segunda-feira, 26 de julho de 2010

As pesquisas eleitorais do Datafolha e do Vox Populi e a disputa eleitoral no Paraná

O resultado das novas pesquisas apresentadas pelos institutos Vox Populi e Datafolha nada apresentam além do que já era previsível, no caso o crescimento dos porcentuais do Beto e o não crescimento da candidatura Osmar, mesmo com todos os pesados apoios recebidos.

O Osmar Dias já é candidato desde a última eleição para o governo, de onde saiu derrotado pelo Roberto Requião, que após as sérias acusações feitas na disputa eleitoral entre ambos hoje é seu aliado, o que demonstra que as conivências eleitorais estão acima do discurso político ideológico.

O candidato do PDT, que do ponto de vista político ideológico possui poucas afinidades com a sigla que o abriga, como também em relação ao PT, outro partido com o qual possui pouca afinidade política ideológica, já que este em seu seio abriga o MST, também conta com o apoio deste último, que aliado ao Roberto Requião no último processo eleitoral junto o atacou com todos os tipos de discursos moral e eticamente desqualificadores.

O PMDB, internamente rachado, praticamente terá de construir dois palanques para apoiar o Osmar, já que fica impossível reunir o Requião e o Pessuti em um mesmo palanque, pois as rugas entre os dois vão muito além do político ao se tornarem pessoais pelas acusações entre ambos caminhando pelas auditorias e denúncias ao TC futuramente para a esfera criminal.

Junto ao PT as mesmas contradições relativas ao mau uso do erário que envolve o Requião com o atual governador dificultam a montagem do palanque único pró-Osmar, pois os atuais dirigentes deste partido possuem grandes dificuldades na convivência com o ex-governador, já que este publicamente acusou o ministro Paulo Bernardo e o ex-assessor direto da Dilma, o Bernardo Figueiredo, de tentarem superfaturar uma obra ferroviária.

Todas as antigas contradições envolvendo os integrantes da formação da frente pró Osmar impediram que o perplexo eleitorado, que a pouco também viu o Requião atacar o Osmar e este dizer que preferia a aliança com o PSDB em vez da com o PT, aderissem em massa à candidatura pedetista. O crescimento da candidatura Osmar não refle o volume do apoio recebido, que implica na adesão do presidente Lula, na do ex-governador Requião e na do governador Pessuti. O que era para ser um poderoso aríete se torna um frágil amontoado de gravetos.

Do outro lado a candidatura do Beto Richa, que só anunciou a pretensão em ser candidato ao governo no final do ano passado, costurou uma aliança com menos contradições e por isto mais estável. Ela por ser hegemônica em Curitiba, metropolitana e no litoral, regiões que formam o principal colégio eleitoral do estado e por ter forte penetração no interior continua crescendo e na dianteira.

Os números deixam clara a tendência pró-Beto por parte do eleitorado. Pela pesquisa do Datafolha realizada em Dezembro de 2.009 o Beto tinha 40% e o Osmar 38%. Na realizada
Agora em Julho o Beto aparece com 43% e o Osmar com os mesmo 38%.

Pelo Vox Populi apresentado em Maio o Beto despontava com 40% e o Osmar com 33% e agora na última pesquisa apresentada por este instituto no mês corrente o Beto está com 44% e o Osmar com 35%.

Os números deixam claro que os apoios pouco acrescentaram ao desempenho anterior apresentado pelo Omar nas pesquisas, como também deixa claro que o Beto continua crescendo.

A pesquisa do Vox Populi mostrou resultados por região do Estado. Na capital o Beto Richa vence por 60% a 22%. Na Região Metropolitana e no Litoral, Beto Richa comanda com 54% a 30%. No Interior, Beto Richa recebeu 39% da preferência do eleitorado, que é o mesmo porcentual obtido pelo Osmar.

Caso a eleição ocorresse hoje Beto venceria no primeiro turno com 55% dos votos válidos, mais de 11 pontos à frente do segundo colocado.

No Datafolha a margem de erro é de três pontos porcentuais e no Vox Populi a margem é de 2,5%.

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