segunda-feira, 5 de setembro de 2011

o chefe de gabinete de Gleisi rebate acusações da Revista Época


ESCLARECIMENTO


Neste final de semana, a revista Época trouxe uma matéria relatando que minha mulher, Lucimar Carboni, possui uma consultoria que atende prefeituras do Paraná e que, por eu estar na chefia de Gabinete da Casa Civil, teria facilidade de fechar contratos com as prefeituras.

Lucimar de fato abriu uma consultoria no ano de 2007. Ela tem experiência em administração municipal e prestava serviços de assessoria técnica para prefeitos interessados em elaboração e acompanhamento de projetos. Nesses quatro anos, atendeu seis prefeituras, todas através de processo licitatório, recebendo, em média, por mês, $ 2.500,00 por contrato. Três prefeituras já tiveram seus contratos encerrados e as outras três estão em processo de encerramento.

Quando a então senadora Gleisi Hoffmann convidou-me a trabalhar com ela, recomendou que Lucimar encerrasse a consultoria, o que de fato está sendo feito. Desde então, a empresa não fechou contrato com nenhuma prefeitura. A consultoria está em processo de encerramento.

Essas informações foram passadas à revista Época. Eu informei a eles por escrito. Lamentavelmente, desconsideraram as informações, apenas registrando minha resposta de maneira burocrática, e publicaram reportagem com insinuações irresponsáveis, sem qualquer indício de irregularidade que sustentasse a matéria.

É importante registrar que o repórter da revista ligou para Lucimar, fazendo-se passar por funcionário de uma prefeitura de São Paulo, interessado em contratá-la. Na ocasião, foi informado de que ela estava de mudança para Brasília, que a empresa seria fechada e que, portanto, não poderia aceitar um novo contrato. Curiosamente, a revista ocultou tal relato. Somente após a ligação soubemos que se tratava de alguém que telefonava da redação da revista Época, após checagem do número.

Considero este um método pouco transparente de apurar informações, que fere a ética jornalística. Por que o repórter não se identificou corretamente? E, já que agiu assim, por que não considerou as informações que lhe foram dadas?

Acho importante prestar estes esclarecimentos. Não temos nada a esconder. E, repito: não há fato na matéria que demonstre que praticamos irregularidade.

Att,

Carlos Carboni

Bandidagem sindical


Tiros, pancadarias e vandalismo. ISTOÉ revela a violência da disputa entre as centrais de trabalhadores e os bastidores da luta por recursos públicos e poder. É a nova face do sindicalismo

Isto É - Pedro Marcondes de Moura e Cláudio Dantas Sequeira
Sequência de vídeos mostra a escalada de violência no sindicalismo paulista. Há cenas de pancadaria, derrubada de portões, correria, uso de fogos como arma e até disparo de revólver diante de sedes em São Paulo, Osasco e Jundiaí :

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CORONHADAS E DISPAROS
Presidente do Sindicato dos Marceneiros foi espancado por adversários (acima) e,
na sede do Sindicato dos Químicos, segurança encara invasores com pistola (abaixo)

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Três episódios recentes e emblemáticos ilustram estas páginas. No alto, à esquerda, está estampada a foto de Edson Matias, presidente do Sindicato dos Marceneiros de Taboão da Serra (SP). Dizer que sua imagem é um retrato da nova face do sindicalismo brasileiro poderia soar como um trocadilho de mau gosto. Infelizmente, trata-se da simples expressão de uma verdade. Na tarde da sexta-feira 26, Matias foi agredido com coronhadas por três adversários, contrários à criação de sua entidade. Levou 32 pontos no rosto. Na foto maior, à direita, um segurança do Sindicato dos Químicos de Jundiaí (SP), ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), aponta o revólver em direção a um grupo de militantes da Força Sindical que tentava, a coices, invadir a sede da entidade. Antes, ele já havia disparado para o alto, como mostra um vídeo obtido por ISTOÉ. Na sequência de fotos na parte inferior da página, é o outro lado que ostenta o poder de fogo: no sábado 13, homens da Força, escoltados por pelo menos três leões de chácara armados, quebraram as portas do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de São Paulo. Eles estavam ali para impedir uma assembleia de filiação à CUT. As cenas reveladas por ISTOÉ retratam vítimas ou algozes de um tipo de violência que já deixou dezenas de mortos nos últimos três anos: o banditismo sindical. Nelas não se consegue identificar trabalhadores que cumprem jornadas de mais de 44 horas semanais ou líderes devotados a suas categorias. Há, sim, jagunços bem remunerados para dar ou tirar o sangue de quem contrariar seu contratante.

Por trás dos confrontos não há sinais de oposições ideológicas expressivas ou concepções muito distintas sobre a maneira de representar determinada categoria. Isso é coisa do passado. Traços de um tempo em que o movimento sindical ajudava a fazer a história do País e se legitimava por princípios. Hoje, discursos inflamados não conseguem mais disfarçar o que move essas contendas: poder e dinheiro. Cada sindicato representa, além de força política para barganhar cargos com o governo, uma generosa fonte de renda para as federações, confederações e centrais. O dinheiro vem da contribuição sindical, criada na era Vargas, imposto que transfere um dia do salário suado de cada trabalhador para a entidade de classe que lhe representa e para as organizações da qual ela é associada. Somente em 2010 foi repassado R$ 1,2 bilhão. Perder ou ganhar o controle de um sindicato, portanto, significa ter acesso ou não a essa bolada. O dinheiro que vem da contribuição sindical se transforma, em muitos casos, em capital para cooptar entidades ou contratar capangas, quebra-paus e comprar armamento para intimidar adversários.

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DOIS LADOS
Vasconcelos (acima), presidente dos Gráficos, ameaçado de morte. Sindicato agora
fica com Paulo Rogério (abaixo), especialista em “situações adversas” da Força Sindical

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A situação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de São Paulo, criado em 1919, ilustra bem esse cenário de guerra. Desde que Márcio Vasconcelos, presidente da entidade, resolveu abandonar o cargo de vice-presidente da Força Sindical e filiar sua entidade à CUT, no começo de agosto, ameaças de morte, quebra-quebras, bombas e agressões físicas se tornaram frequentes. O auge dos confontos foi o sábado 13, conforme mostram as imagens da câmera de circuito fechado da entidade, às quais ISTOÉ teve acesso. Além dos invasores armados, as cenas registram agressões entre militantes dos dois lados, uso de spray de pimenta e a depredação da porta de entrada. “Isso foi orquestrado pelo Paulinho da Força (o deputado federal Paulo Pereira da Silva, do PDT-SP, líder da central sindical)”, acusa Vasconcelos. “Ele veio aqui na véspera e disse que a assembleia não iria acontecer.” Alegando ter sido ameaçado de morte por Paulinho, Vasconcelos mudou de endereço e anda escoltado por seguranças.

O deputado Paulinho da Força nega tudo. “É conversa fiada”, diz. Ele admite, porém, que participou do encontro citado por Vasconcelos. “A maioria da diretoria não queria sair da Força Sindical e eu fui lá pedir ao Márcio para suspender a assembleia, para não dar confusão. Ele não aceitou. Acabou em pancadaria como a gente previa.” O parlamentar alega que o grupo de “militantes” responsável pelo confronto no sindicato não foi orientado por ele e era formado apenas por associados dos gráficos. As imagens, no entanto, desmentem a sua versão. Dirigentes de outras categorias associadas à Força Sindical aparecem no vídeo durante o quebra-quebra. E a confusão não parou por ali. Nos dias seguintes, bombas foram lançadas contra a entidade e funcionários ameaçados. Na segunda-feira 29, o controle do Sindicato dos Gráficos mudou de mãos. De posse de um documento contestado na Justiça e com um time reforçado de quebra-paus, integrantes da oposição assumiram o controle da sede da entidade. Na manhã da quarta-feira 31, já respondia pelo sindicato um personagem famoso no meio: Paulo Rogério, o maior especialista em coordenar “situações adversas” da Força Sindical.

Outros casos envolvendo a central sindical liderada pelo deputado Paulinho chamam a atenção da Justiça. Em Jundiaí, no interior paulista, o Ministério Público Federal investiga o presidente do Sindicato dos Plásticos da cidade, João Henrique dos Santos, por formação de quadrilha e fraude sindical, entre outros crimes. Seus métodos violentos, típicos do novo banditismo sindical, lhe renderam o apelido de “Lampião Paulista”. Em setembro de 2009, Santos, esta reencarnação de Virgulino, enviou um grupo de 80 homens, inclusive ex-policiais militares, para a porta do Sindicato dos Químicos. A ordem era invadir o local e retirar de lá à força o presidente da entidade, Aparecido Nunes do Nascimento. “Eles conseguiram derrubar o portão, mas um amigo policial estava lá e evitou o pior”, relata Nunes. O “amigo policial” é o homem que atira para o alto e depois mira os invasores no vídeo obtido por ISTOÉ.

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COMPANHEIROS
Paulinho da Força e Lampião Paulista, relações apenas institucionais

O bando de Lampião Paulista trazia na linha de frente Isaul Marcos Soares, tricampeão mundial de kickboxing. Torrão, como o lutador é conhecido, revelou à ISTOÉ os bastidores da ação. Segundo ele, Lampião, presidente do Sindicato dos Plásticos e adversário de Nunes, do Sindicato dos Químicos, prometeu pagamentos diferentes conforme o nível de violência empregado. “Eram R$ 100 para cada homem cercar o local, R$ 200 se invadisse e R$ 300 para retirar o Nunes à força, no braço.” A prática truculenta foi a mesma empregada em outras cidades do Estado, como Caieiras e Vinhedo. Trata-se de um estilo, conforme Torrão comprovou nos quatro anos em que trabalhou como segurança de Lampião e em duas campanhas eleitorais do deputado Paulinho da Força das quais participou como correligionário contratado. “Paulinho e João Henrique são parceiros e com eles é na base da porrada. É uma guerra!” Paulinho diz ter uma relação “meramente institucional” com Lampião Paulista. “Sou contrário ao uso da força”, afirma. “Não é pelo caminho da violência que se conquistam as coisas.”

A guerra entre sindicatos não é monopólio da Força Sindical. Também há relatos de violências e fraudes praticadas pela Central Única dos Trabalhadores. De acordo com o presidente do Sindicato de Trabalhadores do Setor de Hospedagem e Gastronomia, Francisco Calasans Lacerda, a CUT, a maior das centrais brasileiras, criou quatro sindicatos clones na base territorial da entidade, nas cidades de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco e Atibaia. A implantação dessas entidades teria sido garantida por uma mistura de ajuda política e força bruta. Em 31 de julho de 2009, foram publicados simultaneamente quatro editais de convocação de assembleias para discutir o tema. Naquele dia, porém, não foi permitido o acesso de funcionários da categoria. “Eles encheram o local com gente deles e não deixaram ninguém entrar. Quando começou a pressão para abrir os portões, lançaram coquetéis molotov”, conta Calasans Lacerda. Mesmo com a violência, o processo de legalização dos sindicatos clones prosseguiu, e as assembleias, com apenas 12 pessoas, acabaram validadas por uma canetada do Ministério do Trabalho. A pedido do sindicato original, entretanto, os registros das entidades clones encontram-se impugnados pelo Judiciário, à espera de uma decisão definitiva.

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DOIS MOMENTOS
A baderna em Jirau (acima) e o enterro do líder dos motoristas
em São Paulo: disputa por mais imposto sindical e assassinato

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Os rastros da batalha feroz entre as centrais sindicais se espalham por todo o País e já produziram grandes desastres. Talvez o mais famoso deles tenha ocorrido em Porto Velho, Rondônia, onde sindicalistas ligados à Força Sindical, à CUT e independentes vivem em um permanente clima de hostilidade pelo controle da representação dos aproximadamente 30 mil trabalhadores responsáveis pelas obras de construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Autoridades locais dizem que esta disputa esteve por trás da onda de revoltas nos canteiros das obras à beira do rio Madeira em março deste ano. Durante os protestos, ônibus e alojamentos foram queimados e outras instalações danificadas. Logo depois do incidente, diversos interessados em representar os trabalhadores, vindos para a cidade junto com os projetos de infraestrutura, trocaram acusações. Em São Paulo, disputas desse nível levaram ao assassinato de Sérgio Augusto Ramos, que havia denunciado esquema de corrupção no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus.

O professor da Unicamp Ricardo Antunes, autor de diversas pesquisas sobre o sindicalismo brasileiro, relembra o importante papel institucional dessas entidades. “Os sindicatos foram decisivos na resistência e na luta pelos direitos do trabalhador.” O estudioso, no entanto, acredita que atualmente uma grande parcela daquela saga se desvirtuou. “Lamentavelmente, muitas entidades tornaram-se verdadeiras máquinas burocratizadas que recebem dinheiro do Estado, por meio do imposto sindical ou pelo Fundo de Amparo, e se distanciam cada vez mais de suas bases.” Se o dinheiro público continuar a financiar sindicatos do crime, as representações dos trabalhadores, que chegaram a levar um metalúrgico à Presidência do Brasil, correm o risco de ver suas histórias enterradas num roteiro de ganguisterismo.

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Quem é Chiquinho Garcez?????????

Muita gente pergunta o "por que" do Chiquinho Garcez ter votado pela cassação do Derosso, mas para quem acompanha a trajetória deste vereador desde a sua entrada na política estudantil paranaense na década de 70 tem claro que ele continua com postura centro esquerda, da qual, pelo desenrolar dos acontecimentos, nunca abriu mão. Ele nunca foi homem que se intimidasse ou ficasse pusilânime com o que quer que fosse.

A sua eleição para vereador se deu principalmente pelas suas próprias forças, embora tenha tido algum apoio de membros do PSDB, que pessoalmente se identificavam com ele e com o seu passado, pois muitos destes peesedebistas militaram com o Chico na luta contra a ditadura.

Na sua trajetória ele foi presidente da Federação de Teatro Amador do Paraná; participou da luta pela democratização do Brasil, inclusive com grande participação na eleição do José Richa em 82; foi importante dirigente do Movimento Estudantil, tendo sido presidente do DCE da Católica e secretário-geral da UPE (União Paranaense dos Estudantes); contribuiu na Luta em Defesa da Amazônia (CDAMA); participou das Diretas Já; no ano 2000 fundou a Associação dos Empresários do Grande Boqueirão (Emgrab), entidade que reúne principalmente micros e pequenos empresários, e é dono de um dos principais jornais de bairros de Curitiba, a Folha do Boqueirão, do qual fez deste a fundação um importante meio de comunicação na luta pelas reivindicações e em busca das soluções para os anseios da comunidade, etc..

Embora seja vereador de primeiro mandato na Câmara o Garcez tem importante participação. Ele exerce a presidência da Comissão Especial da Água, é presidente do Conselho de Ética e é membro efetivo da Comissão de Serviço Público.


Sentindo-se cada vez mais isolado no próprio partido o ex-governador Orlando Pessuti ameaça deixar o PMDB e ir tocar o seu berrante em outro lugar

Entre as principais razões para sair do PMDB Pessuti elenca a difícil relação dentro do Partido com o senador Roberto Requião, de quem Pessuti, embora durante anos tenha sido um fiel e submisso escudeiro, hoje é desafeto. Outro motivo que ele aponta é a discordância do ex-governador com à posição de aproximação tomada pela bancada de deputados da Assembleia, que vai contra os interesses do hoje aliado PT. Pessuti está atrelado ao governo da Dilma, por causa do cargo de conselheiro no BNDES, que recebeu como prêmio de consolação, já que pleiteava o Ministério da Agricultura . Os deputados por terem grandes afinidades decidiram pela adesão ao governo de Beto Richa. Vários já na campanha passada se aproximaram do candidato do PSDB, como muitos deles foram amigos e correligionários do pai do Beto.


Um dos convites que Pessuti diz ter recebido foi o do PSC, partido sob o comando do deputado federal Ratinho Júnior, pré-candidato a prefeito de Curitiba.

Segundo o ex-governador além do PSC ele recebeu convites do PT do B, PHS, PV, PCdoB e do PDT.


Por 3 votos a 2, os que votaram pela cassação, o Conselho de Ética da Câmara acaba de aprovar o afastamento temporário de João Cláudio Derosso pelo prazo máximo de 90 dias.

O que foi votado foi o afastamento ou a cassação do mandato do vereador do PSDB. Acabou prevalecendo o afastamento por três meses. Este é o prazo que irá durar as investigações da CPI.

Zezinho do Sabará (PSB), Jorge Yamawaki (PSDB) e Valdemir Soares (PRB) votaram pelo afastamento. Francisco Garcez (PSDB) e Noemia Rocha (PMDB) votaram pela cassação do atual presidente da Câmara.

O afastamento do presidente da Câmara, João Cláudio Derosso, ainda não é resolução definitiva. Ele tem sete dias para recorrer, por escrito, da decisão do Conselho de Ética .

Um outro caminho bem provável é o de que antes de ser afastado pelos seus pares por noventa dias o Derosso venha a se licenciar da presidência.

O prefeito de Campo Magro foi cassado

O prefeito de Campo Magro, José Antônio Pase (PMN), teve o mandato cassado na noite de hoje. Foram seis votos a três em sessão tumultuada na Câmara Municipal, que começou às 9 horas e só terminou às 20 horas. O prefeito não compareceu à sessão e não vai se manifestar até ser notificado da deisão. Ele é acusado de superfaturamento em serviços terceirizados e dispensa de licitações. O vice-prefeito Carlos Alberto de Oliveira Werneck (PSDB) deve assumir o cargo. (PD)

Plano de Banda Larga deve atender 30 milhões de domicilios em 2014, mas segundo o IPEA não é ainda o melhor modelo para uma efetiva inclusão digital

Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) deverá ficar limitado ao atendimento de 30 milhões de domicílios em 2014. Esta é a percepção do técnico do Ipea, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa em seu estudo "Futuros desafios para o Programa Nacional de Banda Larga", divulgado nesta segunda-feira. Na sua visão, o governo ao elaborar o PNBL se preocupou com problemas de infraestrutura de rede, do alto preço cobrado pelas empresas e a "regulação ineficaz", mas não considerou alguns aspectos fundamentais, entre eles a disponibilização de equipamentos de acesso (computadores), a produção de conteúdo, e a capacitação dos usuários.

Rodrigo Abdalla disse que em 2010, apenas 20 milhões de domicílios tinham computador e que a densidade de computadores nas residências vem aumentando em torno de 4 pontos percentuais ao ano desde 2006. As pesquisas indicam, segundo ele, que as TVs e os celulares são os equipamentos de tecnologia da informação mais presentes nos domicílios das classes C, D e E.

"É bastante provável que, em 2014, apenas 45% da população do país tenha contato frequente com o computador, o que, certamente, trará impacto negativo para as metas do plano", afirma em seu estudo.

Ele considera que a política de desoneração de tributos e impostos para computadores pessoais é insuficiente para aumentar o número de usuários. "Novas formas de acesso - em especial o telefone móvel e o televisor - devem ser consideradas como opções", pondera.

A capacitação da população também parece avançar em ritmo mais lento que o desejado pelo PNBL, considera. Para isto, é necessário estimular a criação de novos cursos e a ampliação de vagas. Rodrigo Abdalla defende a participação do Sistema S neste trabalho de formação.

Outra preocupação é com o preço para as camadas de menor renda, para isso ele defende a criação de "modelos de negócios inovadores, condizentes com sua disponibilidade de renda". Segundo o especialista, "isto exige, por exemplo, a ampliação da oferta de planos pré-pagos e de preços fracionados para acesso à internet: em vez de planos mensais".

Uma forma possível é a adoção de "modelo semelhante ao da introdução das redes de telefonia móvel no Brasil: a criação de tarifa de interconexão de valor diferenciado, de forma a financiar a expansão da infraestrutura de banda larga por meio da transferência de recursos das redes já amortizadas". (AE)


A BANDA LARGA PÚBLICA PARA TODOS


Milhares de microblogueiros levantaram cartazes escritos #minhainternetcaiu na timeline do Twitter no dia 21 de junho, fazendo um ‘tuitaço’ reclamatório dos serviços de banda larga e assim alcançando o 1º lugar nos TT’s. A ação foi promovida pela Campanha Banda Larga é um direito seu!, coordenada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) e pelo Coletivo Intervozes, junto a mais de 90 instituiçõesorganizadas desde 25 de abril. O Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, ao saber do protesto, achou que os usuários estavam de brincadeira: “Você acha que vou ficar perdendo o meu tempo? Deixe as pessoas se divertirem”. Mas o assunto é bem sério.

O Manifesto da campanha contém “princípios que devem balizar as ações do Executivo e do Legislativo, sejam elas de regulamentação, regulação ou de políticas públicas para o setor”. Estes princípios são basicamente cinco: 1) efetiva participação da sociedade civil no processo de inclusão digital, 2) prestação da banda larga sob regime público, 3) gestão pública das redes para garantir igualdade entre provedores e o ingresso sustentável de novos agentes, 4) ampliação da definição de parâmetros de qualidade da banda larga, e 5) apoio à cultura digital.

Ou seja, mais do que reclamar dos serviços – sendo isso um mote para atrair um público novo para o debate – a campanha também busca reclamar do posicionamento político do governo em relação a regulação na Banda Larga. Segundo o manifesto “o governo federal abriu mão de ter um Plano. Estabeleceu metas genéricas e modestas e negocia no varejo com as empresas de telecomunicações, que respondem com propostas de venda casada”. De fato, em finais de 2009 o Plano Nacional para Banda Larga era assim chamado, enquanto a partir de 2010 passou a ser denominadoPrograma Nacional de Banda Larga. Meio parecido com o que houve com a Reforma/Revisão da Lei dos Direitos Autorais, né?

Nomenclaturas a parte, a velocidade da conexão e valor cobrado também são críticas comuns ao Plano/Programa. O número será de 1 Megabit por segundo, o que não poderia ser considerado acesso ‘rápido’. Segundo uma pesquisa da Nielsen, seria classificado como médio, pois varia de 512 Kbps a 2 Mbps – segundo a mesma pesquisa, uma internet rápida seria de 2 Mbps a 8 Mbps. E esses 1 Mbps custarão 35 R$ ao mês (ou R$ 29, caso os governos estaduais abram mão da cobrança do ICMS), como pode ficar acordado com as companhias de telefonia fixa (as ‘teles’)concessionárias do Serviço Telefônico Fixo Comutado – no caso CTBC, Oi, Sercomtel e Telefônica.

Nos lugares onde for inviável disponibilizar internet fixa, as teles dizem que vão oferecer internet móvel, conforme disse o próprio Ministro das Comunicações, principal articulador das obscuras negociações. As empresas ainda querem a folga de não sofrer sanções, se não cumprirem os termos do plano. De acordo com “um executivo das concessionárias” o governo não vai colocar dinheiro. Como não, se será a estatalTelebrás que vai construir/reformar todas as fibras ópticas para a execução do serviço? É por essas e outras que as teles fazem jus a algumas delas estarem notopo do ranking de reclamações da Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo, e no topo de reclamações do Twitter.

Essa pressão por preços e serviços justos de banda larga é essencial para o que o professor de hipermídia Richard Barbrook, chama de Cibercomunismo. Docente da Faculdade de Ciências Sociais, Humanidades e Letras da Universidade de Westminster, Barbrook escreveu em seu artigo A Ideologia Californiana, de 1995, que “a construção de uma rede de fibra ótica em lares e escritórios poderiam dar a todos acesso a novos serviços on-line e criar uma grande e vibrante comunidade de troca de conhecimentos”. Que tal investimento facilitaria o comércio de novos produtos, que asseguraria a todos o acesso a informações, e que fortaleceria a mídia comunitária e diversos outros grupos de interesse.

Mas para isso acontecer, uma intervenção coletiva seria necessária, garantindo que todos os cidadãos fossem incluídos. Caso não fossem, poderia continuar a existir uma “classe virtual” egoísta e privilegiada, ignorante quanto as regulações do Estado: “Empreendedores capitalistas frequentemente têm um senso inchado de sua própria capacidade de desenvolver novas idéias e dão pouco reconhecimento às contribuições feitas pelo Estado, à sua própria mão-de-obra ou à comunidade em geral“. Contra a ganância dos integrantes dessa classe, um tipo de economia mista de Estado, corporativas e faça-você-mesmo deveria ser desenvolvida. “Decisivamente, se o estado puder fomentar o desenvolvimento da hipermídia, ações conscientes poderiam também ser tomadas para evitar o surgimento do apartheid social entre os ‘ricos de informação’ e os ‘pobres de informação’”.

Em 1999, no artigo Cibercomunismo, Barbrook seguiu a combater os empreendedores, dessa vez os digerati, e a ressaltar a ação do Estado como mantenedor da economia da dádiva, do compartilhamento, na internet. O maior exemplo disso foi a utilização da internet pelos cientistas das universidades, que decidiram que toda a informação deveria ser distribuída livremente. Esse pensamento eclipsou os direitos autorais, com a circulação de presentes entre os usuários da rede. “Enquanto a mercadoria moderna impôs a hierarquia e o utilitarismo, o presente primitivo encorajou a igualdade e o hedonismo”.

E uma das condições para existir essa igualdade de informações é a internet banda larga ser acessível a todos, com qualidade, como disse a advogada do Idec, Veridiana Alimonti: “Nós entendemos a internet como um serviço fundamental, tanto por tratar de direitos essenciais como o direito à comunicação, direito à cultura, direito à participação política etc., como, também, porque diz respeito à inclusão digital e tem relação direta com o crescimento econômico do país”. A internet é mesmo um direito humano, segundo a ONU afirmou em um relatório de junho.

A bola agora fica com o Estado, que deverá estrear o serviço pela Telebrás em julho.

INTERNET PÚBLICA, LIVRE E DE BOA QUALIDADE PARA TODOS!


Já pegaram a "cachorrada", só falta pegar os "donos": Ministro dos Transportes demite 6 servidores do Dnit aqui no Paraná

Seis servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram demitidos pelo ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos. Segundo portaria publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, os seis funcionários responderam por processo administrativo disciplinar e estão sendo punidos com a demissão, pela prática de infrações funcionais.

Ronaldo de Almeida Jares, Marcelo José Leal Gasino, David José de Castro Gouvêa, Omir Mello Ferreira, Emerson Cooper Coelho e José Roberto Bilobran eram servidores do Dnit no Paraná. Por conta de irregularidades nos contratos para obras no Estado, eles foram demitidos e não poderão retornar ao serviço público. (AE)

Festa promovida por góticos que invadiram cemitério de Curitiba acaba na delegacia

Onze jovens foram presos na madrugada de domingo após invadirem o Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curi­­tiba, e quebrarem vasos, enfeites e estátuas. Segundo a Polícia Civil, a Guarda Municipal foi acio­­nada para atender a ocorrência por volta das 5 horas. No local, havia cerca de 80 pessoas, mas a maioria conseguiu fugir.

“Nenhuma sepultura foi violada, mas eles quebraram a tampa de um túmulo e derrubaram uma estátua de bronze. Também havia velas espalhadas, garrafas de vinho e vodca quebradas”, afirma o agente administrativo que trabalha no cemitério Isael Ribeiro Bicalho, 42 anos. Ele conta que chegou ao local por volta das 7 horas, quando já não havia mais nenhum jovem do grupo no cemitério.

De acordo com informações passadas pela Guarda Municipal ao delegado Francisco Alberto Caricati, do 10.º Distrito Policial, as pessoas estariam ingerindo bebida alcoólica e praticando sexo no local. A suspeita é de que seria uma festa gótica.

No grupo havia menores de idade, liberados com a chegada dos pais. Os demais foram levados ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão Sul (Ciac-Sul) e responderão por dano ao patrimônio público. A pena varia de seis meses a três anos de detenção, mas os invasores podem ser liberados com o pagamento de fiança, que pode chegar a R$ 2 mil. (GP)
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