sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Em visita à Pastoral da Criança, Richa reforça importância de parcerias com entidades sociais

O governador Beto Richa e o ex-governador de São Paulo, José Serra, visitaram nesta sexta-feira (21) a sede nacional da Pastoral da Criança, em Curitiba. Richa ressaltou a importância das parcerias entre o governo e as organizações sociais e disse que dará atenção especial à Pastoral da Criança. “É um orgulho para os paranaenses o reconhecimento do trabalho da Pastoral no Brasil e no mundo no combate à mortalidade infantil e materna. Vamos procurar integrar esse trabalho com as ações do Estado, como fizemos na capital, com excelentes resultados”, disse o governador.

O coordenador da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann, disse que a entidade está em busca de apoio em âmbito local e nacional para a redução na burocracia na prestação de contas por convênios com entes públicos. Em 2010, a entidade recebeu 320 mil notas fiscais de mais de 4.000 municípios, que precisam ser apresentadas uma a uma dentro de um sistema de convênios do governo federal. Para prestar contas disso, a Pastoral da Criança gastou R$ 300 mil a mais de seu orçamento. Os recursos poderiam ajudar no atendimento a mais de 200 mil crianças durante um mês.

A deputada federal Cida Borghetti acompanhou a visita à Pastoral da Criança. No encontro, o ex-governador paulista José Serra disse que tem grandes expectativas com o governo de Beto Richa no Paraná. “É um governador muito preparado, que foi considerado o melhor prefeito do Brasil por várias vezes, e tenho certeza de que vai ter desempenho que corresponda às expectativas da população do Paraná, porque tenho muita esperança em que podemos ter um rumo melhor para o nosso país”, disse Serra.

Joinville, SC, decreta situação de emergência por causa das fortes chuvas

Zero Hora

ntegrantes do Comdec (Comissão Municipal de Defesa Civil) reunidos na manhã desta sexta-feira decidiram decretar situação de emergência no município depois do sexto episódio de chuva forte desde o início de janeiro.

Mesmo com dez dias pela frente, esse já é o janeiro com mais chuvas dos últimos anos em Joinville.

De acordo com a Defesa Civil todos os bairros do município foram atingidos. Foram cerca de 100 casos de deslizamentos. Mais de mil residências foram invadidas pelas águas. Três abrigos foram montados para receber os desabrigados no Jativoca, Vila Nova e Morro do Meio.

São cerca de 60 pessoas alojadas nesses lugares. Bombeiros e Defesa Civil retiraram de barco pessoas em áreas de risco. A Defesa Civil sobrevoou o município junto com o Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (GRAER) da Polícia Militar, no final da tarde dessa quinta-feira.

As imagens mostraram todas as laterais da rua Anita Garibaldi alagadas. No Vila Nova, todas as laterais da rua Bento Torquato da Rocha também estavam intransitáveis e cheias de água. Na Vila Arataca, pessoas ilhadas.

No Jativoca, o acesso só com barcos. Na rua João Colin, a água chegou a 1,5 metro. Moradores ilhados foram retirados com o apoio do Exército, Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville e Polícia Militar. Muita gente andava com água pelo peito.

A água nas casas chegava a mais de 1,20 de altura. Os ônibus não conseguiam passar em muitas regiões. Perto das 23h os caminhões do Exército não conseguiam trafegar em muitas ruas. Durante a madrugada, a preocupação da Defesa Civil era com o Jardim Sofia, por causa do grande volume de água do rio Cubatão.

Cinco casas foram interditadas nas proximidades da Univille por causa de um deslizamento. Outras cinco residências também sofreram interdição perto do Morro do Finder. Joinville enfrentou também quedas de muros e árvores. Na Zona Sul há a preocupação com as residências perto das encostas que, por causa do solo encharcado, podem sofrer novos deslizamentos.

Plantação de maconha encontrada em chácara tinha quase 50 mil pés


Policiais civis e guardas municipais iniciaram nesta sexta-feira (21) a remoção dos pés de maconha que estavam plantados em uma chácara localizada na Colônia Murici, área rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana. Inicialmente, a Guarda Municipal estimou que havia aproximadamente mil pés de maconha no local, mas de acordo com o coordenador da Guarda Municipal, Aloir de Barros, o número pode chegar a 50 mil pés.

Segundo Barros, cinco policiais civis e 12 guardas municipais trabalham desde a manhã desta sexta-feira na retirada da plantação de aproximadamente um hectare (área equivalente a um campo de futebol) que estava no meio da lavoura de milho. Na cultura do fumo, cada hectare plantando no Paraná rende aproximadamente duas toneladas do produto. O serviço de remoção só deve ser concluído neste sábado (22).

Guarda Municipal acredita que existam cerca de 50 mil pés de maconha no local
“O trabalho não é fácil porque é preciso extrair a planta desde a raiz para não deixar nada no solo”, comenta o coordenador. Ele ainda ressaltou a importância de isolar a área para que ninguém, além dos policiais, tenha contato com a droga antes que ela seja incinerada. “Existem pés de 50 centímetros e outros de até três metros, então estamos fazendo toda a retirada com a área isolada, antes de começarmos a queima”, diz Barros.

Ainda de acordo com Barros, além do proprietário da chácara, Antonio Olinek, preso em flagrante nesta quinta-feira, o irmão dele, Alvaro Olinek, também foi detido no local. Até esta sexta-feira, as investigações apontavam que a droga estava sendo preparada para ser comercializada em breve.

Em depoimento, o dono da chácara disse que recebeu as sementes de alguns jovens e que optou por plantá-las, mas não pretendia vender a droga. As plantas serão periciadas pelo Instituto de Criminalística (IC). Na residência também foram encontradas três armas de fogo. Antonio Olinek foi indiciado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.

PF faz busca e apreensão em mansão de luxo no litoral


Duas equipes da Polícia Federal cumpriram, no final da manhã de hoje, um mandado de busca e apreensão em uma mansão de luxo no balneário Atami, em Pontal do Paraná. A casa é avaliada em cerca de meio milhão de reais.

A ação faz parte da operação Dallas, que investiga uma rede de desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, fraude em licitações e superfaturamento de contratos no Porto de Paranaguá.

A casa está registrada em nome da Ecoport, uma das quatro empresas que, de acordo com investigação do Ministério Público e da Polícia Federal, foram favorecidas durante a administração de Daniel Lúcio de Oliveira, ex-superintendente do porto. Há indícios de que as empresas pertenceriam ao próprio Daniel.

Havia a denúncia de que o ex-superintendente, que está preso no Rio de Janeiro, guardava grande valor em espécie na mansão, mas os policiais não encontraram dinheiro no local. Foram recolhidos apenas documentos.

A residência tem cerca de 400 m2, piscina e vários equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos de luxo. Segundo a Gazeta do Povo apurou, a residência estava decorada com fotos de uma filha de Daniel.

UFPR tem mais de 25 mil inscrições pelo Sisu




A Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgou o número de inscrições para o SISU. Ao todo, 25.828 estudantes disputam as 524 vagas ofertadas na instituição, uma concorrência média de 49,29 candidatos por vaga. São 388 vagas de concorrência geral , 68 para candidatos que sempre estudaram em escolas públicas e outras 68 para estudantes negros.

Ficha do ex-superintendente do Porto é longa




Do blog da Joice:

A ficha corrida de Daniel Lúcio é extensa e não começou a ser formada hoje. O ex-superintendente do Porto de Paranaguá já respondeu a um processo por furto qualificado, artigo 155. É o que consta na 10ª Vara Criminal. Na sétima vara mais um processo. Houve também uma condenação no juizado especial criminal em 2004, mas não há detalhes disponíveis nem mesmo para os promotores consultarem (sim, um absurdo, mas a justiça parananense é uma das mais atrasadas do país quando o assunto é o uso de tecnologia). Também consta na ficha do moço uma prisão. A ficha corrida de Daniel era conhecida dentro do governo Requião. Um grupo ligado ao ex-governador, que era contra a nomeação de Daniel levantou os documentos. Mas, o mano Eduardo bateu o pé e brigou pela indicação do colega. Levou a melhor.

Aliás, tanto Daniel Lucio quanto Eduardo respondem uma pilha de processos por improbidade administrativa que teriam sido cometidas no Porto.

PF vai investigar existência de mais contratos irregulares

A PF deixando o prédio em que mora Eduardo Requião após busca e apreensão

GP

delegacia da Polícia Federal (PF) em Paranaguá abriu ontem quatro inquéritos para apurar as irregularidades investigadas na operação Dallas, que resultou na prisão de dez pessoas, entre elas o ex-superitendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) Daniel Lúcio de Oliveira de Souza. Nos próximos dias, ao menos 50 pessoas devem ser chamadas para depor. A PF investiga um esquema de desvio de grãos no Porto de Paranaguá, fraude em uma licitação e contratações ilegais. Segundo a investigação, quatro empresas controladas por Souza eram favorecidas em contratos de prestação de serviço com o porto. O objetivo agora é descobrir se essas empresas tinham outros contratos.

Segundo a PF, Eduardo Re­­quião, ex-superintendente da Appa e irmão do ex-governador Roberto Requião, será intimado para depor. Outro que deverá ser ouvido é Luís Mussi, ex-secretário especial do governo do estado e suplente de Roberto Requião no Senado. A casa Mussi em Curitiba e três imóveis de Eduardo Requião (um na capital paranaense e dois no Rio de Janeiro) foram alvo de busca de apreensão na quarta-feira. Ao todo, foram expedidos 29 mandados de busca e apreensão.

O silo público vertical do Porto de Paranaguá, conhecido com Silão, também é alvo de investigação. Há suspeita de que o terminal participaria do esquema de desvio de grãos no porto. Em seis meses de investigação, a Receita Federal e a Polícia Federal conseguiram comprovar apenas desvios de até 10 mil toneladas por safra na Compa­nhia Brasileira de Logística (CBL), um dos nove terminais que operam no chamado Corredor de Exportação no porto.

Oito acusados de envolvimento foram presos na quarta-feira. Ontem, outras duas pessoas se apresentam na sede da PF em Curitiba. Já estão presos Fabricio Slaviero Fumagalli, um dos sócios da Companhia Brasi­leira de Logística (CBL), e um funcionário da empresa, que não teve o nome divulgado pela PF. A CBL é acusada de desviar até 10 mil toneladas de grãos por safra e lucrar até R$ 8,5 milhões com a venda de soja e açúcar ilegais.

A operação Dallas foi criada para apurar o desvio de cargas no porto de Paranaguá, mas os policiais descobriram outras irregularidades durante a investigação, que incluiu escutas telefônicas e monitoramento de e-mails durante seis meses. A partir de agora, o principal desafio é desvendar os esquemas de fraude em licitações, desvio de dinheiro público, formação de quadrilha e superfaturamento de contratos.

O delegado-chefe da PF em Paranaguá, Jorge Luiz Fayad Nazário, nomeou ontem o delegado Sérgio Luis Stinglin de Oliveira para conduzir os quatro inquéritos. Fayad afirmou que as nove pessoas ouvidas até agora negaram participação nos crimes. A operação foi desmembrada em quatro inquéritos para facililtar a investigação.

Cada inquérito irá detalhar um dos quatro crimes investigados: desvio de grãos no terminal da CBL; corrupção passiva e ativa na tentativa de compra de uma draga em 2009, em que seriam desviados US$ 5 milhões para companhas eleitorais; o direcionamento de licitações para a realização de estudos ambientais pelas empresas Acquaplan, Ecoport e Fundação Terra (que eram controladas indiretamente por Souza); e o favorecimento da empresa Petroil, responsável pela limpeza do cais.

Segundo a PF, a Petroil também pertence a Souza. “Apren­demos documentos que mostram que ele é dono da Petroil. Até então, nós imaginávamos que ele recebia propina da empresa”, disse Fayad. Com excessão do desvio de grãos, Souza é apontado como o articulador de todos os outros crimes.

Prorrogação das prisões

Segundo o delegado Sérgio Luis Stinglin de Oliveira, desde ontem o trabalho dos agentes tem sido organizar e detalhar os documentos apreendidos. Ele não descartou a possibilidade de pedir a prorrogação das dez prisões temporárias decretadas pela Justiça. Elas têm validade por cinco dias e terminam no domingo.

Souza foi preso no Rio de Janeiro, com R$ 65 mil e uma nota promissória de R$ 800 mil, emitida por um terminal portuário. Ele deverá ouvido hoje (o depoimento, inicialmente marcado para ontem, foi adiado por causa do feriado de São Sebastião, padroeiro do Rio). Os demais estão presos na carceragem da PF em Curitiba.

Deputado propõe CPI do governo Requião

Paranáonline

Na onda das novas denúncias e investigações policiais contra a administração do Porto de Paranaguá durante o governo de Roberto Requião (PMDB), o deputado estadual Douglas Fabrício (PPS) anunciou que vai propor a instalação de uma Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) da Corrupção, na volta dos trabalhos na Assembleia Legislativa, a partir de 1º de fevereiro.

“Irregularidades na administração dos portos, na verdade, é só uma das muitas maracutaias deixadas pelo governo anterior”, enfatiza o parlamentar, que relembra problemas envolvendo o fundo de previdência dos servidores estaduais, o ParanáPrevidência; a Ferroeste e diárias de viagem na Secretaria de Estado da Educação.

“São pontos que já cobrávamos e que acho que a Assembleia pode tomar providências. O Paraná perdeu muito e não é porque terminou o governo que vamos passar uma borracha em tudo. Assim como a Assembleia Legislativa foi e está sendo passada a limpo, o governo Requião tem de ser passado a limpo também”, defende o deputado, ao lembrar que as informações solicitadas por ele sempre foram sonegadas pelo governo anterior.

O PPS fez parte da base aliada que elegeu o governador Beto Richa (PSDB). “O novo governo pegou um Estado sucateado, sem condições de investimento, e as investigações são necessárias para dar uma resposta para a sociedade. Problemas que são do governo anterior podem ficar nas costas do atual”, afirma.

Douglas Fabrício reconhece que seus pedidos anteriores para investigar atos do governo estadual não tiveram sucesso. “Já tentamos vários pedidos de informação, mas na época a base do governo barrou tudo”, diz.

Legalmente, é necessário que se obtenha a assinatura de pelo menos 18 deputados, um terço do quadro dos deputados da Assembleia, para que a CPI possa ser apresentada.

Depois, depende da presidência da Casa dar sequência ao projeto. “No início de fevereiro vou começar a conversar com outros deputados para pedir o apoio na instalação da CPI, começando pelos meus colegas de partido”, conta o parlamentar.

Em 2007, junto com Douglas Fabrício, o deputado Valdir Rossoni (PSDB) já havia tentado criar uma CPI da Corrupção para investigar escândalos do governo Requião.

Na época, o Porto de Paranaguá já era alvo de investigação pretendido pelos parlamentares, junto com a compra superfaturada de TVs laranjas (televisões de 29 polegadas de tela plana para as escolas estaduais, compradas da maior doadora da campanha eleitoral de Requião, a empresa Cequipel, que venceu licitação); uso de cartões corporativos; repasse e atuação de organizações não-governamentais no Paraná, além dos considerados excessivos gastos com publicidade.

A estratégia não deu certo e a CPI naufragou. A então bancada governista propôs a criação simultânea de cinco outras CPIs para obstruir a instalação da CPI da Corrupção.

Com aposentadoria, Dias quase dobra patrimônio

AE

Dono de uma das vozes mais contundentes da oposição durante os oito anos da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no que dizia respeito aos gastos públicos, o senador Álvaro Dias (PSDB) pretende receber do Estado do Paraná valores retroativos de aposentadoria por ter sido governador entre 1987 e 1991. O incremento, se obtido, pode acrescentar cerca de R$ 1,6 milhão (13 salários anuais) ao seu patrimônio de R$ 1,9 milhão, conforme declarado à Justiça Eleitoral em 2006.

A aposentadoria como ex-governador lhe rende R$ 24,8 mil ao mês desde outubro do ano passado. No Senado, Dias recebe R$ 26,7 mil. De acordo com o governo do Paraná, a solicitação de valores retroativos relativos aos últimos cinco anos feita pelo senador deve ser analisada pela Procuradoria-Geral do Estado.

O senador foi procurado na quinta-feira, 20, mas não foi localizado.

Cientistas não veem relação direta entre buracos negros e matéria escura


AE

Os buracos negros massivos são encontrados no centro de quase todas as galáxias, onde as maiores delas - embutidas em halos de matéria escura - abrigam os buracos negros.

Resultados são publicados em carta à revista Nature

Esse fato levou à especulação de que existe uma relação direta entre a matéria escura e os buracos negros, ou seja, que uma física estranha controla o crescimento de um buraco negro.

Cientistas da Universidade do Texas em Austin (EUA) e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, ligado ao Observatório da Universidade de Munique (Alemanha), conduziram um estudo abrangente sobre galáxias para provar que a massa dos buracos negros não está diretamente relacionada à massa do halo de matéria escura, mas parece ser determinada pela formação do bojo (centro) da galáxia. Os resultados são publicados em uma carta à revista Nature.

As galáxias, como a nossa Via Láctea, são compostas por bilhões de estrelas, além de grandes quantidades de gás e poeira. A maior parte disso pode ser observada por variações em comprimentos de ondas infravermelhas e de rádio para objetos mais frios e por sistema ótico e raios X para os de altas temperaturas. No entanto, há dois elementos importantes que não emitem luz e só podem ser percebidos a partir de sua força gravitacional.

Todas as galáxias estão embutidas em halos da chamada matéria escura, que se estende além da borda visível da galáxia e domina sua massa total. Esse componente não pode ser observado diretamente, mas medido por seu efeito sobre o movimento das estrelas, do gás e da poeira. A natureza dessa matéria escura ainda é desconhecida, mas os cientistas acreditam que ela é feita de partículas estranhas - ao contrário da matéria comum (bariônica), da qual a Terra, o Sol e as estrelas são feitos.

O outro componente invisível em uma galáxia é o buraco negro supermassivo no centro. A própria Via Láctea abriga um buraco negro, que é cerca de 4 milhões de vezes mais pesado que o Sol. Esses "monstros" de gravidade têm sido encontrados em todas as galáxias luminosas com bojo central, onde uma pesquisa direta é viável. A maioria, ou talvez todas as galáxias com bojo, contém um buraco negro central. No entanto, esse componente também não pode ser observado diretamente - a massa do buraco negro só pode ser inferida a partir do movimento das estrelas em torno dele.

Em 2002, foi especulado que pode existir uma estreita correlação entre a massa do buraco negro e a velocidade de rotação externa dos discos das galáxias, que é dominada pelo halo de matéria escura, sugerindo que a física desconhecida da matéria escura de alguma forma controla o crescimento dos buracos negros. Por outro lado, já havia sido demonstrado há alguns anos que a massa do buraco negro está relacionada com a massa ou luminosidade do bojo. Dado que galáxias maiores em geral contêm bojos maiores, ainda não ficou claro qual das correlações é a principal para promover o crescimento dos buracos negros.

Para testar essa ideia, os astrônomos John Kormendy, da Universidade do Texas, e Ralf Bender, do Instituto Max Planck, fizeram observações espectrais de alta qualidade em muitos discos, bojos e galáxias com pseudobojos. A crescente precisão dos parâmetros resultantes da dinâmica das galáxias levou à conclusão de que não há quase nenhuma correlação entre a matéria escura e os buracos negros.

Os pesquisadores descobriram que as galáxias sem bojo - mesmo aquelas embutidas em halos maciços de matéria escura - podem conter, no máximo, uma massa muito baixa de buracos negros. Assim, Kormendy e Bender mostraram que o crescimento do buraco negro é mais ligado à formação do bojo, e não à matéria escura.

"Parece muito mais plausível que os buracos negros cresçam a partir do gás em suas imediações, principalmente quando as galáxias estão se formando", afirma Kormendy. Nesse cenário, fusões de galáxias ocorrem com frequência, o que mexe nos discos e permite que o gás caia no centro e, assim, desencadeie explosões de estrelas e alimente os buracos negros. As observações indicam que esse efeito deve ser o processo dominante de formação e crescimento desses buracos no Universo.

Irmão de Requião deve explicação sobre armas

GM

Ex-superintendente do Porto de Paranaguá e um dos investigados pela operação Dallas, Eduardo Requião, irmão do ex-governador Roberto Requião, escondia em casa R$ 140 mil em dinheiro e várias armas com muita munição. Tudo isso estava em uma casa dele no Rio de Janeiro. A Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de busca e apreensão em três endereços diferentes: dois no Rio e um em Curitiba.

Um dos pontos as serem explicados pelo irmão do ex-governador é a origem do dinheiro encontrado. O montante não foi apreendido, já que a determinação do juiz federal de Paranaguá Marcos Josegrei da Silva não autorizava recolher dinheiro, apenas computadores e documentos. As armas foram recolhidas. Segundo informações extraoficiais, todas seriam autorizadas, mas Eduardo Requião terá de apresentar a documentação de cada uma. Caso contrário, pode ser indiciado por porte ilegal.

O paradeiro de Eduardo continua desconhecido. Ele estaria em viagem nos Estados Unidos. Ele chegou a atender uma ligação da reportagem, mas desligou em seguida. No prédio onde mora em Curitiba, ele teria sido visto pela última vez na segunda-feira. Com o silêncio do irmão, coube ao ex-governador Roberto Requião, falar em seu lugar – via Twitter. Na noite de quarta-feira, ele disse confiar na “lisura e no comportamento” do irmão.

Porto dos milagres


Do Eduardo Schneider/HoraHNews

Durante 7 anos os paranaenses tiveram de ouvir um discurso triunfalista sobre o Porto de Paranaguá, proferido com a fúria dos profetas bíblicos pelo ex-governador Roberto Requião. O Porto havia sido salvo da privatização e da ganância neoliberal pelo seu governo popular e de esquerda que havia produzido superávit, saneamento e moralização.

Todas essas realizações eram ainda mais notáveis porque se deram contra a disposição da imprensa canalha, sempre disposta a satanizar as conquistas populares e justiceiras daquele governo. Todo esse discurso enfadonho e fajuto foi desmentido pelos fatos já no período em que Requião comandava o Estado.

Enquanto Paranaguá entrou em processo de decadência as cargas que costumavam ser embarcadas aqui migraram para outros Estados. A combinação de incompetência com gestão temerária e suspeita reduziu drasticamente a capacidade do Porto de permitir a atração de embarcações pouco maiores que jangadas e pedalinhos.

Entretanto quem achava que a diferença entre a propaganda oficial que anunciava um porto dos milagres onde todos viam incompetência mais flagrante se limitava a gestão incompetente, mais uma surpresa. Duas operações desencadeadas pela Polícia Federal colocaram o Porto de Paranaguá na alça de mira por ter sido o centro de gravíssimas operações criminosas.

O apartamento de Eduardo Requião, melhor superintendente de portos do mundo, segundo o insuspeito discurso do irmão, foi revistado pela Polícia Federal que fez apreensão de computadores e documentos. Existem fortes suspeitas que as realizações dessa administração portuária ainda vão trazer grandes e ingratas surpresas aos paranaenses.

Twitter do Requião: irmão, porto, etc. ....


"Não perdôo nem o pecador nem o pecado, confio no meu irmão. Dentro da lei tudo deve ser apurado"
2 minutes ago via web

Transformei uma sucata no melhor Porto do Brasil. Se desvio houve cadeia para os responsáveis.
14 minutes ago via web in reply to adolfokneto

Se a nomeação pode ter sido um erro, o Porto público é sucesso.
about 14 hours ago via web in reply to emersonras

Não duvido da corrupção, não aceito envolvimento de quem não tem nada com o fato. Tornamos o Porto uma maravilha.
about 14 hours ago via web in reply to elainecolonhezi

A minha turma limpou, modernizou e viabilizou o Porto.
about 15 hours ago via web in reply to carmofollmann

Não tenho dúvidas da ocorrência de corrupção no porto, só não envolvam meu irmão indevidamente. Tudo deve ser apurado.
about 16 hours ago via web in reply to gotiaf

TRAGÉDIA NO RIO: Número de mortos pode passar de mil


O número de mortos em decorrência das fortes chuvas que assolaram a Região Serrana do Rio de Janeiro pode chegar a mais de mil. Nesta terça-feira, 18, a Secretaria Estadual de Saúde contabilizou 710 mortos na região e o Ministério Público do Rio confirmou que 311 pessoas ainda estão desaparecidas.

Enquanto parte da população das cidades atingidas tenta voltar à rotina, 184 pessoas continuam desaparecidas em Teresópolis, 109 em Nova Friburgo, 16 em Petrópolis e duas em Bom Jardim.

Novos deslizamentos
A chuva voltou a cair com força nesta terça em Teresópolis e Petrópolis, onde foram registrados três pequenos deslizamentos pela Defesa Civil, sem vítimas. Algumas áreas das cidades atingidas ainda estão isoladas por toneladas de terra, lama e pedras.

De acordo com a Defesa Civil, o número de desabrigados e desalojados em Petrópolis chegou a 3,6 mil e 2,8 mil, respectivamente. Em Teresópolis esses números são de 960 e 1.280. Já em Nova Friburgo são 1.970 desabrigados e 3.220 desalojados.

O Porto de Paranaguá e o tráfico internacional de drogas



Operação Sofia

9/12/2007

Afonso Mônaco

Após três meses de investigação, policiais federais de São Paulo prenderam na última semana uma quadrilha búlgaro-brasileira, acusada de transportar drogas para países da Europa e Oriente Médio. Na rodoviária de Curitiba, Dimitar Dragnev foi flagrado com 12 kg de cocaína, enquanto seu compatriota Orlin Iordanov foi preso no porto de Paranaguá, com outros 20 kg da droga. Ambas as cargas seguiriam destino em navios de carga, através de marinheiros aliciados pelos traficantes.

A Operação Sofia (alusão à capital da Bulgária) teve início em setembro, depois que a Interpol informou às autoridades brasileiras que a máfia búlgara estaria comprando cocaína pura no Brasil e transportando-a para o exterior. Um nome foi fornecido: Orlin Iordanov. Mais conhecido como Gordo, Iordanov passou a ser investigado pelos agentes federais e foi o ponto de partida para o desmantelamento do esquema criminoso. "Era o chefe da organização", afirma Fernando Franceschini, delegado da Polícia Federal.

Oriunda da Colômbia, a droga era transportada via terrestre para São Paulo e depois repassada aos búlgaros. Calcula-se que em um ano, mais de uma tonelada de cocaína teria sido remetida para a Europa e depois aos países do Oriente Médio, onde é muito valorizada. Franceschini explica o porquê do alto valor obtido. "O preço é altíssimo naquela região em virtude das penas que esses países aplicam por tráfico de entorpecentes, chegando a punir os infratores com a pena de morte."

Quem estabelecia o elo entre a máfia búlgara e os fornecedores da droga era Octávio César Ramos, cuja residência também foi colocada sob vigília da polícia. Além do advogado, outros dois integrantes da quadrilha foram identificados: o ex-policial civil Rubens Maurício Bolorino e o empresário paulista Marcos Santini, proprietário de um restaurante e acusado de participar no financiamento da cocaína. Todos os oito integrantes do grupo serão processados e podem pegar até 20 anos de cadeia.



Bando traficava cocaína de Paranaguá para Leste Europeu

07/12/2007
Grupo enviava droga com alto teor de pureza para Leste Europeu e Emirados Árabes a partir dos Portos de Santos e Paranaguá

A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira em Paranaguá, cinco pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que enviava cocaína de alto teor de pureza para o Leste Europeu e para os Emirados Árabes Unidos a partir dos Portos de Santos e de Paranaguá.

Segundo a Polícia, a droga viria da Colômbia, passava pelo Paraná, e era enviada pelo Porto de Paranaguá. As prisões foram feitas após receber informações de uma unidade da Interpol, a Polícia Internacional, na Bulgária, país do Leste Europeu que servia como base para os criminosos.

Entre os nove presos está um dos donos dos Restaurantes Fidel, Marcos Santini, flagrado no monitoramento da PF recebendo R$ 300 mil da quadrilha - ele é apontado como braço financeiro do grupo.

Outro brasileiro preso foi o advogado Octavio Cesar Ramos, ex-defensor do vocalista Nasi, da banda Ira!, e de Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor da Daslu. A quadrilha era liderada por Orlin Nikolov Iordanov, o Fatman, procurado pela Interpol na Bulgária. Ele foi detido na madrugada desta quinta-feira, flagrado ao repassar 30 quilos de cocaína para o tripulante de um navio que ia para Dubai.

O delegado responsável, Fernando Francischini, disse que a operação vai continuar e que mais prisões vão ser feitas nos próximos dias, em São Paulo e no Paraná.



Carga recorde de cocaína pura em Paranaguá

6 fev. 2009

Fábio Schatzmann/Folha do Litoral

A Polícia Federal e a Receita Federal, com colaboração da Interpol (Polícia Internacional), realizaram, ontem, no porto de Paranaguá, a segunda maior apreensão de cocaína do País e a maior da história do Paraná. Até o final da noite, os agentes pesaram mais de três toneladas da droga e o volume pode ultrapassar quatro toneladas de cocaína pura. A quantidade perde somente para outra, no interior do Tocantins, em junho de 1994, de 7,5 toneladas.

A droga estava escondida em uma carga de pallets (fardo de madeiras amarrados), em cinco contêineres - com madeira e compensado - que seguiriam para o porto da Romênia, na Europa. De acordo com a PF, a droga foi avaliada em mais de R$ 300 milhões. Na Europa, cada tablete, em média com 1,2 quilo, custa R$ 80 mil. A quantidade exata da droga deve ser divulgada hoje.

O produto pode ter vindo da região da fronteira do Brasil com a Bolívia. De acordo com Sérgio Lorente, chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, os contêineres com a carga das drogas estavam no setor retroportuário, prontos para o embarque.

Tanto o nome do navio e da empresa de São Paulo, responsáveis pelo transporte, serão mantidos em sigilos. Não houve prisão durante a operação.

Investigação

A droga era colocada nos fardos que, por fora, lembravam uma caixa de madeira, e dentro eram ocos. Todos os tabletes continham três brasões diferentes e a PF acredita que sejam símbolos dos três grandes cartéis produtores da cocaína.

Há cerca de uma semana uma carga de 1,2 tonelada de cocaína, que partiu do porto de Paranaguá, foi apreendida na Romênia, no porto para onde a carga ontem apreendida tinha destino.



“Iugoslavos” são presos com 29 quilos de cocaína em Matinhos

26/08/2010

Cinco estrangeiros foram presos com 29 quilos de cocaína em Matinhos, na tarde deste sábado (25) pela Polícia Federal.

Três deles são de Montenegro, um da Sérvia e um da Croácia, países do leste europeu que compunham a antiga Iugoslávia.

Eles chegaram a Matinhos por roteiros diferentes. Três desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Dois viajaram como tripulantes de um navio e desembarcaram no Porto de Paranaguá.

Os cinco homens foram presos em uma sorveteria.



Imagens inéditas mostram atuação da maior quadrilha de tráfico do país

Band

23/12/2010

...O croata mantinha uma vida de milionário em São Paulo. Apresentava-se como empresário, frequentava lojas, restaurantes e casas noturnas de luxo da cidade. Ele era o representante no Brasil de compradores de cocaína europeus.Simon também foi preso em flagrante na última quarta-feira no porto de Paranaguá, no Paraná. Enquanto entregava para um tripulante de um navio 30 quilos de cocaína que seriam distribuídos na Europa....

Uma pergunta: Qual foi o destino dado as madeiras de corte ilegal (mogno) apreendidas no Porto de Paranaguá?


O Ibama apreendeu no Porto de Paranaguá (PR), um container com mais de 45 mil metros quadrados de mogno ilegal laminado, suficiente para pavimentar com essa espécie valiosa uma área correspondente a 6,5 campos de futebol. O mogno estava a bordo do navio “CVAS New York” e foi embarcado em Norfolk, na Virgínia, em 12 de junho, de volta ao Brasil, por ordem do governo norte-americano. A empresa destinatária – Laminort, de Curitiba, - que havia exportado a madeira para os Estados Unidos, foi multada em R$ 16.092,00 por venda e exportação sem autorização do Ibama. O mogno apreendido foi colocado sob guarda judicial da TCP – Terminal de Containeres de Paranaguá. O carregamento está avaliado em R$ 290.000,00.

Esta é a primeira vez em que um carregamento de mogno ilegal é devolvido ao Brasil.

Ativistas do Greenpeace estavam no Porto de Paranaguá acompanhando o trabalho do Ibama. Eles estenderam uma faixa com o desenho de uma árvore de mogno com o carimbo “Entrada recusada!” e a mensagem: “Mogno, bem-vindo ao lar. Gostou das férias nos EUA?”. “Estamos presenciando um momento histórico para todos aqueles que lutam em defesa da Amazônia e contra a exploração descontrolada e ilegal dos recursos naturais da região. Finalmente governos estão fazendo sua parte para conter o tráfico internacional de madeira predatória”, disse Nilo d’Ávila, do Greenpeace.

O carregamento de laminados de mogno, perfazendo um volume de 32,184 metros cúbicos, faz parte de um lote de 884 metros cúbicos exportados pela empresa paranaense Laminort em 2002, graças a liminares judiciais.O total exportado corresponde a cerca de 1,2 milhão de metros quadrados de finas lâminas, normalmente de 0,7 mílimetros de espessura, usadas para revestimento de painéis, móveis etc.

O produto havia chegado aos Estados Unidos no ano passado, e foi apreendido no porto a pedido das autoridades brasileiras. Desde então o importador americano – M. Bohlke Veneer – travou uma longa batalha judicial no justiça de Washington. Em abril desde ano, a Corte do Distrito de Colúmbia deu ganho de causa ao governo americano no processo movido pela M. Bohlke e outros seis importadores de mogno que tiveram seus carregamentos apreendidos entre fevereiro e julho de 2002. O Greenpeace e a ONG Defenders of Wildlife participaram da ação como “Amicus”, alegando que a madeira não poderia ser liberada.

Dados do Ibama mostram que a Laminort se abasteceu de mogno em pelo menos duas empresas que atuam na região da Terra do Meio (PA) envolvidas com exploração ilegal e ligadas à chamada “Máfia do Mogno”.



Tráfico de madeira possui métodos iguais ao do tráfico de drogas

AE

Investigações feitas pela Polícia Federal comprovaram que os grupos que atuam na comercialização ilegal de mogno na Amazônia, empregam os mesmos métodos utilizados pelo narcotráfico. Além disso, a movimentação financeira é superior ao tráfico de drogas em algumas regiões e o custo operacional, inferior ao do crime organizado.

“Não estamos tratando com pequenos infratores, mas com uma máfia”, afirma o coordenador da área de crimes ambientais da PF, delegado Jorge Barbosa Pontes.

O problema se agravou a partir da decisão de impedir o comércio de mogno, renovada há um mês pelo Ministério do Meio Ambiente, que organizou uma regulamentação de uma nova lei sobre o assunto. Ainda segundo o delegado, “eles usam laranjas, costumam também utilizar a violência, movimentam grandes fortunas e coagem os pequenos”.

Das serrarias de onde sai acobertada com notas frias, a madeira vai para os portos de Belém, Barcarena, Santarém e Vigia, no Pará, e Paranaguá, no Paraná. “Apesar de atuar como uma máfia, os grupos de traficantes não têm a mesma punição que os integrantes do narcotráfico. A lei para eles é branda, absolutamente ridícula”, afirma o delegado.

 
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