domingo, 6 de junho de 2010

14 são indiciados acusados de desvios no CIAP

Da Agência Londrix

Quatorze pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal de Londrina sob acusação de participarem de um suposto esquema milionário de desvio de dinheiro público por meio de uma entidade, o Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap). Nesta sexta-feira (4), o delegado da PF em Londrina, Evaristo Kuceki, disse que entregará ao delegado responsável pelo caso, Eduardo Ribas, o relatório que conclui a Operação Parceria. Está preso há um mês, acusado de liderar o esquema, o empresário Dinocarme Aparecido Lima, presidente do Ciap e proprietário da Faculdade Inesul, sediada em Londrina.

As investigações da PF, que contou com apoio da Receita Federal e da Contraladoria Geral da União (CGU), apontam para o desvio de cerca de R$ 300 milhões em cinco anos. Em Londrina, a apropriação teria se aproximado de R$ 10 milhões. O Ciap (uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP) presta serviços à Prefeitura de Londrina oferecendo mão-de-obra, por meio de parcerias, para os serviços do Samu, Controle de Endemias, programa Saúde da Família.

Além de Dinocarme Lima, continuam presos o contador e o auxiliar financeiro do grupo. Entre as provas contra a quadrilha, segundo Kuceki, estariam documentos mostrando que foram abertas empresas com o objetivo único de emitir notas fiscais frias para justificar o desvio de dinheiro.

Os crimes a que os 14 indiciados responderão, segundo o delegado da PF, são lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos.

As investigações mostram também, segundo Kuceki, que 30% dos recursos recebidos pelo Ciap para a prestação dos serviços acabavam transferidos para uma conta bancária específica da entidade. A organização fazia grandes retiradas - sempre em dinheiro.

Os nomes dos indiciados não foram divulgados pela Polícia Federal. O processo corre sob sigilo.

OAB : FICHA LIMPA JÁ VALE PARA 2010

Ophir Cavalcante

AE

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, afirmou que a nova lei do Ficha Limpa vale para as eleições deste ano.

Em nota divulgada no começo da noite de ontem pela assessoria da OAB, Cavalcante avalia que a nova lei, sancionada hoje, sem vetos, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, significa “mais um passo para o aperfeiçoamento das instituições porque impede a eleição de políticos com condenações judiciais”.

“A sanção do Projeto Ficha Limpa sem vetos demonstra que o Presidente da República, tal e qual o Congresso Nacional, interpretou o sentimento de quase dois milhões de eleitores, que por ele disseram: basta de corrupção! Basta de usar os mandatos como instrumento da impunidade! Basta de tratar a política como um negócio privado!”, diz o presidente da OAB na nota.

Na interpretação de Cavalcante, a lei vale para as próximas eleições porque ainda não há candidaturas. “Não se trata de retroagir a lei para alcançar os mandatos daqueles que hoje ocupam cargos eletivos, mas de aplicar a lei para as novas candidaturas, inclusive dos que hoje estão investidos de mandato e que quiserem se candidatar”, diz.

Ele acrescenta ainda que a entrada em vigor da lei para as próximas eleições segue o que aconteceu com a Lei das Inelegibilidades em 1990, que entrou em vigor no mesmo ano.

População de araras-azuis se recupera no Pantanal


Pelos cálculos da bióloga Neiva Guedes, a população de araras-azuis do País cresceu de 1,5 mil exemplares para 6,5 mil desde o fim dos anos 80. Parte desse aumento se deve ao Projeto Arara Azul, criado por ela.

Quando Neiva começou a se interessar pela espécie, em 1989, praticamente não havia bibliografia disponível sobre essas aves. “Uma das primeiras coisas que descobrimos foi a cumplicidade dos casais: eles raramente se separam e dividem as tarefas de cuidar do ninho e alimentar os filhotes.”

Outra descoberta da bióloga diz respeito à baixa taxa de reprodução da espécie. A maior parte dos casais procria a cada dois anos. A fêmea põe, em média, dois ovos e só um filhote costuma sobreviver. Essa característica contribuiu para colocar a arara-azul em risco, aliada à derrubada de manduvis e ximbuvas, onde as aves fazem seus ninhos.

Neiva não descobriu cedo a vocação. Só resolveu prestar vestibular para Biologia quando não passou na seleção para Medicina. “Decidi depois que queria estudar algum animal no Pantanal, mas não tinha uma predileção.”

Em 1989, durante um curso no Pantanal, a bióloga viu uma árvore com cerca de 30 araras-azuis e soube que as aves corriam sério risco de extinção. “Sempre digo que foi amor à primeira vista. Pensei em fazer algo para elas não desaparecerem, para que outras pessoas pudessem vê-las.”

No começo, Neiva ia para o Pantanal de carona, andava a pé perguntando aos fazendeiros se tinham visto araras. Hoje a ONG tem cinco funcionários, uma sede, o Refúgio Cayman, cedido pela família Klabin, e três veículos. “O legal é que esse trabalho serve de exemplo para toda uma geração de biólogos. E o envolvimento da comunidade faz a diferença. Nunca fui só de lutar pelo lado científico.”

Jornalista Luiz Lanzetta deixa campanha de Dilma Rousseff


O jornalista e consultor Luiz Lanzetta se desligou neste sábado, 05, da campanha da ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência da República pelo PT. Reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" mostrou que Lanzetta, dono da empresa Lanza Comunicação - responsável pela contratação de jornalistas -, teve encontro com arapongas ligados aos serviços secretos oficiais que produzem ilegalmente dossiês sobre adversários de seus clientes.


Dilma se diz injustiçada no caso sobre suposto dossiê

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, voltou a dizer que considera uma "falsidade, uma ignomínia" a história sobre o suposto dossiê que estaria sendo feito contra o pré-candidato tucano, José Serra, a mando do comando de campanha da petista. "Estou sendo claramente injustiçada. Estou disposta a fazer um debate de alto nível e não ficar respondendo esse tipo de acusação infundada", disse Dilma, ao chegar hoje na 2ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Sobre as acusações feitas por Serra, de que ela seria a responsável pelo dossiê, a ex-ministra lembrou que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, já tomou as providências cabíveis neste assunto. Ela disse ainda que lamenta tudo isso.

Dutra, também presente ao evento, afirmou que vai entrar, na próxima segunda-feira, com a interpelação na Justiça contra José Serra por causa das declarações sobre o suposto dossiê.


Delegado confirma convite para preparar dossiê

A montagem de uma força-tarefa a pedido do comitê de campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, para espionar seu rival do PSDB, José Serra, foi confirmada pelo delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa. Seu relato, em entrevista à revista Veja, confirma todos os passos da negociação, revelados hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Dono de uma pequena empresa de segurança instalada em Brasília, Onésimo foi indicado para integrar o grupo de espionagem pelo sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-integrante do serviço secreto da Aeronáutica. Apontado como o chefe do grupo de espionagem, o delegado aposentado afirmou a Veja, contudo, que sua atuação se restringiu a uma reunião de planejamento com representantes do comitê petista. Alegou que a proposta era inaceitável, pois ele divergia "cabalmente quanto à metodologia e ao direcionamento dos trabalhos a ser ali executados".


Serra diz que interpelação judicial do PT é 'factoide'

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse hoje, em Campina Grande (PB), que o PT tenta criar um factoide quando anuncia que vai interpelá-lo judicialmente para que prove que a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, elaborou um dossiê contra ele. "Isso é factoide para enganar a imprensa", declarou Serra em entrevista à rádio 98 FM, do Sistema Correio de Comunicação.

Segundo ele, quem tem que de se explicar é o PT e a ex-ministra Dilma Rousseff. Serra afirmou que o PT "tem tradição nessa matéria" de criar dossiê. A verdade, de acordo com ele, é que "foi descoberto um esquema de dossiê fajuto e difamante da parte deles". O presidenciável disse que não é a primeira vez que o PT cria dossiê contra ele.

"Você lembra que isso ocorreu em 2006? Lembra do dossiê dos aloprados? Era contra mim, que era candidato a governador de São Paulo", disse o pré-candidato do PSDB, acrescentando que os responsáveis pelo "dossiê dos aloprados" foram presos. "Pegaram eles com R$ 1,7 milhão", declarou. Segundo ele, o PT, na tentativa de desviar o foco do noticiário, "cria factoide deste tipo". "Eles (os petistas) é que têm de explicar o que está acontecendo, e não os outros, que são vítimas."

Eficácia de equipamentos e planos de emergência do pré-sal é questionada


"Existe hoje um grande ponto de interrogação sobre a segurança do uso da tecnologia atual nas condições adversas do pré-sal." A frase, de um executivo próximo às operações da maior província petrolífera brasileira, resume a principal preocupação do setor sobre a possibilidade de vazamentos como o do Golfo do México ocorrerem no Brasil. Confiabilidade de equipamentos e eficiência dos planos de emergência são apontados como os pontos cruciais.

É consenso no mercado que a Petrobrás tem hoje uma atuação conservadora no que diz respeito à segurança operacional, estratégia reforçada após três catástrofes no início dos anos 2000: o naufrágio da plataforma P-36, na Bacia de Campos, e os vazamentos de petróleo na Baía de Guanabara e no Rio Paraná. Desde então, a companhia afirma ter investido R$ 4,2 bilhões no Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional, além de construir nove centros de defesa ambiental.

Um incidente no projeto piloto de produção de Tupi, porém, trouxe à tona dúvidas sobre o uso de equipamentos atuais nas altas profundidades do pré-sal. Em julho de 2009, um parafuso instalado em um equipamento submarino não resistiu às altas pressões e se rompeu, obrigando a Petrobrás a suspender as operações no campo. Após diagnosticar a situação, a empresa decidiu rever as especificações para a fabricação da peça, com material mais resistente.

O episódio não provocou danos ambientais, mas foi encarado como um indicativo da necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias para garantir a segurança das operações. O Brasil é hoje líder em atividade exploratória em águas profundas, e a Petrobrás espera produzir só no pré-sal uma média de 1,8 milhão de barris por dia em 2020. A alta produtividade dos poços reforça o alerta, já que um acidente como o da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo, poderia liberar mais de 30 mil barris de petróleo por dia.

Nova fronteira. O diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, destaca o desafio da nova forma de exploração. "O pré-sal implica grandes lâminas d"água (distância entre a superfície e o leito do mar), grandes profundidades de poço e baixas temperaturas." Os poços chegam a ultrapassar os 6 mil metros de profundidade de água e rocha, em lâminas d"água com mais de 2 mil metros.

Logo após o acidente no Golfo do México, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) enviou às petroleiras que operam no País um questionário pedindo informações sobre a segurança das atividades. A medida teve como objetivo fazer um levantamento da qualidade dos equipamentos e procedimentos adotados e será a base para um diagnóstico sobre as condições de segurança da atividade petrolífera em alto mar no País, já sob a ótica do acidente no Golfo.

Responsável pela fiscalização das plataformas brasileiras, em convênio com a Marinha, a ANP avalia como satisfatórias as condições para o nível de atividade na costa brasileira. Tanto a ANP quanto a Petrobrás evitam comentar o acidente ocorrido no Golfo do México enquanto as causas não forem conhecidas.

Em apresentação na Câmara dos Deputados no mês passado, executivos da Petrobrás disseram que as equipes estão aptas a chegar a qualquer ponto de atuação no País em, no máximo, 24 horas. Se a distância for de 400 quilômetros - suficiente para a Bacia de Campos e o pré-sal - o tempo cai para oito horas.

Mesmo assim, a questão dos planos de emergência é outra preocupação do mercado. Isso porque a produção do pré-sal será feita a cerca de 300 quilômetros da costa, em condições climáticas adversas, que podem facilitar o espalhamento do óleo por variadas direções.

O acidente com a Deepwater Horizon mostrou que os procedimentos conhecidos para estancar o fluxo de petróleo não têm sido eficazes em profundidades mais altas. "Muitos dos procedimentos que estamos tentando já foram feitos à superfície, mas nunca a uma profundidade superior a 1,5 mil metros", alertou a British Petroleum.

"Nenhum país estaria preparado para um vazamento como esse. Muitas coisas vão mudar", diz um executivo do setor.

Ibope: Serra e Dilma estão empatados

Os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estão empatados com 37% das intenções de voto, segundo a pesquisa Ibope divulgada neste sábado (5). O levantamento foi contratado pela “Rede Globo” e pelo jornal “O Estado de São Paulo”.

Marina Silva, pré-candidata pelo PV, aparece com 9%. Votos brancos e nulos somam 9% e os indecisos, 8%.

A pesquisa ainda analisou o índice de rejeição dos candidatos. Questionados em qual candidato não votariam de jeito nenhum, 24% dos eleitores disseram o nome de Serra, 19% o de Dilma e 15% citaram Marina.

Numa simulação do segundo turno das eleições entre Serra e Dilma, ambos aparecem novamente empatados com 42%. Votos brancos e nulos somam 9% e os indecisos, 7%.

Governo Lula tem 86% de aprovação

O Ibope também ouviu a opinião dos eleitores sobre o governo Lula. Dos entrevistados, 86% aprovam a atual administração, contra 11% que disseram desaprovar. Ainda conforme a pesquisa, 75% consideram o governo Lula ótimo ou bom ; 20% regular e 5% ruim ou péssimo.

De zero a dez, o presidente Lula recebeu nota média de 7,8 dos entrevistados. A pesquisa Ibope entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 31 de maio e 3 de junho. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos e está registrada no TSE (13642/2010).

 
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