios privados temporários, fragmentação do sistema e separação da telefonia celular e fixa. (ARAÚJO, 2000) A telefonia ficou dividida entre empresas concessionárias, que abrangem diferentes regiões do país: a Telemar, a Tele Centro Sul, a Telefônica, a CRT – Companhia Rio Grandense de Telecomunicações e a Embratel, responsável pelos serviços de longa distância. A Telepar, empresa paranaense que foi privatizada, faz parte da holding Tele Centro Sul Participações S.A., hoje denominada Brasil Telecom, que atende as regiões sul e centro-oeste, controlada pela Solpart, a qual comanda nove operadoras de serviços de telefonia fixa, que respondem por 30 por cento do território nacional.

Criada em 1963, a Telepar tornou-se uma das empresas estaduais mais rentáveis, com equipamentos de última geração e quadro profissional capacitado. Foi preparada para a privatização com investimentos que permitiram a implantação da telefonia digital e por terceirizar serviços, reduzindo o seu quadro funcional. Privatizada, a Telepar passou de aproximadamente 5.000 empregados para cerca de 2.000. No processo de racionalização das funções da nova empresa prevalecem critérios para as demissões programadas e incentivos a acordos com os trabalhadores, onde pesam características funcionais de controle como: idade, antecedentes de doença, desempenho e existência de ações na Justiça do Trabalho, tempo de serviço, caso próprio dos técnicos de rede, os cabistas e instaladores.

A dispensa de parte significativa do pessoal é justificada pela reestruturação anterior à privatização que, ao desativar áreas de produção e administração da empresa, trouxe mudanças de natureza organizacional e estrutural, destituindo trabalhadores sem domínio da nova tecnologia. Ao reduzir o quadro efetivo de trabalhadores, o efeito foi o aumento proporcional de trabalhadores terceirizados, pois as demissões ocorridas em maio de 1999, quando a Telepar dispensou 680 empregados, elevaram o nível de terceirização, como na Tele Centro Sul de 14 por cento para 24 por cento do total da mão-de-obra. (Interativa: 1999)

A uma realidade de mudanças dentro e fora das empresas corresponde um perfil redesenhado da categoria e, portanto, de novas estratégias de ação sindical para fazer frente às formas renovadas de organização do trabalho. São diferentes lógicas que transitam da ênfase no trabalho individual, no emprego estável e na ação coletiva, ao trabalho dependente de equipes ou autônomo, à precariedade das relações de trabalho e à ação individualizada. Há que se conhecer alterações na natureza do trabalho em serviços e em sua regulamentação e desregulamentação, para se compreender a ação do sindicato, hoje.

Se as transformações que vêm ocorrendo no âmbito do trabalho devem-se à transição de paradigmas da organização da produção à organização da informação, a ação dos sindicatos também experimenta mudanças em seu paradigma tradicional. Da organização dos interesses coletivos dos trabalhadores e encaminhamento das reivindicações da categoria em bloco, ocorre uma pulverização gradativa no tratamento dos problemas, com atenuada intervenção no locus de trabalho, esse, fortemente afetado, na medida em que "as atividades capitalistas contemporâneas demandam uma nova organização das redes de telecomunicações (...) e, por isto, o capital vem reformando os velhos sistemas públicos das telecomunicações", completa Dantas (1998, p.229).

Os sindicatos são levados a conceber a flexibilização posta na díade trabalho/emprego para poder atuar, distendendo a sua representação. As figuras do trabalhador desempregado, do autônomo, do trabalhador temporário, do terceirizado são relativamente novas para o sindicato, cujo aparato jurídico e a dinâmica do movimento defensivo não abarcam com naturalidade, expressões para além do quadro do trabalho formal e o crescimento recente do índice de dessindicalização, com a dispensa programada de trabalhadores pelas empresas. Como se refere Lucena (2000, p.434): "la globalización alienta la movilidad de los capitales, de las tecnologías, de las empresas y de los productos, pero no tanto del trabajo, que se convierte en el factor menos móvil. Estas mayores velocidades de movilización de los factores com los cuales encara el sindicalismo su acción contribuyen a los desencuentros".

Corroboram para o problema da representação sindical, a baixa significativa no percentual do trabalhadores sindicalizados e a fragmentação da categoria entre os empregados das empresas de telecomunicações, filiados ao Sinttel, e aqueles que trabalham para empreiteiras, representados pelo Sinditel – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Instalações Telefônicas. Não apenas os processos de subcontratação dos trabalhadores são responsáveis pelas mudanças, também o setor passou a ofertar uma diversidade de operações e produtos à população, nos moldes do que Chesnais (1996) denomina generalização dos produtos-serviços. Antes reduzidos à telefonia fixa e celular, hoje os serviços expandem-se para o teleatendimento, o telemarketing, a transmissão de dados e os serviços via Internet.

A categoria dos antigos telefônicos mudou e há necessidade de organizá-la em outros moldes. Novas ocupações surgem, outras são executadas fora do contrato formal de trabalho com as empresas empreiteiras, que operam com autônomos, obrigando o sindicato a repensar a lógica de sua ação para atingir os trabalhadores em situações de diferenças contratuais, disparidades de ganho e de qualificação para o trabalho. Disputando o mercado de trabalho com outros sindicatos, em dezembro de 1999, o Sinttel realizou mudanças estatutárias, a fim de possibilitar a representação de trabalhadores das empreiteiras, das empresas de Call Center, dos provedores de Internet, das empresas de TV a cabo, de teleatendimento, de telemarketing e das telefonistas em geral. Abrange agora trabalhadores do setor de telecomunicações e os do ramo de tecnologia da informação.

Uma das características da privatização no Brasil foi a tentativa de quebra do poder e influência dos sindicatos nos acordos coletivos. Após o processo, o Sinttel manteve negociação com os novos controladores, mas os sindicalistas têm sido impedidos de entrar na empresa. A ação sindical passou a ser menos agressiva, limitando-se a uma política de abonos, cuja troca procura compensar alguns direitos dos trabalhadores que foram eliminados. Benefícios anteriormente acordados, como remuneração das horas-extras, adicional de sobreaviso, complementação de auxílio doença e acidente foram limitados ao mínimo previsto em lei.

A tensão no ambiente de trabalho agravou-se pela inexistência de reajuste salarial no primeiro ano pós-privatização, a instabilidade no emprego, a crescente precarização das relações de trabalho, o aumento da carga de trabalho, a desconfiança das equipes, o temor das demissões, a concorrência no mercado, as alterações de funções, mediante a aplicação de um plano de cargos e salários submetido a ajustes constantes. A adoção de um processo de avaliação das aptidões, qualificação, formação, atualização profissional, tempo de serviço, condições de saúde, idade e adaptação do trabalhador à nova organização do trabalho e aos processos tecnológicos, mediou as transferências de seções e de tarefas, além de monitorar as dispensas.

A racionalização produtiva, baseada no cumprimento de metas, está relacionada à implantação da telefonia digital e à opção pela redução de pessoal, que colocou em desequilíbrio a correlação de forças e funções existente na empresa. A privatização ocorreu em julho de 1998 e, já em outubro, eram propostos programas de demissão voluntária (PDV) e de aposentadoria incentivada (PAI), os quais colocaram à disposição no mercado ou aposentaram precocemente um número significativo de trabalhadores com reconhecida capacitação para o trabalho que realizavam.

A flexibilidade do trabalho implantada baseou-se em dupla flexibilização: uma reorganização do trabalho e das relações de trabalho. Enquanto uma grande empresa, a Telepar concentrou inovações organizacionais, fundiu categorias, reduziu funções, restringiu a mobilidade interna, concentrou os níveis decisórios e de gerenciamento, estabeleceu metas sempre recompostas de produtividade e qualidade, introduziu avaliação de desempenho e flexibilidade salarial, enxugou os trabalhadores de base e ampliou a subcontratação. Em outras palavras, provocou uma decomposição no mercado de trabalho e o crescimento da informalidade.

O Sinttel tem experimentado uma trajetória política pontuada por mudanças em questões relativas à sua sobrevivência e à dos trabalhadores: o desencadear de uma campanha pública contra o processo de privatização; a perda da condição de negociação com uma empresa estatal em acordos controláveis; conseqüências dos processos de reestruturação; enfrentamento de situação de dispensa de trabalhadores e planos de demissão estimulada pela empresa; reorganização do trabalho e formas contratuais alteradas; defesa dos empregos e das conquistas dos trabalhadores; tentativas de qualificação dos trabalhadores; desarticulação do mercado de trabalho e dessindicalização da categoria.

Com as demissões, a ação sindical dos telefônicos passou da proteção representativa à defesa do trabalhador junto ao Ministério Público; do acompanhamento quanto à capacitação do trabalhador à livre concorrência e atravessamento das empreiteiras no mercado; da jurisdição ao trabalho formal às experiências de cooperativas de trabalhadores; de uma situação relativamente estável de negociação com empresa estatal à falta de transparência na política salarial das empresas privatizadas de telecomunicações.

Em sua base territorial no estado do Paraná, o Sinttel, filiado à CUT e estruturado administrativamente em coordenações, subdivide-se em 5 subsedes regionais: Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel e Londrina. Representa os trabalhadores de empresas como a Telepar, a Sercomtel, a TIM Telepar Celular, a Global Telecom, a ASK (serviços de Call Center), a Onda (provedora de Internet) e a Embratel, com as quais tem firmado acordos coletivos em diferentes datas-base, caracterizando a pulverização da ação. Ao negociar por empresa, procurando alargar a sua atuação, os sindicatos reconhecem transformações na categoria e no modo de agir institucional. (Entrevista n.4/2000)

A liderança sindical sensibiliza-se com a situação dos trabalhadores despedidos que trabalham nas empreiteiras ligadas a três empresas consórcias no Paraná. Nas empreiteiras é usual a instabilidade dos empregos, a impossibilidade de controlar o pagamento, a rotatividade da mão-de-obra, o trabalho com baixa qualificação e os serviços divididos (subsubcontratação), além do condicionamento da contratação àqueles que não têm pendências na Justiça do Trabalho. O Sinttel apresentou, recentemente, pauta de reivindicações para uma empreiteira de Cascavel, visando negociar um acordo coletivo para garantir direitos e benefícios a cerca de 400 trabalhadores daquela empresa. Também, a negociação de acordos em 1999 e 2000 tem incluído as reivindicações dos aposentados da Telepar. (Viva voz, 2000)

Análise preliminar dos Acordos Coletivos de Trabalho, firmados entre a Telepar e o Sinttel como sindicato majoritário, nos últimos seis anos, aponta algumas tendências organizativas presentes nos instrumentos firmados entre as partes. Nos acordos referentes aos anos 1999 e 2000, a partir da própria disposição dos documentos, apresenta-se a ênfase mais na empresa do que no sindicato, no que tange ao controle da dinâmica das relações institucionais. Com uma ordenação e detalhamento em que a flexibilização de algumas cláusulas, como a relativa à jornada de trabalho, contrasta com a supressão de certos benefícios e vantagens anteriormente conquistados, os documentos primam pela defesa dos interesses de natureza privada e disciplinamento do contingente funcional à racionalidade colocada no mercado competitivo das empresas e dos trabalhadores.

Os acordos assinados para vigência nos anos 1995 a 1998 denotam um teor próprio de negociações em nível nacional e de caráter estatal na concessão de benefícios franjais aos trabalhadores. Basicamente, o processo de privatização suprimiu dos acordos coletivos: o auxílio educação, a licença remunerada, os anuênios, o abono de Natal, o auxílio pré-escolar e a Fundação Telepar, empresa responsável pela assistência ao trabalhador. O sindicato ampliou e promoveu uma reestruturação em seu departamento jurídico e tem impetrado ações que visam a reintegração dos trabalhadores. O primeiro procedimento foi realizar as homologações no Sindicato para dar orientação sobre os direitos dos trabalhadores, levantando os casos de lesionados, cipeiros e outros que permitiam imediatas medidas de reintegração. A readmissão é reivindicada com base na Cláusula 16 do Acordo Coletivo de 98/99, o qual prevê aos funcionários, o direito a nova capacitação e realocação antes da demissão, sempre que a empresa introduza tecnologias ou processos automatizados no processo de trabalho. A ações fundamentam-se, também, em uma norma interna existente na antiga Telepar, que delimitava a demissão de trabalhadores admitidos antes de 1981, apenas em casos de falta grave ou atitude anti-ética.

Para cada subsede sindical regional, há um escritório jurídico cobrindo os trabalhadores da área, inclusive com assessoria jurídica em Porto Alegre, para defender e representar os interesses da categoria dos trabalhadores em telecomunicações do Paraná, junto ao Tribunal Regional Federal e ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, naquela capital. Aquela assessoria realiza as negociações dos Acordos Coletivos e ensaia desenvolver Comissões de Conciliação Prévia: "A Comissão é um organismo que não pertence à estrutura do judiciário, mas terá atribuição de tentar resolver conflitos trabalhistas, antes de recorrer à justiça. A intenção do Sinttel é instituir essas comissões de forma negociada com as empresas". (Viva voz, 2000) As iniciativas atestam o fato da precarização do trabalho dificultar a ação sindical, constituindo-se em explicação para as mudanças na postura política dos sindicalistas. (Antunes, 1997)

As ações do sindicato têm extrapolado os limites da categoria sindicalizada, seja dilatando os seus espaços tradicionais e formais, seja mediando a busca de soluções alternativas no mercado de trabalho para os demitidos ou em vias de sofrer dispensa. Entre essas ações, o sindicato tem apoiado iniciativas grupais de reinserção no mercado, como aquelas relativas à formação de cooperativas de trabalhadores em telefonia. Nessa extensão de um braço à economia solidária, o sindicato atrelou-se à Rede Solidariedade, um empreendimento em parceria com os sindicatos dos Bancários, dos Engenheiros e a Associação Banestado, com o objetivo de organizar os trabalhadores em grupos de consumidores, apoiados por um sistema coletivo de comercialização e consumo. Por meio de uma central (Central-Med), são disponibilizados medicamentos com 30 por cento de desconto aos sindicalizados.

As circunstâncias do período pós-privatização têm produzido incongruências na política de defesa dos postos de trabalho. A atuação sindical foi posta a prova em julho de 2000, quando mais de 50 trabalhadores empregados na Telepar, onde estão 80 por cento dos sindicalizados, fazem um abaixo-assinado pedindo a sua demissão e solicitando ao sindicato para intervir junto à empresa na manutenção das garantias para a sua saída.

Esse quadro de novos problemas encontrou o Sinttel com diretoria recém-empossada, depois de longo período de gestão do grupo perdedor das eleições sindicais, conhecido como o "Biqueira de Aço", o qual mantinha posição de confronto com a Telepar desde 1987. (Lima, 1997). Ocorreu uma situação estrategicamente nova, que correspondeu a uma mudança política no sindicalismo cutista e na agenda sindical, provocada pela privatização, modernização tecnológica e aumento da terceirização no ramo das telecomunicações. Pode-se classificar essa mudança como o abandono de uma postura de confronto para outra mais propensa à negociação, marcando uma conjuntura de reversão no movimento sindical, propiciada tanto por razões estruturais, quanto por motivos institucionais nas soluções de enfrentamento.

Exemplos que reforçam essa interpretação na mudança da ação sindical são detectados em iniciativas no sentido de atrair trabalhadores para o sindicato, tais como reduzir as mensalidades dos trabalhadores da Telepar e da TIM Celular, de 2 por cento para 1,7 por cento e a decisão de construir uma colônia de férias, no litoral. (Viva voz, 2000) Apesar das dificuldades criadas pela legislação, os sindicatos sofrem modificações internas, em processos de adaptação aos novos modos de produção e de organização do trabalho, ainda que o discurso seja de autonomia em relação ao Estado e de maior poder para as instituições sindicais (Cardoso, 1999). A propósito de modificações internas, o próprio sindicato promoveu uma reestruturação administrativa e reduziu o seu quadro de pessoal de 24 para 15 funcionários, na atual gestão.
Os sindicatos têm dificuldade em transpor pautas tradicionais de negociação, pressionados pela necessidade de novos posicionamentos sobre os graus de flexibilidade e de precariedade que caracterizam a realidade empírica do trabalho e do emprego. Embora considerada mais incipiente (CASTRO;COMIN, 1998), a ação sindical Nas telecomunicações tem respondido ao seu modo – dependente da capacidade tecnológica do setor, da cultura política da categoria e das formas do seu trabalho – a processos de reestruturação, pois "as mutações organizacionais e tecnológicas, as mudanças nas formas de gestão também vêm afetando o setor de serviços, que cada vez mais se submete à racionalidade do capital" (Antunes, 2000, p.111).

Os sindicatos vinham atuando, até recentemente, em negociações centradas na questão salarial, desempenhando o seu papel de mediação herdado da fase fordista. (Bihr, 1998) Esse enfrentamento, no Brasil, está condicionado por um histórico de instabilidade política presente nos inúmeros planos de governo da década de 80 e leva à adoção de uma racionalidade da ação sindical sob o parâmetro dual da ofensiva trabalho versus capital. Há, entretanto, questões estratégicas que têm ultrapassado a preocupação salarial, colocadas pela conjuntura de transformações em conseqüência do avanço da tecnologia, das inovações organizacionais e das políticas de privatização, como o tipo e a extensão da mudança, o planejamento de postos de trabalho e de funções, a organização do trabalho, o processo de seleção e de treinamento dos trabalhadores, a qualidade das condições de trabalho. Essas questões práticas mostram que a noção vigente de trabalho tende a se modificar e passa a ser preponderante, senão determinante, da ação dos sindicatos.

O sindicato dos telefônicos enfrentou, a partir da última década, situações que colocaram em xeque a sua estrutura corporativa, promoveram a capacidade de negociação em defesa dos postos de trabalho, questionaram as conquistas contratuais e do emprego, testaram a habilidade em participar da reestruturação tecnológica e organizativa, provaram os limites da ação sindical tradicional, diante do redimensionamento do trabalho/emprego. Encolhidas as chances de defesa dos trabalhadores formais, o sindicato viu-se impulsionado a solucionar a mancha alastrante da informalidade do trabalho e da precariedade dos terceirizados. Essas situações trouxeram desafios vinculados ao desempenho institucional sob exigência de dilatação de sua representação e adesão a agenda social alternativa.

Há um comprometimento na adoção de políticas de privatizações que ganha forma e força de acordo com a inserção do país no concerto do capital e da trajetória de legitimidade e legitimação do movimento dos trabalhadores. Condicionantes da política neoliberal e resquícios do corporativismo são variáveis que não podem ser desligadas ou subestimadas na compreensão da ação que se desenha nas instituições sindicais. Tratá-las é rever o papel do Estado neste processo, desvencilhando-se, por um lado, de seus compromissos com políticas públicas e, de outro, intervindo nos interesses dos trabalhadores organizados, sendo atuante nos processos de privatização. Combinam-se, aqui, a crise estrutural do capitalismo e a reconhecida crise de identidade do sindicalismo no mundo moderno.

Entrevista na RPC: O Osmar não assume a lesiva gravidade do que de forma pensada fez ou tentou fazer contra os interesses do povo


Ontem na entrevista dada a RPC, em um discurso de quem não gosta de assumir o que faz e beira ao cinismo e a hipocrisia, o candidato Osmar Dias disse que votou a favor das privatizações como também assumiu pela metade a verdade dos fatos em relação ao seu projeto sobre o FGTS, que tirava direitos dos trabalhadores.

O candidato do PDT, Osmar Dias, defendeu como se fosse “correto” ter votado no Senado a favor da emenda constitucional que permitiu a privatização das telecomunicações no país. Ele veio em defesa desta tese por não poder negar, já que as suas ações no Senado estão registradas e assim não dá para apagar o passado.

Enquanto 55% acharam que não foi bom privatizar a telefonia, apenas 33% disseram que foi bom . Em nenhuma região a maioria da população aprovou a está privatização. O Nordeste registrou a maior taxa de rejeição (73%), enquanto o Norte e o Centro-Oeste registram a menor (51%).

Nas privatizações algumas aquisições somente foram feitas porque contaram com a participação financeira dos fundos de pensão das próprias empresas e estes eram controlados por pessoas ligadas a direção do PT.

Para minimizar o que fez o Osmar disse:

“Foi uma decisão tomada em conjunto pela maioria do Congresso, unindo parte da oposição à situação.
Optamos por privatizar as telecomunicações diante de uma demanda da sociedade”

Se a maioria absoluta da população era contra como é que ele afirma que “era uma demanda da sociedade”?

Embora a privatização da telefonia tenha ampliado o acesso por parte da população a este serviço, o que também poderia ter ocorrido com a mesma sendo pública, caso estes políticos tivessem tido a vontade política de injetar recursos na estatal. A percepção dos brasileiros é que as privatizações pioraram os serviços prestados à população nos segmento de telefonia ,já que as campeãs em reclamações por parte da população junto ao Procom são as que envolvem este setor. As mais altas taxas de rejeição (73%) estão nos segmentos de nível superior e nas classes A e B", entre os bem informados, que sabem o tanto quanto estão sendo lesados. Um exemplo:

“A área de serviços foi a que mais contribuiu para o número recorde de atendimentos feitos pelo Procon do Paraná em 2009, tendo a telefonia fixa como campeã de reclamações. Ontem, durante a feira de serviços realizada na praça Santos Andrade, em Curitiba, o órgão de defesa do consumidor divulgou seu balanço de orientações e processos abertos no ano passado: no total, foram 182 mil registros de consumidores no ano. O número superou em 15% o total de 2008. A telefonia fixa foi responsável por cerca de 8% dos atendimentos quase 14,3 mil consumidores buscaram o Procon-PR, no ano passado, para reclamar sobre o serviço.” Paranáonline/ 17/03/2010

Na época anterior as privatizações do sistema Telebrás, entre 1997 e 1998, quem era o dirigente máximo da Telepar, um dos braços da estatal nacional, sendo seu diretor-presidente, era o Alvaro, irmão do Osmar, que aqui coordenou os trabalhos preparatórios a privatização, processo que fora os prejuízos que causou a toda população gerou a demissão de mais de 4000 servidores da ex-estatal.

Em relação à questão Da perda de direitos dos trabalhadores pela tentativa de mudança em relação ao FGTS , em 1997 o Osmar apresentou Proposta de Emenda Constitucional 30/97 para retirar gradativamente o direito à multa de 40% sobre o FGTS que trabalhadores recebem quando são demitidos sem justa causa. Osmar atacou a multa novamente, quatro anos depois, quando apresentou projeto de lei em que propunha, além de extinguir a indenização, acabar também com os 20% a que tem direito o trabalhador demitido por culpa recíproca com o empregador. Ambos os projetos foram arquivados antes da votação.
Na entrevista, como sempre faz ao tentar fugir das conseqüências de seus próprios atos, o Osmar tentou rechaçar as acusações a amenizar o que tentou impor aos trabalhadores:

“Esses projetos foram retirados por mim. Conversando com as centrais sindicais tive, à época, consciência de que este não era o melhor entendimento e os retirei. A crítica é sem efeito, pois o conteúdo foi repensado a tempo de não causar nenhum prejuízo ao trabalhador”.

Mentira, pois ele só voltou atrás por causa da forte pressão popular e não por ter tido consciência, já que no Senado sempre foi um representante do grande patronato rural, que é justamente o setor em que mais ocorrem incidências do não cumprimento da Legislação Trabalhista, a qual este político conservador tentou mudar para pior.

Quem é o palhaço?

José Roberto Toledo, O Estado de S.Paulo

Francisco Everardo Oliveira Silva corre o risco de ser o deputado federal mais votado do Brasil em 3 de outubro. Não se espante se você não reconhece o nome, nem seus próprios eleitores reconheceriam. Oliveira Silva é conhecido apenas por seu apelido, Tiririca.

Ele aparece em primeiro lugar no conjunto de pesquisas do Ibope sobre a eleição para a Câmara dos Deputados em São Paulo. Como é o Estado com o maior eleitorado, não será surpresa se Oliveira Silva acabar sendo o campeão nacional de votos de 2010.

Se você não tem visto muita TV nas últimas décadas e passou incólume pela propaganda eleitoral até agora, Tiririca é ator e palhaço profissional. Tem 45 anos, lê e escreve, se autodefine como "abestado" e seu slogan é "pior que tá num fica, vote Tiririca".

Não é uma piada. É um projeto político. Oliveira Silva é candidato pelo PR, em coligação que inclui o PT e o PC do B. Prova da seriedade do projeto é que, até o último dia 3, o partido havia investido R$ 594 mil, oficialmente, na campanha do palhaço. E não deve parar por aí.

Tiririca é o principal puxador de votos do PR, do PT e do PC do B em São Paulo. Se chegar a um milhão de sufrágios, seu excedente de votos elegerá mais quatro ou cinco deputados da coligação. O eleitor vota em Tiririca e pode eleger Valdemar Costa Neto (PR), Ricardo Berzoini (PT) ou o delegado Protógenes (PC do B).

O "projeto Tiririca" é um bom retrato do sistema de coligações que impera nas eleições parlamentares brasileiras - uma salada farta de siglas, conexões improváveis, legendas de aluguel e uma pitada muito pequena de ideologia.

Anastasia vira em Minas e venceria no 1º turno, aponta Ibope


Jair Stangler/AE

O candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia, virou a disputa e agora registra 41% contra 32% de Hélio Costa (PMDB), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta segunda-feira, 13. Em votos válidos, o tucano tem 54% contra 42% do adversário. Até algumas semanas, Hélio Costa aparecia bem à frente do rival.

Na pesquisa anterior, realizada entre 31 de agosto e 3 de setembro, a situação era de empate técnico, com Anastasia registrando 35% do total de votos contra 33% de Hélio Costa.

Edilson Nascimento (PTdoB) e Vanessa Portugal (PSTU) registram 1% cada um. Fabinho (PCB), Prof. Luiz Carlos (PSOL), Zé Fernando Aparecido (PV) e Adilson Rosa (PCO) não pontuaram. 15% ainda estão indecisos enquanto 9% disseram que vão votar em branco ou nulo.

Em um eventual segundo turno, Anastasia teria 39% contra 32% de Hélio Costa. 22% disseram não saber em quem votar nessa e 7% declararam votar em branco ou nulo.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles