domingo, 11 de outubro de 2009

A INCLUSÃO É O CAMINHO!




Neste país os negros sempre foram colocados a margem, pois de escravos com o projeto de "branqueamento" da população imposto desde o fim do Império e maior estimulado a partir da República Velha forma substituídos como mão de obra pelos europeus pobres que aqui aportavam.

De escravos, o que já era uma situação aviltante e desumana, os negros passaram a serem colocados totalmente a margem do processo produtivo e excluídos socialmente (educação, saúde, habitação, preconceito racial, etc.) e isto ainda hoje reflete nos dados no IBGE.

Quando o Instituto aponta que "entre os 10% com os menores rendimentos, 73,3% correspondem à população preta ou parda isto fica mais do que evidente, já que o isolamento social imposto no passado reflete no presente.

Na República, estes, que eram o grande contingente populacional, foram ainda mais maltratados e excluídos do que na fase final do Império, pois os "republicanos" nada tinham de democratas, já que em sua maioria eles eram originados da antiga aristocracia escravocrata.

Não podemos dizer que a situação social inicial dos brancos emigrantes nas mãos da "nobreza da terra" presos nas contas aviltantes junto ao "barracão" era muitos melhores do que as antes vividas pelos negros, mas a destes ainda ficou pior, pois "livres" nem mais o direito a comida tinham, já que os latifundiários preferiam a mão de obra branca.

Da senzala até hoje muito pouco mudou e exclusão racista discriminatória ainda dá o tom!

Aqui no Brasil a teoria da Belíndia continua viva e o apartheid é a realidade presente nas favelas e bairros populares!

Enquanto o estado não cumpre com a sua função sagrada de ser o agente interventor para que haja o equilíbrio social estas comunidades carentes, onde o estado não se faz presente da mesma forma como que se manifesta a necessidade social explodindo aos nossos olhos, pois todo dia vemos o crime organizado coptar grandes contingentes de jovens excluídos, que em sua maioria são negros, para atuarem como “soldados” em suas fileiras.

A desorganizada e analfabeta funcional classe média estando apavorada em vez de se aliar com os que estão totalmente excluídos (45.000.000 de pessoas) e pressionar o estado para que haja mais investimentos em saúde, educação e moradia, o que ajudaria a equilibrar está triste e perigosa situação social, tanto por apostar no desenvolvimento humano como pela geração de empregos para os de baixa renda que a construção civil desempenha, pede em vez de desenvolvimento e inclusão social mais polícia.

Só aumentar a força policial e construir mais presídios não resolve este quadro de pré-guerra civil e que nos encontramos!

Um dia um amigo, o Zapata, me disse “ou se encontra o equilíbrio social ou só nos restará à barbárie” e infelizmente ele estava certo, pois hoje ela já bate em nossas portas!

 
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