terça-feira, 14 de setembro de 2010

Entrevista na RPC: O Osmar não assume a lesiva gravidade do que de forma pensada fez ou tentou fazer contra os interesses do povo


Ontem na entrevista dada a RPC, em um discurso de quem não gosta de assumir o que faz e beira ao cinismo e a hipocrisia, o candidato Osmar Dias disse que votou a favor das privatizações como também assumiu pela metade a verdade dos fatos em relação ao seu projeto sobre o FGTS, que tirava direitos dos trabalhadores.

O candidato do PDT, Osmar Dias, defendeu como se fosse “correto” ter votado no Senado a favor da emenda constitucional que permitiu a privatização das telecomunicações no país. Ele veio em defesa desta tese por não poder negar, já que as suas ações no Senado estão registradas e assim não dá para apagar o passado.

Enquanto 55% acharam que não foi bom privatizar a telefonia, apenas 33% disseram que foi bom . Em nenhuma região a maioria da população aprovou a está privatização. O Nordeste registrou a maior taxa de rejeição (73%), enquanto o Norte e o Centro-Oeste registram a menor (51%).

Nas privatizações algumas aquisições somente foram feitas porque contaram com a participação financeira dos fundos de pensão das próprias empresas e estes eram controlados por pessoas ligadas a direção do PT.

Para minimizar o que fez o Osmar disse:

“Foi uma decisão tomada em conjunto pela maioria do Congresso, unindo parte da oposição à situação.
Optamos por privatizar as telecomunicações diante de uma demanda da sociedade”

Se a maioria absoluta da população era contra como é que ele afirma que “era uma demanda da sociedade”?

Embora a privatização da telefonia tenha ampliado o acesso por parte da população a este serviço, o que também poderia ter ocorrido com a mesma sendo pública, caso estes políticos tivessem tido a vontade política de injetar recursos na estatal. A percepção dos brasileiros é que as privatizações pioraram os serviços prestados à população nos segmento de telefonia ,já que as campeãs em reclamações por parte da população junto ao Procom são as que envolvem este setor. As mais altas taxas de rejeição (73%) estão nos segmentos de nível superior e nas classes A e B", entre os bem informados, que sabem o tanto quanto estão sendo lesados. Um exemplo:

“A área de serviços foi a que mais contribuiu para o número recorde de atendimentos feitos pelo Procon do Paraná em 2009, tendo a telefonia fixa como campeã de reclamações. Ontem, durante a feira de serviços realizada na praça Santos Andrade, em Curitiba, o órgão de defesa do consumidor divulgou seu balanço de orientações e processos abertos no ano passado: no total, foram 182 mil registros de consumidores no ano. O número superou em 15% o total de 2008. A telefonia fixa foi responsável por cerca de 8% dos atendimentos quase 14,3 mil consumidores buscaram o Procon-PR, no ano passado, para reclamar sobre o serviço.” Paranáonline/ 17/03/2010

Na época anterior as privatizações do sistema Telebrás, entre 1997 e 1998, quem era o dirigente máximo da Telepar, um dos braços da estatal nacional, sendo seu diretor-presidente, era o Alvaro, irmão do Osmar, que aqui coordenou os trabalhos preparatórios a privatização, processo que fora os prejuízos que causou a toda população gerou a demissão de mais de 4000 servidores da ex-estatal.

Em relação à questão Da perda de direitos dos trabalhadores pela tentativa de mudança em relação ao FGTS , em 1997 o Osmar apresentou Proposta de Emenda Constitucional 30/97 para retirar gradativamente o direito à multa de 40% sobre o FGTS que trabalhadores recebem quando são demitidos sem justa causa. Osmar atacou a multa novamente, quatro anos depois, quando apresentou projeto de lei em que propunha, além de extinguir a indenização, acabar também com os 20% a que tem direito o trabalhador demitido por culpa recíproca com o empregador. Ambos os projetos foram arquivados antes da votação.
Na entrevista, como sempre faz ao tentar fugir das conseqüências de seus próprios atos, o Osmar tentou rechaçar as acusações a amenizar o que tentou impor aos trabalhadores:

“Esses projetos foram retirados por mim. Conversando com as centrais sindicais tive, à época, consciência de que este não era o melhor entendimento e os retirei. A crítica é sem efeito, pois o conteúdo foi repensado a tempo de não causar nenhum prejuízo ao trabalhador”.

Mentira, pois ele só voltou atrás por causa da forte pressão popular e não por ter tido consciência, já que no Senado sempre foi um representante do grande patronato rural, que é justamente o setor em que mais ocorrem incidências do não cumprimento da Legislação Trabalhista, a qual este político conservador tentou mudar para pior.

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