terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Parlamentares ouvem diretores do Ibope em CPI

Os membros da ComissĂ£o Parlamentar de InquĂ©rito (CPI) do Ibope ouviram na manhĂ£ desta terça-feira (11) a diretora executiva do instituto, MĂ¡rcia Cavallari Nunes, e o diretor de NegĂ³cios de OpiniĂ£o PolĂ­tica e ComunicaĂ§Ă£o, HĂ©lio Gastaldi, sobre a discrepĂ¢ncia entre o resultado das eleições municipais em algumas localidades do estado e os percentuais divulgados nas pesquisas eleitorais durante o perĂ­odo de campanha, em especial Ă s vĂ©speras do dia de votaĂ§Ă£o.
Segundo MĂ¡rcia, as divergĂªncias numĂ©ricas tambĂ©m estĂ£o sendo analisadas internamente para diagnĂ³stico e avaliaĂ§Ă£o de possĂ­veis equĂ­vocos pontuais, mas defendeu tambĂ©m a possibilidade da existĂªncia de fatores durante o pleito capazes de interferir no comportamento do eleitor. “Pesquisa nĂ£o Ă© infalĂ­vel. E trabalhamos com amostragem. O que medimos Ă© a opiniĂ£o das pessoas. E elas podem mudar. Pesquisa mostra uma tendĂªncia, Ă© um diagnĂ³stico do momento, nĂ£o prognĂ³stico do futuro. Se as pesquisas interferissem ou influenciassem o resultado, nĂ£o terĂ­amos as viradas como elas se apresentaram”, disse.
Ela afirmou ainda que os levantamentos de campo sĂ£o terceirizados, embora a relaĂ§Ă£o contratual de pesquisas pelos interessados seja feita pelo Ibope. De acordo com ela, a margem de erro nas amostragens Ă© de 5%, mas apenas os levantamos de boca-de-urna mostram mais proximamente as escolhas do eleitorado. “Erros tĂ©cnicos acontecem por conta da mudança de comportamento do eleitor”, disse MĂ¡rcia Cavallari, destacando a necessidade de verificaĂ§Ă£o das ocorrĂªncias. “Quando os resultados sĂ£o disparatados, fazemos estudos, avaliações, para saber o que houve. A empresa, em todo caso, foi selecionada com critĂ©rio”, acrescentou.
Contratos – Em seguida, HĂ©lio Gastaldi explicou aos deputados que os contratos sĂ£o formulados entre o Ibope e as empresas que tĂªm interesse na divulgaĂ§Ă£o pĂºblica do resultado das pesquisas. Mas, de acordo com ele, outros levantamentos sĂ£o feitos por telefone, conforme a demanda de partidos ou coligações, cujo objetivo Ă© tĂ£o somente mapear o desempenho da campanha ou proposta do candidato. “Os contratos sĂ£o firmados com o Ibope pelo interessado em divulgaĂ§Ă£o pĂºblica. Temos ainda outras pesquisas que sĂ£o contratadas para aferir internamente sobre a campanha. Estas sĂ£o feitas por telefone e nĂ£o sĂ£o divulgadas publicamente”, afirmou o diretor de NegĂ³cios de OpiniĂ£o PolĂ­tica e ComunicaĂ§Ă£o.
Os parlamentares Rasca Rodrigues (PV) e ArtagĂ£o JĂºnior (PMDB) indagaram se as clĂ¡usulas contratuais deixavam claras as finalidades de serem ou nĂ£o as pesquisas para divulgaĂ§Ă£o pĂºblica. AlĂ©m disso, eles solicitaram cĂ³pia destes documentos, alĂ©m das fichas com perguntas e dados sobre a metodologia das pesquisas, assuntos que, segundo eles, precisam ser detalhados. “Alguns pontos foram esclarecidos. Outros ficaram em aberto. Existem apontamentos divergentes quanto aos nĂºmeros das pesquisas, e esta situaĂ§Ă£o de contratos para pesquisas internas por telefone e aquelas divulgadas publicamente. E agora temos a informaĂ§Ă£o de que uma empresa Ă© terceirizada para fazer o levantamento dos dados”, ponderou ArtagĂ£o JĂºnior.
Aprofundamento – O presidente da CPI, deputado Reni Pereira (PSB), destacou que o foco estĂ¡ na possĂ­vel manipulaĂ§Ă£o dos dados. Ainda nesta terça-feira os deputados membros deverĂ£o definir os prĂ³ximos passos a serem adotados pela comissĂ£o. “Vamos definir a estratĂ©gia a partir de agora. O Ibope, pelo que vimos aqui, apesar de levar a fama, nĂ£o Ă© quem realiza de fato as pesquisas, porque a maioria delas Ă© realizada por outra empresa. O que aconteceu nĂ£o foi um problema, pelo que me parece, de metodologia, porque ela foi a mesma utilizada no segundo turno, e a margem de erro nĂ£o foi nem de 1%. Parece, portanto, que houve no meio um processo de manipulaĂ§Ă£o”.
Os deputados Teruo Kato (PMDB), Dr. Batista (PMN), Cantora Mara Lima (PSDB) e Rose Litro (PSDB) tambĂ©m participaram da reuniĂ£o. (ALEP)


Vitinho, saga de um sindicalista nos anos 60

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A histĂ³ria do sindicalismo paranaense esta definitivamente atrelada Ă   existĂªncia do FĂ³rum Sindical de Debates, que reuniu os principais sindicatos que atuavam no porto de ParanaguĂ¡, nos anos 60. Ă€ frente, um dos mais lĂºcidos e carismĂ¡ticos lĂ­deres do movimento de trabalhadores de entĂ£o, o bancĂ¡rio Victor HorĂ¡cio de Souza Costa, o Vitinho. A histĂ³ria do FĂ³rum se confunde com sua prĂ³pria trajetĂ³ria de vida, tratada agora no livro “Lutas e vitĂ³rias de um humanista”, de Antonio B. de Siqueira. O livro serĂ¡ lançado nesta quarta, Ă s 19 horas, no SETS ( Pedro Ivo, 750, 5º). Leitura mais que obrigatĂ³ria para entender os anos que antecederam ao golpe militar de 1964 e a derrocada do movimento sindical brasileiro. E  conhecer melhor a saga de Vitinho e seus companheiros visionĂ¡rios. (CC)

 
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