domingo, 14 de novembro de 2010

Si vis pacem para bellum

Mal terminamos a eleição para governador e os atores para o novo embate estadual em 2014 já começam a se colocar enquanto candidatos e a máxima “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” continua a se fazer presente, pois a cada dia mais a política se coloca como uma tarefa de construção diária.

Osmar, seguindo o caminho do Lula e do Maluf, que tiveram muitas derrotas até obterem um vitória, diz abertamente que o PDT terá candidato próprio em 2.014. Ele sabe que pela oposição tanto o PT, com a Gleisi, como o PMDB, com o Requião ou o Pessuti, com certeza terão candidatos próprios ao governo estadual e assim se ele não fechar as porteiras do PDT se firmando enquanto candidato corre o risco de ser defenestrado do jogo, pois nestas traquitanas eleitorais já lhe tomaram o mandato de senador.

Durante a campanha os petistas para atraírem os aliados prometeram de tudo, tanto para a campanha local (gente, dinheiro e estrutura), como se caso o projeto local não desse certo futuros espaços no governo Dilma, o que como não o fizeram na campanha estadual, onde a prioridade foi somente a eleição da Gleisi e buscar votos para a Dilma, também não irão cumprir e cinicamente o André Vargas disse que tanto o Pessuti como o Osmar tem o apoio do PT local, mas que irá indicar os espaços na composição do governo Dilma será as direções dos partidos aos quais estes pertencem, no caso o PMDB e o PDT. Será que o Paulo Bernardo e a esposa possuem algum interesse para viabilizar a vida dos futuros adversários? Acredito que não!

Em relação ao futuro governo Beto o que vemos é mesmo antes deste ter sido empossado o Pessuti, que quer d equalquer forma se viabilizar no governo Dilma, pois se não o fizer será destroçado pelo Requião, hoje subalterno aos petistas dentro da máquina estadual gastar o que está tem e o que não tem, pois muito do que pretende acabará sendo pago pelo governo Beto, pois são obras de grande porte cuja execução não acontecerá até o fim deste governo de apenas oito meses. Assim eles tentam inviabilizar o próximo governo estadual.

O Beto percebeu claramente as manobras do Pessuti, que até incluía a atitude ilegal de zerar o caixa do Porto de Paranaguá com obras fora da área do Porto, e via a Assembléia e a Justiça tenta de todas as formas barrar o comprometimento do erário com o que nem ao menos é estratégico para o desenvolvimento do estado.

O que o Pessuti, hoje mero agente dos interesses petistas, quer é inviabilizar ao máximo a vontade do povo expressa nas urnas e ela quer que o Beto cumpra o seu programa de governo e que não fique refém de um mandato tampão para o qual o atual governador não foi eleito, pois era somente um vice do eleito Requião e este hoje deixa claro que não assina embaixo do que o seu ex-vice faz.

Esperamos que os deputados estaduais e a Justiça não permitam que estes abusos de fim de governo não se concretizem, pois o venal oportunismo eleitoreiro de alguns não podem colocar em risco o projeto estratégico de dewenvolvimento do Novo Paraná, o que é do interesse de todos os paranaenses.

Hoje o Pessuti e o Osmar, anulados e subservientes, não passam de meros reféns do projeto petista de poder.

O duplamente derrotado Osmar, pois graças ao PT perdeu a reeleição para o senado e a disputa para o governo, caso assuma algum posto secundário no governo Dilma estará colocando fim a sua carreira política, autorizando o próprio epitáfio.

Para o Pessuti, o que é sem ter sido, pois o vice não é o que teve o cargo aprovado pelo voto popular, assim não passando de um apêndice, tudo é lucro, pois sem votos em Janeiro não será mais nada além do que ser o que a Dilma, o Temer e o Paulo quiserem que ele seja.

Entre o racismo e a memória: a luta por um espaço compartilhado dentro de Israel

Arturo Hartmann

Uma democracia que, oficialmente, diz tratar todos seus cidadãos de maneira igual. Em seu cerne, na sua declaração de independência, de 15 de maio de 1948, Israel afirma que a partir dali, naquele Estado, todos teriam direitos iguais. Mas o caráter judeu que lhe dava vida atrelava a esta sociedade uma guerra social sem fim, ainda mais quando continha em si uma grande comunidade injustiçada que nunca cessou de lutar por seus direitos nacionais e culturais. Falo dos palestinos que permaneceram após o maio de 48, data que chamam de catástrofe, pois esta lhes colocou em um redemoinho de expulsões, desapropriações, morte (Deir Yassin vem à mente) e ocupação.

Viajei cinco meses por parte deste território que em geral conhecemos por Israel e Territórios Ocupados da Palestina. Os palestinos de Gaza e Cisjordânia continuam, desde 1967, ocupados. Mas os palestinos e seus descendentes que ficaram em Israel, que hoje compõem 20% da população total do país, estão sozinhos. Foi essa a primeira impressão que tive ao conversar com eles em Tel Aviv-Yafo (sua Jaffa), Haifa, Acre e Nazareth. Eles não podem mais fazer parte do Estado palestino, tornado inviável pelos Acordos de Oslo, pelo qual muitos lutaram. O controle israelense dentro da Cisjordânia nunca foi tão efetivo. E Gaza sofre com o fechamento de suas fronteiras, o cerco realizado por Israel e seu parceiro Egito.

Os palestinos de Israel hoje lutam por exercer sua “palestinidade” sem sofrer perseguição. E ainda que Israel espalhe aos quatro cantos seu caráter democrático, parece preferir ocultar o que faz para defender seu caráter judeu. O grupo de rap palestino (ou árabe-israelenses, como os define o governo de Israel) DAM diz em uma de suas letras, tirada de vídeo no YouTube, “o máximo de terras para o máximo de judeus; o mínimo de terras para o mínimo de árabes”. Poderíamos estar falando dos territórios ocupados, já que quase toda cidade palestina na Cisjordânia olha hoje para um assentamento israelense, mas estamos do lado de lá, onde vemos as belas praias e o litoral israelense.

É possível fazer vista grossa à guerra que, de qualquer forma, também se incrusta no cotidiano social. A não ser que tenha traços árabes, então o passante terá toda a experiência do conflito, será revistado e questionado no aeroporto, em rodoviárias ou mesmo em um simples passeio pela turística cidade velha de Jerusalém. Sim, ela ainda está ocupada. Mas se um turista não ler resoluções da ONU ou ignorar os palestinos do lado Leste – adoram conversar em seus aconchegantes cafés - então verá Jerusalém como mais uma cidade israelense.

A cisão provocada pelo embate entre democracia e judaísmo está na base fundamental deste país e parece hoje ser insuperável, ainda mais quando faz parte do cerne político do Estado e do caráter identitário de Israel.

Na última semana, o jornal Haaretz informou que o rabino-chefe de Safed – norte de Israel -, Shmuel Eliyahu, e outros “proeminentes rabinos instalaram um chamado em um ‘ conferência de emergência’ financiada pelo Estado intitulada “Guerra Silenciosa: Combatendo a Assimilação na Cidade Sagrada de Safed”. Ali, informa o diário, Eliyahu e outros 17 rabinos pediram a judeus que não aluguem casas a não-judeus. A Galileia, norte de Israel, tem uma das maiores concentrações de população árabe. Chefes políticos palestinos e associações da esquerda israelense pediram ao Procurador Geral que abrisse investigação criminal contra os rabinos.

De qualquer forma, acusar qualquer um de racismo em Israel torna-se difícil quando seu ministro de Assuntos Exteriores, Avigdor Lieberman, o líder do partido Yisrael Beitenu, braço direito na atual coalizão encabeçada pelo Likud de Binyamin Netanyahu, defende publicamente políticas racistas. Nunca antes um chanceler israelense havia ido ao púlpito da ONU e defendido abertamente transferência populacional como parte da solução do conflito árabe-israelense. Nada disso surpreende a israelenses que acompanharam de perto sua campanha para as eleições de 2009.

Esse crescimento de facções ligadas à defesa ortodoxa do sionismo tornará difícil a vida de movimentos palestinos ou da esquerda israelense. Tive a chance de entrevistar um desses ativistas para o documentário “Sobre futebol e barreiras –a Copa do Mundo 2010 vista em Israel/Palestina”, um judeu nascido na Argentina e que hoje dedica-se a criar a consciência entre os judeus-israelenses sobre a catástrofe palestina. Quer fazer emendas, expurgar o que ele considera o crime inicial da formação deste Estado. Ele dirige uma organização chamada Zochrot (Relembrar, em hebraico) e leva adiante projetos de recuperação de memória de palestinos vivos em 48, de reconstrução de vilas destruídas e de projetos para o retorno de refugiados.

Em uma tarde em Tel Aviv, ele detalha um desses projetos, a reconstrução da vila de Miske: “Uma coisa que passou pela minha cabeça é que realmente temos que planejar e criar um novo espaço compartilhado, e não apenas um pensamento raso de como eles podem retornar a suas vilas. Espero que voltem e possam reconstruir suas vilas. Isso eles farão, não é meu trabalho. O que posso fazer, no entanto, e isso é importante eu fazer como israelense, é como posso recriar isto como um espaço compartilhado, com israelenses vivendo aqui, com palestinos vivendo aqui e com os refugiados e os descendentes que desejarem viver aqui. Pensamos esse espaço compartilhado no exemplo de Miske. Essa antiga vila hoje está cercada por três ou quatro assentamentos ou vilas judaicas. Um é um kibbutz outro é uma moshav, todos têm uma cerca e um grande portão de entrada. De certa forma, é uma área fechada. Pensei que uma das primeiras coisas que quero fazer é derrubar todas essas cercas. Se você vai a um espaço compartilhado e cria um kibbutz com cercas, mostra exatamente o que você está fazendo, você é uma colônia, cria locais de assentamentos, que estão armados. Todos têm armas lá dentro, são fechados, não estão compartilhando o espaço. Se você for a todas as antigas vilas árabes, são abertas ao público. Se reconstruirmos Miske, uma das coisas mais importantes é derrubar todas essas cercas desses assentamentos israelenses. Aí então poderemos falar de uma nova relação entre as pessoas morando lá e usando esse espaço”.
O discurso deste israelense é raridade, encontra pouco eco entre a população judaica de Israel e talvez sobreviva porque surge em Tel Aviv, o centro da população laica, um espaço para pensamentos que políticos como Lieberman prefere ignorar. Eytan Bronstein sabe o “absurdo” que acabara de falar. E brinca: “Lógico, se eu ir a esses assentamentos dizendo que vamos recriar Miske e derrubar as cercas, eles olharão para mim achando que eu acabei de cair do céu”.

ALERTA!!!!!! Vestibular da UFPR deixa trânsito intenso



Acontece neste domingo a primeira fase do vestibular 2011 da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mais de 43,8 mil candidatos concorrerão às 5.540 vagas.

A expectativa é de que haja trânsito intenso no domingo, por isso a orientação da UFPR é que o candidato se programe para chegar pelo menos uma hora antes do fechamento dos portões, que ocorre às 13h30.

Para quem vai de ônibus, a Urbs, empresa que administra a frota da capital, colocará mais linhas de transporte coletivo em circulação.

Neste ano há mudanças quanto aos locais de prova. A principal alteração foi a exclusão do câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), que até 2009 concentrava o maior número de candidatos, cerca de 10 mil.

Esperança contra o autismo

ALYSSON MUOTRI

CRISTIANE SEGATTO/ÉPOCA

O autismo é um dos mais intrigantes transtornos do desenvolvimento humano. Não é uma doença única, mas uma síndrome compostas por diversos males neurológicos que têm em comum duas características: deficiências no contato social e comportamento repetitivo. Durante muito tempo, acreditou-se que as crianças eram acometidas pela doença simplesmente porque não receberam afeto dos pais. Nas últimas décadas essa visão foi substituída pela certeza de que o problema é provocado por um distúrbio biológico no cérebro. A mais impressionante evidência disso foi divulgada hoje (11) pela revista científica Cell.

A equipe liderada pelo biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia, em San Diego, conseguiu três feitos inéditos e impactantes:

1) criou neurônios autistas em laboratório

2) revelou que eles são diferentes dos neurônios normais desde o início do desenvolvimento

3) conseguiu tratar os neurônios autistas e fazer com que eles se comportassem como neurônios normais

Nesse trabalho, Muotri decidiu trabalhar apenas com autistas portadores da síndrome de Rett - uma forma grave da doença. Os indivíduos que sofrem desse problema se desenvolvem normalmente até o primeiro ano de vida. A partir dessa fase, começa uma regressão acentuada. Além de apresentar comportamento autista, os pacientes perdem a coordenação motora e sofrem de rigidez muscular. Muitos morrem na juventude.

A síndrome de Rett foi escolhida pela equipe porque tem uma causa genética clara. Sabe-se que é provocada por mutações no gene conhecido como MeCP2. Além disso, os neurônios são afetados de forma mais dramática do que nos casos de autismo sem causa determinada.

Para investigar como a doença se origina, Muotri decidiu criar neurônios autistas em laboratório. Células da pele de pacientes foram extraídas por meio de uma biópsia simples. Elas receberam quatro genes que as induziram a se comportar como se fossem células-tronco embrionárias.As novas células tornaram-se capazes de dar origem a qualquer tipo de tecido.

Essas células são conhecidas no meio científico como células-tronco de pluripotência induzida (iPS). O método foi descrito pela primeira vez pelo japonês Shinya Yamanaka em 2006. Atualmente é empregado no estudo de várias doenças porque elimina a necessidade de descarte de embriões humanos e todos os dilemas morais decorrentes disso.

Em seguida, a equipe de Muotri adicionou vitamina A e outros fatores para induzir as células iPS a se transformar em neurônios. Deu certo. Como o genoma dessas células veio de pacientes autistas, pela primeira vez na história cientistas conseguiram criar neurônios autistas em laboratório e testemunhar o funcionamento deles desde o início do desenvolvimento. Observar o desenvolviemnto de um neurônio doente numa placa de Petri não é a mesma coisa que testemunhar isso dentro do cérebro de um paciente. Mas é um grande começo.


DIFERENÇA

Os cientistas criaram neurônios a partir de células da pele de autistas e de pessoas normais. Os pontos vermelhos são as sinapses (ponto de contato onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos, de uma célula para outra). Os neurônios autistas (acima) formam menos sinapses que os neurônios normais
O grupo observou que o tamanho do núcleo dos neurônios autistas é menor do que o núcleo dos neurônios normais. O número de sinapses (pontos de contato onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos entre uma célula e outra) também é reduzido nos neurônios autistas.

“Conseguimos demonstrar muito claramente que o autismo é uma doença biológica causada provavelmente por um defeito genético”, diz Muotri. “Esses neurônios criados em laboratório não sofreram a influência de nenhum fator ambiental e, mesmo assim, eram autistas”.

Se já é possível criar neurônios autistas, será que em breve será possível “consertá-los”? A equipe de Muotri também investigou isso. Duas drogas foram usadas na tentativa de curar os neurônios: o fator de crescimento de insulina 1 (IGF-1) e a gentamicina. O resultado foi muito motivador. Os neurônios autistas tratados passaram a se comportar como se fossem neurônios normais.

“Isso é fantástico, uma esperança de que a cura é possível”, diz Muotri. O trabalho indica que o estado autista não é permanente - e sim reversível. “Mostramos que é possível tratar esses neurônios antes dos sintomas aparecerem”, diz.

Nenhuma das duas drogas, porém, podem ser usadas atualmente em pacientes. Uma delas não cruza a barreira hematoencefálica (membrana que protege o cérebro de substâncias químicas presentes no sangue). A outra droga é tóxica. Mas o método pode ser usado para testar novas drogas desenvolvidas com o objetivo de reverter o autismo. Também pode dar origem a um teste de diagnóstico inequívoco baseado num material abundante e de simples acesso: células da pele.

“O mais surpreendente é que por esse método pudemos reconstituir a história de uma doença psiquiátrica numa placa de Petri”, diz Fred Gage, professor do Laboratório de Genética do Instituto Salk, em San Diego. É possível que em breve outras doenças psiquiátricas possam ser esclarecidas da mesma forma.

O pesquisador no laboratório do Instituto Salk, onde aprendeu a transformar células-tronco embrionárias em neurônios. Atualmente é professor da Universidade da Califórnia, em San Diego, e trabalha com células da pele

O grupo de Gage também participou do trabalho. Foi com ele que Muotri aprendeu a transformar células-tronco embrionárias em neurônios. Gage orientou o pós-doutorado de Muotri no Instituto Salk. Desde então, o brasileiro galgou vários degraus. Em 2008, tornou-se coordenador de um laboratório na Universidade da Califórnia. Coordena 12 pessoas. No ano passado, recebeu US$ 1,5 milhão do National Institutes of Health (NIH) para aplicar nas pesquisas. Outro trabalho com os neurônios autistas foi aceito pela revista Nature e deve ser publicado na próxima semana.

Filho de um advogado e de uma comerciante que tinha uma papelaria no bairro de Pinheiros, em São Paulo, Muotri vive há oito anos nos Estados Unidos. É casado com a bióloga paulistana Carol Marchetto, uma das autoras do trabalho. Eles se conheceram no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Junto com o colega Cassiano Carromeu, formam o trio de brasileiros que assina o trabalho junto com outros seis pesquisadores estrangeiros.

Carol e Muotri não pretendem sair de San Diego tão cedo. Lá encontraram condições ideais (dinheiro, liberdade, metas) para realizar pesquisa científica e uma qualidade de vida que o fez recusar convites para trabalhar em Boston e em Nova York.

Em San Diego, Muotri descobriu o surfe e a ioga. “A pressão no ambiente acadêmico é tão grande que o cientista precisa ter preparo físico para suportar”, diz. “O surfe e a ioga me equilibram e me ajudam a lidar com as pressões”. Se a prática do esporte é proporcional aos insights que Muotri vem acumulando, vamos torcer para que ele continue pegando muitas ondas.

Ingrid Betancourt: "Nem Pablo Escobar foi tratado como eu"

REDAÇÃO ÉPOCA

A vida de Ingrid Betancourt está dividida entre Paris, onde mora o filho, Lorenzo, e Nova York, onde vive a filha, Mélanie. Ela nunca mais morou na Colômbia desde que foi resgatada pelos militares no meio da selva, em julho de 2008, seis anos e meio depois de sequestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ingrid veio ao Brasil na semana passada para lançar o livro Não há silêncio que não termine, em que narra o sofrimento no cativeiro. Nesta entrevista, Ingrid revela muita mágoa por ter sido acusada de forçar seu sequestro por motivos eleitorais (era candidata à Presidência na época) ou de ter sido mal-agradecida ao pedir indenização ao Estado. “Tenho uma ferida com a Colômbia e preciso de tempo para que ela cure”, afirma.

ENTREVISTA - INGRID BETANCOURT

QUEM É:

Nascida em Bogotá, Ingrid Betancourt Pulecio tem 48 anos. Em processo de divórcio, tem dois filhos: Mélanie, de 25 anos, e Lorenzo, de 22.


O QUE FEZ:

Graduada em ciências políticas, foi deputada e senadora. Em 2002, era candidata à Presidência da Colômbia, quando foi sequestrada pelas Farc.


O QUE PUBLICOU:

Não há silêncio que não termine (Companhia das Letras).


ENTREVISTA:

Qual foi a pior situação que a senhora enfrentou no cativeiro e da qual preferia se esquecer? Samuel Fellipe Vieira Cruz, Fortaleza, CE

Ingrid Betancourt – Há situações das quais não vou falar. Sei que não poderei esquecer delas, mas tampouco quero compartilhá-las. Mas de outras eu posso falar. Entre elas está a morte do meu pai (em 23 de março de 2002, um mês depois de Ingrid ter sido seqüestrada). Soube de uma maneira muito estranha. Chegaram ao acampamento alguns mantimentos envoltos em papel-jornal. E não nos importou que havia verduras frescas, mas sim o jornal, pois era algo para ler. Pedimos aos guerrilheiros se podíamos ficar com o jornal. E a primeira folha que peguei tinha uma foto de um padre com fotógrafos ao redor. Havia muita dor no olhar do padre. Comecei a ler a legenda. Dizia que o sacerdote estava incomodado com a atitude dos jornalistas ao redor do caixão de Gabriel Betancourt. E esse era o nome do meu pai (longa pausa). Foi um pesadelo.

Qual era a maior dificuldade diária no cativeiro? A comida, a higiene pessoal ou o contato com os guerrilheiros? Lara Paiva, Natal, RN

Ingrid – O contato com os guerrilheiros era o mais difícil. Eles tinham um padrão de comportamento. Mudávamos bastante de acampamento. Quando um novo grupo de guardas chegava, ocorria uma espécie de “lua de mel”. Era uma semana em que eles eram amáveis, respeitosos e curiosos por saber quem éramos. Mas muito rapidamente, em questão de dias, o comportamento mudava. Tornavam-se déspotas, violentos. No meu caso, qualquer coisa que eu fizesse podia estar sujeita a uma reação cruel. Quando chegávamos a um novo acampamento, uma das primeiras coisas era esticar uma corda para poder secar as roupas no sol. Lembro que os outros reféns podiam pôr suas cordas onde quisessem. Comigo, um guarda nunca me deixava pôr a corda onde houvesse sol, minha roupa nunca secava direito. Havia crueldades muito piores, claro. Por uns quatro anos me deixaram acorrentada pelo pescoço a uma árvore. E o guarda, se queria tornar minha vida mais difícil, apertava mais a corrente ou a encurtava ao máximo. Aí mal podia falar ou me locomover.

Em alguns casos, reféns criam “laços amorosos” com os sequestradores (a síndrome de estocolmo). Aconteceu com a senhora? Francisco Calado Barros, Fortaleza, CE

Ingrid – Não, por vários fatores. Fui sujeita a muitas humilhações. Chegou um momento em que criei barreiras psicológicas para me proteger. E uma das maneiras para combater a manipulação deles era lembrar a mim mesma e a meus colegas que eles não eram autoridades nem tinham direito de nos sequestrar. E era nosso direito tentar escapar e buscar a liberdade. Essa minha atitude contrastava com a de outros companheiros. Não houve síndrome de estocolmo, mas sim uma necessidade de criar laços de confiança com a guerrilha para obter uma vida mais fácil. E era isso que a guerrilha queria. Ficava claro que alguns prisioneiros recebiam um trato diferencial. Davam-lhes mais espaço, mais comida, medicamentos quando preciso. Não há necessidade de eu apontar quem eram esses prisioneiros.

Nunca tive relação física com outros reféns. Éramos vigiados 24 horas por dia e por muito tempo vivi acorrentada a uma árvore.

A senhora teve alguma relação afetiva com outro refém? Samuel Saraiva, Porto Velho, RO

Ingrid – Nunca tive relação física com outros reféns, simplesmente porque não se podia. Éramos vigiados 24 horas por dia, e por muito tempo eu vivi acorrentada, proibida de falar com meus companheiros. Mas fiz amizades profundas. Até hoje falo com Marc (Gonsalves, americano com quem ela teria tido um relacionamento, segundo outros reféns), Luis Eladio (Pérez, ex-senador colombiano), Pincho (Jhon Pinchao, policial colombiano que fugiu do cativeiro em 2007).

A senhora não acha que tenha sido egoísta ou mal-agradecida quando tentou obter indenização do Estado colombiano por causa de seu sequestro? Gustavo Borghi, São Paulo, SP

Ingrid – As pessoas podem pensar muitas coisas, mas a realidade é diferente e houve muita manipulação. Há uma lei na Colômbia que permite às vítimas de terrorismo pedir indenização ao Estado. Disseram aos colombianos que eu estava atacando a Justiça e os soldados que me libertaram. Outros companheiros se valeram dessa mesma lei, mas não foi notícia. Tentou-se dizer que eu havia sido a responsável pelo meu sequestro, porque isso me faria subir nas pesquisas das eleições presidenciais. E disseram que me haviam prevenido e que o risco foi tomado por minha própria conta, assinando termos de responsabilidade. Nunca apareceram esses papéis. Como candidata, tinha direito de receber escolta, mas me negaram proteção. Essa reação é fruto do medo do governo de ser responsabilizado pelo meu sequestro. Mas fui muito clara: a única responsabilidade pelo meu sequestro foi das Farc. Nem o governo nem ninguém podia prever que as Farc teriam a ousadia de montar um bloqueio numa estrada onde havia militares por todos os lados. Não culpo o governo pelo meu sequestro, mas não aceito que me culpem por ter sido sequestrada.

Sua imagem piorou muito na Colômbia depois da questão da indenização ao Estado. Como o povo reage quando a vê nas ruas? Antonio Alberto Castro, São Paulo, SP
Ingrid – Bem, não caminho pelas ruas da Colômbia. Quando vou à Colômbia, tenho um esquema de segurança muito forte. Fui só quatro vezes para lá desde a minha libertação, sempre sob forte escolta. Desde que fui libertada, as Farc me assinalaram como “objetivo militar”. Na Colômbia houve um apedrejamento público em torno de mim. Foi uma reação muito violenta, que para mim foi muito dolorosa. Acho que nem sequer Pablo Escobar foi tratado como trataram a mim. Nunca vi, nos anos em que ele esteve vivo e depois de sua morte, o ódio, as ofensas, os insultos que se desencadearam contra mim.

A senhora tem ambição de voltar a se candidatar à Presidência de seu país? Carlos Eugênio da Cruz, Londrina, PR

Ingrid – Não tenho aspirações políticas. Para mim, segue sendo muito doloroso que os colombianos possam entender que quis ser sequestrada. Onde está a sensibilidade? Tenho uma dor muito forte com a Colômbia. Uma ferida. Preciso de tempo para que essa ferida cure. Enquanto me sentir assim, não posso voltar à Colômbia para fazer política.

Maioria da bancada federal paranaense é contra nova CPMF

ANDRÉ GONÇALVES/GAZETA DO POVO

Brasília - Se depender da bancada paranaense que assume o Congresso Nacional em 2011, não há nenhuma chance de prosperar a criação de um novo tributo para a saúde, nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Do total de 33 congressistas do estado, apenas seis disseram ser favoráveis à proposta. Outros cinco preferiram não antecipar a decisão e dois não foram localizados.

A discussão voltou à tona logo após a eleição de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência. Na primeira entrevista coletiva depois da vitória, no dia 3 de novembro, ela reafirmou que era pessoalmente contra a criação de um novo imposto, mas que estava disposta a negociar com o grupo que defende a proposta. O movimento é liderado pelos seis governadores eleitos pelo PSB.

Veja a posição dos deputados e senadores paranaense sobre a criação de uma nova CPMF
CSS aguarda votação há 2 anos:

Entre os 20 parlamentares paranaenses contrários à contribuição, cinco deputados votaram a favor da manutenção da CPMF, extinta há três anos – Assis do Couto (PT), Dilceu Sperafico (PP), Fernando Giacobo (PR), Osmar Serraglio (PMDB) e Ratinho Júnior (PSC). Todos afirmam que vão mudar de lado porque um novo imposto não seria a melhor solução para melhorar a saúde pública brasileira. “A CPMF é uma saída que pegaria mal entre a população”, diz Ratinho Júnior.

Dos seis favoráveis, quatro são deputados reeleitos e já votaram a favor da CPMF – André Vargas (PT), Angelo Vanhoni (PT), Dr. Rosinha (PT) e Hermes Parcianello (PMDB). “A CPMF é positiva porque também é uma maneira de se combater a sonegação fiscal”, justifica Vargas. Os outros dois são Roberto Requião (PMDB), que volta ao Senado após dois mandatos como governador, e Leopoldo Meyer (PSB), estreante na Câmara.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que tratava da prorrogação do imposto do cheque foi votada em segundo turno pelos deputados federais em setembro de 2007. Dos 30 representantes paranaenses, 19 foram favoráveis, nove contra, houve uma obstrução e uma falta. Na votação geral, foram 333 votos favoráveis (somente 15 a mais do que o necessário), 113 contrários e duas abstenções.

Na época, prevaleceu a força partidária. Só dois deputados paranaenses desobedeceram às ordens de suas legendas e votaram contra a PEC – Barbosa Neto (PDT), que respondeu processo interno pela insubordinação, e Rodrigo Rocha Loures (PMDB). O primeiro renunciou ao mandato para assumir a prefeitura de Londrina e o outro para concorrer a vice-governador na chapa de Osmar Dias (PDT).

Na espera

Dos cinco deputados que agora se dizem indefinidos, quatro admitem que estão esperando pela orientação do partido. “Só posso me posicionar após conversar com o restante da bancada”, diz o recém-eleito Zeca Dirceu. Já Moacir Micheletto (PMDB) condiciona o voto à realização de uma reforma tributária.

Após passar com dificuldades pela Câmara, a proposta de manutenção da CPMF foi derrubada em dezembro de 2007 pelo Senado. Por tratar-se de uma PEC, ela precisava dos votos de 49 dos 81 senadores (três quintos do total) para ser aprovada. O governo conseguiu, porém, o apoio de apenas 45 senadores – entre eles, o dos paranaenses Osmar Dias e Flávio Arns (então no PT). Do estado, só Alvaro Dias (PSDB) ficou entre os contrários.

O tucano promete lutar mais uma vez “radicalmente” contra o imposto e ajudar a repetir maior derrota legislativa do governo Lula. Requião diz que é favorável ao imposto, mas impõe “condições” para votar, como o comprometimento do governo com a redução de juros e o aumento de salários. A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT) não foi encontrada para se manifestar entre quinta e sexta-feira da semana passada, assim como o deputado recém-eleito João Arruda (PMDB).

C

Beto Richa sai de cena antes de definir equipe de governo

Bem Paraná

O governador eleito Beto Richa (PSDB) viajou para uma semana de descanso e aproveita o tempo longe da política paranaense para definir sua equipe de governo. No retorno, o tucano já deve ter delineado os nomes que vão compor o primeiro escalão da administração estadual a partir de 1º de janeiro de 2011. O “núcleo central” do secretariado será composto por técnicos de confiança de Richa que já trabalhavam com ele na prefeitura de Curitiba. Os demais nomes devem sair dos partidos da coligação que apoiaram a eleição do governador.

Até agora oficialmente, Richa só anunciou um nome: o do senador e vice-governador eleito, Flávio Arns (PSDB), indicado já durante a campanha eleitoral para assumir a Secretaria de Estado da Educação. Outros dois nomes certos da cota pessoal do governador são José Richa Filho, seu irmão, cotado para a Secretaria de Estado dos Transportes, e a mulher de Richa, Fernanda Richa, que deve assumir o comando da Provopar.

Também são dados como garantidos no primeiro escalão os integrantes da equipe de transição indicados pelo governador eleito: Carlos Homero Giacomini, atual secretário municipal de Planejamento de Curitiba deve assumir a mesma pasta no plano estadual. Destino semelhante deve ter Ivan Bonilha, ex-procurador geral do município e coordenador jurídico da campanha do tucano, que deve assumir o comando da Procuradoria Geral do Estado.

O secretário municipal de Finanças de Curitiba, Luiz Eduardo Sebastiani, é cotado para a Secretaria de Estado da Fazenda. Mas pode acabar sendo remanejado para outra área caso se confirme a articulação para que o deputado estadual Durval Amaral (DEM) assuma o posto. A indicação de Amaral ganhou força depois que ele abriu mão de disputar a presidência da Assembleia Legislativa em favor do presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni.

Completa o “núcleo duro” do governo tucano o secretário municipal do Abastecimento, Norberto Ortigara, que deve assumir a Secretaria de Estado da Agricultura; e Deonilson Roldo, ex-secretário de Comunicação e chefe de gabinete da prefeitura, que pode assumir a Comunicação Social do Estado, ou um posto diretamente ligado ao gabinete do novo governador. Outro que esteve na prefeitura é pode ir para o governo é o deputado federal eleito, delegado Francischini, que depois de de comandar a secretaria municipal Anti-drogas pode assumir a Secretaria Estadual da Segurança Pública.

Aliados - Na cota dos aliados políticos, Richa deve reservar um espaço para o deputado federal e candidato ao Senado derrotado, Gustavo Fruet (PSDB), que pode ir para a Secretaria de Estado da Justiça. O deputado estadual Plauto Miró Guimarães (DEM) é cotado para a Casa Civil. Outro nome lembrado é o do prefeito de Castro e presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Moacyr Fadel (PMDB), que brigou com seu partido para apoiar a eleição de Richa.


O governador eleito terá que acomodar ainda indicações de outros partidos que compuseram sua aliança, como o PP do deputado federal e candidato derrotado ao Senado, Ricardo Barros, e o PPS do deputado federal eleito, Rubens Bueno - que já integram o primeiro escalão da prefeitura municipal. E o PSB do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. Até agora, porém, não se tem ideia de nomes ou postos que esses partidos possam vir a ocupar.


Outra dúvida é em relação a participação ou não do PMDB. Oficialmente o partido apoiou a candidatura do senador Osmar Dias (PDT), derrotado no primeiro turno da disputa pelo governo. Grande parte dos deputados estaduais da legenda, porém, apoiaram aberta ou veladamente a Richa, e desejam compor a base de sustentação do tucano na Assembleia Legislativa. Um dos nomes cotados para assumir cargo no primeiro escalão é o do primeiro secretário da Assembleia, Alexandre Curi. Deputado mais votado para o Legislativo estadual, Curi apoiou Richa desde o início e chegou a ser cotado para candidato a vice-governador.

Mais vez o povo está bancando os rombos fraudulentos nos bancos?


COM CERTEZA!!!!


Na realidade o novo PROER, que é o socorro aos bancos com dinheiro público, já está em andamento a muito tempo, mas de forma camuflada e muito mais danosa do que foi o PROER. Os agentes financeiros estatais, Caixa, Banco do Brasil e BNDES, compraram ou apamararam várias instituições privadas que estavam a beira da insolvência fraudulenta, entre ele podemos citar os bancos Panamericano,Votorantim, Banco do Estado do Piauí, e até 51% do argentino Banco Patagonia por US$ 479,6 milhões.

Em 2009 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a criação de uma comissão específica no Congresso Nacional para acompanhar a aquisição de participações em bancos nacionais feitas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica.

A criação da comissão tinha sido introduzida pelo Congresso na medida provisória que permitiu aos bancos públicos realizarem compras de participações. Foi com base nesta MP que a Caixa comprou no final do ano passado 49% das ações do banco Panamericano, que agora teve de recorrer ao Fundo Garantidor de Crédito.

Qual é o interesse do presidente Lula em impedir a fiscalização do Congresso sobre a aquisição de instituições financeiras pelo Banco do Brasil e pela Caixa?


É interessante este artigo da Folha de São Paulo:

"UM NOVO PROER?

O efeito manada do mercado financeiro mostra que qualquer espirro de um agente do sistema pode levar a um efeito dominó a curto prazo. A crise das fraudes contábeis do banco Panamericano do Grupo Silvio Santos pode ser apenas a ponta de um iceberg de um problema mais sério. Dentro de uma turbulência global do sistema financeiro pode acontecer um efeito cascata no setor bancário do Brasil. Isso pode pedir uma ajuda maior da autoridade monetária, no caso o Banco Central, para cobrir o rombo devido a falta de um controle maior do setor público sobre as instituições financeiras. Com este susto do Panamericano pode estar sendo gestado um novo Proer para socorrer os bancos, uma vez que o BC não tem mais estado presente na fiscalização dos agentes financeiros como foi denunciado pelos funcionários da própria instituição. A nova administração federal terá que descascar este abacaxi e t orcer para que a crise nas finanças não aumente a incerteza no mercado sobre os fundamentos da economia. Pode ocorrer uma falência generalizada nos bancos brasileiros caso aconteçam mais fraudes nos balanços das instituições financeiras e isso teria que ser estancado com um apoio de recursos públicos para salvar o sistema de uma crise de credibilidade."

As profundas contradições do PC do B sobre a estratégica questão ambiental!!!!

Lendo as matérias constantes no site Grabóis.com fiquei perplexo com os conteúdos discrepantes sobre a questão ambiental. Em uma matéria no topo o meio de comunicação do PC do B anuncia a realização do Seminário Internacional Mudanças Climáticas, o que deve deveria servir como uma demonstração de preocupação sobre o tema, e logo na sequência um texto do Aldo Arantes dizendo sobre como será o evento, mas logo em sequência outra matéria do Sérgio Barroso com apologia ao deputado Aldo Rebelo e as mudanças negativas que ele quer provocar no Código Florestal:

"O Relatório Rebelo

Raríssimos líderes políticos, simultaneamente parlamentares, tiveram (ou têm) na história da República a estatura intelectual e moral do alagoano de Viçosa, Aldo Rebelo. No quinto mandato de deputado federal por São Paulo – sempre no PCdoB -, notabilizou-se por suas fecundas incursões na nacionalidade, onde sua contribuição ao pensamento da esquerda brasileira é valiosíssima, no que respeita desvendar-nos, ao tempo em que difunde sistematicamente uma “ideologia” contemporânea da chamada questão nacional....

Ao fim e ao cabo – argumenta Rebelo -, a legislação ambiental funciona como uma verdadeira sobrecarga tributária, elevando o custo final do produto, já oprimido pelo peso da infraestrutura precária e das barreiras não tarifárias cobradas pelos importadores. ...

...Manipulando cordéis, as nações ricas usam o longo braço de suas Ongs., pretensas portadoras “da boa nova da defesa da natureza”, não consegindo, no entanto, esconder o que verdadeiramente protegem: “o interesse das nações onde têm suas sedes e de onde recebem farto financiamento”, afirma ele.Óbvio que nem todas são iguais.

O Relatório de Aldo Rebelo enfrenta com equilíbrio problemas de extrema complexidade e de difíceis equacionamentos. Ali escreveu, além, um novo capítulo desenvolvimentista da problemática regional dos nossos dias." ...

Este, como afirma uma histórica ecologista, a Jussara Regina Branco,que um dia foi militante deste partido e uma das principais dirigentes do Movimento Ambientalista no Paraná da década de 80, e que continua ambientalista, em resposta a um convite feito para ela participar deste evento:

"Isto é para contrabalançar a patifaria que o Sr. Aldo Rebelo fez há poucos meses atrás na Comissão de Mudanças do Código Florestal?!

O seu correligionário é hoje considerado persona no grata e cidadão altamente perigoso para os interesses da Ecologia no Planeta Terra, pelas ONGS ambientalistas EM TODOS OS PAÍSES que tomaram ciência e tiveram notícia da posição altamente reacionária e anti-científica do Sr. Aldo Rebelo, que nada mais fez do que tentar salvar a sua própria posição dentro do Congresso Nacional, buscando para isto o apoio estapafúrdio da Bancada Ruralista, que de ecológica e progressista não em nada.

Seria interessante que no Seminário, o Sr. Aldo Rebelo pudesse estar também, para descobrir que uma das razões centrais do aquecimento global é justamente a derrubada das grandes florestas do mundo, sendo que a Bacia Amazônia, assim como Pantanal Matogrossence, constituem-se juntos um grande Ecossistema, e cuja preservação se constituí uma das chaves essenciais para o equilíbrio ecológico planetário.

GOSTARIA DE SABER PARA QUAL LADO, DORAVANTE, O SEU PARTIDO VAI ATIRAR!

Abraços!"

SERÁ UM CASO DE JOGO DUPLO OU PURA "ESQUIZOFRENIA" POLÍTICA PARTIDÁRIA CAUSADA PELA FALTA DE RUMO EM UM PARTIDO QUE SE DIZ "RENOVADO"?

OU SE ESTÁ A FAVOR DO EQUILÍBRIO AMBIENTAL OU CONTRA ELE!

 
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