domingo, 27 de junho de 2010

Orlando e Regina Pessuti respondem a revista Veja e ela dá uma indireta em relação ao Requião

A revisa Veja fez uma denúncia colocando o governador Orlando Pessuti enquanto mais um fantasma na ALEP. Pela reportagem o peemedebista foi nomeado, em 2005 através de ato secreto (274), como consultor administrativo.

A denúncia, qur foi rebatida tanto pelo Pessuti como por sua esposa, surgiu no meio do processo de realização da Convenção Estadual do PMDB. Os principais interessados na denúncia são o grupo liderado por Roberto Requião e o PT. O Requião pelo fato de evitar que o Osmar saia candidato a senador, o que atrapalharia o projeto do ex-governador, não aceita a candidatura de Pessuti à reeleição. O PT vê nas exigências do atual governador um grande impecilho para que se concretize a aliança com o Osmar, que ameaça desistir, o que impediria a formação de um forte palanque para a Dilma e dificultaria a eleição da Gleisi caso este desista da disputa para o governo e saia para o senado.

Os advogados de Pessuti já estão entrando com uma ação reparatória contra a revista Veja.

O casal Orlando e Regina respondem as acusações:

Orlando Pessuti

Ingressei em agosto de 1979, na Acarpa – hoje Emater, através de Concurso Público para, como médico veterinário, trabalhar na Extensão Rural. No dia 1º de Fevereiro de 1983 entrei em Licença sem vencimentos e fui colocado à disposição da Assembléia Legislativa, tendo em vista que no mesmo dia fui empossado como Deputado Estadual. Desde então, nunca recebi qualquer salário relativo a este Cargo Público. Em Dezembro de 1990, tendo em vista o era previsto no artigo 25 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado do Paraná, tive meu vínculo empregatício transferido da Acarpa-Emater, para a Assembléia Legislativa. Passei, portanto a ser um servidor da Assembléia Legislativa, continuando sem vencimentos relativos a esse cargo, porque permanecia, como permaneço até hoje, exercendo Mandato Eletivo. Antes Deputado Estadual, depois Vice-governador e agora como Governador. Portanto, nunca fui e nem sou fantasma, tendo entrado para o Serviço Público através de Concurso Público.

Regina Pessuti

Fui trabalhar na Assembléia Legislativa logo assim que meu marido elegeu-se. Por dois motivos: primeiro por um motivo puramente pessoal – CIÚME – ele era um jovem de apenas 29 anos e nós éramos recém-casados. O segundo porque eu tinha muita experiência em organização de arquivos, correspondências, etc, visto que desde muito jovem sempre trabalhei, primeiro como funcionária do antigo Bamerindus no departamento de FGTS e depois em um escritório de representação comercial, quando cursava minha primeira faculdade. Em 1985, o Dep. Aníbal Curi atendeu a um pedido meu e me colocou num Cargo em Comissão – de Servições Gerais, inclusive com um salário bastante irrrisório, mas que brincávamos, dava pra pagar o salão (manicuri, etc) e algumas roupas, pois me incomodava ter todas as minhas contas pagas por meu marido, sendo que eu trabalhava. Com o advento da Constituição de 1988, foi permitido que funcionários de Cargos em Comissão pudessem fazer parte do Quadro Geral dos Servidores da Assembléia. Mais tarde fiz outras duas Faculdades, de Geografia e Direito (OAB 32.815), me dando o direito de, no Plano de Cargos e Salários, ingressar na função de consultou jurídico. Atualmente me encontro à disposição da Governadoria do Palácio das Araucárias. Todo mundo sabe que estou sempre lá, apenas ausente quando a minha presente ‘função’ de primeira-dama me obriga. Aliás, detesto esta expressão “Primeira-dama”!

Nunca escondi de ninguém que sou funcionária da Assembléia, inclusive sempre conto nas reuniões que promovo com mulheres de vários setores, mostrando que sempre tive participação ativa na vida do meu marido, embora nos bastidores. Embora o muito provável orquestrador desta reportagem insita em colocar no seu brinquedinho favorito -ultimamente ele não tem muita ocupação- eu nunca mandei e não mando no meu marido. Apenas o amo apaixonadamente, muito diferente dele que não conta nem com o amor do cachorrro da casa!
Quanto ao nosso assessor José Correia, chega a ser ridículo falarem alguma coisa, pois o mesmo é funcionário da Assembléia a ‘trocentos anos’, acredito que desde a segunda metade dos anos setenta.

André Vargas já não acredita na candidatura do Osmar para o governo


"Acho que vamos ter dois palanques de apoio a DILMA,Pessuti e Candidato do PT.Nedson,foi prefeito por duas vezes,bom homem militante de valor about 5 hours ago via web"

PMDB do Paraná, nau sem rumo

Em manobra ditatorial os burocratas do PMDB tiraram da militância o direito de decisão na Convenção.

Centenas de delegados partidários e milhares de militantes se deslocaram de todos os cantos do estado para votar a favor da candidatura própria, mas não puderam exercer o sagrado direito de escolher o caminho que lhes é de direito, o da não submissão do Partido aos interesses das forças externas a legenda, pois embora tenha sido aprovado o indicativo da candidatura própria o mesmo está subordinado a indecisão do Osmar em ser candidato ou não.

A pressão dos deputados e do candidato a senador pelo PMDB, os que controlam a executiva, mas não expressam a vontade do Partido, sobre o Pessuti foi violenta.

Em uma manobra de última hora promovida pelo “seleto” grupo que organizou a reunião ocorrida no Hotel Paraná Suíte, onde até os pedetistas e os petistas tiveram o “direito” de meter o bedelho, foi decidido qual seria o final na Convenção do PMDB, o que a maioria dos delegados e militantes presentes no evento ocorrido no Estação acreditam que foi uma traição, já que para estes, que tiveram até o direito a voz cerceado, foi um atentado contra a democracia interna.

Muitas vozes se levantaram em repúdio a arbitrariedade cometida por estes “dirigentes”, que a nada representam a não serem os interesses menores de seus grupos políticos econômicos, para os quais o mandato de senador ou deputado estão acima do interesse maior do Partido que é a manutenção do governo nas mãos do PMDB e de seu programa de governo.

Entre as principais defesas em prol da candidatura do Partido se destacou o discurso proferido pelo Hasiel Pereira, no qual firmemente defendeu a tese da candidatura própria, sendo que em seu discurso destacou as contradições existente entre aqueles que para a disputa nacional defendiam a candidatura própria, mas que na Convenção Estadual do PMDB tiveram a atitude oportunista de em causa própria e não partidária defender a coligação com aqueles que, até a pouco, estes mesmos acusavam de tudo.

A irmã do ex-governador, que sempre foi um dos que mais firmemente atacava as políticas neoliberais do PT, como também denunciava as ligações do Osmar com as multinacionais ligadas ao agronegócio, das quais dizia que o mesmo era um mero empregado, “esquecendo” o discurso de até a pouco do irmão, saiu possessa acusando de serem “traidores” todos os que não defendiam a aliança e a subordinação do PMDB ao PT e ao PDT.

Os interesses do mega processado Requião na busca da imunidade parlamentar não podem estar acima dos interesses maiores do Partido, no caso a candidatura própria. O Requião fica apavorado em pensar nos riscos de estar sem mandato, o que com certeza ocorrerá caso o Osmar saia candidato ao senado.

Com certeza a “vitória” destes que buscam um mandato nas proporcionais, ou a preservação destes para os que já os detém, tirou o direito dos convencionais escolherem o caminho da candidatura própria e colocou o Partido a reboque da futura decisão do candidato do PDT, assim ferindo o princípio da autonomia partidária e o poder soberano da Convenção, o que faz o PMDB sair desta humilhado e menor.

Para os peemedebistas o resultado da Convenção, ou melhor, a falta dele, o que era para ser a largada rumo à vitória se tornou um cantinho de um banco de espera na ante-sala dos caprichoso e indeciso Osmar, que espera a decisão a respeito do irmão.

Os irmãos Alvaro e Osmar, expoentes do clã do seu Silvino, possuem o pacto de não sairem candidatos se a candidatura de um atrapalhar o projeto político do outro, pois entre eles as relações familiares estão acima de tudo, mas com certeza isto não é o mais importante para o desenvolvimento dos processos democráticos partidários.

Raios, trovoadas e fogo na Convenção Estadual do PMDB

Neste semi nublado e frio típico dia curitibano de inverno a partir das nove horas deste dia vinte e sete de Junho mesmo sem haver nuvens carregadas na Convenção do PMDB ocorrerá raios e trovoadas? Será que os raios disparados pelo Zeus Requionicus e os semideuses parlamentarus irão intimidar o “governus”, que alguns querem “interruptus”, do Pessuti?

Quando o Pessuti, que antes chegou até a dizer que não iria amarelar e renunciar a pretensão de ser eleito governador, pela forte pressão externa e interna sofrida acabou refluindo aceitando o debate em torno do apoio do PMDB a candidatura do Osmar, o que o levou a renuncia a pretensão de disputar, foi acertado:
1 – Orlando Pessuti concordaria em abrir mão da candidatura à reeleição;

2 – Orlando Pessuti indicaria o vice-governador na chapa do senador Osmar Dias (PDT);

3 – A indicação da primeira suplência de Gleisi Hoffmann (PT) seria prerrogativa de Pessuti;

4 – A indicação da primeira suplência de Roberto Requião (PMDB) seria prerrogativa de Pessuti; e

5 – Coligação na proporcional entre o PMDB, PDT, PT, PSC, PRB, PCdoB, PR e PRTB.

Do que foi discutido e aprovado no debate ocorrido entre o Pessuti, o Osmar e as direções nacionais do PMDB, PT e PDT nada do que foi acordado foi cumprido e o Pessuti depois de ter sido chamado de “estadista” por alguns e de o próprio presidente do PT Estadual, o Ênio Verri, dizer que ele era o cara (“Estou otimista, mas tem muita ainda para conversar. O Pessuti é o "Cara"”), o que não passou de mera baba e gravetos, se sentindo traído e enganado acabou refluindo. Novamente colocando a sua candidatura em pauta foi outra vez bombardeado por todos os que tornam o acordo impossível, já que os mesmos que querem que o governador recue de nada abrem mão e dos cinco pontos definidos no acordo eles só querem que se cumpra o primeiro:

1 – Orlando Pessuti concordaria em abrir mão da candidatura à reeleição.

Tal qual segundo a Lei de Murphy, onde "se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará", o resultado final deste choque de egos não poderia ser diferente, mas quando alguma coisa dá errada é mais fácil para o “coletivo” responsabilizar isoladamente alguém do que em conjunto todos os envolvidos assumirem os próprios erros na condução do processo e isto oportunisticamente já está acontecendo, tal qual fica claro no twitter do André Vargas:

"# Estive na reunião da Bancada do PMDB com OSMAR.Ele é candidato desde que PESSUTI restabeleça o combinado nacionalmente.Hora d desprendimento about 1 hour ago via web"

Que coerência possui o dirigente do PT ao querer cobrar do Pessuti o mesmo que a ele não querem oferecer?

Ele quer que o Pessuti faça o que o PT e demais envolvidos no impasse não estão dispostos a fazer em relação ao Pessuti e isto está claro no seu discurso anterior, também postado no twitter:

“# Coligação com Osmar e chapão já é um sacrifício, mas assimilada. Se não for isso, candidatura própria. about 2 hours ago via web”

Mesmo tendo colocado novamente a sua candidatura em pauta o Pessuti, que tem a alma grande, na noite de sexta feira assumiu que caso o acordo feito com os dirigentes nacionais fosse cumprido ele novamente renunciaria a pretensão de ser candidato:

“Temos que confeccionar as cédulas e acertar os detalhes da convenção neste sábado. Por isso eu e os demais companheiros de executiva do partido aguardaremos uma decisão final de Osmar das 12h às 13h”

isto não ocorreu e as conversações se prolongaram madrugada adentro!

O Pessuti e o PMDB em maioria, cansados pela enrolação a que foram sujeitos, querem a candidatura própria, o que é um direito, já que o PMDB é o maior partido do Estado e não aceitam que a palavra dada ao Pessuti não seja cumprida, o que consideram má fé e oportunismo.

Entre os acertos e desacertos o que deve vigorar é o que já havia sido dito pelo presidente do PMDB Waldyr Pugliesi:

“Não importa para qual cargo, um partido político só existe se disputar as eleições com candidatos próprios seja para a Câmara de Vereadores, deputado estadual ou federal, prefeito, governador, senador e presidente da República”

"O PMDB decidiu por candidatura própria no ano passado e apresentou o nome do Pessuti. O PT deveria, lá no começo, ter se juntado a nós e elegeríamos o Pessuti, o Requião, a Dilma e a Gleisi. Agora, nos querem num papel acessório"

"Mas vamos conversar, conversamos com todo mundo, mas sem esquecer que temos candidato"

 
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