segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cientistas da USP inovam em pesquisas com célula-tronco a partir de células epiteliais adultas

Virgínia Picanço e Castro

AgĂªncia USP

SĂƒO PAULO - Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em RibeirĂ£o Preto (FMRP) conseguiram um feito inĂ©dito na ciĂªncia brasileira: a produĂ§Ă£o de cĂ©lulas-tronco de pluripotĂªncia induzida (iPS) a partir da modificaĂ§Ă£o genĂ©tica de cĂ©lulas da pele. A inovaĂ§Ă£o do projeto estĂ¡ no uso de genes distintos dos tradicionalmente empregados pelos grupos de pesquisa que produzem trabalhos semelhantes.

O estudo faz parte do pĂ³s-doutorado de VirgĂ­nia Picanço e Castro e foi publicado em junho na ediĂ§Ă£o online da revista Stem Cells and Development. “Os resultados colocam o Brasil numa posiĂ§Ă£o de destaque no cenĂ¡rio cientĂ­fico internacional, mostrando que a ciĂªncia que se faz aqui estĂ¡ em pĂ© de igualdade com a realizada no exterior”, aponta o orientador do trabalho, professor Dimas Tadeu Covas, da FMRP e do Hemocentro de RibeirĂ£o Preto.

O objetivo do grupo era transformar cĂ©lulas de pessoas adultas em cĂ©lulas iPS. Essa reprogramaĂ§Ă£o ocorre por meio da introduĂ§Ă£o de genes nas cĂ©lulas adultas. VĂ¡rios estudos internacionais jĂ¡ foram feitos com essa tĂ©cnica, que tradicionalmente usa quatro genes para a modificaĂ§Ă£o genĂ©tica: SOX 2, OCT 4, KFL 4 e C-MYC. Uma das caracterĂ­sticas do mĂ©todo Ă© que, quando as cĂ©lulas iPS sĂ£o introduzidas em animais, elas levam Ă  formaĂ§Ă£o de tumores.

No estudo realizado em RibeirĂ£o Preto, os pesquisadores utilizaram trĂªs genes: SOX 2, C-MYC e outro inĂ©dito, o TCL 1-A, para reprogramar cĂ©lulas epiteliais adultas. Os cientistas conseguiram transformĂ¡-las em cĂ©lulas-tronco de pluripotĂªncia induzida, mas elas apresentaram a caracterĂ­stica de nĂ£o produzirem tumores.

É a primeira vez que um grupo de pesquisa produz esses resultados usando genes distintos dos usados habitualmente. Agora, os estudos querem entender que outras caracterĂ­sticas essas cĂ©lulas apresentam e suas possĂ­veis propriedades terapĂªuticas.

“NĂ£o temos um nĂºmero tĂ£o grande de pesquisadores quanto o de outros centros de pesquisa no exterior, mas tambĂ©m produzimos trabalhos com resultados muito interessantes”, afirma o professor Dimas Tadeu Covas, destacando o papel fundamental que o Instituto Nacional de CiĂªncia e Tecnologia em CĂ©lulas-Tronco e Terapia Celular (INCT), sediado em RibeirĂ£o Preto, juntamente com o Centro de Terapia Celular (CTC) da USP na cidade, tiveram para a realizaĂ§Ă£o dessa pesquisa.

Primeiro paciente com transplante total de rosto tem alta na Espanha


MADRI - Um espanhol que se submeteu ao primeiro transplante total de rosto do mundo apareceu diante das cĂ¢meras de TV nesta segunda-feira, 26, pela primeira vez desde sua cirurgia, agradecendo aos mĂ©dicos e Ă  famĂ­lia do doador.

Identificado apenas como Oscar, o homem de 31 anos falou com considerĂ¡vel dificuldade em entrevista coletiva no Hospital Vall d'Hebron, em Barcelona, onde foi operado no final de março. Ele teve alta e foi para casa.

Durante a cirurgia de 24 horas, os mĂ©dicos transplantaram um rosto inteiro, incluindo queixo, nariz, maĂ§Ă£s do rosto, mĂºsculos, dentes e pĂ¡lpebras, colocando-o como uma mĂ¡scara no homem. Ele foi descrito como um agricultor que era incapaz de respirar ou comer sozinho apĂ³s atirar acidentalmente em si mesmo hĂ¡ cinco anos.

O chefe da equipe cirĂºrgica, Dr. Joan Pere Barret, disse nesta segunda que o homem precisarĂ¡ de 1 ano a 1 ano e meio de fisioterapia, e espera-se que ele recupere atĂ© 90% de suas funções facial.

Oscar Ă© agora capaz de beber lĂ­quidos e ingerir alimentos macios, e foi capaz de falar nos Ăºltimos dois meses, segundo o hospital. O paciente tambĂ©m recuperou a sensibilidade na maior parte do rosto e, em parte, o movimento dos mĂºsculos. Um bom sinal Ă© que, uma semana apĂ³s a operaĂ§Ă£o, ele teve que fazer a barba por causa do crescimento de pelos.

Mas ele tambĂ©m sofreu rejeiĂ§Ă£o aguda duas vezes - uma vez quatro semanas apĂ³s a cirurgia e, novamente, entre o segundo e terceiro mĂªs. Em ambas as ocasiões, a nova face foi salva com a medicaĂ§Ă£o, de acordo com o hospital.

Na coletiva, Oscar parecia relaxado quando olhou para jornalistas. Ele ainda nĂ£o pode fechar completamente os olhos.

IrĂ£ pressiona mulher condenada ao apedrejamento a dar nomes de defensores

AE

LONDRES - O governo do IrĂ£ estĂ¡ pressionando a iraniana sentenciada Ă  morte por apedrejamento para que ela revele os nomes das pessoas envolvidas em uma grande campanha por sua libertaĂ§Ă£o, informa nesta quinta-feira, 22, a versĂ£o digital do jornal The Guardian.

O caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani ganhou atenĂ§Ă£o da comunidade internacional depois de seus filhos lançarem uma campanha por sua libertaĂ§Ă£o. Depois de protestos contra a sentença no mĂªs passado, o JudiciĂ¡rio iraniano disse que ela nĂ£o seria morta por apedrejamento, mas ainda assim enfrentava a pena capital.

Sakineh, de 43 anos, foi interrogada na prisĂ£o de Tabriz sobre as pessoas que estĂ£o em contato com sua famĂ­lia e como sua foto foi distribuĂ­da para a mĂ­dia internacional, informa o jornal. A imagem se tornou um sĂ­mbolo para os ativistas que lutam contra as sentenças de apedrejamento no IrĂ£.

"Sakineh esteve sob grande pressĂ£o desde que o mundo passou a dar atenĂ§Ă£o ao seu caso", disse uma fonte prĂ³xima de sua famĂ­lia ao Guardian. "Recentemente ela foi interrogada e aconselhou seus filhos a ficar em silĂªncio ou seriam presos tambĂ©m. A pressĂ£o internacional Ă© a Ăºnica esperança para a libertaĂ§Ă£o de Sakineh", disse.

O advogado de Sakineh, Mohammad Mostafaei, recebeu uma carta do serviço de inteligĂªncia iraniano convocando-o para uma reuniĂ£o na prisĂ£o de Evin nos prĂ³ximos trĂªs dias para "esclarecer certos assuntos". O advogado Ă© um dos mais proeminentes no IrĂ£ e se ofereceu voluntariamente para cuidar do caso.

Sakineh recebeu 99 chibatadas, mas foi posteriormente acusada de adultĂ©rio durante o julgamento de um homem acusado de matar seu marido. O JudiciĂ¡rio disse que Sakineh serĂ¡ executada porque "Ă© acusada de assassinato".

Mostafaei divulgou um comunicado dizendo que Sakineh foi absolvida pelo assassinato e que a pena capital nĂ£o foi mencionada em sua sentença final. Segundo ele, a Justiça disse que o caso seria revisado em um tribunal nos prĂ³ximos 20 dias, mas o destino da iraniana segue incerto.

Campanha

Diferentemente de outros casos de apedrejamento no IrĂ£, quando mulheres condenadas por adultĂ©rio sĂ£o abandonadas pela famĂ­lia, os filhos de Sakineh lançaram uma grande campanha por sua mĂ£e. Sajad, seu filho de 22 anos, que inicialmente escreveu uma carta aberta ao governo pedindo a libertaĂ§Ă£o de sua mĂ£e, recebeu um comuniado do governo pedindo que desligasse seu telefone celular e nĂ£o falasse com a mĂ­dia. A inteligĂªncia iraniana o convocou duas vezes na semana passada.

O site freesakineh.org, destinado a reunir assinaturas contra a execuĂ§Ă£o da iraniana, jĂ¡ reuniu mais de 120 mil adeptos Ă  libertaĂ§Ă£o de Sakineh. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e uma sĂ©rie de outras figuras pĂºblicas jĂ¡ deixaram seus nomes na pĂ¡gina.

Segundo o Guardian, outros 15 iranianos aguardam a execuĂ§Ă£o por apedrejamento. Um grupo de ativistas, o IrĂ£ SolidĂ¡rio, estĂ¡ organizando uma sĂ©rie de protestos no prĂ³ximo sĂ¡bado, 24, em apoio a Sakineh.

Wikileaks diz que documentos denunciam crimes de guerra no AfeganistĂ£o

Efe e Ruters

LONDRES - O fundador da organizaĂ§Ă£o Wikileaks, Julian Assange, disse nesta segunda-feira, 26, que os milhares de documentos militares publicados no domingo em seu site que revelam importantes dados sobre a guerra no AfeganistĂ£o tĂªm evidĂªncias de que crimes de guerra foram cometidos pelas tropas internacionais no paĂ­s. Ele ainda defendeu a confiabilidade do material.

Assange disse que os relatĂ³rios secretos denunciam uma sĂ©rie de crime de guerra cometidos pelas tropas internacionais, mas evitou fazer condenações. "Cabe Ă  um tribunal decidir o que Ă© crime ou nĂ£o. Dito isso, parece que hĂ¡ evidĂªncias de crimes de guerra nesse material", disse, comparando a publicaĂ§Ă£o de tais documentos Ă  abertura de arquivos da polĂ­cia da Alemanha Oriental.

"NĂ£o temos nenhuma razĂ£o para duvidar da confiabilidade destes documentos", disse Assange em entrevista coletiva em Londres para falar sobre o vazamento de 90 mil documentos americanos, que oferecem uma nova visĂ£o sobre as operações no AfeganistĂ£o entre janeiro de 2004 e dezembro de 2009.

O material, publicado pelos jornais New York Times, The Guardian e Der Spiegel, revela detalhes minuciosos da guerra empreendida pelos EUA e pela OrganizaĂ§Ă£o do Tratado do AtlĂ¢ntico Norte (Otan) desde 2001 e consiste em um dos maiores vazamentos de documentos secretos da histĂ³ria americana.

Os mais de 91 mil documentos secretos relacionados Ă  guerra do AfeganistĂ£o revelam um grande crescimento da força da insurgĂªncia Taleban, novos detalhes sobre mortes de civis, a existĂªncia de forças secretas especiais dedicadas a "caçar" dirigentes insurgentes e que as tropas do PaquistĂ£o estĂ£o ajudando os rebeldes no territĂ³rio afegĂ£o.

"Nunca publicamos informações que nĂ£o estivessem confirmadas ou revisadas", disse Assange, que considerou que os comunicados de condenaĂ§Ă£o dos governos dos EUA e do Reino Unido pela publicaĂ§Ă£o destes documentos sĂ£o a melhor prova de sua veracidade. Assange, que fundou o Wikileaks hĂ¡ trĂªs anos, disse que estas revelações "determinarĂ£o a maneira na qual entendemos como foram estes Ăºltimos anos de guerra e como tem que se mudar a maneira na qual se enfrenta o conflito".

O fundador de Wikileaks reconheceu que os relatĂ³rios divulgados nĂ£o tĂªm a consideraĂ§Ă£o de "muito secreto", jĂ¡ que provĂªm de unidades regulares do ExĂ©rcito americano. "Essa nĂ£o Ă© a histĂ³ria autĂªntica deste material. O material autĂªntico Ă© que a guerra Ă© uma coisa maldita atrĂ¡s da outra. O importante sĂ£o os contĂ­nuos pequenos eventos, a contĂ­nua morte de crianças, de insurgentes e de forças aliadas", argumentou.

Assange insistiu nas operações da chamada Task Force 373, um "esquadrĂ£o da morte" das forças especiais americanas, encarregado de assassinar uma sĂ©rie de pessoas incluĂ­das um uma lista cuja configuraĂ§Ă£o era arbitrĂ¡ria. "Mataram pelo menos sete crianças e outros inocentes", denunciou o fundador do Wikileaks, que ressaltou tambĂ©m que algumas pessoas eram incluĂ­das nessa lista "por recomendaĂ§Ă£o de Governos locais ou outras autoridades com poucas provas e sem supervisĂ£o judicial".

ApĂ³s as advertĂªncias de responsĂ¡veis polĂ­ticos e militares de Londres de que o vazamento pode colocar em perigo Ă s tropas britĂ¢nicas no AfeganistĂ£o, Assange afirmou que "pelo que sabemos ninguĂ©m foi danificado pelo que publicamos". "Tentamos nos assegurar que este material nĂ£o coloca ninguĂ©m em perigo. Todo o material tem mais de sete meses, por isso nĂ£o pode ter consequĂªncias operacionais, embora possa ter consequĂªncias no terreno da investigaĂ§Ă£o", disse.

Assange insistiu em que esta Ă© "uma histĂ³ria jornalĂ­stica" e que seguirĂ¡ colaborando com os trĂªs jornais para divulgar os documentos. AtĂ© agora foram publicados 75 mil dos anos 90 mil documentos e o fundador do Wikileaks disse que os outros 15 mil sairĂ£o tambĂ©m Ă  luz "quando a situaĂ§Ă£o de segurança no AfeganistĂ£o permitir". "É preciso exercer o bom senso, o que nĂ£o quer dizer fechar os olhos", acrescentou.

Empregada furtou 180 mil dĂ³lares da casa de Eduardo RequiĂ£o, mas onde ele conseguiu tanto dinheiro?

AEN

Eduardo RequiĂ£o, ex-superintendente do Porto de ParanaguĂ¡, guardava dĂ³lares em armĂ¡rio de sua residĂªncia

AlĂ©m de ter sido furtado por uma ex-empregada domĂ©stica, o ex-superintendente do Porto de ParanaguĂ¡, Eduardo RequiĂ£o, serĂ¡ investigado por possĂ­vel crime contra o sistema financeiro. Ele guardava em casa uma grande quantidade de dĂ³lares, sendo que US$ 180 mil foram furtados pela ex-empregada ao longo de seis meses, entre janeiro e junho do ano passado, em pequenas quantidades diĂ¡rias.

RequiĂ£o sĂ³ teria percebido o furto ao notar o crescimento do patrimĂ´nio da empregada, que havia comprado muitos bens mĂ³veis e imĂ³veis. Em 15 de setembro, procurou o Cope. A ex-funcionĂ¡ria confessou o crime, vendeu os bens e devolveu o dinheiro. Agora, responde o processo em liberdade.

Os 180 mil dĂ³lares seriam apenas uma parte do dinheiro que o irmĂ£o do ex-governador Roberto RequiĂ£o (PMDB) guardava em casa.

Quando tomou conhecimento do fato, o deputado estadual JosĂ© Domingos Scarpellini (PSB) pediu providĂªncias ao MinistĂ©rio PĂºblico. Ele tambĂ©m deverĂ¡ solicitar investigaĂ§Ă£o da PolĂ­cia Federal e da Receita Federal, jĂ¡ que considera o fato como crime econĂ´mico.

"Tinha-se notĂ­cia da coleĂ§Ă£o de dĂ³lares que o Eduardo RequiĂ£o vinha fazendo no Porto de ParanaguĂ¡, mas nĂ£o havia provas", disse o deputado Ă  RĂ¡dio CBN Cascavel. "Com essa denĂºncia (de furto) que o prĂ³prio (Eduardo) RequiĂ£o fez, ficou materializado e evidenciado de que o Eduardo RequiĂ£o Ă© realmente um colecionador de dĂ³lares", atacou.

O deputado tambĂ©m acusou o Cope de prevaricaĂ§Ă£o, ou seja, de deixar de investigar fato ilĂ­cito de que tem denĂºncia. "No dia em que o Eduardo RequiĂ£o fez a denĂºncia, ele teria que ter sido preso em flagrante porque confessou crime de evasĂ£o de divisas. A autoridade policial prevaricou", afirmou na mesma entrevista.

Vargas x vigilantes: aumenta o valor da indenizaĂ§Ă£o


O deputado federal AndrĂ© Vargas, secretĂ¡rio nacional de ComunicaĂ§Ă£o do Partido dos Trabalhadores, terĂ¡ que desembolsar mais de R$ 120 mil para indenizar vigilantes da Universidade Estadual de MaringĂ¡ que tiveram seus nomes utilizados indevidamente na prestaĂ§Ă£o de contas eleitorais, quando o parlamentar foi candidato em 2006. A sentença da aĂ§Ă£o, que tramitou no 2º Juizado Especial CĂ­vel, foi reformada pela Turma Recursal, que aumentou de R$ 250,00 para R$ 4 mil o valor da indenizaĂ§Ă£o por dano moral para cada servidor. Os mais de 30 vigilantes somente ficaram sabendo que seus nomes foram usados como financiadores da campanha de Vargas pelo site Ă€s Claras. O caso foi divulgado em primeira mĂ£o por este modesto blog, em junho de 2008. Entendeu-se pela a majoraĂ§Ă£o do quantum indenizatĂ³rio fixado na sentença, uma vez que o valor arbitrado inicialmente nĂ£o atendia a finalidade punitivo, pedagĂ³gica e compensatĂ³ria. O valor deverĂ¡ ser corrigido monetariamente e acrescido de juros de 1% ao mĂªs, contados da data do novo julgamento, realizado no Ăºltimo dia 9 e foi presidido pelo juiz HorĂ¡cio Ribas Teixeira, com a participaĂ§Ă£o do juĂ­zes Telmo Zaions Zainko (relator), Cristiane Santos Leite e Ana Paula Kaled Accioly.


A denĂºncia:

MP na Imprensa

Vigilantes denunciam André Vargas

Data: 17/06/2008
Autor: Karla Losse Mendes
Fonte: Folha de Londrina


Servidores da UEM recorreram Ă  Justiça por terem seus nomes incluĂ­dos na prestaĂ§Ă£o de contas do deputado

Curitiba - Trinta e um vigilantes da Universidade Estadual de MaringĂ¡ (UEM) entraram com aĂ§Ă£o no Juizado Civil Especial por terem seus nomes divulgados ''indevidamente'' como doadores da campanha de AndrĂ© Vargas para deputado federal em 2006. AndrĂ© Vargas explica que sua prestaĂ§Ă£o de contas foi aprovada sem qualquer questionamento pela Justiça Eleitoral e a inclusĂ£o incorreta dos nomes dos servidores foi um erro da assessoria da campanha.

De acordo com o advogado do grupo, Peterson Razente Camparotto, o deputado federal declarou, entre os doadores de sua campanha, o nome de 80 funcionĂ¡rios do setor de vigilĂ¢ncia da UEM. Camparotto afirma que os vigilantes nĂ£o reconhecem essa doaĂ§Ă£o e dizem nĂ£o ter qualquer ligaĂ§Ă£o com o deputado ou o partido. ''Isso quer dizer que o deputado prestou contas falsas Ă  Justiça Eleitoral'', acusa.

O advogado explica que as ações objetivam a retirada dos nomes dos servidores da prestaĂ§Ă£o de contas e cerca de R$ 16.600,00 de indenizaĂ§Ă£o por danos morais para cada um, uma vez que, segundo Camparotto, os vigilantes tiveram prejuĂ­zo da liberdade de expressĂ£o polĂ­tica e a citaĂ§Ă£o de nomes configurou abuso de poder econĂ´mico pelo deputado federal.

Para o servidor Estevan Cenerini, citado como doador de R$ 90,00 Ă  campanha de Vargas, a divulgaĂ§Ă£o indevida trouxe transtornos. ''Foram divulgados na Internet meu nome e CPF. NĂ£o posso dizer que tenha sido mal intencionado. Mas ninguĂ©m pediu autorizaĂ§Ă£o para usar meu nome'', afirmou.

Segundo Vargas, sua prestaĂ§Ă£o de contas foi aprovada sem qualquer questionamento pela Justiça Eleitoral do ParanĂ¡. De acordo com ele, a inclusĂ£o incorreta dos nomes dos servidores foi um erro da assessoria tĂ©cnica da campanha que teria lançado o nome dos servidores como participantes de um jantar da campanha, que por exigĂªncia formal da Justiça Eleitoral, foram identificados como doadores.

Conforme Vargas, as doações estĂ£o entre R$ 20 e R$ 90. Ele alega que assim que percebeu o engano, enviou, em 10 de março deste ano, uma retificaĂ§Ă£o das contas, apresentando ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a listagem correta dos participantes do evento. O pedido de retificaĂ§Ă£o estaria sob anĂ¡lise da Justiça Eleitoral. ''Agora estou dependendo da Justiça para poder me desculpar com essas pessoas. No que depender de mim, eu pretendo reparĂ¡-las (as informações)'', disse.

PAC nĂ£o tem fiscalizaĂ§Ă£o para isenĂ§Ă£o de impostos


O Programa de AceleraĂ§Ă£o do Crescimento (PAC), carro chefe da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, pode ter problemas na fiscalizaĂ§Ă£o e na transparĂªncia da isenĂ§Ă£o de impostos Ă s empresas envolvidas, diz revista Época.

Para impulsinar o PAC o governo criou o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Mas, de acordo com levantamento feito em 324 projetos, os benefĂ­cios do Reidi sĂ£o repassados a obras que jĂ¡ estĂ£o prontas, empreendimentos desconhecidas atĂ© pelo governo, investimentos de empresas estatais e gastos com manutenĂ§Ă£o de equipamentos.

AlĂ©m disso, o governo nĂ£o tem um demonstraĂ§Ă£o do que tem sido gasto pelas empresas cadastradas no programa e nem se estĂ£o cumprindo as regras para terem direito ao benefĂ­cio do Reidi. As empresas aprovadas pagam menos impostos nas obras e entram para a lista de realizações do PAC.

O objetivo do governo com a medida Ă© de que empresas privadas invistam no PAC estimuladas pela cobrança de menos impostos. As empresas que foram aprovadas tem direito a comprar materiais e serviços e atĂ© aluguel de mĂ¡quinas sem pagar PIS/Cofins, por cinco anos ou atĂ© o fim do projeto. O governo deixa de recolher impostos contando com os tributos que serĂ£o pagos quando a obra estiver pronta.

Empresa com obras concluĂ­das ainda estĂ£o na lista do Reidi

As regras da Receita Federal determinam multa para quem nĂ£o cumprir o prazo de desligamento do Reidi, apĂ³s o fim das obras. O levantamento da revista Época, porĂ©m, apontou que 35 das beneficiadas continuam desfrutando da isenĂ§Ă£o mesmo apĂ³s terem entregue as obras. O prazo Ă© de dez dias apĂ³s o tĂ©rmino.

Um desses projetos Ă© a hidrelĂ©trica Barra do BraĂºna, em Minas Gerais, que funciona desde o inĂ­cio de 2010. O MinistĂ©rio de Minas e Energia afirmou que Ă© de responsabilidade da Receita Federal acompanhar as obras enquadradas no Reidi. A Receita afirmou que empresas que nĂ£o tenham pedido desligamento poderĂ£o ser multadas.

Em um quadro de evidente indefiniĂ§Ă£o do eleitorado o RequiĂ£o e a Gleisi ainda lideram a corrida para o Senado

A pesquisa Vox Populi, que embora ainda nĂ£o represente uma amostra da consolidaĂ§Ă£o de votos, jĂ¡ que uma grande parte do eleitorado ainda nĂ£o estĂ¡ definido em relaĂ§Ă£o a eleiĂ§Ă£o para o senado, aferiu a intenĂ§Ă£o do eleitor para senador.

Na soma dos dois votos que o eleitor poderĂ¡ dar para senador, Roberto RequiĂ£o (PMDB) lidera com 45%. Gleisi Hoffmann (PT), aparece a seguir com 30 pontos e Ricardo Barros (PP),16%. Gustavo Fruet (PSDB) com 13%. Os demais candidatos Luiz Piva (Psol), Eliane Aguiar (PRTB), Rubens Hering (PV), Gilberto AraĂºjo (PCB), ClĂ¡udio Timossi (PSTU), Valmor Venturini (PSOL), Valdemir Soares (PRB) e Rivaldir Jansen (PRTB) somam, juntos, 14%.

A porcentagem obtida pelo RequiĂ£o embora seja alta mostra a instabilidade de sua candidatura, jĂ¡ que como polĂ­tico oriundo da capital nela estĂ¡ claramente demonstrado que perdeu espaço tanto para a Gleisi como para o Gustavo Fruet, sendo que este contando com menos de um mĂªs em que se colocou como candidato jĂ¡ possui 13% dos votos e estes estĂ£o concentrados principalmente na capital e metropolitana. O Gustavo deve crescer ainda mais nesta regiĂ£o como no interior e assim deverĂ¡ tirar ainda mais votos do RequiĂ£o como tambĂ©m da Gleisi. O Ricardo Barros tambĂ©m deverĂ¡ se beneficiar com parte destes votos, jĂ¡ que consolidado no norte e noroeste do estado avança em busca da ampliaĂ§Ă£o do votos no sul, no oeste, no sudoeste e na metropolitana de Curitiba.

No interior o quadro deverĂ¡ tambĂ©m sofrer grandes alterações, jĂ¡ que com a polarizaĂ§Ă£o na disputa majoritĂ¡ria muito dos votos deverĂ£o migrar, pois estĂ¡ acaba por impor o voto em bloco, o que indiretamente acabarĂ¡ por beneficiar os candidatos da chapa encabeçada pelo Serra e o Beto, como tambĂ©m a candidata do PT pela forte ligaĂ§Ă£o partidĂ¡ria com a Dilma/Lula. A candidata do PT Ă© a preferida dos eleitores da capital e na Grande Curitiba. Ela soma 36% em Curitiba e chega a 45% na RegiĂ£o Metropolitana. SĂ³ Ă© ultrapassada por RequiĂ£o por conta das intenções de voto no interior, onde o ex-governador chega a 51%.

As atuais, mas nĂ£o definitivas, dificuldades do Fruet em obter votos no interior e do Ricardo Barros na capital, explicam eles estarem atrĂ¡s dos candidatos da chapa PDT/PT/PMDB, que tĂªm votaĂ§Ă£o bem distribuĂ­da nas trĂªs regiões pesquisadas. Barros soma apenas 6% na capital, enquanto Gustavo fica com 10% no interior do estado.

É muito grande o nĂºmero de eleitores indecisos para o Senado. JĂ¡ no primeiro voto, 22% disseram nĂ£o saber quem escolher. Este nĂºmero aumenta para 25% no segundo voto e isto sem considerar os indecisos do primeiro voto, como 5% dos eleitores disseram que anulariam os dois votos e outros 3% anulariam o segundo.

A falta de definiĂ§Ă£o do eleitorado na disputa ao Senado tambĂ©m fica evidente na pesquisa espontĂ¢nea. Sem a apresentaĂ§Ă£o da lista de candidatos 79% dos eleitores nĂ£o sabem em quem votar para senado e 10% sĂ³ citaram um candidato, nĂ£o respondendo o segundo voto. Na espontĂ¢nea, RequiĂ£o ainda lidera, com 9%. Gleisi tem 7% e Gustavo, 3%.

AtĂ© o final da disputa eleitoral este quadro atual na disputa para o Senado ainda irĂ¡ sofrer profundas alterações, jĂ¡ que a presente grande indefiniĂ§Ă£o por parte dos eleitores aponta para isto.

As pesquisas eleitorais do Datafolha e do Vox Populi e a disputa eleitoral no ParanĂ¡

O resultado das novas pesquisas apresentadas pelos institutos Vox Populi e Datafolha nada apresentam alĂ©m do que jĂ¡ era previsĂ­vel, no caso o crescimento dos porcentuais do Beto e o nĂ£o crescimento da candidatura Osmar, mesmo com todos os pesados apoios recebidos.

O Osmar Dias jĂ¡ Ă© candidato desde a Ăºltima eleiĂ§Ă£o para o governo, de onde saiu derrotado pelo Roberto RequiĂ£o, que apĂ³s as sĂ©rias acusações feitas na disputa eleitoral entre ambos hoje Ă© seu aliado, o que demonstra que as conivĂªncias eleitorais estĂ£o acima do discurso polĂ­tico ideolĂ³gico.

O candidato do PDT, que do ponto de vista polĂ­tico ideolĂ³gico possui poucas afinidades com a sigla que o abriga, como tambĂ©m em relaĂ§Ă£o ao PT, outro partido com o qual possui pouca afinidade polĂ­tica ideolĂ³gica, jĂ¡ que este em seu seio abriga o MST, tambĂ©m conta com o apoio deste Ăºltimo, que aliado ao Roberto RequiĂ£o no Ăºltimo processo eleitoral junto o atacou com todos os tipos de discursos moral e eticamente desqualificadores.

O PMDB, internamente rachado, praticamente terĂ¡ de construir dois palanques para apoiar o Osmar, jĂ¡ que fica impossĂ­vel reunir o RequiĂ£o e o Pessuti em um mesmo palanque, pois as rugas entre os dois vĂ£o muito alĂ©m do polĂ­tico ao se tornarem pessoais pelas acusações entre ambos caminhando pelas auditorias e denĂºncias ao TC futuramente para a esfera criminal.

Junto ao PT as mesmas contradições relativas ao mau uso do erĂ¡rio que envolve o RequiĂ£o com o atual governador dificultam a montagem do palanque Ăºnico prĂ³-Osmar, pois os atuais dirigentes deste partido possuem grandes dificuldades na convivĂªncia com o ex-governador, jĂ¡ que este publicamente acusou o ministro Paulo Bernardo e o ex-assessor direto da Dilma, o Bernardo Figueiredo, de tentarem superfaturar uma obra ferroviĂ¡ria.

Todas as antigas contradições envolvendo os integrantes da formaĂ§Ă£o da frente prĂ³ Osmar impediram que o perplexo eleitorado, que a pouco tambĂ©m viu o RequiĂ£o atacar o Osmar e este dizer que preferia a aliança com o PSDB em vez da com o PT, aderissem em massa Ă  candidatura pedetista. O crescimento da candidatura Osmar nĂ£o refle o volume do apoio recebido, que implica na adesĂ£o do presidente Lula, na do ex-governador RequiĂ£o e na do governador Pessuti. O que era para ser um poderoso arĂ­ete se torna um frĂ¡gil amontoado de gravetos.

Do outro lado a candidatura do Beto Richa, que sĂ³ anunciou a pretensĂ£o em ser candidato ao governo no final do ano passado, costurou uma aliança com menos contradições e por isto mais estĂ¡vel. Ela por ser hegemĂ´nica em Curitiba, metropolitana e no litoral, regiões que formam o principal colĂ©gio eleitoral do estado e por ter forte penetraĂ§Ă£o no interior continua crescendo e na dianteira.

Os nĂºmeros deixam clara a tendĂªncia prĂ³-Beto por parte do eleitorado. Pela pesquisa do Datafolha realizada em Dezembro de 2.009 o Beto tinha 40% e o Osmar 38%. Na realizada
Agora em Julho o Beto aparece com 43% e o Osmar com os mesmo 38%.

Pelo Vox Populi apresentado em Maio o Beto despontava com 40% e o Osmar com 33% e agora na Ăºltima pesquisa apresentada por este instituto no mĂªs corrente o Beto estĂ¡ com 44% e o Osmar com 35%.

Os nĂºmeros deixam claro que os apoios pouco acrescentaram ao desempenho anterior apresentado pelo Omar nas pesquisas, como tambĂ©m deixa claro que o Beto continua crescendo.

A pesquisa do Vox Populi mostrou resultados por regiĂ£o do Estado. Na capital o Beto Richa vence por 60% a 22%. Na RegiĂ£o Metropolitana e no Litoral, Beto Richa comanda com 54% a 30%. No Interior, Beto Richa recebeu 39% da preferĂªncia do eleitorado, que Ă© o mesmo porcentual obtido pelo Osmar.

Caso a eleiĂ§Ă£o ocorresse hoje Beto venceria no primeiro turno com 55% dos votos vĂ¡lidos, mais de 11 pontos Ă  frente do segundo colocado.

No Datafolha a margem de erro Ă© de trĂªs pontos porcentuais e no Vox Populi a margem Ă© de 2,5%.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles