domingo, 17 de outubro de 2010

Na Eletrobras, irmĂ£o de diretor negocia contratos

AF
O irmĂ£o do diretor de Engenharia e Planejamento da Eletrobras, Valter Cardeal --homem forte de Dilma Rousseff (PT) no setor elĂ©trico--, atua como consultor de empresas interessadas em investir em energia eĂ³lica, Ă¡rea que terĂ¡ R$ 9,7 bilhões em investimentos do PAC 2.

Edgar Luiz Cardeal Ă© dono da DGE Desenvolvimento e GestĂ£o de Empreendimentos, criada em 2007 para elaborar projetos no setor.

O responsĂ¡vel pela gestĂ£o do Proinfa, programa de incentivo ao uso de energias alternativas --como a eĂ³lica-- Ă© o irmĂ£o do empresĂ¡rio.

Valter Cardeal Ă© braço-direito de Dilma no setor elĂ©trico hĂ¡ 20 anos. Quando a presidenciĂ¡vel do PT foi secretĂ¡ria de Minas e Energia do RS, ele era diretor da CEEE, empresa estadual de energia.

Ele tambĂ©m preside o Conselho de AdministraĂ§Ă£o da Eletrosul, que gerencia a polĂ­tica energĂ©tica no Sul --onde atua a empresa do irmĂ£o.

Edgar oferece a empresas projetos para erguer torres de energia eĂ³lica em fazendas cuja locaĂ§Ă£o ele negocia.

SĂ³cio de duas empresas do ramo, Ricardo Pigatto relatou Ă  Folha ter contratado Edgar para investir em trĂªs parques eĂ³licos no RS. "Estabelecemos um valor fixo com pagamentos mensais e, depois, uma taxa de sucesso se o negĂ³cio der certo."

Pigatto disse que firmou trĂªs contratos com Edgar, e que os pagamentos mensais eram para custear estudos que viabilizariam o projeto.

Pelo contrato, a taxa de sucesso sobre o projeto varia de 0,2% a 10% se o governo comprar a energia ou se o negĂ³cio for vendido a terceiros.

Um dos parques eĂ³licos, em Pinheiro Machado, estĂ¡ orçado em R$ 1 bilhĂ£o. Para esse contrato, firmado com Edgar em maio do ano passado, o pagamento previsto Ă© de R$ 84 mil em 23 meses.

Para dar certo, o projeto precisa passar pelo crivo da Aneel (AgĂªncia Nacional de Energia ElĂ©trica) e vencer um leilĂ£o do governo federal, que passaria a ser comprador da energia produzida.

"Dos 6 parques que nĂ³s estamos medindo [capacidade de produĂ§Ă£o de energia pelo vento], 3 foram ele [Edgar] quem nos trouxe os proprietĂ¡rios de terras para negociar", disse Pigatto.

"Um dia ele apareceu na empresa perguntando se eu tinha interesse em desenvolver parques eĂ³licos. Trouxe a oportunidade e me propiciou contato com alguns proprietĂ¡rios de terra com os quais fiz arrendamento e estamos desenvolvendo projetos."

'ÉPOCA'

O banco KfW, controlado pelo governo alemĂ£o, entrou com aĂ§Ă£o contra a CGTEE, empresa de geraĂ§Ă£o tĂ©rmica subsidiĂ¡ria da Eletrobras.

Segundo a revista "Época", na aĂ§Ă£o o banco acusa Valter Cardeal de ter conhecimento de fraude na construĂ§Ă£o de usinas de biomassa no Sul. A Justiça Federal abriu processo sobre o caso, mas nĂ£o incluiu o diretor.

Chico Oliveira , que foi um dos fundadores do PT, rompeu em 2003 e fez parte do grupo que fundou o PSOL, afirma que 'Lula Ă© mais privatista que FHC'

AF

Para Francisco de Oliveira, um dos fundadores do PT, Ă© "ilusĂ£o de Ă³tica" achar que o presidente Ă© estatizante

Professor emérito de sociologia da USP diz que atual segundo turno obriga eleitor a escolher entre o "ruim e o pior"

UirĂ¡ Machado

No começo de 2003, ano em que rompeu com o PT, o sociĂ³logo Francisco de Oliveira, 76, afirmou que "Lula nunca foi de esquerda".

Agora, o professor emĂ©rito da USP dĂ¡ um passo adiante e diz que Lula, mais que Fernando Henrique Cardoso, Ă© "privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu".

Na entrevista abaixo, Oliveira, um dos fundadores do PT, também afirma que tanto faz votar em Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB).

Folha - Qual a sua avaliaĂ§Ă£o sobre o debate eleitoral no primeiro turno?
Fora o horror que os tucanos tĂªm pelos pobres, Serra e Dilma nĂ£o tĂªm posições radicalmente distintas: ambos sĂ£o desenvolvimentistas, querem a industrializaĂ§Ă£o...

O campo de conflito entre eles Ă© realmente pequeno. Mas, por outro lado, isso significa que hĂ¡ problemas cruciais que nenhum dos dois estĂ¡ querendo abordar.

Que tipo de problema?
NĂ£o se trata mais de provar que a economia brasileira Ă© viĂ¡vel. Isso jĂ¡ foi superado. O problema principal Ă© a distribuiĂ§Ă£o de renda, para valer, nĂ£o por meio de paliativos como o Bolsa FamĂ­lia. Isso nĂ£o foi abordado por nenhum dos dois.

A polĂ­tica estĂ¡ no Brasil num lugar onde ela nĂ£o comove ninguĂ©m. HĂ¡ um consenso muito raso e aparentemente sem discordĂ¢ncias.

DĂ¡ a impressĂ£o que tanto faz votar em uma ou no outro...
É verdade. É escolher entre o ruim e o pior.

Qual a sua opiniĂ£o sobre a movimentaĂ§Ă£o de igrejas pregando um voto anti-Dilma por causa de suas posições sobre o aborto?
É um pĂ©ssimo sinal, uma regressĂ£o. A sociedade brasileira necessita urgentemente de reformas, e a polĂ­tica estĂ¡ indo no sentido oposto, armando um falso consenso.

O aborto Ă© uma questĂ£o sĂ©ria de saĂºde pĂºblica. NĂ£o adianta recuar para atender evangĂ©licos e setores da Igreja CatĂ³lica. Isso nĂ£o salva as mulheres das questões que o aborto coloca.

O sr. foi um dos primeiros a romper com o PT, em 2003, e saiu fazendo duras crĂ­ticas ao presidente. Lula, porĂ©m, termina o mandato extremamente popular. Na sua opiniĂ£o, que lugar o governo Lula vai ocupar na histĂ³ria?
A meu ver, no futuro, a gente lerĂ¡ assim: GetĂºlio Vargas Ă© o criador do moderno Estado brasileiro, sob todos os aspectos. Ele arma o Estado de todas as instituições capazes de criar um sistema econĂ´mico. E começa um processo de industrializaĂ§Ă£o vigoroso. Lula nĂ£o Ă© comparĂ¡vel a GetĂºlio.

Juscelino Kubitschek Ă© o que chuta a industrializaĂ§Ă£o para a frente, mas ele nĂ£o era um estadista no sentido de criar instituições.

A ditadura militar Ă© fortemente industrialista, prossegue num caminho jĂ¡ aberto e usa o poder do Estado com uma desfaçatez que ninguĂ©m tinha usado. Depois vem um perĂ­odo de forte indefiniĂ§Ă£o e inflaĂ§Ă£o fora de controle.

O ciclo neoliberal Ă© Fernando Henrique Cardoso e Lula. SĂ³ que Lula estĂ¡ levando o Brasil para um capitalismo que nĂ£o tem volta. Todo mundo acha que ele Ă© estatizante, mas Ă© o contrĂ¡rio.

Como assim?
Lula Ă© mais privatista que FHC. As grandes tendĂªncias vĂ£o se armando e ele usa o Estado para confirmĂ¡-las, nĂ£o para negĂ¡-las. Nessa histĂ³ria futura, Lula serĂ¡ o grande confirmador do sistema.

Ele nĂ£o Ă© nada opositor ou estatizante. Isso Ă© uma ilusĂ£o de Ă³tica. Ao contrĂ¡rio, ele Ă© privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu.

Essa onda de fusões, concentrações e aquisições que o BNDES estĂ¡ patrocinando tem claro sentido privatista. Para o paĂ­s, para a sociedade, para o cidadĂ£o, que bem faz que o Brasil tenha a maior empresa de carnes do mundo, por exemplo?

Em termos de estratĂ©gia de desenvolvimento, divisĂ£o de renda e melhoria de bem-estar da populaĂ§Ă£o, isso nĂ£o quer dizer nada.

Em 2004, o sr. atribuiu a Lula a derrota de Marta na prefeitura. Como o sr. vĂª como cabo eleitoral de Dilma?
Ele acaba sendo um elemento negativo, mesmo com sua alta popularidade. O segundo turno foi um aviso. Essa ostensividade, essa chalaça, isso irrita profundamente a classe média.

É a coisa de desmoralizar o adversĂ¡rio, de rebaixar o debate. Lula sempre fez isso.

O escĂ¢ndalo Erenice estĂ¡ sendo varrido para debaixo do tapete






Por Lauro Jardim

Com divulgaĂ§Ă£o prevista para os prĂ³ximos dias, com a campanha eleitoral pegando fogo, a conclusĂ£o da sindicĂ¢ncia interna conduzida pela Casa Civil para investigar o escĂ¢ndalo Erenice Guerra tende a nĂ£o esclarecer nada. Vai evitar reacender as polĂªmicas que envolveram o caso. Ou, mais precisamente, a sindicĂ¢ncia nĂ£o deve sugerir punições administrativas aos envolvidos. ProporĂ¡ apenas medidas internas para evitar que problemas semelhantes ocorram no futuro.

Marina oficializa neutralidade para segundo turno

De Bernardo Mello Franco Folha.com

Terceira colocada na eleiĂ§Ă£o presidencial, Marina Silva (PV) oficializou na tarde deste domingo a opĂ§Ă£o pela neutralidade no segundo turno, como a Folha antecipou neste domingo.

Em votaĂ§Ă£o simbĂ³lica, a ex-presidenciĂ¡vel, que recebeu 19,6 milhões de votos, referendou a posiĂ§Ă£o para a nova etapa da corrida presidencial.

Dos 92 votantes, apenas quatro declararam apoio a Dilma Rousseff (PT) ou JosĂ© Serra (PSDB). Mesmo Fernando Gabeira, o candidato derrotado ao governo do Rio que contou com o apoio do tucano no primeiro turno, preferiu a independĂªncia do partido.

Individualmente, os filiados estĂ£o liberados para aderir Ă s campanhas da petista ou do tucano. É o que Gabeira faz ao endossar a candidatura de Serra.

“O fato de nĂ£o ter optado por um alinhamento neste momento nĂ£o significa neutralidade quanto aos rumos desta campanha”, disse Marina, na convenĂ§Ă£o do PV em SĂ£o Paulo, em um espaço cultural na Vila Madalena.

Ela leu carta aberta com crĂ­ticas ao que chamou de “dualidade destrutiva” entre PT e PSDB. Segundo Marina, os dois partidos pregam a “mĂºtua aniquilaĂ§Ă£o” na disputa entre Dilma e Serra.

“A agressividade do seu confronto pelo poder sufoca a construĂ§Ă£o de uma polĂ­tica de paz”, atacou a senadora. A verde prometeu ainda defender sua fĂ© –ela Ă© evangĂ©lica–, sem contudo usĂ¡-la “como arma eleitoral” –uma crĂ­tica Ă  dominaĂ§Ă£o da pauta religiosa nesta nova fase da disputa.

O secretĂ¡rio de ComunicaĂ§Ă£o do PV, Fabiano Carnevale, afirmou Ă  Folha antes da convenĂ§Ă£o que a cĂºpula do partido se comprometeu a nĂ£o aprovar decisĂ£o diferente da de Marina. “EstĂ¡ combinado que a posiĂ§Ă£o oficial do PV serĂ¡ a mesma de Marina. Vamos marchar juntos.”

Resposta ao amigo Laerte

LULA: "MEU AMIGO BUSH"

Eu nunca fui do PT e com este partido, embora tenha votado no Lula uma vez, nunca tive maiores afinidades, pois sempre o vi como o que Ă©, um amortecedor para que a luta do povo no futuro nĂ£o fosse adiante.

A escola inicial de sindicalismo do Lula foi a direita sindical, sendo que quando ele era o secretĂ¡rio do sindicato o presidente era filiado a ARENA e agente do SNI e com este o Lula foi aos EUA realizar dois cursos de formaĂ§Ă£o.

Em 1975 quando Lula assume a presidĂªncia, jĂ¡ com uma visĂ£o de mundo um pouco melhor, pois havia se aproximado do PCB, a convite de um amigo em comum ao irmĂ£o deste, o frei Chico, que era do PartidĂ£o, estive na posse. Nesta Ă©poca quem era uma outra pessoa muito prĂ³xima ao Lula era o FHC. Tanto o frei Chico como o FHC tiveram grande importĂ¢ncia para tirar o Lula das posições conservadoras que defendia e o colocar no campo da Social Democracia.

Neste perĂ­odo, que vai desta Ă©poca atĂ© 1978/79 havia a discussĂ£o de se montar uma frente socialista e desta eu apesar de muito jovem e imaturo, sendo que na Ă©poca junto com junto outros tupaenses estĂ¡vamos ligados a TendĂªncia Leninista,com estes e mais outras figuras de proa da esquerda marxista e da nova social democracia, na qual o Lula tendo avançado um pouco jĂ¡ estava incluĂ­do surge a ConvergĂªncia Socialista, que nada tinha em relaĂ§Ă£o com o grupo que hoje leva o nome a nĂ£o ser que este, trotskista, dela tambĂ©m havia feito parte.

Todos nĂ³s que articulĂ¡vamos esta frente militĂ¡vamos ou estĂ¡vamos prĂ³ximos ao MDB, que era a oposiĂ§Ă£o legal permitida, e se nela havia pessoas com a dignidade de um Almino Afonso, de um Alencar Furtado, Serra, etc. tambĂ©m tĂ­nhamos de conviver com o chaguismo. Neste perĂ­odo o Lula apesar de ser o presidente do sindicato ainda nĂ£o era referĂªncia para nada, pois a entidade sindical que ele presidia ainda era tida pelos sindicalistas que tinham uma postura mais combativa, Batista, ZĂ© Maria, AlemĂ£o, etc. como sendo apenas pelega reciclada. Um setor da "Igreja” progressista, mas antimarxista, começava a se aproximar do Lula.

A partir de mais ou menos o ano de 77 aumenta a aproximaĂ§Ă£o do Lula com a Pastoral OperĂ¡ria e com as Comunidades Eclesiais de Base E aliados aos outros agrupamentos mais a esquerda (Ala Vermelha do PC do B, MR-8, PC do B, OSI, PCB, etc.) começa a construĂ§Ă£o do processo que deu origem a greve de 78. Neste perĂ­odo eu, que entre 74/75 tinha feito parte da TL e do MR-8 quando estĂ¡ se incorporou ao MR-8, rompido estava no PC do B, partido ao qual estive ligado atĂ© 1989.

Estourando a greve de 78, que surgiu atravĂ©s da organizaĂ§Ă£o da base sobre influĂªncia da esquerda marxista e nĂ£o diretamente pela aĂ§Ă£o do sindicato, o Lula, sob pressĂ£o da massa, da Igreja e atĂ© do seu irmĂ£o acaba assumindo a greve e assim o sindicato, que diretamente nĂ£o a puxou, ganha visibilidade e o Lula pela aĂ§Ă£o da mĂ­dia aparece como o “grande lĂ­der”, o que neste momento ainda nĂ£o o era.

Com a força da imagem que havia conquistado na greve de 78, e jĂ¡ atrelado a aĂ§Ă£o da ICAR, o Lula e os demais sindicalistas rompem com a ConvergĂªncia e junto com as CEBs começam outra articulaĂ§Ă£o polĂ­tica parlamentar, que posteriormente vai dar origem ao PT.

Em 79 estoura outra greve e estĂ¡ jĂ¡ sob o comando do Sindicato e este grupo jĂ¡ engrossado com vĂ¡rios ex-exilados, ApolĂ´nio de Carvalho, etc. e de pessoas que saĂ­am da clandestinidade, tal qual o JosĂ© Dirceu e outros, começam a articulaĂ§Ă£o para a formaĂ§Ă£o do PT, o que foi do agrado de setores no comando da ditadura, pois isto serviria para que os partidos de cunho marxista nĂ£o assumissem novamente a conduĂ§Ă£o da vanguarda polĂ­tica do movimento operĂ¡rio.

Com o passar dos anos o PT, o que jĂ¡ era esperado, ruma da posiĂ§Ă£o de Social Democrata de Esquerda para a atual de Social Democrata de Direita e durante estĂ¡ caminhada foi jogando para fora os agrupamentos de Esquerda que ajudaram o formar, sendo o Ăºltimo grande expurgo o que deu origem ao PSOL.

O Lula nĂ£o mentiu quando disse “eu nunca fui de esquerda” e o prĂ³prio movimento sindical, que ele junto com a Igreja Progressista” comandaram a partir de 79, nunca teve o carĂ¡ter de ruptura, pois as greves sempre tiveram o tom economicista ao este se apegar somente a luta por melhores salĂ¡rios.

Na verdade este movimento sindical lulista foi construĂ­do para servir de escada para a coNstruĂ§Ă£o e o fortalecimento do PT e este apĂ³s se aliar a direita para chegar ao poder (Sarney, Delfim Neto, etc.) coptou e anulou o Movimento Social, pois os “cumpanherus” tiveram de juntos assumir a questĂ£o da governabilidade, o que foi do agrado da direita, que nĂ£o gosta dos povo nas ruas a exigir reformas estruturais.

Hoje o PT e o PSDB possuem a mesma linha, mas com a diferença central de que este Ăºltimo nĂ£o serve de anestĂ©sico para que nĂ£o ocorra o retorno a aĂ§Ă£o de massas.

Do ponto de vista da atual campanha o discurso do Serra ao propor o fim da autonomia polĂ­tica do Banco Central e se compromete a abaixar os juros e incentivar a produĂ§Ă£ o, como do ponto de vista do social promete a melhoria e a ampliaĂ§Ă£o e a melhoria dos que existem, sendo que estes foram criados no passado pelo prĂ³prio PSDB, estĂ¡ mais a esquerda do da Dilma, que sĂ³ promete continuar o que estĂ¡ sendo feito.

O Banco Central sob o comando do Meirelles faz o jogo do grande capital financeiro nacional internacional e em sua aĂ§Ă£o despĂ³tica nos empurra goela abaixo a alta valorizaĂ§Ă£o do real, que impede que tenhamos competitividade do ponto de vista das exportações e tambĂ©m pela aĂ§Ă£o nefasta dos altos juros nos impede de financiar a produĂ§Ă£o, o que leva o paĂ­s a desindustrializaĂ§Ă£o e hoje leva o povo ao endividamento e a inadimplĂªncia, mas no futuro prĂ³ximo ao desemprego, jĂ¡ que o atual crescimento do consumo Ă© fruto da abertura da linhas de crĂ©dito para os de baixa renda e nĂ£o de melhores salĂ¡rios gerando o aumento do consumo. O limite de endividamento por parte da populaĂ§Ă£o chegou ao teto e sem a continuidade deste aumentarĂ¡ a desindustrializaĂ§Ă£o e com isto o desemprego.


Meirelles:


Apesar de nĂ£o citar o nome de Fernando Henrique Cardoso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, aconselhou ao seu sucessor seguir a polĂ­tica econĂ´mica criada no governo antecessor e consolidados durante a atual gestĂ£o.

“Seria importante que as decisões de futuras de polĂ­tica econĂ´mica no Brasil levassem em conta os ensinamentos da experiĂªncia bem-sucedida dos Ăºltimos anos.”

Durante a entrevista dada ao jornal Brasil EconĂ´mico, Meirelles indicou ainda quais sĂ£o os pilares da economia brasileira que devem receber continuidade.

“Nesse sentido, destacaria, como os ingredientes bĂ¡sicos, o comprometimento com as metas de inflaĂ§Ă£o, o compromisso com a sustentabilidade fiscal e o cĂ¢mbio flutuante com respaldo das reservas internacionais.”

TODAS ESTAS PROPOSTAS DO MEIRELLES TEM CUNHO ORTODOXO, SĂƒO NEOLIBERAIS!


ALERTA!!!!


Sob a batuta do Meirelles, que Ă© quem junto como Sarney e o Delfim Neto de fasto manda na polĂ­tica econĂ´mica do Brasil, nos Ăºltimos anos o governo Lula manteve a polĂ­tica econĂ´mica de Fernando Henrique e Malan, com resultados semelhantes. A preservaĂ§Ă£o dos ganhos excepcionais dos credores do Estado, dos bancos e do grande capital se fez Ă  custa de estagnaĂ§Ă£o econĂ´mica, queda do emprego e da renda dos trabalhadores, corte dos gastos sociais, aumento da dĂ­vida pĂºblica.

Oportunismo: O PT estĂ¡ querendo ser um partido que nĂ£o... toma partido!


Por Renato Lima

O segundo turno jĂ¡ Ă© a primeira derrota para o presidente Lula. Ele queria um plebiscito a ser decidido de cara, extirpando a oposiĂ§Ă£o, e o povo deu mais votos a quem nĂ£o tinha o seu apoio, como o ex-governador de SĂ£o Paulo JosĂ© Serra e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que Lula nĂ£o levava muito a sĂ©rio. Soberba, corrupĂ§Ă£o, candidata sem carisma e que nunca havia disputado uma eleiĂ§Ă£o, institutos de pesquisa sem credibilidade; a lista de causas para Dilma nĂ£o ter ganho no primeiro turno Ă© grande. Mas o PT preferiu inventar uma: boatos.

Dizem o PT e seus aliados que o partido foi alvo de boatos e isso impediu que as eleições presidenciais terminassem no primeiro turno. Boato Ă© notĂ­cia anĂ´nima, sem confirmaĂ§Ă£o, que corre publicamente – recorro ao Michaelis aqui. Que o PT como partido defende o aborto estĂ¡ no seu programa de partido aprovado em Congresso e nas resoluções do PNDH III. Tanto que suspendeu o deputado Luiz Bassuma, da Bahia, por se posicionar contra a proposta. A prĂ³pria Dilma Rousseff, por mais de uma vez, se pronunciou a favor da descriminalizaĂ§Ă£o da prĂ¡tica, e os vĂ­deos da sabatina da Folha (2007) e da entrevista Ă  Marie Claire estĂ£o aĂ­ para quem quiser consultar. Que esses fatos foram lembrados por lĂ­deres religiosos estĂ¡ claro em pronunciamentos e por vĂ­deos dos pastores Silas Malafaia e Piragine. O apoio do PT ao aborto nĂ£o Ă© matĂ©ria de notĂ­cia anĂ´nima (Ă© fato comprovado), nem Ă© sussurado por pessoas que se escondem. Portanto, nĂ£o Ă© boato.

Boato, na campanha presidencial, foi ter espalhado, em 2006, que Alckmin se eleito iria privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e outras estatais. Era informaĂ§Ă£o sem confirmaĂ§Ă£o: nĂ£o estava em nenhum plano do partido do candidato e essas empresas nĂ£o tinham sido colocadas no Programa Nacional de DesestatizaĂ§Ă£o que era comandado pelo BNDES quando o PSDB esteve no governo. Mesmo assim a informaĂ§Ă£o correu publicamente. É a definiĂ§Ă£o de boato.

Boato Ă© dizer que, se eleita, a oposiĂ§Ă£o vai acabar com o Bolsa-FamĂ­lia. NĂ£o importa que os programas sociais de transferĂªncia de renda com foco tenham sido criados no governo FHC e apenas reunidos sob um Ăºnico nome no governo Lula. Mas a informaĂ§Ă£o, falsa, Ă© propagada contra a oposiĂ§Ă£o para colocar os mais necessitados (quem recebe o Bolsa-FamĂ­lia) automaticamente contra uma alternativa de mudança democrĂ¡tica. É outra forma de boato interferindo no jogo democrĂ¡tico de se decidir quem Ă© o melhor para governar o paĂ­s.

O PT Ă© um partido que defende o aborto. É natural que assim seja e Ă© muito comum entre outros partidos da esquerda europeia. Faz parte da representaĂ§Ă£o da sociedade ter segmentos que defendem esse tipo de questĂ£o, bem como outros assuntos sociais e econĂ´micos. NĂ£o Ă© preciso entrar no mĂ©rito da questĂ£o para perceber que, se um partido defende x e alguĂ©m aponta a defesa de x para nĂ£o querer votar neste partido, nĂ£o estamos tratando de boato. Cabe ao partido tentar persuadir maior parte da populaĂ§Ă£o de que a proposta de x deve ser aprovada, ou reconhecer que o povo nĂ£o deseja x e retirar isso do seu programa partidĂ¡rio. O que nĂ£o dĂ¡ Ă© para ser x e “nĂ£o x” ao mesmo tempo. É romper o princĂ­pio da identidade. Mas Ă© isso que o PT pede na eleiĂ§Ă£o. O partido que se aproveita de boatos espalhados contra os seus candidatos nĂ£o aceita que se aponte fatos verdadeiros sobre ele.

Enfim, o PT estĂ¡ querendo ser um partido que nĂ£o… toma partido! Afinal, “tomar partido” Ă© justamente se posicionar, ter definiĂ§Ă£o sobre alguma proposta.

Independente da posiĂ§Ă£o pessoal, em qualquer paĂ­s avançado o tema do aborto Ă© de discussĂ£o polĂ­tica. Nos Estados Unidos, Ă© sempre possĂ­vel saber a posiĂ§Ă£o de um parlamentar no que aqui chamam de “pro-life” (contrĂ¡rio ao aborto) e “pro-choice” (favorĂ¡vel Ă  escolha da mulher). E a mesma questĂ£o Ă© sempre sensĂ­vel para a indicaĂ§Ă£o de um novo juiz na Suprema Corte americana.

Dilma Rousseff quer manter a fala de um ano atrĂ¡s, favorĂ¡vel ao aborto, e a de uma semana atrĂ¡s, de que sempre foi favorĂ¡vel “Ă  vida”, sem negar o que disse antes. Ela quer ser “pro-life” e “pro-choice” ao mesmo tempo. Mas nĂ£o estĂ¡ em operaĂ§Ă£o aĂ­ apenas uma suposta confusĂ£o mental da candidata ou oportunismo eleitoral. Esse Ă© o modus operandi do PT. A sociedade brasileira Ă© ampla, diversa, com diferentes valores Ă©ticos e projetos de desenvolvimento. Essa diversidade pode ser expressa em associações de bairro, ONGs, sindicatos, igrejas e partidos polĂ­ticos. Acontece que o PT parece nĂ£o aceitar como legĂ­tima – vai logo gritando Ă© boato, Ă© terrorismo! – posições contrĂ¡rias ao que ele defende. O PT nĂ£o quer ser um partido que toma partido, mas que toma a sociedade. Sentiu um cheiro de totalitarismo no ar?

Em carta, FHC foi contra privatizaĂ§Ă£o da Petrobras





Os tucanos decidiram reagir contra as acusações de que teriam intenções de privatizar a Petrobras e, mais recentemente, o prĂ©-sal. A cĂºpula da campanha do candidato JosĂ© Serra divulgou nesta sexta-feira, 15, uma carta datada de 1995 na qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso garantia que a Petrobras nĂ£o seria privatizada.

No texto, direcionado a JosĂ© Sarney, entĂ£o presidente do Senado, FHC garante, alĂ©m de uma Petrobras “nĂ£o passĂ­vel de privatizaĂ§Ă£o”, que a UniĂ£o nĂ£o contrataria empresas para pesquisa e lavra em Ă¡reas de produĂ§Ă£o estabelecida pela estatal, e que a empresa tinha o direito de preferĂªncia nas contratações em licitações para concessĂ£o de pesquisa e lavra.

O neoliberal Meirelles elogia gestĂ£o durante governo de FHC

Enquanto ferra com o povo o Meirelles Ă© a alegria dos banqueiros


Apesar de nĂ£o citar o nome de Fernando Henrique Cardoso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, aconselhou ao seu sucessor seguir a polĂ­tica econĂ´mica criada no governo antecessor e consolidados durante a atual gestĂ£o.

“Seria importante que as decisões de futuras de polĂ­tica econĂ´mica no Brasil levassem em conta os ensinamentos da experiĂªncia bem-sucedida dos Ăºltimos anos.”

Durante a entrevista dada ao jornal Brasil EconĂ´mico, Meirelles indicou ainda quais sĂ£o os pilares da economia brasileira que devem receber continuidade.

“Nesse sentido, destacaria, como os ingredientes bĂ¡sicos, o comprometimento com as metas de inflaĂ§Ă£o, o compromisso com a sustentabilidade fiscal e o cĂ¢mbio flutuante com respaldo das reservas internacionais.”

O presidente do Banco Central criticou tambĂ©m a gestĂ£o de FHC. Para ele, a gestĂ£o anterior apresentou um erro de cĂ¡lculo nas metas de inflaĂ§Ă£o.

“As autoridades devem buscar o estabelecimento de metas realistas e compatĂ­veis com a situaĂ§Ă£o econĂ´mica do paĂ­s. A meta de 3,25% para 2003 foi estabelecida em 2001, ano em que teve inĂ­cio um perĂ­odo de instabilidade e terminou com inflaĂ§Ă£o atingindo 17% ao ano em maio de 2003”, declarou.

A Dilma Ă© a continuaĂ§Ă£o destas polĂ­ticas econĂ´micas ortodoxas antinacionais e populares adotadas pelo FHC e continuadas pelo Lula, que espero que com a vitĂ³ria do keynesiano JosĂ© Serra venhamos romper.

Em um quadro polĂ­tico catastrĂ³fico o Lula, fugindo as suas responsabilidades no processo eleitoral em andamento, começa a procurar os “culpados”!


O Lula, que se considera o mais em tudo, em vez de se auto-responsabilizar pelos erros do processo eleitoral, pois Ă© um daqueles polĂ­ticos que pelo excesso de confiança, tal qual o rei Midas, acredita em sua força pessoal e acha que "tudo o que toca vira ouro", no alto de sua soberba, desde o começo da campanha impĂ´s a visĂ£o de que a Dilma seria vitoriosa no primeiro turno, o que nĂ£o passou de uma ilusĂ£o imposta a todos. De tanto repetir o que o final do processo eleitoral seria no primeiro turno, o blefe da dĂ©cada, ele, o prĂ³prio autor da falĂ¡cia, o PT e os partidos aliados acabaram acreditando.

Como a caça seria abatida com um Ăºnico tiro, o que nĂ£o ocorreu, ele crente na sua onipotĂªncia e onipresença, a protegendo, se postou em frente da Dilma e tratou o processo eleitoral como se ele prĂ³prio fosse o candidato, mas nĂ£o era, e assim a Dilma nĂ£o pode firmar a sua imagem enquanto candidata.

A eleiĂ§Ă£o, que para os encantados petistas e os demais apaniguados era para ser uma avassaladora operaĂ§Ă£o de guerra relĂ¢mpago (Blitzkrieg), se tornou um longo processo de Guerra convencional e neste a forte aĂ§Ă£o da artilharia adversĂ¡ria fez a casamata protetora da Dilma, que era o governo Lula, ruir. A frĂ¡gil Dilma, que nĂ£o Ă© o presidente e nĂ£o foi feita a sua semelhança, assim acabou ficando exposta a sanha feroz dos adversĂ¡rios. Estes, pela mesma nĂ£o ter consolidada sua imagem por nĂ£o ter tido espaço para tanto, em uma verdadeira operaĂ§Ă£o de guerra total conseguem estabelecer o cerco a separando e isolando do resto da tropa e de seus generais, e o pior da imagem dos mesmos e a dela, enquanto força individual, nĂ£o existia. Agora sĂ³ resta a Dilma com as suas qualidades e fragilidades, pois a mĂ¡gica acabou e sem o seu encanto o povo começa a enxergar que a candidata nĂ£o Ă© o Lula e muito menos Ă© a sua continuidade no poder.

O oportunista Lula, o que no fundo sĂ³ se preocupa consigo e sua carreira, quando ainda no primeiro turno o “morteiro Erenice” atingiu a fortaleza petista e as paredes desta trincaram e começaram a desmoronar ensaiou a defesa usando a arma da vitimizaĂ§Ă£o, mas como a crise nĂ£o acabou ele fez com a Dilma o que estĂ¡ fez com a sua ex-auxiliar, na Ă©poca atual ministra, com a derrota de seus propĂ³sitos e a nĂ£o esperada ida para o segundo turno, totalmente perdido perante o acontecido, se calou e a deixou sĂ³ por mais de dez dias.

Vendo a derrota que se aproxima “o mais esperto” tenta preservar a sua imagem e arrumar culpados e estes, como nĂ£o Ă© possĂ­vel culpar os aliados, jĂ¡ que, estes, pouco espaço tiveram na conduĂ§Ă£o do processo e sem eles ao lado ele ficarĂ¡ nu, sĂ£o o marqueteiro e a candidata.

Para Lula, que de fato Ă© o principal responsĂ¡vel por tudo o que ocorreu, “Santana nĂ£o se preparou para disputar o segundo turno” e a Dilma “nĂ£o dĂ¡ o melhor que pode quando o assunto Ă© emoĂ§Ă£o”. Para ele “a candidata nĂ£o olha nos olhos das pessoas nem fala de forma convincente”, o que ele esperava, que ela, tal qual um clone, o que nĂ£o Ă©, iludisse o povo da mesma forma que ele consegue fazer?

Quem conhece a Dilma sabe que ela sempre foi seca, impessoal e autoritĂ¡ria sendo “Ă³tima” gerente, mas pĂ©ssima enquanto relações pĂºblicas, o inverso do que o Lula Ă©!

Se o Lula a conhecia muito bem, inclusive a revelia do partido a escolhendo como candidata mesmo sabendo que estĂ¡ fora as suas debilidades pessoais de relacionamento ainda estava sofrendo de cĂ¢ncer, cujo duro tratamento radioterĂ¡pico e quimioterĂ¡pico gera um grande mal estar, o que torna qualquer pessoa arredia, por que a escolheu para estĂ¡ dura jornada?

O JoĂ£o Santana, que jĂ¡ havia cometido sĂ©rios erros na conduĂ§Ă£o da campanha da Marta Suplicy, tambĂ©m foi escolhido pelo Lula e o tom que deu ao discurso foi o que o presidente queria, mas se atĂ© o “bruxo” Lula com a ida para o segundo turno perdeu o rumo CPOR que seria ele o responsĂ¡vel pelo o que estĂ¡ acontecendo?

Outro grave problema que a campanha da Dilma passa e o da falta de recursos, pois para tentar impor a vitĂ³ria no primeiro turno em uma campanha milionĂ¡ria se gastou o que tinham e o que nĂ£o tinham e hoje estes acabaram e estĂ¡ difĂ­cil a nova captaĂ§Ă£o, jĂ¡ que nenhum grande empresĂ¡rio quer sofrer o futuro amargor que Ă© ser inimigo do Serra e este jĂ¡ estĂ¡ muito endurecido por causa de tudo o que foi feito contra ele durante este processo eleitoral.

O que era para ser um sonho de Cinderela se tornou um pesadelo!

 
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