sábado, 14 de janeiro de 2012

A única homenagem aos 70 anos de Nara Leão, por sua filha

Em 19 de janeiro de 2012, minha mãe faria 70 anos. E esse é o meu presente: compartilhar sua obra para que todos possam se deliciar, ouvir e pesquisar à vontade."

O recado foi publicado na semana passada por Isabel Diegues, filha mais velha de Nara Leão (1942-1989), em sua página no Facebook.

E, fora o presente da filha, nada de muito representativo está sendo preparado para o aniversário da cantora.

Reeditados em CD em duas caixas --metade em 2002, outra em 2005--, os álbuns de Nara esgotaram nas lojas e nunca mais foram repostos em catálogo. Hoje, estão totalmente indisponíveis e são vendidos a preço de ouro em sebos ou na internet.

Segundo a gravadora Universal, que detém o direito de todos os trabalhos lançados pela cantora entre 1964 e 1989, não há nenhum plano de corrigir isso.

Isabel afirma que, além do site, não sabe de nenhum outro projeto envolvendo sua mãe: documentário, série de TV, show-tributo, nada.

"A única coisa que eu sei que está rolando é uma peça de teatro", diz Isabel, a respeito do musical "Nara", que estreou em 2010 e deve voltar a São Paulo em março. "Algumas pessoas me procuraram, mas nada foi fechado."

É como se Nara não tivesse sido uma artista tão importante para a construção da música do Brasil quanto Elis Regina ou Gal Costa.

Como se não tivesse sido o seu apartamento, em Copacabana, o celeiro criativo de tantos nomes que, na virada para os 1960, fariam acontecer a bossa nova. Até João Gilberto esteve naquela sala.

Como se não fosse ela a responsável por, em 1964, por trazer ao centro da MPB compositores como Cartola, Zé Keti e Nelson Cavaquinho. E por lançar canções fundamentais de gente como Chico Buarque, Carlos Lyra, Edu Lobo, Baden Powell.

Como se não influenciasse, até hoje, uma leva substancial de novas cantoras --de veteranas como Fernanda Takai, que lhe dedicou um álbum em 2007, a estreantes como Nina Becker e Tiê.

Toda a produção do site www.naraleao.com.br foi bancada por Isabel. Ela não revela quanto gastou, mas afirma que foi valor considerável para o bolso de uma pessoa física. Ainda assim, optou por não buscar patrocínio de empresas ou leis.

"Percebi que, seu fosse esperar alguém para colocar dinheiro, não ia acontecer."

Está (quase) toda a discografia para ser ouvida (mas não para baixar), uma bela cronologia de sua vida e alguns documentos, como cartas e provas escolares.

O resto do acervo da cantora é de propriedade do MIS, para quem foi doado pela família quando Nara morreu.

"É importante que as pessoas voltem a escutá-la para entender a trajetória toda. Que ela é muito mais do que a 'musa da bossa nova' ou 'a intérprete de a Banda.

Biografia

Nara Leão (Nara Lofego Leão), cantora, nasceu em Vitória ES, em 19/1/1942 e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 7/6/1989. Com um ano de idade foi com a família para o Rio de Janeiro RJ. Em 1954, começou a aprender violão com o violinista e cantor Patrício Teixeira, passando em seguida a estudar com Roberto Menescal.

Ainda como amadora, participou de 1957 a 1959 de shows universitários com os integrantes do movimento bossa nova, que então se iniciava, ao mesmo tempo que trabalhava como repórter do jornal Última Hora. Sua casa passou a ser ponto de encontro de compositores e cantores, mas só em 1963 realizaria sua estréia como profissional, trabalhando ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia musical Pobre menina rica, de autoria desses dois compositores, apresentada na boate carioca Au Bon Gourmet.

Ainda nesse ano fez suas primeiras gravações: participou da trilha sonora do filme Ganga Zumba, rei dos Palmares (dirigido por Carlos Diegues), em que cantou Naná (Moacir Santos); e também gravou duas faixas no LP de Carlos Lyra Depois do Carnaval, lançado pela Philips: a marcha-rancho Marcha da quarta-feira de cinzas (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes) e o sambalanço Promessas de você (Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros).

Ainda em 1963 excursionou pelo Japão e pela França com Sérgio Mendes. Em 1964 gravou seu primeiro LP, Nara, pela Elenco, lançando várias músicas que se tornariam importantes, como Diz que eu fui por aí (Zé Kéti e H. Rocha), Consolação (Baden Powell e Vinícius de Moraes), O morro (Feio não é bonito) (Carlos Lira e Gianfrancesco Guarnieri), e O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros). Esse disco provocou grande polêmica, pois a Musa da Bossa Nova, como era apelidada, havia escolhido um repertório frontalmente contrário ao que vinha interpretando. Ainda em 1964, gravou seu segundo LP Opinião de Nara, na Philips, cantando Chegança (Edu Lobo e Oduvaldo Viana Filho) e Opinião (Zé Kéti).

Em dezembro de 1964, ao lado de Zé Kéti e João do Vale, apresentou-se com muito sucesso no show Opinião, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, dirigido por este último, no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro.

Em 1965 lançou Chico Buarque, interpretando as músicas Pedro pedreiro e Olê, olá e participou do show Liberdade, liberdade (Flávio Rangel e Millor Fernandes), dirigido por Flávio Rangel, no Teatro Opinião. No ano seguinte gravou o LP Manhã de liberdade, na Philips.

Também em 1966, no auge da carreira, interpretou A banda, com seu autor, Chico Buarque, no II FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, classificando-a em primeiro lugar, ao lado de Disparada (Geraldo Vandré e Teo de Barros).

Defendeu, em 1967, no III FMPB, A estrada e o violeiro, ao lado do autor Sidney Miller, que ganharia o prêmio de melhor letra. Nos anos de 1966 e 1967, teve um programa semanal - Pra ver a banda passar - com Chico Buarque, na TV Record, e nesse último ano gravou o LP Canto livre de Nara.

Aderiu, em 1968, ao movimento tropicalista, participando do LP Tropicália ou Panis et circensis, ao lado de Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso. No mesmo ano, fez as gravações de seu LP Nara Leão, que incluía, entre outras, o choro Odeon (Ernesto Nazareth), com letra escrita especialmente para a cantora por Vinícius de Moraes. No ano seguinte, mudou-se para Paris, França, onde gravou novo LP no qual interpretou o choro Apanhei-te, cavaquinho (Ernesto Nazareth), para o qual escreveu uma letra.

Ainda em Paris, gravou, em 1971, o LP Polydor Dez anos depois, álbum retrospectivo da bossa nova. Voltou ao Brasil nesse ano e em 1972 trabalhou, ao lado de Maria Bethânia e Chico Buarque, no filme Quando o Carnaval chegar, de Carlos Diegues, seu marido. Nos anos seguintes, afastou-se aos poucos da carreira, limitando-se a realizar algumas gravações e raras apresentações, tendo ainda ingressado em curso de psicologia, da Universidade Católica do Rio de Janeiro. Participou de gravações de LPs de outros artistas, como Fagner, de discos em parceria, como Quando o Carnaval chegar, cantando ao lado de Chico Buarque e Maria Bethânia, e lançando compactos, como Grândola Vila Morena (José Afonso).

Em fins da década de 1970 saíram os LPs Meus amigos são um barato (Philips, 1977), com participação de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Edu Lobo, Chico Buarque, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Tom Jobim, e outros; Que tudo mais vá pro inferno (1978) e Nara Leão canta em castelhano (1979).

Entre 1980 e 1988 foram lançados nove LPs: em 1980, Com açúcar e com afeto; 1981, Romance popular; 1982, Os grandes sucessos de Nara Leão; 1983, Meu samba encabulado; 1984, Luz da manhã; 1985, Um cantinho, um violão (com Roberto Menescal), gravado no Japão; 1986, Garota de Ipanema; 1987, Meus sonhos dourados; e em 1988, Série personalidade - Nara, todos pela Polygram.

Com vários LPs gravados, participou durante a carreira de todos os movimentos musicais, tendo lançado inúmeros compositores novos e relançado outros tantos antigos, numa sempre louvada capacidade de escolha de seu repertório.

Algumas músicas

Cães policiais mortos em serviço são cremados em Belo Horizonte

Os dois cães policiais que morreram em serviço foram cremados na tarde desta sexta-feira (20), com honras militares de Estado, no crematório para animais Memorial Pampulha Pet, na região da Pampulha de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Os pastores-alemães Dox e Lyon faziam parte da 1ª Companhia de Missões Especiais, em Contagem, e foram mortos a tiros durante uma ação policial, na última terça-feira (17), em perseguição a assaltantes que haviam roubado uma casa em Sete Lagoas.

Cerca de 30 militares se emocionaram e choraram na despedida dos cães. As cinzas dos animais foram levadas para a 1ª Companhia, no bairro Inconfidentes, onde irão inaugurar a Galeria dos Heróis da Polícia Militar.

De acordo com o capitão Paulo Roberto Alves, Dox estava com seis anos e meio de idade e foi levado para a corporação com cerca de seis meses de vida. Faltava apenas um ano para o cão receber sua “aposentadoria”. Já Lyon tinha três anos e também foi levado ainda filhote para a PM.

- Esses animais participaram de centenas de operações e eram especializados em captura. Nos últimos cinco meses foram destacados em pelo menos dez vezes. Toda a companhia está abalada.

O cuidador de Lyon, o soldado Wellys Lucindo Rodrigues, se emocionou e foi consolado por outros militares. Ele estava de folga no momento em que o cão foi baleado.

- Assim que soube eu peguei minha farda e arma e fui para a ocorrência. Eu que criei, cuidei e treinou o Dox. Era como se fosse da minha família.

Segundo o soldado Luís Antônio Castro Maciel, cuidador de Dox, faltava pouco menos de um ano para o animal ir, definitivamente, para sua casa. Ele falou que só espera justiça para o bandido que matou os cães.

- É como perder um filho. Ainda estou tentando me recuperar. Fui eu que coloquei eles no mato nessa ocorrência. A gente pega carinho pelo bicho, pois convivíamos todos os dias.

Conforme o subtenente Edmar Geraldo dos Santos, em 25 anos, este é o terceiro episódio de cães militares mortos em ação, com um total de quatro animais abatidos. Ele afirmou que pela frieza dos bandidos, se os animais não tivessem entrado em ação provavelmente pessoas estariam sendo veladas.

- Os cães servem para preservar a vida dos militares.

Dois cães policiais, que morreram durante uma operação policial em Ribeirão das Neves, na Grande BH, foram cremados na manhã desta sexta-feira (20/05). A cerimônia contou com a presença de dezenas de militares da 1ª Companhia de Missões Especiais, de Contagem. Os cachorros, da raça pastor alemão, Lyon e Dox receberam honras militares por morrer em serviço. Eles foram baleados por criminosos durante uma fuga.

Segundo a polícia, os cães são treinados desde filhotes para o cargo e são considerados oficiais da PM. Cada animal possui um condutor, um militar que se torna o companheiro do cachorro.

Um dos oficiais mais comovidos na cerimônia era o condutor do cachorro Lyon, há três anos, sargento Wellys Lucindo. Ele não conseguiu conter as lágrimas na hora da despedida. "É a mesma coisa que perder um familiar. Sabemos que eles são treinados para isso, que são como kamikazes, mas não estamos preparados para perdê-los". Durante a cerimônia, Wellys relembrou com os companheiros o ótimo desempenho do cão em várias operações.

O subtenente Edmar Geraldo dos Santos explicou que eles precisam ser homenageados já que morreram no lugar dos policiais. "Todo o treinamento do cão é para preservar a vida do policial e do bandido. Os animais são treinados para atingir pontos não vitais. Eles apenas imobilizam um suspeito até que um policial possa efetuar a prisão", disse.

Está foi a primeira vez que a PM de Minas realizou uma cremação de cachorros. Segundo a polícia, antes, os animais eram enterrados em um cemitério. De acordo com o subtenente Edmar, a idéia agora é criar uma galeria de heróis. "Todo cão que morrer no embate será cremado e as cinzas serão guardadas em um mesmo local", afirmou.

O veterinário Fernando Pinto Pinheiro, que cuidava dos animais, disse que Dox já estava se preparando para a "aposentadoria". "Os cães têm um período de oito anos de serviço policial, mas como o Dox estava com um problema articular, com uma displasia femoral, mesmo sem completar todo o serviço, ele seria retirado da atividade. Independentemente do que ele produz de benefício, o que importa é a saúde", disse.

As cinzas dos cachorros foram levadas para o canil onde eles moravam. Depois da cerimônia, os policias seguiram para a Companhia de Missões Especiais para uma solenidade em homenagem aos cães.

Caso
Os dois animais foram mortos nesta terça-feira (17) durante uma perseguição a quatro homens suspeitos de manter uma família refém em Sete Lagoas. Os criminosos fugiram e dois deles se esconderam em um lago em Ribeirão das Neves. Um dos suspeitos foi descoberto pelos cachorros. Logo em seguida, outro criminoso baleou os animais. Dois homens foram presos na operação policial, e outros dois continuam foragidos. De acordo com a PM, as investigações estão em curso. (G1)

Lula sugere que PT discuta proposta de aliança feita por Kassab

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferiu para o diretório municipal do PT paulista a responsabilidade sobre a discussão de um possível acordo com o PSD do prefeito Gilberto Kassab. Nesta sexta-feira, 13, em reunião com vereadores e o presidente do diretório municipal, vereador Antonio Donato, Lula confirmou a proposta feita na última semana por Kassab e sugeriu que o PT discuta o assunto "com tranquilidade". "O Lula disse que é um assunto que temos de discutir com tranquilidade e deixou o PT confortável para tomar uma decisão", contou Donato.

Em meio à indefinição nas negociações com os tucanos, Kassab propôs ao ex-presidente na semana passada, durante visita no Hospital Sírio-Libanês, a indicação de um candidato a vice na chapa do pré-candidato petista Fernando Haddad em uma eventual dobradinha entre PT e PSD. Segundo Donato, Lula falou superficialmente sobre o tema, mas não escondeu a surpresa com a oferta de Kassab. O ex-presidente garantiu aos vereadores que, ao ouvir o prefeito, não se posicionou sobre a proposta.

Antes de receber nesta tarde os vereadores no Instituto Lula, na zona sul da capital paulista, o ex-presidente se submeteu à oitava sessão de radioterapia contra o câncer de laringe. Donato afirmou que Lula está "muito animado" com Haddad, mas que ainda não definiu como será sua participação na campanha de Haddad porque prefere aguardar o fim do tratamento. A expectativa é que ele mergulhe na pré-campanha após o Carnaval, quando será homenageado pela escola Gaviões da Fiel. "Queremos fazer a grande volta dele em março numa plenária com a militância", revelou.

A atual preocupação diretório municipal é com a saída de Haddad do Ministério da Educação. A expectativa era de que ele deixasse a Esplanada dos Ministérios na próxima segunda-feira, 16, mas com a dificuldade da presidente Dilma Rousseff em definir mudanças amplas, Haddad terá de ficar até fevereiro, quando deverá ocorrer a reforma ministerial. "Vamos ter agenda forte em fevereiro. Se passar do começo do mês, aí complica", disse Donato. O dirigente, que também preside o Conselho Político da pré-campanha, lembrou que Haddad precisa concluir seu trabalho antes de passar a pasta para seu substituto, mas que sua cabeça, na realidade, já está na cidade de São Paulo. "Ele está ansioso", contou. (AE)


China construirá parque eólico de 300 megawatts


A China vai construir um parque eólico com capacidade de 300 megawatts na província de Hebei, o maior projeto do país no setor, a agência oficial de notícias Xinhua.

O parque, construído com um investimento total de 5,76 bilhões de iuans (913 milhões de dólares) será composto por 100 turbinas de 3 megawatts e fica próximo à ilha Puti no Mar Bohai.

As autoridades vão concluir os procedimentos para sancionar o projeto no final do ano, e o projeto será conectado à rede antes do final de 2015, informou a Xinhua na sexta-feira.

Quando entrar em operação, o parque eólico irá gerar 752 milhões de kilowatts-hora, assim como 730 milhões de iuans em vendas anuais.

A Xinhua informou que os funcionários da indústria disseram que a China pode emitir um segundo pedido de propostas para concessão de projetos na área, totalizando dois gigawatts, na primeira metade deste ano.

De acordo com o Bureau Nacional de Energia, a China construirá cinco gigawatts de parques eólicos até 2015, ou 5 por cento do total de sua capacidade eólica instalada. Eles criarão oportunidades de mercado no valor de 80 bilhões de iuans. (Reuters)

Sarney, o imperador do Brasil: PMDB deve ter mais espaço na reforma ministerial

Apesar da resistência inicial, a presidente Dilma Rousseff passou a analisar a possibilidade de ampliar o espaço do PMDB na reforma ministerial. Em conversa reservada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira (12), foi analisado cenários para a mudança no primeiro escalão, inclusive a pressão do PMDB para ganhar uma pasta de visibilidade nesta reforma. Mesmo assim, interlocutores da presidente Dilma tem dito que ela insiste em fazer uma reforma restrita, apenas com mudanças pontuais.

Segundo relatos, as cobranças do PMDB pela ampliação de espaço no governo Dilma foram reforçadas no fim do ano passado. Em conversa com Dilma, o próprio vice-presidente Michel Temer teria manifestado essa insatisfação da legenda para a presidente. Agora, depois do encontro com Lula, o PMDB aguarda que Temer seja chamado por Dilma para discutir o tema nos próximos dias. O PMDB já sinalizou ao Planalto que precisa de um ministério com estrutura e máquina para "ficar competitivo" nas eleições municipais desse ano.

"O PMDB poderia estar melhor no governo. Todos nós reconhecemos que o partido merecia um espaço maior. Tem uma eleição municipal. E claro que um ministério com capilaridade ajuda. Antes tínhamos ministérios com visibilidade, como Integração Nacional. Mas com as crises nos ministérios, nossos espaços ficaram mais tímidos. Agora esse tema será conduzido por Michel Temer. E a decisão da presidente Dilma será respeitada", ressaltou o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).

Nos bastidores, o PMDB ameaça com uma rebelião por causa da fraca representação no governo Dilma. A constatação entre peemedebistas é de que a legenda teve seu poder esvaziado nesse último ano. Além de ter perdido ministérios importantes como Saúde, Integração Nacional e Comunicações, que eram pastas peemedebistas no governo Lula, o partido avalia que houve uma espécie de intervenção branca da presidente Dilma nas pastas do PMDB.

Um dirigente peemedebista chegou a lembrar na sexta-feira que o Planalto indicou secretários-executivos da confiança de Dilma para controlar todas as principais pastas do partido: Minas e Energia, Agricultura, Previdência e Turismo. Além disso, a Secretaria de Assuntos Estratégicos comandada pelo ministro Moreira Franco está esvaziada e sem instrumentos para fazer políticas públicas. (AG)

O QUE NÃO FALTA NO SENADO SÃO OS RATOS: Senado passa por desratização, após "ataque" à servidora

Uma servidora da secretaria-geral do Senado está sob observação médica desde que um rato mordeu o pé dela, no horário de expediente. O "ataque" ocorreu nesta semana e para evitar a repetição do episódio, a secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra, divulgou nota informando a "todos" sobre a desratização e dedetização que serão realizadas nesta sexta-feira à tarde.

Ficarão interrompidas as atividades de seu gabinete e das secretarias de coordenação legislativa do Senado e do Congresso, que ficam próximas ao local onde o roedor agiu. As atividades serão retomadas às 10 horas da segunda-feira (16).

Senado e Câmara estão em período de recesso parlamentar, como são chamadas as férias de deputados e senadores. Eles retornarão ao trabalho dia 2 de fevereiro. A folga este ano foi parcialmente interrompida pela convocação da comissão representativa do Congresso,o na quinta-feira (12), para ouvir o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, sobre denúncias relacionadas à pasta.

É a primeira vez que se tem notícia da necessidade de cuidados médicos no Senado por conta de ataque de animais. Mas a presença na Casa de roedores e escorpiões se repete todos os anos. O pessoal da TV Senado recebeu há poucos dias a visita de um rato e há relatos sobre o aparecimento deles nas gavetas e armários , "roubando" biscoitos e outros alimentos do lanche de funcionários. Já os escorpiões aparecem sobretudo nos períodos de chuva, entrando nas dependências do Legislativo pelas frestas das janelas.

Fora isso, chama a atenção a falta de cuidado em parte das dependências do Senado, principalmente às que estão abertas ao público. Há alguns dias, uma goteira obriga o pessoal da limpeza a manter panos de chão no corredor do chamado "túnel do tempo", onde estão gabinetes de senadores e comissões. Os três banheiros mais próximos da biblioteca há muito estão sem fechadura ou funcionam, como nos postos de beira de estrada, puxando uma cordinha para amarrar a porta. As descargas também estão com problemas.

O Senado conta este ano com um orçamento de R$ 3,3 bilhões, o que descarta a hipótese de atribuir o descaso à falta de dinheiro. (AE)

 
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