sábado, 12 de fevereiro de 2011

Brasileiro bebe 24,4 litros de álcool por ano

O consumo de álcool no Brasil é quase 50% superior à média mundial e o comportamento de risco no País já supera o padrão da Rússia. Levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que os brasileiros com mais de 15 anos bebem o equivalente a 10 litros de álcool puro por ano - a média no mundo é de 6,1 litros. Entre os homens que bebem (e não a média de toda a população), a taxa é de 24, 4 litros de álcool por ano e entre as mulheres, de 10 litros.

Os números do Brasil estão também bem acima dos registrados em países latino-americanos, de 8 litros por ano por pessoa. No anúncio dos dados, a OMS se mostrou preocupada com o avanço do álcool no País.

Segundo o levantamento, o álcool já mata mais que epidemias de aids, tuberculose e violência ou guerras, sendo responsável por 4% de todas as mortes no mundo. No total, o número de vítimas chega a 2,5 milhões de pessoas por ano.

A entidade afirma que o aumento da renda da população em países emergentes levou a um crescimento do consumo exagerado de bebidas e, portanto, a um comportamento de risco. Isso tem sido realidade em países da Ásia e América Latina.

Brasil. No País, o álcool é responsável por 7,2% das mortes - índice quase duas vezes superior à media mundial. Cerca de 30% da população que admite beber frequentemente afirma que se embriaga pelo menos uma vez por semana. Nos EUA, a taxa é de 13%, contra 12% na Itália. Mesmo na Rússia, o índice daqueles que exageram na bebida é inferior ao do Brasil: 21%. Outros países do Leste Europeu têm taxas inferiores às do Brasil.

A cerveja é responsável por 54% do consumo no País. Mas os destilados representam 40%, uma taxa considerada alta. O vinho corresponde a cerca de 5%.

Entidades e ONGs defendem uma restrição à propaganda de bebidas alcoólicas no País. O tema chegou a ser debatido no Congresso Nacional, sem avanços. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou qualquer iniciativa de legislar sobre o tema, afirmando defender uma conversa com a indústria.(AE)


Inspirados por revolução no Egito, argelinos organizam protesto para reivindicar mudanças no governo

Pessoas ficaram feridas durante manifestação neste sábado, 12, em Argel, informou à Agência Efe o porta-voz do partido opositor da Reagrupação Constitucional Democrática (RCD), Mohcen Belabes. O protesto foi convocado contra o regime político do presidente Abdelaziz Bouteflika. Militantes da Liga Argelina dos Direitos Humanos (LADDH) contradisseram o número de detidos, e estimaram que fossem mais de 200. A manifestação originou uma grande expectativa no país, especialmente após a renúncia na sexta-feira do presidente egípcio Hosni Mubarak.

As forças policiais argelinas agiram na tarde deste sábado contra os manifestantes que se mantiveram concentrados perto da praça do Primeiro de Maio no centro de Argel e os dispersaram por várias ruas próximas ao mesmo tempo em que faziam dezenas de detenções, segundo apurou a Efe. Cerca de 2 mil manifestantes continuavam tentando esta tarde manter o protesto, que iniciou na manhã deste sábado depois que um forte aparato policial impediu a manifestação por uma troca no regime convocada pelos partidos opositores e sociedade civil.

Entre os detidos, há vários dirigentes da Coordenação Nacional pela Democracia e Mudança, grupo que convocou a manifestação, bem como ativistas dos direitos humanos, sindicalistas e jornalistas, acrescentaram as fontes. Também foram detidos jornalistas da imprensa argelina, como do diário árabe "El Khabar", acrescentaram as fontes. O presidente da LADDH, Mustapha Bouchachi, discursou aos manifestantes, pedindo-os que abandonem a manifestação para evitar confrontos, mas a maioria persistiu em sua tentativa de protestar de forma pacífica para pedir mudanças no regime.

Os protestos se estenderam a outros locais do país, como Bejaia, Constantina, Anaba e Orán, a segunda cidade argelina, onde também vários ficaram feridos e dezenas foram detidos, informaram à Efe fontes da Coordenadoria Nacional pela Democracia e mudança (CNDC), convocadora das manifestações. A capital do país amanheceu tomada por milhares de policiais, com centenas de furgões e veículos antidistúrbios estacionados em todos os lugares estratégicos do centro da capital e nos principais pontos do percurso da programado para a manifestação.(EFE)

Exército egípcio se compromete com regime civil e tratados

Os novos governantes militares do Egito disseram ao país neste sábado que estão comprometidos com um regime civil e com a democracia depois que Hosni Mubarak foi derrubado após 30 anos no poder. Os militares afirmaram ainda respeitarão todos os tratados assinados pelo país, medida que tranquilizou Washington e Israel.

Alguns ativistas acampados na Praça Tahrir (Libertação), no Cairo, epicentro de um terremoto de revoltas populares que derrubou Mubarak, prometeram permanecer no local até que o Alto Conselho Militar aceita uma agenda de reformas democráticas.

Os novos governantes militares do Egito disseram ao país neste sábado que estão comprometidos com um regime civil e com a democracia depois que Hosni Mubarak foi derrubado após 30 anos no poder. Os militares afirmaram ainda respeitarão todos os tratados assinados pelo país, medida que tranquilizou Washington e Israel.

Alguns ativistas acampados na Praça Tahrir (Libertação), no Cairo, epicentro de um terremoto de revoltas populares que derrubou Mubarak, prometeram permanecer no local até que o Alto Conselho Militar aceita uma agenda de reformas democráticas.

Testemunhas de crimes atribuídos ao coronel sofrem ameaças

Moradores da Vila da Rocinha, palco dos cinco ataques atribuídos ao ex-comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel reformado Jorge Luis Thais Martins, voltaram a sofrer ameaças. Apesar da atmosfera de medo que tomou conta principalmente da Rua Cleto da Silva, onde ocorreram quatro dos crimes, duas testemunhas que sofreram intimidações diretas concordaram em depor oficialmente à polícia. O coronel é suspeito de ter matado nove pessoas e baleado outras cinco, entre agosto de 2010 e janeiro deste ano.

As ameaças relatadas em depoimento teriam ocorrido na semana passada, em pelo menos duas ocasiões distintas. Homens que passaram em um carro preto teriam ido ao bairro e deixado recado diretamente às testemunhas. Uma das pessoas ameaçadas já havia prestado depoimento e relatado que viu o coronel Martins rondando a Cleto da Silva, dias antes de um duplo homicídio ocorrido em 14 de janeiro. O ex-comandante é suspeito de ser o autor deste crime.

O depoimento da outra pessoa ameaçada não foi revelado por questões de segurança. Na avaliação do delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos, da Delegacia de Homicídios (DH), se o teor das declarações for divulgado, a testemunha correrá perigo. Esta não foi a primeira vez que moradores da Vila da Rocinha relatam tentativas de intimidações. Na madrugada de 28 de janeiro – mesmo dia que Martins se apresentou à polícia – testemunhas ouvidas individualmente pela Gazeta do Povo contaram que homens encapuzados chegaram em um carro e abordaram as pessoas, deixando um recado: “O coronel manda lembranças”.

O delegado disse que várias diligências já foram feitas Vila da Rocinha e moradores e testemunhas foram ouvidos informalmente. Segundo o chefe das investigações, as pessoas relatam informações importantes ao inquérito policial, mas muitas têm medo de depor oficialmente. “Um desafio tem sido convencer essas testemunhas a vencer este receio e prestar depoimento na delegacia. Elas temem por sua própria segurança”, disse o delegado.(GP)

STJ decide que Justiça de SP julgará caso da empresa do filho de Lula

Caberá à 10.ª Vara Criminal da Seção Judiciária de São Paulo julgar suposto tráfico de influência praticado pelo filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Silva, no caso Gamecorp. A decisão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento de um conflito de competência. O caso se refere à compra pela Telemar de títulos emitidos pela Gamecorp, empresa de Fábio Silva, por valores excessivos, segundo reportagens publicadas em revistas, o que configuraria crime de tráfico de influência, tipificado no artigo 332 do Código Penal.

Segundo o STJ, a Câmara Municipal de Belém (PA) solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) apuração das denúncias. O caso foi remetido à Procuradoria no Rio de Janeiro, sede da Telemar, onde a Polícia Federal (PF) instaurou inquérito. Mas o Ministério Público Federal no Rio entendeu que a competência era do Judiciário paulista, sede da Gamecorp. O Judiciário paulista, porém, também recusou a competência. Coube ao STJ decidir esse conflito. O relator do processo, ministro Jorge Mussi, entendeu que, mesmo não havendo réu definido no caso, a suposta obtenção de vantagem teria ocorrido em São Paulo, sede da Gamecorp.(AE)

Histórico:

A produtora Gamecorp, que possui em seu quadro de sócios Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu, em janeiro passado, investimento de R$ 5 milhões da empresa de telefonia Telemar. O dinheiro aplicado rendeu à Telemar 35% das ações da produtora e exclusividade sobre o conteúdo elaborado pela Gamecorp - programas de TV a respeito de videogames, atualmente veiculados pelas emissoras Bandeirantes e Mix TV.

O investimento corresponde quase à totalidade do capital social da produtora, que é de R$ 5,2 milhões, e ocorreu por meio de negociações intermediadas pela consultora DBO Trevisan, de Antoninho Marmo Trevisan, amigo pessoal do presidente Lula e integrante do Conselho de Ética Pública da Presidência da República.

O caso

As reportagens que deram origem ao inquérito da Polícia Federal noticiaram a aquisição pela Telemar de títulos emitidos pela GameCorp por valores excessivos. As matérias apontavam que o aporte desproporcional de recursos estaria sendo direcionado à Gamecorp devido à participação acionária do filho de Lula, o que configuraria crime de tráfico de influência, previsto no artigo 332 do Código Penal.

 
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