terça-feira, 22 de novembro de 2011

MEC divulga 70 instituições punidas por resultado insatisfatório

Setenta instituições de ensino superior que tiveram desempenho insatisfatório na última avaliação do Ministério da Educação (MEC) irão passar por um processo de supervisão que inclui congelamento de vagas e perda da autonomia para criar novos cursos. Elas tiraram notas 1 e 2 no Índice Geral de Cursos (IGC) de 2010. O indicador, divulgado na semana passada, mede a qualidade do ensino oferecido por uma instituição em uma escala que vai de 1 a 5. As informações são da Agência Brasil.

As medidas foram publicadas nesta terça-feira (22) no Diário Oficial da União. No grupo estão sete centros universitários e três universidades que perderam sua autonomia. Com isso, ficam impedidas de abrir novas vagas ou cursos.

A supervisão também atinge 60 faculdades que apresentaram resultado insatisfatório no IGC de 2010 e já tinham apresentado desempenho ruim nos últimos três anos. Elas terão restrições para receber novos alunos a partir de 2012 – o número de estudantes ingressantes não poderá ser superior ao total de vagas ocupadas em 2011. A lista das instituições incluídas no processo de supervisão pode ser consultada no Diário Oficial.

As medidas têm validade até a divulgação do próximo IGC, em 2012. Se no período elas conseguirem melhorar o desempenho e apresentar um resultado satisfatório na avaliação – o que significa um IGC acima de 3 – as restrições são suspensas. Caso as determinações não sejam cumpridas, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC pode abrir processo para descredenciar a instituição.

Três centros universitários que tinham perdido a autonomia pelo mau desempenho no IGC de 2009 melhoraram a nota e tiveram as medidas cautelares revogadas. O despacho que libera essas instituições para abrir novos cursos e ampliar vagas também foi publicado hoje no Diário Oficial. (AB)

ANP pode barrar acesso da Chevron ao pré-sal

Após sair de uma reunião nesta segunda-feira, 21, com a presidente Dilma Rousseff sobre o vazamento em uma plataforma da Chevron na Bacia de Campos, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse que a empresa pode ser impedida de perfurar até o pré-sal.

Haroldo Lima disse que a situação da Chevron ficou “complicada” e adiantou que a ANP deverá rever prerrogativas da empresa norte-americana na exploração de petróleo no Campo de Frade.

Chevron pode ter classificação rebaixada

“A Chevron tem a concessão do Campo de Frade. Se ela tem a concessão, ela pode atingir o pré-sal desde que tenha o projeto específico aprovado preliminarmente pela ANP. A ANP aprovará esse projeto? É o que vamos examinar na próxima reunião”, disse Haroldo Lima após o encontro no Palácio do Planalto.

O diretor-geral da ANP explicou que as empresas que exploram petróleo no Brasil recebem da agência até três classificações: A, B ou C. Na A, a empresa tem autorização para fazer explorações em todos os níveis, ou seja, na terra, em águas profundas e na camada pré-sal. A Chevron tem classificação A, mas, caso o seu projeto não seja aprovado, estará aberto o caminho para o rebaixamento da empresa.


Irregularidades fazem governo cancelar 18 licitações de obras do PAC 2 em rodovias e ferrovias

A recente crise no Ministério dos Transportes envolvendo contratos irregulares para execução de obras provocou a reavaliação dos empreendimentos. Foram revogadas 18 licitações, sendo 14 do Departamento de Infraestrutura Terrestre (Dnit) e quatro da Valec, a estatal que cuida da infraestrutura do setor de ferrovias. Os dados estão no balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), divulgado hoje (22) pelo governo federal.

“Entendemos que é conveniente suspender e cancelar algumas licitação, com o intuito de fazer uma avaliação adequada dos projetos e isso foi feito. Nas licitações onde havia deficiências, elas serão corrigidas”, disse o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, na divulgação do balanço do PAC 2.

O ministro falou também em redução de gastos com a reavaliação de projetos relevantes. "No que diz respeito às principais ferrovias que estamos tocando, já identificamos oportunidades de redução de valor. Nas ferrovias, temos informações de ganhos que podem ser obtidos com a alteração de parte do traçado". Nos projetos rodoviários, o ministro disse que também há chances de cortar gastos com emprego de novas tecnologia e com reavaliações de engenharia.

Os últimos dados do PAC 2 mostram que das 42 licitações do Dnit que estavam em andamento na época da troca de comando na pasta dos Transportes, 14 foram revogadas e 27 suspensas. Das suspensas, o balanço informa que 14 serão retomadas ainda este ano. Na Valec, das oito licitações que estavam em andamento, quatro foram revogadas e quatro suspensas. Só uma será retomada até o fim do ano. As licitações sem previsão de retomada este ano deverão ser publicadas no primeiro trimestre de 2012.

Passos avaliou que a crise no ministério, que culminou com o pedido de demissão do ministro Alfredo Nascimento, não afetou o desempenho da pasta. “No ano de 2010 tivemos uma execução de R$ 12,8 bilhões e chegamos, a essa altura de 2011, com R$ 10,3 bilhões. Eu disse que teríamos algum impacto pelo ajuste natural que passava o ministério pela troca de comando, mas que isso teria caráter transitório e não comprometeria o desempenho”. (AB)

Conflitos entre índios e latifundiários atrasam processos de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul

Os constantes conflitos por terra entre índios e latifundiários em Mato Grosso do Sul estão prejudicando a finalização dos processos de demarcação de terras indígenas no estado. Para o coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ponta Porã, Sílvio Raimundo da Silva, existe uma reação conservadora por parte das elites agrárias da região que insistem em criar uma série de obstáculos para a garantia da terra tradicional dos indígenas.

Na última sexta-feira (18), cerca de 40 pistoleiros atacaram o Acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambai. Os índios disseram que o cacique Nísio Gomes foi morto e três moradores do acampamento sequestrados. Os Guarani Kaiowá garantiram que não vão sair do local mesmo sob risco de novos ataques.

“É lógico que existe um risco de ataque, mas nem nós [a Funai] nem a Polícia Federal temos como colocar uma guarda montada lá. Mas com as nossas rondas, nossa presença constante pelo entorno, podemos garantir que as pessoas que fizeram esse ataque sintam que existe a presença do Estado no local”, disse Silva à Agência Brasil.

A área reivindicada pelos indígenas está em processo de demarcação desde 2008. Segundo Silva, um grupo de trabalho coordenado por antropólogos está fazendo os estudos de identificação das terras indígenas, cerca de 20 mil hectares. Após o ataque à aldeia, os representantes da Funai de Mato Grosso do Sul pediram rapidez na conclusão dos estudos. Muitos processos estão parados por decisões judiciais.

“Esses estudos foram muito prejudicados por uma verdadeira batalha judicial movidas por algumas instituições ligadas ao setor do agronegócio e do latifúndio no estado que impediram que esses estudos fossem concluídos mais rapidamente”, disse o coordenador da Funai.

Segundo Silva, existe um cronograma feito pelo Ministério Público Federal para a entrega desses relatórios. No entanto, ele não soube precisar quando os estudos serão finalizados.” É um processo demorado. Contudo, a Funai Nacional não tem medido esforços para que o relatório seja entregue, analisado e as portarias publicadas”.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), nos últimos oito anos, cerca de 200 índios foram mortos em conflitos de terra. A assessoria do conselho informou que os indígenas ocuparam o trecho da terra que está em processo de demarcação no início deste mês. (AB)

MP pede afastamento do prefeito de Foz do Iguaçu Paulo Mac Donald Ghisi (PDT)

A Promotoria de Justiça de Proteção do Patrimônio Público de Foz do Iguaçu apresentou nesta segunda-feira (21) ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito da cidade, Paulo Mac Donald Ghisi, pela dispensa irregular de licitação para a contratação de uma empresa para locação de stands, que foram usados em um desfile de carnaval em Porto Alegre (RS) e que custaram R$ 150 mil para os cofres municipais.

Além do prefeito, são requeridos na ação o procurador do Município, Emerson Roberto Castilha, a empresa MNS Comércio e Representações Ltda. e sua proprietária, Luciana André Vacari. A Promotoria de Justiça verificou ainda que a empresa não tinha alvará de funcionamento, o que também inviabilizaria a contratação pelo Município. Também ficou comprovado que o produto oferecido não era de exclusividade da MNS, ou seja, outras empresas poderiam prestar o mesmo serviço.

Como sustenta o MP-PR na ação, "A Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu elaborou Processo de Inexigibilidade de Licitação nº 002/2011 para locação de 02 (dois) estandes com dimensões de 3 X 3 cada, equipados com materiais necessários, para a participação do Município, pela Secretaria Municipal de Turismo, no evento denominado "Desfile Oficial de Porto Alegre – RS", que foi realizado nos dias 04, 05, 06 e 12 de março de 2011, na referida cidade gaúcha. A justificativa do ente público foi a promoção do turismo por meio da aquisição de espaço durante o evento e divulgação institucional dos atrativos turísticos, sendo a Cidade de Foz do Iguaçu homenageada pela Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina, de Porto Alegre-RS. (...) A inexigibilidade de licitação se efetivou na celebração do Contrato de Prestação de Serviços e Fornecimentos de Equipamentos (fls. 20/22) entre a Prefeitura Municipal, representada por seu Prefeito PAULO MAC DONALD GHISI, e MNS COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA. ME., representada por sua proprietária LUCIANA ANDRÉ VACARI, onde esta empresa se comprometeu em locar de 02 (dois) stands, números 07 e 28, de exposição com dimensões de 3m X 3m, bretes, alambrados seguros, entre outras exigências. Em contraprestação, a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu comprometeu-se a repassar para a contratada o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais). De acordo com os documentos carreados, o Procurador Jurídico do Município EMERSON ROBERTO CASTILHA, apesar de sua formação jurídica, manifestou-se no sentido de ser possível a não realização do certame licitatório, autorizando que fosse feita a inexigibilidade de tal procedimento (nº 002/2011 - fls. 36)."

Uma eventual condenação por improbidade pode implicar em sanções como afastamento da função pública, suspensão dos direitos políticos, devolução dos valores gastos indevidamente ao erário, proibição de contratar com o poder público e multa. O responsável pela ação é o promotor de Justiça Marcos Cristiano Andrade. (Bonde)

Índios de diversas aldeias no Mato Grosso do Sul continuam sendo ameaçados por pistoleiros

A onda de ameças a grupos indígenas em Marto Grosso do Sul continua mesmo após o ataque a uma comunidade do município de Amambai na última sexta-feira (18). De acordo com uma índia Guarani-Kaiowá da Aldeia Taquara, no município de Júti, que pediu para não divulgar o nome por motivo de segurança, um grupo de pistoleiros ameaçou invadir a comunidade para matar o cacique Ládio Veron na madrugada de amanhã (22).

“Estou muito preocupada. Estou em outra aldeia com a minha mãe, mas consegui falar com o cacique. Ele disse que passaram vários carros grandes, um deles disse que volta à noite para tomar o acampamento. A nossa situação não está sendo fácil e a gente não sabe para quem pedir socorro”, disse a indígena à Agência Brasil por telefone.

Segundo ela, as ameaças estão cada vez mais fortes, pois existe uma lista das lideranças Guarani-Kaiowá que devem ser mortas por pistoleiros nos próximos dias. “Pedimos ajuda, mas tem uma chuva muito forte e ninguém entra lá [na aldeia] agora. Já liguei para a Polícia Federal, mas ela está dando proteção para outros seis líderes indígenas”.

Na última sexta-feira (18), cerca de 40 pistoleiros atacaram o Acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambai. Os índios disseram que o cacique Nísio Gomes foi morto e três moradores do acampamento sequestrados. Os Guarani Kaiowá garantiram que não vão sair do local mesmo sob risco de novos ataques. (AB)

Brasil testa vacina contra o câncer

O protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, pode ser a nova arma da medicina contra o câncer. Pesquisadores brasileiros conseguiram criar uma vacina contra a doença usando uma variação do micro-organismo incapaz de desencadear a patologia (não-patogênico). Os resultados da pesquisa acabam de ser publicados pela revista científica americana PNAS, uma das mais importantes do mundo.

No artigo, os brasileiros relatam sucesso em experimentos com camundongos para prevenção e tratamento de melanoma, um tipo de câncer de pele. Além disso, os cientistas testaram o Trypanosoma em células humanas in vitro e comprovaram sua capacidade de provocar respostas imunológicas adequadas contra alguns tipos de tumor.

O estudo reuniu cientistas do Centro de Pesquisas René Rachou (CPQRR-Fiocruz), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Ludwig, em Nova York. Para analisar a ação do protozoário, os brasileiros realizaram uma modificação genética, criando um microrganismo capaz de produzir a mesma molécula fabricada por células tumorais: o antígeno NY-ESO-1.

O mecanismo que explica a ação do Trypanosoma é o seguinte: quando o organismo inicia o combate ao protozoário, entra em contato com a molécula tumoral, que passa a ser vista pelo sistema imune como indicador de células com o protozoário. Induzidas, as defesas do organismo passam a destruir as células com a molécula tumoral como se lutassem apenas contra o Trypanosoma.

Como o protozoário da doença de Chagas tende a permanecer de forma crônica no corpo, o agente transgênico poderia garantir um estado de alerta contínuo contra o câncer, que duraria anos.

“É um avanço importante”, analisa o oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Gilberto de Castro Junior. “É uma grata surpresa ver o grupo de imunologia da UFMG, já muito tradicional, publicar em uma revista tão importante como a PNAS”, completa. Segundo ele, o aspecto mais inovador da pesquisa foi usar um parasita que causa uma doença em humanos para infectar células e induzir a resposta contra os tumores.

Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas e um dos autores do trabalho, Ricardo Gazzinelli afirma que, antes de iniciar testes clínicos em humanos, será preciso vencer a resistência em usar um parasita transgênico no combate à doença. Agora, o grupo iniciará testes em modelos mais próximos de humanos. “Testaremos em modelos de melanoma em cachorros”, diz.

Atualmente, segundo Castro Junior, a única vacina em estágio avançado de pesquisa é uma opção contra o câncer de próstata, cujos resultados foram publicados neste ano pela revista científica Nature Medicine. O objetivo dos pesquisadores, afirma, é chegar a uma vacina “que previna contra todos os tipos de câncer.”

Tumores mais letais são menos investigados

A vacina contra o melanoma é a mais pesquisada no mundo na área oncológica, com 40 testes clínicos em andamento, segundo estudo publicado na quinta-feira passada pela Universidade de Michigan, nos EUA. Os autores do artigo criticam o critério usado para definir as prioridades ligadas às vacinas anticâncer: ao escolherem o tipo de tumor, os laboratórios usam como guia o número anual de casos, e não a taxa de mortes que provocam. Entre os tipos mais letais, inclusive no Brasil, estão os tumores de pulmão, mama e estômago.

Segundo os pesquisadores, a estratégia pode limitar os benefícios aos pacientes: ter uma vacina contra um câncer curável é menos vantajoso do que obter soluções para tumores mais letais. Matthew Davis, da Universidade de Michigan, diz que hoje existem cerca de 230 ensaios clínicos para vacinas, contra 13 tipos de câncer. “A falta de conexão entre o desenvolvimento de vacinas e as mortes por câncer significa que essas vacinas podem não servir da melhor forma às necessidades dos pacientes de amanhã.” (JT)

FGV: País tem queda de 7,26% no número de católicos em 6 anos

Pouco depois do anúncio oficial do papa da realização da Jornada Mundial da Juventude de 2013 no Rio de Janeiro, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra uma expressiva queda no número de católicos no País.

O mapa das religiões no Brasil mostra uma queda de 7,26% no número de pessoas que se declararam católicas em 6 anos (passando de 73,79%, em 2003, para 68,43%, em 2009). A pesquisa também apresenta um significativo aumento no número de brasileiros que se declararam "sem religião": 1,59 ponto percentual, chegando a 6,72% em 2009.

Queda também é expressiva entre jovens de 15 a 19 anos, público alvo do evento que será realizado no ano que vem. Católicos nessa faixa etária passaram de 75,22% em 2003 para 67,49% em 2009.

O levantamento também aponta a evolução recente de outras crenças para os grupos sócio-demográficos e geográficos brasileiros. A pesquisa realizou 200 mil entrevistas sobre composição religiosa no final da década passada. (AE)

Código Florestal: governo trabalha para evitar alterações em texto do Senado

O governo considera “satisfatório” o texto do Código Florestal apresentado na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado nessa segunda-feira, 21, e agora trabalha para que a bancada ruralista não inviabilize os avanços com novas emendas, disse o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias. Ele participou de audiência pública na Procuradoria-Geral da República (PGR) para tratar do tema.

Os membros da CMA terão até as 18h desta terça-feira, 22, para apresentar novas emendas ao texto. A previsão é que a matéria seja votada amanhã, 23, pela comissão.

De acordo com Dias, o governo assumiu postura realista diante de uma reforma que se mostrou inevitável com a iniciativa do Congresso. “Aceitamos negociar os passivos, desde que a preservação futura seja mantida. É claro que essa proposta de agora não é o ideal para o governo, mas pelo menos é satisfatória no sentido de evitar novos desmatamentos”, explicou o secretário à Agência Brasil.

Durante a audiência, Dias lembrou que o texto teve vários avanços no Senado, como o estabelecimento de critérios para aceitar a intervenção em áreas de preservação permanente (APPs) - utilidade púbica, interesse social e baixo impacto -, assim como a exigência de recuperação, entre 15 e 100 metros, de vegetação à beira de rios em ocupações rurais consolidadas dentro de APPs.

“Não está pacífico ainda, vamos ver qual a reação a essas propostas. Há resistências em setores mais radicais, mas esperamos que prevaleça o consenso, especialmente entre os senadores e os deputados. Até porque depois esse texto retorna à Câmara, e eles podem rejeitar tudo o que foi aprovado ao Senado, se entenderem que o projeto não atende às preocupações socioeconômicas dos deputados”, ponderou.

O secretário também acredita que um avanço significativo no texto do Senado é a inserção de incentivos econômicos em troca de serviços ambientais. Ele elogiou o fato de que a proposta de Viana não tenha entrado em detalhes sobre como será o programa. “É preciso equilíbrio entre o papel do Congresso e o do Executivo. Nós temos que tomar cuidado de não aprovar alguma coisa que leve o país à falência”.

O texto do Código Florestal apresentado por Viana dá 180 dias, a partir da publicação da lei, para que o governo estabeleça programa de apoio e incentivo à preservação e recuperação do meio ambiente. Dias acredita que a prioridade do programa de recompensas será a preservação da água. “Há grande potencial de se caminhar nessa direção”, assinalou.

O representante do governo reafirmou que a presidenta Dilma Rousseff está firme na proposta de vetar qualquer alteração no texto que signifique novos desmatamentos. “O que se está trabalhando no Senado é tentar inserir essa ideia por negociação política, onde se possa fazer prevalecer o bom senso, para que a presidenta não tenha o desgaste de fazer veto e correr o risco de que isso seja enfrentado pelo Congresso”. (AB)


Multa aplicada à Chevron não abala a empresa

Perto do faturamento mundial da Chevron o pagamento das multas não significa nada. Para a empresa é mais barato pagar as mesmas do que investir em equipamentos de segurança e em estruturas prevenção.
Este vazamento serve como um alerta para o que poderá acontecer quando toda a estrutura de exploração do Pré Sal estiver produzindo.

Vereadores propõem aumento de 546 carros na frota de táxis de Curitiba

A Comissão de Táxis da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) apresentou, na manhã desta segunda-feira (21), proposta elaborada pelos vereadores para melhorar o serviço de táxis prestado na capital. Entre as sugestões está o aumento de 546 carros na frota atual. A ideia é atrelar o número de carros ao censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , ou seja, ter um táxi a cada 600 habitantes.

A frota seria ampliada de forma progressiva, com cerca de 245 carros a mais já em 2012, 150 em 1013 e 150 em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil. “Até para a cidade sentir, aos poucos, se a quantidade é suficiente. Se no final de 2012 o número de carros suprir a necessidade da cidade, não precisaria colocar mais 300 táxis à disposição”, explica o vereador Jair Cézar (PSDB) , presidente da Comissão na CMC. Além disso, segundo o vereador, a divisão em três cotas evitaria algum impacto que pudesse prejudicar os trabalhadores.

A proposta apresentada pelos vereadores é uma resposta ao projeto do vereador Jairo Marcelino (PDT) , que previa um aumento de 20% na frota de táxis em Curitiba (equivalente a 450 carros a mais), e que teve a votação adiada inúmeras vezes. Segundo Marcelino, a proposta da Comissão não passará em plenário porque já há outro projeto pronto, feito com a Urbanização de Curitiba (Urbs) e com o departamento jurídico da prefeitura, que será encaminhado ainda nesta semana à CMC. “É um projeto legal, que inclusive eu já tinha mostrado a alguns vereadores, e a Comissão copiou. O meu projeto já está pronto”, disse o vereador.Atualmente, a frota de táxis em Curitiba é de2.252 carros. Em comparação com outras capitais brasileiras, a cidade tem a sétima pior relação táxi/habitantes: um veículo para 778 pessoas, bem abaixo do parâmetro mundial que estabelece como ideal a existência de um táxi a cada 300 habitantes.

Segundo Marcelino, a principal mudança em seu projeto é que ao invés de aumentar a frota em 20%, o aumento seria de no mínimo um táxi a cada 800 habitantes (o que há atualmente) e de no máximo 1 a cada 600 habitantes (proposta da Comissão de Táxis). “A variação depende do prefeito, que vai regulamentar quantos serão os habitantes para cada carro”, completa Marcelino.

Proposta da Comissão

Apesar do embate, a proposta apresentada pela Comissão de Táxis foi entregue, na tarde desta segunda, ao prefeito Luciano Ducci. Ela voltaria ainda nesta segunda para o plenário para ser debatida, mas, com o afastamento do vereador João Cláudio Derosso, as sugestões serão discutidas durante a semana.

Além do aumento da frota, a Comissão prevê também o uso de uniforme e crachá pelos motoristas e novas regras para a concessão de licenças. “O uniforme seria algo como calça azul e camisa azul, apenas para identificar. Hoje as pessoas só identificam um taxista quando ele está no táxi”, explica o vereador Jair Cézar.

A liberação das licenças deixaria de ser responsabilidade de apenas uma pessoa e a permissão poderia, segundo a proposta, ser de até três candidatos, que revezariam o serviço no táxi. A ideia, segundo o presidente da Comissão, é que com a mudança deixem de existir patrões, e todos sejam proprietários. (GP)

Cúpula do PDT discute nesta terça situação de Lupi

A cúpula do PDT se reunirá nesta terça (22) para discutir a situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Há duas semanas, ele frequenta os noticiários com denúncias de irregularidades na pasta e sem conseguir explicar uma viagem feita ao Maranhão no qual usou um avião providenciado por um diretor de ONG que possui contratos sob suspeita com o ministério. Lupi é presidente licenciado da legenda e vai participar da reunião.

A reunião é chamada de Executiva ampliada. Além dos integrantes do comando burocrático do partido, estarão os presidentes dos diretórios regionais e as bancadas na Câmara e no Senado. A expectativa do ministro é ganhar uma nova demonstração de apoio da maioria do partido, ainda que parlamentares do PDT tenham demonstrado nos últimos dias descontentamento com a situação.

Lupi controla a maioria dos diretórios do partido com a prática de nomear comissões provisórias. Na bancada, ele tem o apoio da maioria dos parlamentares, mas senadores como Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) e deputados como Reguffe (DF) tem solicitado publicamente que o ministro deixe o cargo. A reunião acontecerá na sede nacional do PDT, em Brasília. (AFP)

LONDRINA: Movimento contra a corrupção realiza lavagem da Câmara Municipal

Integrantes do movimento “Basta, Londrina Sangra!” prometem lavar a entrada da Câmara de Vereadores de Londrina na terça-feira (22), em protesto contra as denúncias de desvio de recursos da saúde. A organização espera a participação de mais de 300 pessoas. Além da lavagem, os manifestantes entregarão uma vassoura para cada parlamentar.

Segundo Juvira Cordeiro, uma das líderes do movimento, o movimento exige a apuração pelos vereadores de todas as denúncias de corrupção envolvendo agentes públicos que foram investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Antissepsia, e são alvos de uma Comissão Processante (CP) na Câmara. “Queremos justiça e punição para os culpados pelos casos de desvio de dinheiro que deveria ser destinado à saúde”, disse.

Juvira ressaltou que os recursos desviados estão “provocando mortes de londrinenses”, uma vez que as unidades de saúde sofrem com a falta de médicos. “As unidades básicas não têm estrutura, faltam medicamentos e profissionais. Quem sofre com isso é a população de Londrina.”

O movimento “Basta, Londrina Sangra!” já realizou várias manifestações, desde o início das investigações do Gaeco de irregularidades cometidas pelos institutos Gálatas e Atlântico, que gerenciam programas de saúde em Londrina.

Operação Antissepsia

Deflagrada em maio deste ano, a Operação Antissepsia investigou um esquema de desvio de dinheiro pelos institutos Gálatas e Atlântico, que gerenciavam serviços da saúde. O desvio, segundo o Ministério Público (MP), passou dos R$ 300 mil.

Durante as investigações, o ex-procurador do município Fidélis Canguçu foi preso. Conforme o MP, também há indícios da participação do prefeito Barbosa Neto (PDT) e da primeira-dama Ana Laura Lino nas irregularidades. Um pedido de afastamento do prefeito foi negado pela Justiça.

Os vereadores devem votar até o final de novembro a abertura de uma Comissão Processantepara apurar a responsabilidade do prefeito nas denúncias de irregularidade. (GP)

 
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