sexta-feira, 18 de março de 2011

Polícia prende envolvidos em golpe de R$ 50 milhões em contrabando de óculos


A polícia acabou com um esquema de contrabando de óculos que funcionava há cerca de 10 anos em quatro estados e causou prejuízo de aproximadamente R$ 50 milhões. Nesta sexta-feira (18), policiais civis e militares trabalharam para cumprir 25 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

Até o começo da tarde, foram presos 16 suspeitos – quatro em Paranavaí, sete em Curitiba e cinco em Minas Gerais. Foram apreendidas cerca de 100 mil peças de óculos, fuzis, e granadas. O balanço da Operação Ilusão de Ótica será divulgado em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (18), no 1.º Distrito Policial, centro de Curitiba.

Cinco meses de investigações da Delegacia de Estelionato e Desvios de Cargas levantaram evidências de que redes de óticas de Curitiba e Belo Horizonte (MG) receptavam mercadorias de origem chinesa, que entravam no Brasil pelo Paraguai. As redes Visomax e Grupo Vega, de Curitiba, e Centro Óptico, de Belo Horizonte, adulteravam notas fiscais para legalizar os produtos e sonegar imposto de renda.

CHEFES – Os levantamentos da polícia apontam que a quadrilha era chefiada pelo ex-deputado federal por Minas Gerais e atual presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Belo Horizonte, Francisco Sales Dias Horta, e tinha como subchefes Adriana Dias Horta e Francisco Sales Dias Horta Neto. Funcionários e familiares serviam como laranjas para a criação de empresas de fachada.

O prejuízo causado aos cofres públicos com a sonegação fiscal é de aproximadamente R$ 50 milhões, acumulados nos últimos dez anos. Todos os envolvidos serão indiciados por receptação de carga de origem ilícita, formação de quadrilha, falsificação de documentos público e particular, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal, ameaça, corrupção, adulteração e comercialização de produtos nocivos à saúde, comunicação falsa de crime, apropriação indébita e fraude previdenciária.

O delegado-chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC), Cassiano Aufiero, explica que o trabalho de investigação continua em busca de outras pessoas que tenham envolvimento com a quadrilha, e há possibilidade de ex-funcionários públicos federais e estaduais terem contribuído na sonegação dos impostos.

“A Polícia Civil do Paraná está atenta a falsos empresários que agem de forma criminosa e se sentem intocáveis, causando prejuízos aos consumidores, fornecedores e principalmente a empresas que trabalham honestamente. Os consumidores devem ficar alerta e pesquisar as empresas antes de adquirir produtos que possam causar graves danos à saúde”, comenta Aufiero.

INTEGRAÇÃO – No Paraná, a operação contou a participação de 200 policiais civis da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC); Divisão de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), 8.ª Subdivisão Policial de Paranavai, Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com apoio de policiais militares do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran). Além de policiais civis de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. A Operação Ilusão de Ótica contou com o apoio da Vara de Inquéritos Policiais (VIP) e da Promotoria de Inquéritos Policiais (PIP) e foi acompanhado por fiscais das Receita Federal e Estadual.

Porto de Paranaguá volta a carregar plenamente navios de grande porte



Pela primeira vez em muitos anos, uma embarcação de grande porte com capacidade para 68 mil toneladas de soja foi carregada plenamente no Porto de Paranaguá. Atracado desde a tarde de quinta-feira (17), o navio Aris T, de bandeira grega, seguirá para a Holanda com carga completa graças à recente dragagem do berço de atracação de Paranaguá, autorizada pelo governador Beto Richa. Antes da dragagem, um navio com capacidade semelhante saía do porto com, no máximo, 55 mil toneladas de grãos.

“Uma das primeiras ações do governador Beto Richa foi autorizar a dragagem de manutenção dos berços de atracação, que há seis anos não era realizada e prejudicava o embarque principalmente dos navios graneleiros. Com a conclusão desta obra, estamos aptos a atender plenamente todos os navios para esta safra”, afirmou o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron.

Com o restabelecimento das profundidades dos berços, o porto volta a carregar plenamente navios como o Aris T. Este diferencial, além de representar mais carga embarcada, reflete diretamente no frete marítimo, com ganhos para o produtor.

DRAGAGEM – A dragagem de manutenção dos berços custou R$ 2,5 milhões e foi paga com recursos da Appa. A autarquia trabalha, agora, na obtenção das licenças ambientais para a realização das dragagens de manutenção do Canal da Galheta e da Bacia de Evolução e para a dragagem de aprofundamento. Toda a documentação para obter estas licenças já foi entregue ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A expectativa da Appa é iniciar a dragagem de manutenção em julho ou agosto deste ano. A obra está orçada em R$ 100 milhões e será paga com recursos próprios da autorquia.

Já a dragagem de aprofundamento deve ser realizada no final do ano e já existem R$ 52 milhões do Plano de Acelerarão do Crescimento (PAC I) previstos para pagamento de parte da obra. A Appa deverá entrar com contrapartida de, pelo menos, R$ 50 milhões para custear estes serviços.

MOVIMENTAÇÃO – O navio Aris T atracou na tarde de quinta-feira (17) em Paranaguá, vindo de Singapura. Daqui, o navio segue para o Porto de Roterdã, na Holanda.

Na quinta-feira (17), o corredor de exportação do Porto de Paranaguá embarcou 58,3 mil toneladas de grãos. Nesta sexta-feira (18), três navios estão atracados no corredor e, juntos, carregarão 190 mil toneladas de grãos. Outros 25 navios de grãos aguardam para atracar.

O recebimento de cargas em caminhões e vagões no Porto de Paranaguá já foi normalizado. Na quinta-feira (17), por volta das 21h, a ALL liberou a descida de vagões para o porto e até o final da manhã, cerca de 300 vagões já tinham chegado ao terminal, em Paranaguá. O pátio de triagem recebeu 730 caminhões nas últimas 24 horas e, na manhã desta sexta-feira (18), ainda existiam cerca de 250 vagas no pátio.

Rebeldes dizem que ataques de Kadafi continuam apesar de cessar-fogo


Fontes rebeldes da Líbia disseram que as forças do ditador Muamar Kadafi continua bombardeando a cidades dominadas pela oposição, apesar do anúncio de cessar-fogo feito pelo governo. A chancelaria líbia havia declarado o fim das hostilidades contra os rebeldes no começo da manhã desta sexta-feira, 18. Ontem, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que permite uma intervenção militar contra Kadafi.

De acordo com o porta-voz do Conselho de Governo Interino, principal grupo rebelde, Mustafa Gheriani, os ataques prosseguem em Misrata e Ajdabyia. Rebeldes teriam atacado arsenal militar em Nalud e Zintan, no oeste da Líbia, nessa madrugada. Foram sete horas de conflitos.

Khalifa Heftir, um comandante dos rebeldes que lutam para derrubar Kadafi, disse hoje que o anúncio do governo de um cessar-fogo imediato "não é importante para nós".

Segundo Heftir, Kadafi está "blefando" com a declaração. "Kadafi não fala nenhuma verdade... Todo o mundo sabe que Muamar Kadafi é um mentiroso", afirmou Heftir. "Ele e seus filhos, e sua família, e todos os que estão com ele são mentirosos".

O ministro das Relações Exteriores da Líbia, Musa Kusa, anunciou nesta sexta-feira, 18, cessar-fogo e a interrupção de todas as operações militares no país. Segundo Kusa, a medida foi tomada como forma de proteger a população civil da Líbia.

"A Líbia agora tem o conhecimento desta resolução, e de acordo com o artigo 25 da Carta das Nações Unidas, e levando em consideração que a Líbia é um membro plena da ONU, nós aceitamos a resolução do Conselho de Segurança", disse o ministro em um discurso transmito pela televisão líbia.

"Dessa maneira, a Líbia decidiu um cessar-fogo imediato, e a interrupção de todas as operações militares". (Reuters)

Polícia apreende 2 toneladas de maconha em caminhão tanque em Guaíra

Cerca de duas toneladas de maconha foram apreendidas na quinta-feira (17) à tarde próximo à Ponte Ayrton Senna, em Guaíra, no Paraná, na região de fronteira com o Paraguai. A droga, que corresponde à maior apreensão de entorpecente feita na cidade neste ano, estava escondida em um caminhão tanque.

O entorpecente foi encontrado durante uma fiscalização de rotina da Polícia Federal e da Força Nacional. Ao abordagem o motorista do veículo, os agentes pediram a nota fiscal da carga que ele transportava.

O condutor, que estava sem o documento e aparentava nervosismo, confessou que levava maconha nos compartimentos internos. Ele disse que o entorpecente seria levado para Cascavel (PR). O preso foi levado à Delegacia da Polícia Federal em Guaíra.b(GP)

Maria da Conceição Tavares: "Obama foi anulado pelo conservadorismo de bordel dos EUA"


Entrevista exclusiva de Maria da Conceição Tavares à Carta Maior:

CM- Por que Obama se transformou num zumbi da esperança progressista norte-americana?

Conceição - Os EUA se tornaram um país politicamente complicado... o caso americano é pior que o nosso. Não adianta boas idéias. Obama até que as têm, algumas. Mas não tem o principal: não tem poder, o poder real; não tem bases sociais compatíveis com as suas idéias. A estrutura da sociedade americana hoje é muito, muito conservadora –a mais conservadora da sua história. E depois, Obama, convenhamos, não chega a ser um iluminado. Mas nem o Lula daria certo lá.

CM- Mas ele foi eleito a partir de uma mobilização real da sociedade....

Conceição - Exerce um presidencialismo muito vulnerável, descarnado de base efetiva. Obama foi eleito pela juventude e pelos negros. Na urna, cada cidadão é um voto. Mas a juventude e os negros não tem presença institucional, veja bem, institucional que digo é no desenho democrático de lá. Eles não tem assento em postos chaves onde se decide o poder americano. Na hora do vamos ver, a base de Obama não está localizada em lugar nenhum. Não está no Congresso, não tem o comando das finanças, enfim, grita, mas não decide.

CM - O deslocamento de fábricas para a China, a erosão da classe trabalhadora nos anos 80/90 inviabilizaram o surgimento de um novo Roosevelt nos EUA?

Conceição - Os EUA estão congelados por baixo. Há uma camada espessa de gelo que dissocia o poder do Presidente do poder real hoje exercido, em grande parte, pela finança. Os bancos continuam incontroláveis; o FED (o Banco Central americano) não manda, não controla. O essencial é que estamos diante de uma sociedade congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada...

CM- É uma decadência reversível?

Conceição – É forçoso lembrar, ainda que seja desagradável, que os EUA chegaram a isso guiados, uma boa parte do caminho, pelas mãos dos democratas de Obama. Foram os anos Clinton que consolidaram a desregulação dos mercados financeiros autorizando a farra que redundou em bolhas, crise e, por fim, na pasmaceira conservadora.

CM - Esse colapso foi pedagógico; o poder financeiro ficou nu, por que a reação tarda?

Conceição - A sociedade americana sofreu um golpe violento. No apogeu, vendia-se a ilusão de uma riqueza baseada no crédito e no endividamento descontrolados. Criou-se uma sensação de prosperidade sobre alicerces fundados em ‘papagaios’ e pirâmides especulativas. A reversão foi dramática do ponto de vista do imaginário social. Um despencar sem chão. A classe média teve massacrados seus sonhos do dia para noite. A resposta do desespero nunca é uma boa resposta. A resposta americana à crise não foi uma resposta progressista. Na verdade, está sendo de um conservadorismo apavorante. Forças e interesses poderosos alimentam essa regressividade. A tecnocracia do governo Obama teme tomar qualquer iniciativa que possa piorar o que já é muito ruim. Quanto vai durar essa agonia? Pode ser que a sociedade americana reaja daqui a alguns anos. Pode ser. Eles ainda são o país mais poderoso do mundo, diferente da Europa que perdeu tudo, dinheiro, poder, auto-estima... Mas vejo uma longa e penosa convalescença. Nesse vazio criado pelo dinheiro podre Obama flutua e viaja para o Brasil.

CM – Uma viagem cercada de efeitos especiais; a mídia quer demarcá-la como um divisor de águas de repactuação entre os dois países, depois do ‘estremecimento com Lula’. O que ela pode significar de fato para o futuro das relações bilaterais?

Conceição - Obama vem, sobretudo, tratar dos interesses norte-americanos. Petróleo, claramente, já que dependem de uma região rebelada, cada vez mais complexa e querem se livrar da dependência em relação ao óleo do Chávez. A política externa é um pouco o que sobrou para ele agir, ao menos simbolicamente.

CM – E o assento brasileiro no Conselho de Segurança?

Conceição - Obama poderá fazer uma cortesia de visitante, manifestar simpatia ao pleito brasileiro, mas, de novo, está acima do seu poder. Não depende dele. O Congresso republicano vetaria. Quase nada depende da vontade de Obama, ou dito melhor, a vontade de Obama quase não pesa nas questões cruciais.

CM - Lula também enfrentou essa resistência esfericamente blindada, mas ganhou espaço e poder...

Conceição - Obama não é Lula e não tem as bases sociais que permitiriam a Lula negociar uma pax acomodatícia para avançar em várias direções. A base equivalente na sociedade americana , os imigrantes, os pobres, os latinos, os negros, em sua maioria nem votam e acima de tudo estão desorganizados. Não há contraponto à altura do bloco conservador, ao contrário do caso brasileiro. O que esse Obama de carne e osso poderia oferecer ao Brasil se não consegue concessões nem para si próprio?

CM – A reconstrução japonesa, após a tragédia ainda inconclusa, poderia destravar a armadilha da liquidez que corrói a própria sociedade americana ? Sugar capitais promovendo um reordenamento capitalista, como especula Paul Krugman?

Conceição - A situação da economia mundial é tão complicada que dá margem a esse tipo de especulação. Como se uma nuvem atômica de dinheiro pudesse consertar uma nuvem atômica verdadeira. Não creio. Respeito o Krugman, mas não creio. O caminho é mais difícil. Trata-se de devolver a nuvem atômica de dinheiro para dentro do reator; é preciso regular o sistema, colocar freios na especulação, restringir o poder do dinheiro, da alta finança que hoje campeia hegemônica. É mais difícil do que um choque entre as duas nuvens. Ademais, o Japão eu conheço um pouco como funciona, sempre se reergueu com base em poupança própria; será assim também desta vez tão trágica. Os EUA por sua vez, ao contrário do que ocorreu na Segunda Guerra, quando eram os credores do mundo, hoje estão pendurados em papagaios com o resto do mundo –o Japão inclusive. O que eles poderiam fazer pela reconstrução se devem ao país devastado?

CM – Muitos economistas discordam que essa nuvem atômica de dinheiro seja responsável pela especulação, motivo de índices recordes de fome e de preços de alimentos em pleno século XXI. Qual a sua opinião?

Conceição - A economia mundial não está crescendo a ponto de justificar esses preços. Isso tem nome: o nome é especulação. Não se pode subestimar a capacidade da finança podre de engendra desordem. Não estamos falando de emissão primária de moeda por bancos centrais. Não é disso que se trata. É um avatar de moeda sem nenhum controle. Derivam de coisa nenhuma; derivativos de coisa nenhuma representam a morte da economia; uma nuvem nuclear de dinheiro contaminado e fora de controle da sociedade provoca tragédia onde toca. Isso descarnou Obama.

É o motor do conservadorismo americano atual. Semeou na America do Norte uma sociedade mais conservadora do que a própria Inglaterra, algo inimaginável para alguém da minha idade. É um conservadorismo de bordel, que não conserva coisa nenhuma. É isso a aliança entre o moralismo republicano e a farra da finança especulativa. Os EUA se tornaram um gigante de barro podre. De pé causam desastres; se tombar faz mais estrago ainda. Então a convalescença será longa, longa e longa.

CM – Esse horizonte ameaça o Brasil?

Conceição - Quando estourou a crise de 2007/2008, falei para o Lula: - Que merda, nasci numa crise mundial, vou morrer em outra... Felizmente , o Brasil, graças ao poder de iniciativa do governo saiu-se muito bem. Estou moderadamente otimista quanto ao futuro do país. Mais otimista hoje do que no começo do próprio governo Lula, que herdou condições extremas, ao contrário da Dilma. Se não houver um acidente de percurso na cena externa, podemos ter um bom ciclo adiante.

CM – A inflação é a pedra no meio do caminho da Dilma, como dizem os ortodoxos?

Conceição - Meu temor não é a inflação, é o câmbio. Aliás, eu não entendo porque o nosso Banco Central continua subindo os juros, ainda que agora acene com alguma moderação. Mas foram subindo logo de cara! Num mundo encharcado de liquidez por todos os lados, o Brasil saiu na frente do planeta... Subimos os juros antes dos ricos, eles sim, em algum momento talvez tenham que enfrentar esse dilema inflacionário. Mas nós? Por que continuam a falar em subir os juros se não temos inflação fora de controle e a prioridade número um é o câmbio? Não entendo...

CM - Seria o caso de baixar as taxas?

Conceição - Baixar agora já não é mais suficiente. Nosso problema cambial não se resolve mais só com inteligência monetária. Meu medo é que a situação favorável aqui dentro e a super oferta de liquidez externa leve a um novo ciclo de endividamento. Não endividamento do setor público, como nos anos 80. Mas do setor privado que busca lá fora os recursos fartos e baratos, aumentando sua exposição ao risco externo. E quando os EUA subirem as taxas de juros, como ficam os endividados aqui?

CM – Por que o governo hesita tanto em adotar algum controle cambial?

Conceição - Porque não é fácil. Você tem um tsunami de liquidez externa. Como impedir as empresas de pegarem dinheiro barato lá fora? Vai proibir? Isso acaba entrando por outros meios. Talvez tenhamos que implantar uma trava chilena. O ingresso de novos recursos fica vinculado a uma permanência mínima, que refreie a exposição e o endividamento. Mas isso não é matéria para discutir pelos jornais. É para ser feito. Decidir e fazer.

CM - A senhora tem conversado com a Presidenta Dilma, com Lula?

Conceição - O governo está começando; é preciso dar um tempo ao tempo. Falei com Lula recentemente quando veio ao Rio .

Está surgindo um novo jornal na praça? Pode ser tudo como pode não ser nada ....

Deu no twitter da Carolina Cattani:

No meio de demissões e previsões pessimistas para o mercado de comunicação no PR, está para ser lançado um novo jornal, diário e gratuito
7:03 PM Mar 16th via web

FUI CHECAR, E A CONVERSA QUE ROLA NA PRAÇA É A DE QUE O NOVO JORNAL SERÁ BANCADO POR DEPUTADOS E DEMAIS POLÍTICOS DESCONTENTES COM O ATUAL PRESIDENTE DA ALEP!

O PESSUTÃO ESTÁ IGUAL A CACHORRO CAÍDO DE CAMINHÃO DE MUDANÇA


Deu na coluna Painel da Folha de S. Paulo:

Mãos abanando. Dilma está bastante inclinada em deixar o ex-governador Orlando Pessutti (PMDB-PR) longe da diretoria de Agronegócio do Banco do Brasil, nomeando para esse cargo Gilson Bittencourt, secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Delúbio, um dos cabeças do "mensalão", já tem os votos para retornar ao PT


A cúpula do PT já se prepara para aprovar a anistia ao ex-tesoureiro Delúbio Soares na reunião do Diretório Nacional dos dias 29 e 30 de abril. Se a votação fosse hoje, ele teria apoio de 59 dos 84 integrantes do diretório, segundo apurou a reportagem (70,2% do total).

O perdão a Delúbio faz parte de uma estratégia ampla, que inclui a campanha pela reforma política, liderada no PT pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a simpatia do Planalto. O objetivo é usar o discurso da reforma como salvo-conduto para o retorno de Delúbio, expulso do partido em 2005, no rastro do escândalo do mensalão.

"O PT tem um lado forte cristão e sabe perdoar. Por isso, mais de 70% apoiam a volta do Delúbio", afirmou o deputado Jilmar Tatto (PT-SP). "Ele cometeu erros, foi punido e agora o clima é tranquilo. Ninguém quer briga."

Em reunião da Executiva Nacional, ontem, o PT abriu caminho para empunhar essa bandeira ao criar um comitê que tentará quebrar resistências ao financiamento público das campanhas eleitorais. Composto por dirigentes do partido, senadores e deputados, o comitê vai produzir uma cartilha sobre pontos polêmicos da reforma política, que tramita no Congresso.

"Vamos convidar Lula para encabeçar o movimento em defesa do financiamento público, do voto em lista e da fidelidade partidária", contou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Lula batizou a maior crise de seu governo, em 2005, como "farsa do mensalão" e prometeu desmontá-la o quanto antes. (AE)

Previsão de mais chuva para o litoral nesta sexta-feira


Deve voltar a chover nesta sexta-feira (18) no Paraná, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar.

A chuva é causada por uma frente fria que avança sobre o sul do país e deve atingir as regiões oeste, sudoeste e sul do estado no início do dia. No período da tarde, a nebulosidade da frente fria se deslocada para as outras regiões do Estado.

A previsão é de que as pancadas sejam bastante irregulares, podendo ocorrer chuva forte, acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Curitiba e Litoral

A previsão para a capital e para o litoral do Paraná é que ocorram pancadas de chuva e trovoadas no período da tarde. À noite deve ocorrer chuva leve. A temperatura na capital fica entre 18ºC e 27ºC. Nas praias, a mínima prevista é 21ºC e a máxima 28ºC.

Final de semana

Neste final de semana o tempo deve continuar instável. Segundo o Simepar a frente fria deve proporcionar um cenário de tempo abafado, com pancadas de chuvas a qualquer hora do dia, especialmente à tarde.

De acordo com o instituto, as chuvas ocorrem de forma irregular e com curta duração, mas não está descartada a ocorrência de pancadas de forte intensidade.

Ladrão trapalhão esquece documento ao roubar cofres

A distração de um ladrão, ao arrombar um restaurante, na Praça Osório, centro de Curitiba, permitiu que a polícia o prendesse sem muita dificuldade. Reinaldo Adriano da Silva, 28 anos, entrou no estabelecimento e retirou dois cofres, mas, na saída, deixou cair um extrato bancário, com número do seu RG e CPF.

Dias depois, ele depositou um dos cheques furtados na sua própria conta corrente. Para piorar ainda mais sua situação, o furto foi filmado pelas câmeras de segurança e a polícia o reconheceu. Mesmo assim, Reinaldo nega o crime.

O delegado Rodrigo Brown, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) contou que o furto aconteceu no fim de semana do Carnaval. O suspeito levou dois cofres, com cheques e dinheiro, e outros objetos do restaurante.

“A partir do extrato que ele deixou cair no local, conseguimos identificá-lo e apuramos que era foragido da Colônia Penal Agrícola (CPA), disse o delegado". Reinaldo foi condenado por furto a 9 anos e 11 meses de prisão. Em dezembro, quando faltavam sete meses para terminar de cumprir a pena, ele resolveu fugir. O suspeito foi localizado e preso na manhã de ontem. (PARANÁ ONLINE)

Mega-operação caça estelionatários em Curitiba e mais 3 estados

Uma força-tarefa da Polícia Civil realiza neste momento uma megaoperação contra estelionatários em Curitiba. A Secretaria de Segurança Pública não deu mais detalhes. A megaoperação acontece também nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
De acordo com as autoridades de Belo Horizonte, a ação é contra donos de lojas de shopping centers acusados de receptação de produtos roubados. São pelo menos 50 mandados de busca e apreensão e também prisão.

Novo deslizamento em Antonina prejudica abastecimento de água

Um novo deslizamento de terra, que aconteceu ontem (quinta) de madrugada na entrada de Antonina, prejudica todo o abastecimento de água no município. Canos que levam água para a população foram danificados. O sistema conseguiu fornecer água somente até meio-dia, e agora só estão abastecidas as pessoas que têm caixa d’água em casa. Esta não é a primeira fez que acontece um deslizamento no local. Segundo o secretário de comunicação de Antonina, Erli Ríti, será preciso fazer um desvio de 300 metros na tubulação para solucionar o problema. A previsão é que o fornecimento de água só volte ao normal à noite. Enquanto isso, caminhões pipa atendem à população emergencialmente.
Mais de 20 homens trabalham no local do deslizamento com a ajuda de caminhões e escavadeiras. A população de Antonina é de 18.900 habitantes. (blog da Joice)

Após 6 anos de viagem, sonda começa a orbitar Mercúrio



A agência espacial dos EUA (Nasa) colocou na quinta-feira, 18, pela primeira vez, uma nave na órbita de Mercúrio, o planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol. A Messenger demorou mais de seis anos e meio para chegar ao planeta, percorrendo quase 7,9 bilhões de quilômetros. Dentro de um mês, a sonda deve começar a transmitir as primeiras fotografias do planeta, a uma altura de 190 quilômetros.

Os astrônomos estão interessados em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, porque ele é rochoso como a Terra, e não gasoso, como Júpiter. Existem muitas dessas esferas rochosas em torno de estrelas fora do nosso sistema solar, o que significa que Mercúrio poderia oferecer pistas sobre outros mundos, segundo nota divulgada pela Nasa.
"Agora que tantos novos planetas são descobertos ao redor de estrelas em outros sistemas solares, precisamos saber os efeitos do desgaste espacial em superfícies rochosas, para que possamos interpretar os dados telescópicos e de outras formas de sensoriamento remoto que obtemos de outros mundos rochosos ou poeirentos", disse Ann Sprague, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, que está envolvida no projeto.

O Messenger (que significa "mensageiro", mas é também a sigla em inglês para Exploração, Geoquímica, Ambiente Espacial e Superfície de Mercúrio) partiu em 3 de agosto de 2004, e desde então fica "dançando" entre a Terra, a Lua e Mercúrio propriamente dito, num complexo movimento que o impede de ser atraído pelo campo gravitacional do Sol.

Na noite desta quinta-feira, às 21h42, a sonda começará sua missão de um ano de duração em torno de Mercúrio, orbitando-o uma vez a cada 12 horas e preenchendo lacunas visuais deixadas pela última sonda a estar por lá - a Mariner 10, em 1974-75.

A nave, com dois painéis solares para alimentação e um guarda-sol para mantê-lo fresco o suficiente para operar, vai estudar a história geológica, o campo magnético, a composição da superfície e outros mistérios desse planeta tão pouco conhecido. Quando a missão terminar, a nave vai cair na superfície do planeta.

Com um diâmetro ligeiramente maior que o da Lua (cerca de 4.800 quilômetros), Mercúrio deveria ser todo sólido, até o núcleo. Mas a presença de um campo magnético sugere que ele é parcialmente derretido por dentro.

Há décadas os cientistas precisam se contentar com as fotos feitas pela Mariner 10, de um só lado do planeta, além de observações terrestres e dados obtidos a partir de Marte e de meteoritos.

No caminho até Mercúrio, o Messenger conseguiu tirar muitas fotos que tinham escapado à Mariner, e restam agora apenas cerca de 5 por cento do planeta por mapear, principalmente nos polos. A sonda tentará captá-los durante a fase orbital da missão. (Reuters)

Kadafi recua e o governo da Líbia anuncia cessar-fogo


O ministro das Relações Exteriores da Líbia, Musa Kusa, anunciou nesta sexta-feira, 18, cessar-fogo e a interrupção de todas as operações militares no país. Segundo Kusa, a medida foi tomada como forma de proteger a população civil da Líbia.

"A Líbia agora tem o conhecimento desta resolução, e de acordo com o artigo 25 da Carta das Nações Unidas, e levando em consideração que a Líbia é um membro plena da ONU, nós aceitamos que é nossa obrigação aceitar a resolução do Conselho de Segurança", disse o ministro em um discurso transmito pela televisão líbia. "Dessa maneira, a Líbia decidiu um cessar-fogo imediato, e a interrupção de todas as operações militares".

Segundo Kusa, a medida foi tomada pois o país tem grande interesse em proteger todos os civis, e que eles tenham todo o acesso necessário a ajuda humanitária. O ministro reiterou o comprometimento do governo em respeitar os direitos humanos e leis humanitárias e internacionais.

O ministro finalizou seu discurso dizendo que a Líbia está aberta para diálogo. "O Estado da Líbia encoraja a abertura de todos os canais de diálogo com qualquer um interessado no território Líbio. Queremos propor uma nova resolução para o Conselho de Segurança". (AE)

Japão eleva para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear em Fukushima


A Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou nesta sexta-feira de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima. O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7. Segundo a emissora de televisão estatal NHK, a agência já informou sobre a revisão a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cujo diretor, Yukiya Amano, chegou nesta sexta-feira ao Japão para obter informações em primeira mão sobre a situação em Fukushima.

O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local". O nível 7, o mais alto na escala de medição, corresponde à liberação ao exterior de materiais radioativos com amplos efeitos na saúde humana e no meio ambiente.

O acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, é até hoje o único caso no mundo em que o nível máximo foi atingido. O terremoto e o posterior tsunami do dia 11 no nordeste do Japão danificaram o sistema de refrigeração da central, que enfrenta problemas de água em ebulição em seus seis reatores.

Segurança. Desde quinta-feira, a equipe de emergência da usina se esforça, com a ajuda de militares e bombeiros, para resfriar o reator 3 com lançamentos de água a partir de caminhões-pipa e helicópteros. O Governo do Japão indicou que a água lançada nesta sexta-feira por caminhões-pipa sobre o reator 3 da usina nuclear de Fukushima aparentemente alcançou a piscina de combustível, borrifada ontem com outras 64 toneladas de água.

Em entrevista coletiva, o porta-voz do Governo, Yukio Edano, disse que não há "informação definitiva" sobre a situação nessa piscina, mas se mostrou otimista ao lembrar que dela se elevaram colunas de vapor, o que indicaria que a água chegou ao seu destino. Nesse recipiente se encontra uma grande quantidade de combustível utilizado que, ao descer o nível de água e se aquecer, pode entrar em ebulição e liberar radioatividade.

Edano indicou ainda que as operações para religar a eletricidade na central com o objetivo de restaurar, ao menos parcialmente, o sistema de refrigeração estão sendo realizados sem incidentes, mas não precisou quanto tempo irão durar.

Os empregados da Tokyo Electric Power Company (Tepco), a operadora da usina, tentam fazer com que cabos elétricos levados à central cheguem até a área dos reatores, onde a radioatividade teria diminuído após as operações de lançamento de água.

Em Fukushima foram mobilizados sete caminhões das Forças de Autodefesa (Exército) para a operação de lançar 50 toneladas de água sobre a unidade 3. Em outra frente, a temperatura aumentou nas piscinas de resíduos nucleares dos reatores 5 e 6, enquanto segue sem haver dados sobre a situação no reator 4, que agora é a maior preocupação, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A última informação sobre a temperatura da água na piscina da unidade 4 é apenas do dia 15 de março, quando marcou 84 graus centígrados, mais que o triplo do nível normal, de 25 graus. No reator 5, a água do tanque de combustível usado alcançou às 15h de quinta-feira (horário de Brasília) a temperatura de 65,5 graus, um aumento de 2,8 graus com relação à última medição conhecida no dia anterior. No reator 6, no mesmo horário, a temperatura da água chegou a 62 graus, 2 graus mais que na quarta-feira. Um gerador de emergência a diesel já está funcionando para permitir o bombeamento de água nas piscinas dos reatores 5 e 6. (AE)

Otan prepara operação militar na Líbia


A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), braço militar da ONU, deve realizar uma reunião nesta sexta-feira para decidir como será a operação militar na Líbia. Na noite desta quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a criação de uma zona de exclusão aérea no país árabe, a fim de evitar perdas civis com o conflito entre as forças do ditador Muammar Kadafi e os oposicionistas.

França, Reino Unido e Estados Unidos devem liderar as ações estratégicas da intervenção. De acordo com fontes das agências internacionais, militares da Otan já decidiram que as bases aéreas italianas serão usadas como ponto de partida dos aviões da organização. A França confirmou que vai participar de uma operação militar na Líbia e indicou que as ações ocorrerão em "algumas horas". "Os ataques acontecerão rapidamente", antecipou o porta-voz do governo francês, François Baroin.

A Royal Air Force britânica também já se prepara para contribuir para a aplicação da resolução da ONU. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, presidirá nesta sexta-feira uma reunião de seu gabinete e fará uma declaração sobre o tema na Câmara dos Comuns.

Manifestações de populares líbios em apoio aos grupos rebeldes e a resolução da ONU:





Doático, presidente municipal do PMDB, saí em defesa do secretário Romanelli e ataca o Milton Alves, presidente estadual do PC do B

Milton:
Romanelli Será, será a "Viúva Negra" na Questão do Salário Mínimo regional?
cerca de 16 horas atrás na net

Doático:
Romanelli é amigo dos trabalhadores e defensor do salário mínimo regional. Camarada Milton Alves, mira é no gueto reacionário do patronato
about 10 hours ago via web

Cohapar terá recursos para construção de 25 mil casas neste ano

Governador Beto Richa, presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, superintendente regional da Caixa Econômica Federal Jorge Kalache Filho, O gerente regional de negócios da Caixa Econômica Federal, Arielson Bittencourt e O gerente regional de negócios da Caixa Econômica Federal, Wlademir Roberto dos Santos.

O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche, informou que a Caixa Econômica Federal prevê a liberação de recursos para construção de 25 mil moradias no Estado, ainda este ano. De acordo com Chaowiche, a afirmação foi feita pelo superintendente regional da Caixa, Jorge Kalache Filho, durante encontro com o governador Beto Richa, na quarta-feira (17).

O superintendente do banco acredita no sucesso da parceria com a Cohapar. “A Caixa está à disposição para ajudar o Governo do Estado a cumprir a meta de construir 25 mil moradias por ano em várias cidades, tendo a Cohapar como entidade organizadora. Esperamos repetir a mesma parceria de sucesso que tivemos na prefeitura de Curitiba”, complementou.

O gerente regional de negócios da Caixa, Arielson Bittencourt, afirmou que os projetos serão estudados de forma conjunta. Wlademir Roberto dos Santos, também gerente regional de negócios do banco, ressaltou que a Cohapar tem se mostrado disposta a atender a população menos favorecida. “Temos orgulho de participar de movimento como este”.

TRAGÉDIA NO LITORAL

Mounir Chaowiche também ressaltou o apoio da Caixa às famílias do Litoral. “Foram oferecidas agências para arrecadação de água e alimentos a vítimas das enxurradas e eventuais liberações do FGTS”, explicou.

O que Mounir Chaowiche, presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), disse reafirma a posição aqui assumida pelo ministro Bezerra Coelho. Ele disse que a prioridade é atender às pessoas e restabelecer a normalidade na infraestrutura urbana. Segundo ele, todos os recursos que estiverem disponíveis serão repassados ao Estado, que definirá as ações prioritárias em conjunto com as prefeituras. Parte dos recursos federais poderá ser liberada na próxima semana. Ele também afirmou:

“As obras de maior porte e a construção de casas para atender os desabrigados será o passo seguinte”.

Copel utiliza postes de fibra para repor rede elétrica em locais de difícil acesso atingidos pela tragédia no litoral


A Copel está concentrando cerca de metade do seu efetivo de uma centena de técnicos e eletricistas que trabalha na recuperação do sistema elétrico do Litoral atingido pelo temporal de sexta-feira passada (11) para reconstruir as redes de distribuição que atendem as localidades rurais de Sambaqui, Limeira e Rasgadinho, situadas na região limítrofe entre Morretes e Guaratuba.

Em razão da precariedade dos acessos aos pontos onde os reparos são necessários, as equipes da Companhia estão indo a pé por Morretes, em caminhões ou bicicletas por Guaratuba, e pelo ar nos helicópteros do Governo do Estado destacados para as operações de recuperação dos danos na região.

Para restabelecer o fornecimento de energia às 142 famílias domiciliadas em Rasgadinho e Limeira, a Copel já deu início à construção de uma nova extensão de rede elétrica com 2 quilômetros de extensão que será alimentada por Guaratuba.

A rede original, que vinha por Morretes, está sendo recuperada para atender às 43 famílias residentes na localidade de Sambaqui. Desse ponto em diante, em direção a Limeira e Rasgadinho, não há acesso possível.

No projeto da nova rede conectada a Guaratuba, a empresa está utilizando cerca de 30 postes de fibra de vidro, que pesam cerca de 100 quilos cada – seis vezes menos que os convencionais feitos de concreto – e que podem ser manuseados sem o auxílio de guinchos ou braços mecânicos.

“É absolutamente impossível chegar com tais equipamentos em certos locais por causa de uma ponte destruída pelo temporal”, explica Antonio Moser, gerente do Departamento de Serviços e Manutenção da Copel no Litoral. “Se as condições de tempo ajudarem, pretendemos religar todos os consumidores das comunidades de Rasgadinho e Limeira nesta sexta-feira”.

Nas demais frentes de trabalho, as equipes da Copel se esforçam para religar o quanto antes as 414 unidades consumidoras que permanecem desatendidas nas localidades Morro Inglês e Floresta, na zona rural do município de Paranaguá, e em Morro Alto e Fartura, pertencentes ao município de Morretes.

O principal obstáculo enfrentado pela empresa também é a dificuldade de acesso a esses pontos, com bloqueios em razão da queda de pontes, deslizamentos de terra e concentração de materiais provocados pela enxurrada.

Secretário José Richa Filho destaca em Brasília união para recuperar rodovias do Paraná

O esforço conjunto das Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, a colaboração emergencial do Exército, o trabalho do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para restabelecer o tráfego, mesmo com restrições, nas rodovias paranaenses atingidas pelas chuvas foi reconhecido nesta quinta-feira (17) pelo secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

“O trabalho articulado dos órgãos públicos e mais as ações das concessionárias de rodovias ajudou na busca de soluções, desde o primeiro momento”. A declaração foi feita em Brasília, durante a reunião do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Transportes (Consetrans).

Para o secretário do Paraná, as ações articuladas mostram que houve um entendimento eficaz no momento de emergência e também demonstram a existência de grande habilidade técnica dos envolvidos na operação desenvolvida no litoral do Estado.

EXÉRCITO – José Richa Filho destacou ainda o apoio operacional do 5º Batalhão de Engenharia do Exército, que se prontificou a instalar uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado na PR-408, como alternativa de acesso para a ligação com Morretes, que ficou interrompida, dependendo apenas da ligação através da Estrada da Graciosa.

O Exército começou a montagem da estrutura na última terça-feira (15). A ponte de cimento que existia no local não resistiu à ação das chuvas. Cerca de 60 oficiais trabalharam na estrutura provisória de 32 metros de comprimento.


DER aponta 21 pontos críticos nas estradas que atendem o Litoral
Ponte metálica sobre o Rio Sagrado, em Morretes. Construída pelo 5.º Batalhão de Engenharia do Exército.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) concluiu, nesta quinta-feira (17), o levantamento dos danos que as chuvas causaram nas rodovias do Litoral. Foram afetados com mais gravidade 21 pontos nas PRs 340 (Antonina – Cacatu – Bairro Alto), 410 ( BR-116 – São João da Graciosa – Antonina) e 408 (BR-277 – Morretes – PR-410). O DER alerta que outros acidentes podem ocorrer até o terreno ter estabilidade.

O DER mantém todos os funcionários e equipamentos da Superintendência Regional Leste nos trabalhos emergenciais no Litoral e monitora as condições de tráfego nas estradas. O levantamento dos serviços necessários para a recuperação total será encaminhando à Coordenadoria de Construção de Obras e Intervenções, do Comitê de Emergência criado pelo Governo do Estado.

PONTOS – O DER recomenda que os motoristas tenham cuidados ao trafegar pela PR-340, que tem cinco pontos com queda de barreira, um com pista rompida e um com bueiro rompido. A rodovia dá acesso à usina hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, da Copel.

Na PR-410, são oito deslizamentos de barreiras e um de pista. A rodovia é importante por dar acesso à Estrada da Graciosa, que, no auge das chuvas, foi a única ligação do Litoral com o Estado. A PR-408 tem três quedas de barreira e problema em duas pontes. Em uma delas, sobre o Rio Sagrado, o 5.º Batalhão de Engenharia do Exército já colocou uma ponte de metal.

PORTO – Na BR-277, que liga Curitiba ao Porto de Paranaguá, o DER foi informado pela concessionária Ecovia de 11 ocorrências no sentido capital durante as chuvas: sete quedas de barreira, um bueiro erodido e três pontes comprometidas. No sentido Paranaguá, ocorreram 20 deslizamentos, com 16 quedas de barreiras e quatro com comprometimento de ponte.

Sanepar orienta instalação de draga na captação de água de Paranaguá


A Sanepar deu apoio técnico nesta quinta-feira (17) para a instalação de uma draga em uma das captações de água localizada em trecho de serra de Paranaguá. O equipamento, de três toneladas, foi transportado por um helicóptero, cedido ao Governo do Estado pela Marinha do Brasil, atendendo solicitação do governador Beto Richa ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A draga vai ajudar no desassoreamento do local, restabelecendo o bombeamento de água para a estação de tratamento. O município é atendido pela empresa Águas de Paranaguá e, em razão das fortes chuvas, está com problemas no abastecimento desde o último fim de semana.

Ainda nesta quinta-feira técnicos em eletromecânica da Sanepar iniciaram a instalação de uma bomba no decantador da estação de tratamento de água de Paranaguá. A estimativa é que o trabalho esteja concluído nesta sexta-feira (18), permitindo que a estação entre em operação. Também foi finalizada a entrega de todo o material exigido para a retomada dos sistemas, como bombas, tubos e conexões.

Antonina - A companhia paranaense enviou mais duas equipes de manutenção para auxiliar nas obras de recuperação do sistema de abastecimento de Antonina, operado pela empresa municipal SAMAE, que voltou a ter problemas depois de uma queda de barreira. Os técnicos orientam agora os trabalhos de recuperação do solo, com o uso de motoniveladora, terra seca e brita, que irão possibilitar o assentamento da adutora de água.

Além do ajudar na recuperação dos sistemas, a Sanepar continua enviando caminhões-pipa para abastecer os moradores do litoral: cinco para atender Paranaguá e outros quatro para abastecer Antonina e as comunidades rurais de Morretes.

O trabalho que os funcionários da Sanepar estão realizando no litoral foi elogiado pelo diretor-presidente da empresa, Fernando Ghignone. “Este é o diferencial desta equipe: pessoas competentes, dedicadas, que não medem esforços para atender a população”, disse.

Beto Richa entrega carros à Emater e anuncia contratação de 400 técnicos


O governador Beto Richa e o secretário nacional da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Muller, entregaram, nesta quinta-feira (17), em Curitiba, 250 veículos ao Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), para renovação e modernização da frota. “Os novos carros certamente vão agilizar a chegada dos extensionistas às propriedades rurais e o atendimento no campo”, disse o governador. Ele também anunciou a contratação de mais 400 técnicos para a Emater, nos próximos quatro anos.

O veículos foram adquiridos graças a um convênio do Governo do Estado com o MDA, no valor de quase R$ 7 milhões. “Isso demonstra que o governo do Paraná está disposto a firmar parcerias em todos os setores para obter recursos para a dinamização dos trabalhos de extensão rural e de assistência técnica no Paraná”, disse o governador. Ele agradeceu a parceria para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado e reafirmou seu compromisso de apoiar a agricultura, que é a base da economia paranaense.

Muller anunciou o repasse de mais R$ 6,6 milhões, correspondentes a quatro contratos firmados com a Emater a partir das chamadas públicas realizadas pelo ministério para prestação de serviços de assistência técnica nos Territórios da Cidadania. No Paraná, foi feita uma chamada pública, realizada pelo governo federal, com base em legislação de ATER – serviços de assistência técnica e extensão rural. A Emater foi vencedora em quatro dos cinco contratos previstos. Com isso, a Emater vai iniciar esses trabalhos junto às pequenas propriedades de 67 municípios que integram os Territórios da Cidadania do Paraná Centro, Norte Pioneiro e Cantuquiriguaçu.

FORTALECIMENTO – Para o governador, o apoio ao setor está iniciando pelo fortalecimento da Emater, que representa a presença do governo do Estado junto ao agricultor, nas propriedades rurais. “É um compromisso de campanha, registrado em cartório, que estamos cumprindo”, disse Beto Richa. Além da entrega dos carros, o governo do Estado autorizou a contratação de mais 400 técnicos para o Instituto Emater, que serão absorvidos pela empresa ao longo de quatro anos.

“Estamos nos esforçando para equipar a Emater, que foi desestruturada por falta de visão estratégica dos últimos governos”, disse o governador. Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, há 40 municípios sem técnico da Emater e outros 170 municípios com apenas um técnico.

De acordo com o presidente do Instituto Emater-PR, Rubens Ernesto Niederheitman, a frota da empresa conta com cerca de 900 veículos e agora vai passar de mil, considerando que alguns serão retirados por falta de condições uso. Niederheitmann destacou que os carros vão melhorar a qualidade do atendimento da Emater junto ao produtor rural e melhorará a condição de trabalho ao extensionista.

TERRITÓRIOS – Nos Territórios da Cidadania, Niedertmann lembrou que a Emater irá atuar para que os agricultores mais pobres tenham melhor condição de vida, de subsistência e que consigam gerar produção excedente para vender aos programas institucionais de governo.

Em nome dos prefeitos dos Territórios da Cidadania, a prefeita de Nova Tebas, Eloisa Jensen, falou da importância da Emater junto às áreas rurais e manifestou preocupação com o crescimento do êxodo rural, principalmente entre os jovens, comum nos pequenos municípios. “É importante que a Emater ajude a difundir entre os jovens a importância do empreendorismo no meio rural”, defendeu.

De acordo com o secretário Ortigara, a Secretaria da Agricultura vai buscar novas parcerias com o governo federal para o atendimento às famílias mais necessitadas no campo. “Vamos estruturar um serviço público de assistência técnica e de extensão rural com qualidade e trabalhar com os serviços nacionais de aprendizagem rural (Senar) e do cooperativismo (Sescoop) e com os sindicatos para qualificar os agricultores e seus familiares no campo”.

Estavam presentes na solenidade o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Agide Meneguette, o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do MDA, Agileu Martins da Silva, além de deputados federais, estaduais, prefeitos e lideranças da Agricultura do Estado.

MAIS UM HERANÇA DO DESGOVERNO REQUIÃO/PESSUTI: Com nova liberação, Estado já pagou R$ 152 milhões em atrasados

O Governo do Paraná liberou nesta quinta-feira (17/03) R$ 2,309 milhões para dezenas de escolas estaduais espalhadas pelo Estado e outros R$ 880 mil para o Hospital Regional do Sudoeste, de Francisco Beltrão. Nesta semana, também foi autorizado o repasse de R$ 12,1 milhões para as universidades estaduais. Os recursos quitam compromissos não honrados pela gestão passada.

Com os novos repasses, chega a R$ 152,9 milhões o volume de dinheiro liberado pela Secretaria da Fazenda para pagamentos de atrasados. As liberações retiram recursos do orçamento deste ano, que deveriam ser direcionados a investimentos.

Segundo o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, este valor ainda pode crescer até o final deste mês, quando será fechado o balanço do ano passado. “Estamos fazendo todo o esforço para quitar as dívidas deixadas pela administração anterior para que possamos, de fato, virar a página e começar um tempo novo, de desenvolvimento para o Paraná”, avalia.

Universidades – Os recursos liberados nesta semana para sanar dívidas de custeio das universidades estaduais atendem as instituições de ensino superior de Londrina, Ponta Grossa, Maringá, Guarapuava e Cascavel e são relativos aos meses de outubro e novembro do ano passado. “É possível que até o final de março sejam quitadas as contas do mês de dezembro, zerando, portanto, as dívidas do ano passado com relação às universidades estaduais”, informa Hauly.

Acompanhados pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, os reitores dessas universidades estiveram com o secretário da Fazenda, apresentando pedidos de suplementação para despesas com custeio, no valor de R$ 13 milhões, ainda para este ano. De acordo com Leal, a proposta orçamentária encaminhada pelo governo anterior à Assembleia Legislativa foi reduzida em relação ao orçamento de 2010.

Governo Beto Richa fará mutirão técnico para dar apoio a agricultores do Litoral vitimados pela tragédia


Técnicos da secretaria da Agricultura e da Emater iniciam nesta sexta-feira (18/03) um mutirão técnico nas áreas rurais afetadas pelas chuvas no Litoral paranaense. Por determinação do governador Beto Richa, eles reunirão informações para elaborar projetos individuais de recuperação das propriedades atingidas, que poderão incluir a liberação de recursos do Estado a fundo perdido.

“Vamos enfrentar o desafio de, junto com cada agricultor, definir um plano de ação que garanta a essas famílias a superação das dificuldades causadas pelas chuvas”, disse o governador.

De acordo com o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, o governo vai oferecer suporte técnico e financeiro para que as famílias recuperem seu meio de vida. “Isso inclui a reconstrução inicial, a definição do que vão plantar, a readequação das propriedades e a recuperação das estradas rurais”, afirmou Ortigara.

Ortigara disse que o apoio aos agricultores será definido caso a caso e poderá envolver, além de recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), recursos do Tesouro do Estado. “É fundamental para a economia local e regional que se garanta esse socorro às famílias. Muitos perderam sua produção de banana, sua horta, seu gengibre, enfim, seu meio de vida”, afirmou.

De acordo com o secretário, o volume de recursos necessário ainda não está definido e vai depender do mapeamento que será feito pelos técnicos. Ele informou que máquinas da Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná) já foram enviadas ao Litoral para recuperar acessos danificados pelas chuvas.

Beto Richa anunciou isenção das taxas de serviços prestados pela Emater a 100 municípios


Cem municípios paranaenses estão isentos, a partir deste ano, do pagamento por serviços prestados pela Emater. O anúncio foi feito pelo governador Beto Richa na tarde desta quinta-feira (17), durante visita à 37ª. Expo-Umuarama. “No ano que vem, mais 100 municípios serão isentados e, até 2013, todos serão liberados deste pagamento”, informou Richa.

Beto Richa disse que a determinação do governo é para que a Emater trabalhe com foco em resultados e também com empenho para apoiar e fortalecer os municípios. “São medidas que garantem, ao mesmo tempo, apoio ao pequeno produtor e aos municípios”, disse.

A isenção vai representar uma economia de cerca de R$ 4,3 milhões por ano para as primeiras 100 prefeituras contempladas. No total, os municípios repassam cerca de R$ 12 milhões em convênios de assistência técnica e extensão rural para a Emater – custo que será progressivamente assumido pelo Governo do Estado, ao longo de quatro anos. Para permitir o repasse, os recursos serão colocados como despesa no orçamento do Estado, informou Natalino Avance de Souza, diretor técnico da Emater.

Para o prefeito de Cidade Gaúcha, Vítor Leitão, que também é presidente da Associação dos Municípios da Região de Entre Rios, a isenção anunciada pelo governador Beto Richa permitirá aos municípios aplicar em outros projetos os recursos hoje destinados à Emater. “No nosso município, estudamos usar o dinheiro para comprar e distribuir calcário aos pequenos produtores rurais”, afirmou.

Richa participou de uma reunião com integrantes das associações comerciais e de municípios da região e recebeu reivindicações da população local para a realização de obras na rodovia PR 323. “Já acionamos os técnicos para que estudem alternativas para oferecer maior segurança nesta rodovia, fundamental para o desenvolvimento da região”, disse. O governador informou que devem ser construídas terceiras faixas nos locais mais críticos, além de contornos que desviem o tráfego pesado da cidade.

Questionado sobre as medidas de segurança na região, Richa informou que está em andamento o plano de ação para a integração de serviços entre as polícias civil e militar com a polícia federal para reforçar policiamento ao longo de toda a fronteira do Paraná. “Estamos fazendo um acordo com o governo do Mato Grosso do Sul para trabalharmos de forma integrada para combater o tráfico de armas e drogas”, revelou.

Beto Richa reforçou que o governo vai investir em infraestrutura para promover o desenvolvimento do Paraná. “Mas primeiro temos que recuperar a capacidade de investimentos do Estado, que está bastante comprometida”, disse.

EXPOSIÇÃO – A 37ª. Expo-Umuarana reúne 300 expositores de todo o Brasil. A expectativa é de uma movimentação de R$ 30 milhões durante o evento. O público estimado é de 270 mil visitantes até o dia 20 de março.

A pecuária leiteira está ganhando impulso na região e um dos destaques da feira é a Olimpíada do Leite, em sua oitava edição. A região Noroeste tem um rebanho estimado em 150 mil animais em pequenas propriedades, que produzem de 10 a 15 litros por dia.

Nos últimos oito anos, este tipo de pecuária apresentou um crescimento de 60%. “Isso significa uma renda fixa mensal assegurada o pequeno e médio produtor rural”, informou o presidente da Sociedade Rural de Umuarama Junior Peres.

Durante a visita, o governador homologou a liberação de recursos para a pavimentação de ruas no município de Cidade Gaúcha, no valor de R$ 1,28 milhão.

Acompanharam a visita do governador os secretários de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara; de Desenvolvimento Urbano, Cezar Silvestri; da Casa Civil, Durval Amaral; o deputado federal Osmar Serraglio e os deputados estaduais Nelson Garcia e Fernando Scanavaca.

Governo quer acabar com guerra fiscal nas importações, diz Pimentel

O Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex) enviou à Câmara de Comércio Exterior, fórum de ministros de estado que trata de questões comerciais, uma reclamação formal sobre a guerra fiscal entre os estados da federação nas importações, informou nesta quinta-feira (17) o ministro do Deselvolvimento, Fernando Pimentel.

Segundo o ministro, esses estados estão baixando, ou até mesmo zerando, a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, para atrair importações, o que acaba gerando distorções - tornando os produtos importados mais baratos e prejudicando a indústria nacional.

"Isso está provocando uma enorme distorção no sistema tributário todo e prejudicando enormemente a indústria brasileira. A Camex recebeu a apoiou a preocupação do setor exportador e estamos encaminhando para o Ministério da Fazenda a sugestão. Há uma preocupação grande, e a própria presidenta da República já manifestou preocupação [com a guerra fiscal nas importações]", disse Pimentel. Ele acrescentou que a Advocacia Geral da União (AGU) vai estudar o melhor caminho para acabar com estes benefícios fiscais nas importações.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, o término desta distorção será importante para dar "competitividade a indústria brasileira". "Tem um produto que entra e não paga imposto e que gera uma distorção de preços que não tem cabimento. Isso não pode continuar. Está atraindo importações desnecessárias e prejudicando de maneira forte e desleal as empresas brasileiras. Não vamos permitir que continue uma situação que prejudique a nossa indústria. Certamente, vai haver medida nesse sentido", declarou.

Acordo aeronáutico

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, a Camex, que se reuniu nesta quinta-feira, assinou um novo acordo de entendimento para o setor aeronáutico, que acontece no âmbito da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo ele, o Brasil já participava do acordo anterior, que foi revisto em 2010, e que determina condições de financiamento e subsídios para o setor. Pimentel expilcou que fazem parte do acordo os países que têm indústria aeronáutica, como os Estados Unidos, o Canadá, a França e o Japão, entre outros.

"Depois de um ano de negociações, estabeleceu-se um novo acordo. Com isso, o Brasil já está em condições de participar de licitações para vendas de aeronaves [da Embraer]. As condições estão equalizadas com os demais países. Não pode ultrapassar determinados limites nos juros e nos prazos. A Embraer tem um limite para praticar de juros e o governo tem um limite de subsídio para a empresa. É o mesmo limite que tem a Bombardier, a Boeing", explicou Pimentel. (G1)

Terremoto no Japão impulsiona preço de componentes eletrônicos

O impacto do terremoto do Japão na última sexta-feira já está sendo sentindo no setor de componentes eletrônicos. As consequências do tremor e do subsequente tsunami que atingiram o país na semana passada provocaram mudanças de preços em um dos componentes mais voláteis: os chips de memória.

"Recentemente, companhias, como a HP e a Dell, beneficiaram-se significantemente dos preços favoráveis da memória DRAM e de outras commodities", escreveu Ben Reitzes, analista do Barclays Capital, em nota a clientes nesta semana. "Nós acreditamos que esses benefícios atingiram um pico."

Embora o Japão não seja o principal centro manufatureiro de semicondutores e de telas LCD, os fabricantes de produtos eletrônicos estão preocupados, porque 10% da produção mundial de chips de memória são feitos no país. O Japão também é responsável por 35% da produção mundial de memória flash e 6,2% da de telas LCD grande, de acordo com a empresa de pesquisa IHS iSuppli. A memória flash deixa, sem dúvida, os investidores mais nervosos, porque os produtos mais procurados do mercado, como smartphones e tablets, não possuem um disco rígido.

Um das empresas líderes na produção de memórias flash é a SanDisk Corp., que tem duas fábricas, numa joint venture (associação) com a Toshiba Corp., localizada a cerca de 500 milhas do epicentro do terremoto que atingiu o Japão na última sexta-feira. A empresa disse que retomou suas operações e que seus funcionários estavam a salvo.

"A avaliação atual da SanDisk é de que houve um impacto mínimo imediato sobre a produção de wafer de memória devido ao terremoto", disse a empresa na sexta-feira. Mesmo assim, as ações da SanDisk caíram nesta semana. "Há uma série de coisas que estão convergindo. Você tem os preços do petróleo, uma ruptura na cadeia de abastecimento - e eu acho que todas essas coisas vão se reunir para pressionar os preços para cima um pouco", disse Paulo Romano, diretor da Fusion Trade, uma distribuidora de produtos eletrônicos norte-americana.

Segundo Romano, nos últimos dias os preços da memória DRAM subiram entre 15% e 25% e os valores da memória flash aumentaram entre 15% a 20%, na medida em que algumas empresas tentaram estocar chips em meio aos temores de escassez. Outro problema é que pelo menos 22% dos wafers semicondutores do mundo, o principal componente dos chips, são feitos pelo Shin-Etsu Group, que declarou que duas de suas fábricas, incluindo uma em Fukushima, que faz wafers de 12 polegadas, estão inoperantes.

A Intel Corporation, maior fabricante mundial de chips, disse que as avaliações iniciais foram "relativamente positivas" e que acredita que seus fornecedores diretos "passaram por este evento de forma razoável." O porta-voz da empresa Chuck Mulloy destacou porém, que os desafios na infraestrutura de energia e transporte do Japão estão aumentando e poderiam ser mais difíceis de resolver. (AE)

O Tio Sam está de olho em nosso petróleo e a Dilma concorda


"Os Estados Unidos são um consumidor ideal", disse Dilma.

O Brasil detém uma das maiores reservas mundiais de petróleo em alto mar, e empresas norte-americanas de petróleo estão de olho na possibilidade para "ajudar" a extrair o óleo, que está a 6 quilômetros abaixo da superfície do oceano.

A presidente Dilma Rousseff disse autoridades dos EUA em visita ao país, incluindo o senador republicano John McCain, que as reservas do pré-sal podem ajudar o Brasil a se tornar um importante exportador de energia e gerar recursos para obras de infraestrutura e desenvolvimento econômico.

Contudo, Dilma também afirmou querer encontrar mercados externos para o consumo da maior parte do petróleo. Ela acredita que o Brasil deve continuar dependendo de fontes de energia renovável, como a gerada por hidrelétricas e a partir de etanol, para a maior parte de suas necessidades.

O secretário de Energia dos EUA, Steven Chu, fará parte da delegação de Obama, o que sugere possíveis negociações.

A viagem poderia render acordos preliminares que levariam a um compartilhamento de tecnologias para a exploração no mar ou a uma participação maior de companhias de energia dos Estados Unidos na extração do pré-sal.

Invasão gringa em Macaé

O animado "Good morning, Macaé" é sinal de que o locutor Tony Fonseca está no ar. Pelas duas horas seguintes, ele comandará um programa musical que toca tudo o que há de mais comum nas FMs brasileiras. Com um detalhe: é todo falado em inglês. O programa de Tony, um brasileiríssimo locutor de 61 anos, vai ao ar aos sábados e não é entendido pela esmagadora maioria dos macaenses. Mas tem um público fiel nos 13.000 estrangeiros que vivem na cidade e já representam 10% da população. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, é a maior concentração de estrangeiros residentes no país. O que atrai gente de todo o mundo para a região é a exploração de petróleo e gás, atividade que enriqueceu a cidade a partir de 1978, com a chegada da Petrobras, e principalmente desde 1999, quando as empresas privadas foram autorizadas a operar no setor. Por causa dos gringos, a pequena Macaé ganhou ares cosmopolitas. Tem aeroporto internacional, quatro hotéis de grandes redes estrangeiras em construção – entre eles um Sheraton –, dois pubs, restaurantes italiano, mexicano, francês e japonês, campo de golfe. Nas bancas de jornais, encontram-se publicações de todo o mundo e um dos supermercados locais acaba de fazer sua primeira encomenda de caviar. No embalo do progresso, a prefeitura encarregou ninguém menos que Oscar Niemeyer de fazer o projeto de sua nova sede.

A cidade, a 182 quilômetros do Rio de Janeiro, é a base de operação da Petrobras e de outras dezenas de companhias que trabalham na exploração da Bacia de Campos, responsável por 80% do petróleo e 45% do gás natural produzidos no Brasil. Junto com mais sete municípios do norte fluminense, Macaé recebe royalties pela produção, que representam mais da metade do orçamento da prefeitura e tornaram a cidade uma das mais ricas do Estado, com renda per capita de 8.304 reais em 2000. É bem superior à média nacional – de 6 472 reais, no mesmo ano. Se o cálculo fosse feito entre os estrangeiros, no entanto, a diferença seria astronômica. Eles são, em sua maioria, técnicos altamente especializados, que rodam o mundo trabalhando para as grandes companhias de petróleo, com salários que variam entre 5.000 e 15.000 dólares por mês.

Tamanho abismo salarial torna a Macaé dos gringos bem diferente da brasileira. A cidade dos macaenses não prima pela beleza. Suas praias não são nem de longe parecidas com as da vizinha Búzios, e sua arquitetura não a faz em nada diferente de qualquer outra cidadezinha brasileira que cresceu rápida e desordenadamente. A maior parte dos gringos circula pouco por essa Macaé e foge de lá nos fins de semana. Muitos passam quinze dias por mês embarcados nas plataformas de exploração de petróleo. Os que trabalham em terra se concentram numa rua batizada de "Rua das Firmas", uma avenida distante do centro da cidade onde se enfileiram prédios de escritórios. Para viver, eles escolheram os bairros perto das praias, como o Vivendas da Lagoa. Ali as ruas ainda não estão asfaltadas, mas as casas são grandes, coloridas, muitas com piscina. O aluguel chega facilmente a 10.000 reais por mês. A diferença gritante de padrão de vida faz os estrangeiros ter um medo que fica evidente na altura dos muros que cercam as casas. "Não dá para fingir que sou brasileira", diz a francesa Catherine Delapierre, 37 anos, que chegou à cidade há sete meses com o marido, Pascal, 43 anos, e dois filhos, de 7 e 5 anos. Eles evitam sair à noite e não deixam as crianças brincar na rua. (Veja)

Dilma se contradiz ao defender municipalismo, diz líder do PSDB

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), afirmou na tarde de hoje que a presidente Dilma Rousseff foi contraditória ao afirmar que pretende fazer um governo municipalista enquanto corta R$ 1,85 bilhão em emendas parlamentares dentro do pacote de contingenciamento de R$ 50 bilhões.

Segundo ele, quase a totalidade dos recursos das emendas dos parlamentares vai para os municípios, na forma de verbas para educação e saúde, entre outras áreas. "Há antagonismo entre o que ela fala e o que ela faz", afirmou o parlamentar.

Hoje, a presidente Dilma afirmou que seu governo será "municipalista", com uma relação "qualificada e de parceria" com prefeitos. A declaração foi feita em evento realizado em Uberaba (MG) para assinatura de protocolo de intenções entre o governo mineiro, a Petrobras e a Cemig para implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados e de um gasoduto. (AE)

Receita vai intimar 440 mil empresas que devem R$ 6 bi

A Receita Federal vai intimar 440 mil empresas que possuem débitos com o Fisco no valor total de R$ 6 bilhões. Em uma auditoria interna realizada nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) entregues pelas empresas entre agosto de 2010 e janeiro deste ano, a Receita encontrou "inconsistências" nos dados que levaram a esta cobrança de tributos devidos.

Os contribuintes terão 30 dias para regularizar a situação com o Fisco ou poderão ser inscritos em Dívida Ativa da União e no Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin) do Banco Central. As empresas também ficarão impedidas de tirarem Certidão Negativa de Débito (CND).

O subsecretário de arrecadação e atendimento da Receita, Carlos Roberto Occaso, informou que o aprimoramento dos sistemas do órgão possibilitará a cobrança de débitos das empresas, a partir de abril, no mês subseqüente à entrega da DCTF. Antes, o Fisco levava de 6 a 8 meses. O novo procedimento de cobrança deve reforçar a arrecadação em R$ 280 milhões por mês. "Um dos objetivos do aperfeiçoamento do processo é o aumento da arrecadação", afirmou Occaso.

Segundo a Receita, 1,6 milhão de médias e grandes empresas são obrigadas a entregarem mensalmente a DCTF, na qual declaram os tributos devidos e as formas de pagamento. As micro e pequenas empresas inscritas no Simples estão isentas.

Outra novidade é que as intimações serão enviadas para a caixa postal eletrônica que as empresas possuem no site da Receita (e-Cac). "Esta é uma medida importante porque simplifica o processo", disse Occaso. O aviso de cobrança era enviado pelos Correios.

O subsecretário disse que o Fisco quer estimular as empresas a adotarem o domicílio tributário eletrônico. Os contribuintes que fizerem esta opção, ao invés de receber correspondências na sede da empresa pelos Correios, terão algumas vantagens. Além da garantia de sigilo fiscal, ele destaca que as empresas podem consultar todos os processos pela internet e, dentro de seis meses, poderão enviar eletronicamente suas petições ou impugnações para a Receita.

Comissão no Senado aprova fim da reeleição

A comissão especial da reforma política no Senado aprovou nesta quinta o fim da reeleição e um mandato de cinco anos para presidente da República, governadores e prefeitos. A nova regra valeria para os eleitos a partir de 2014, ou seja, quem está no cargo atualmente poderia tentar a reeleição ainda uma vez. Neste caso, na hipótese de reeleição da presidente Dilma Rousseff, ela seria favorecida com um mandato de nove anos, já que o segundo teria a duração de cinco anos.

O presidente da comissão, Francisco Dornelles (PP-RJ), e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), foram os únicos a defender o modelo atual, em que os governantes se elegem para exercer um mandato de quatro anos, com direito à reeleição. O ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique (PMDB) defendeu o fim da reeleição ou, mantido o instituto, que o governante seja obrigado a se desincompatibilizar do cargo para disputar novo mandato.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o líder do PT, Humberto Costa (PE), defenderam o fim da reeleição, com mandato de cinco anos, embora seus partidos tenham sido os únicos a se beneficiar com esse modelo. "O PT sempre foi contra a reeleição, mas não poderíamos ignorar as regras do jogo", justificou o petista.

Uma das principais vozes pelo fim da reeleição, o senador Itamar Franco (PPS-MG) afirmou que existe uma linha invisível entre o governante e o candidato que nem o Tribunal Superior Eleitoral consegue distinguir. "Uma hora ele é governador, outra hora é candidato. Quando tira o paletó, ele é candidato, mas a caneta vai com ele", argumentou.

Na mesma reunião, a maioria do colegiado defendeu a manutenção do voto obrigatório. Aécio admitiu que o voto facultativo seria "mais palatável à opinião pública", mas chamou a atenção para o risco de se ter "governantes eleitos por uma minoria pouco expressiva". Segundo ele, num momento de maior confronto e crise política, isso poderia gerar instabilidade social. "Temo que surjam setores desestimulados, gerando uma dispersão muito grande dos votos e uma distorção do resultado eleitoral", concluiu.

Além disso, a maioria da comissão avaliou que o modelo atual consiste numa "obrigatoriedade flexível", já que a lei eleitoral prevê sanções brandas ao eleitor que faltar ao pleito, como multas estimadas em R$ 3,50. Na próxima reunião, os senadores vão analisar as propostas de implantação do voto distrital e do voto majoritário para deputados federais, estaduais e vereadores. (AE)

 
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