quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Catacumbas e túneis revelam Paris renascentista

O Novo Anti-Semitismo

Será o Dr. Goebbels rindo?


URI AVNERY (jornalista judeu israelense)


O Ministro da Propaganda Nazista, Dr. Joseph Goebbels, liga para o seu chefe, Adolf Hitler, do telefone do inferno.

“Meu Führer,” ele fala excitado. “Novidades no mundo. Parece que estamos no caminho certo. O Anti-Semitismo está conquistando a Europa!”

“Bom!” disse o Führer, “Será o fim dos Judeus!”

“Hmmm… bem… não exatamente, meu Führer. Parece que escolhemos os Semitas errados. Nossos herdeiros, os novos Nazistas, vão aniquilar os Árabes e todos os outros muçulmanos na Europa”. Então, com uma gargalhada, “Afinal de contas, existem muito mais Muçulmanos que Judeus para exterminar”.

“Mas, e os judeus?”, insiste Hitler.

“Você não vai acreditar: os novos Nazistas amam Israel, o Estado Judeu – e Israel os ama!”.

* * *

A atrocidade cometida pelo Norueguês neo-Nazista – isso seria um incidente isolado?

Extremistas de Direita, de toda a Europa e dos Estados Unidos, já estão declamando em uníssono: “Ele não pertence a nós! Ele é um indivíduo sozinho com uma cabeça desarranjada! Existem pessoas loucas em todos os lugares! Você não pode condenar um campo político inteiro pelos atos de uma única pessoa!”

Parece familiar. Onde foi que ouvimos isso antes?

Claro, depois do assassinato de Yitzhak Rabin.

Não há nenhuma conexão entre o massacre de Oslo e o assassinato em Tel Aviv. Ou há?

Durante os meses que antecederam o assassinato de Rabin, uma crescente campanha de ódio foi orquestrada contra ele. Quase todos os grupos Israelenses de direita estavam competindo entre eles para ver quem poderia endemoniá-lo melhor.

Em uma manifestação, uma foto-montagem de Rabin com o uniforme de um oficial da SS foi exposta. Na varanda, com vista para a manifestação, Binyamin Netanyahu pode ser visto aplaudindo com entusiasmo, enquanto um caixão marcado com “Rabin” desfilava. Grupos religiosos encenaram uma cerimônia medieval, cabalística, na qual Rabin era condenado à morte. Rabinos fizeram parte da campanha.

O assassinato foi, de fato, cometido por um único indivíduo, Yigal Amir, um ex-colono, estudante de uma universidade religiosa. Assume-se que, antes do fato, ele consultou um rabino. Como Anders Behring Breivik, o assassino de Oslo, ele planejou seu ato cuidadosamente, durante um longo período, e o executou a sangue frio. Ele não teve cúmplices.

* * *

OU teve? Não foram todos os incitadores os seus cúmplices? A responsabilidade não seria de todos os demagogos descarados, como Netanyahu, que esperavam a ascensão ao poder através da onda do ódio, medo e preconceito?

Seus cálculos foram confirmados. Menos de um ano depois do assassinato, Netanyahu, de fato, conseguiu o poder. Agora a direita está dominando Israel, se tornando mais radical a cada ano e, ultimamente, parece que a cada semana. Fascistas agora assumem papel de liderança no Knesset.

A última proposta dos nossos fascistas, extraída diretamente da boca de Avigdor Lieberman, é anular o feito heróico de Rabin: os acordos de Oslo. Então, voltamos para Oslo.

* * *

QUANDO eu ouvi as notícias sobre o atentado de Oslo, estava com medo de que os perpetradores fossem alguns Muçulmanos loucos. As repercussões poderiam ter sido terríveis.

De fato, em alguns minutos, um estúpido grupo Muçulmano se gabou como se tivessem feito este ato glorioso. Felizmente, o assassino em massa se rendeu na cena do crime.

Ele é o protótipo de um Nazista anti-Semita da nova onda. Sua crença consiste na supremacia branca, fundamentalismo Cristão, no ódio à democracia e no chauvinismo Europeu, misturado com um ódio virulento aos Muçulmanos.

Sua crença está, agora, espalhando ramificações por toda a Europa. Pequenos grupos radicais de ultra-direita estão se tornando partidos políticos dinâmicos, tomando seus assentos nos Parlamentos e, até mesmo, se tornando deuses aqui ou lá. Países que sempre pareceram ser modelos de sanidade política subitamente produzem agitadores do tipo mais nojento, ainda piores que o US Tea Party (um partido conservador norte-americano), outro filho deste novo Espírito da Época. Avigdor Lieberman é a nossa contribuição para essa ilustre liga mundial.

Outra coisa que quase todos esses Europeus e Americanos de ultra-direita tem em comum é a sua admiração por Israel. Nas 1500 páginas do seu manifesto político, no qual ele esteve trabalhando por um longo período, o assassino de Oslo dedicou uma seção inteira para isso. Ele propôs uma aliança entre a extrema direita Européia e Israelense. Para ele, Israel é um posto avançado da Civilização Ocidental na luta mortal contra o bárbaro Islã. (De alguma maneira faz lembrar a promessa de Theodor Herzl de que o futuro Estado Judeu seria um “posto avançado da cultura Ocidental contra a barbárie Asiática”).

Parte do filo-sionismo professado por esses grupos Islamofóbicos é, com certeza, fictício, designado para disfarçar seu caráter neo-Nazista. Se você ama Judeus, ou o Estado Judeu, você pode ser um fascista, correto? Pode apostar que você pode! De qualquer maneira, eu acredito que a maior parte dessa adoração à Israel é inteiramente sincera.

Israelenses de direita, que são cortejados por esses grupos, argumentam que não é culpa deles que todos esses traficantes do ódio sejam atraídos por eles. Face a isso, é verdade. No entanto, não podemos deixar de perguntar: por que eles se sentem tão atraídos? Onde essa atração se apresenta? Isso não garante um sério exame de consciência?

* * *

EU TOMEI conhecimento da gravidade da situação quando um amigo chamou minha atenção para alguns blogs Alemães anti-Islã.

Eu fiquei chocado com a quantidade. Essas emanações são quase cópias literais das diatribes de Joseph Goebbels. Os mesmos slogans demagogos. A mesma base das alegações. A mesma demonização. Com uma pequena diferença: ao invés de Judeus, desta vez são os Árabes que estão arruinando a Civilização Ocidental, seduzindo mulheres cristãs, conspirando para dominar o mundo. Os Protocolos dos Sábios da Meca.

Um dia depois dos acontecimentos de Oslo aconteceu de eu estar assistindo a rede de TV Aljazeera, em inglês, uma das melhores do mundo, e vi um programa interessante. Por uma hora o repórter entrevistou Italianos, que passavam nas ruas, perguntando sobre os muçulmanos. As respostas foram chocantes.

Mesquitas poderiam ser destruídas. Elas são locais onde os muçulmanos conspiram para cometerem crimes. Na verdade, eles não precisam mais das mesquitas – eles precisam, somente, de um tapete para rezar. Muçulmanos vieram para a Itália para destruírem a cultura Italiana. Eles são parasitas, espalham drogas, crime e doença. Eles deveriam ser expulsos desde o primeiro homem e mulher até a última criança.

Eu sempre achei os Italianos pessoas boas, amáveis. Mesmo durante o Holocausto, eles se comportaram melhor que muitos outros povos Europeus. Benito Mussolini se tornou um fanático anti-Semita somente durante os últimos eventos, quando se tornou completamente dependente de Hitler.

No entanto estamos aqui, apenas 66 anos depois de os partisans Italianos terem carregado o corpo de Mussolini pelos pés em um local público de Milão – e uma forma muito pior de anti-Semitismo está surgindo nas ruas da Itália, assim como em outros [ou “muitos”?] países Europeus.

* * *

CLARO, existe um problema real. Os muçulmanos não estão livres de culpa pela situação. Sua conduta faz deles alvos fáceis. Como os Judeus na sua época.

A Europa está em uma situação difícil. Eles precisam de “estrangeiros” – Muçulmanos e todos – para trabalhar para eles, manter sua economia fluindo, pagar pelas pensões das pessoas velhas. Se todos os Muçulmanos tiverem que deixar a Europa amanhã de manhã, as sociedades Alemã, Francesa, Italiana e muitas outras irão quebrar.

Agora muitos Europeus ficam consternados quando vêem esses “estrangeiros”, com suas línguas estranhas, maneiras e roupas lotando suas ruas, mudando o caráter de muitos bairros, abrindo lojas, casando com seus filhos, competindo com eles de várias maneiras. Isso machuca. Como um ministro Alemão disse uma vez: “Nós trouxemos trabalhadores para cá, e descobrimos que havíamos trazido seres humanos!”.

Alguns podem entender esses Europeus até certo ponto. Imigração causa problemas reais. A migração do sul, que é pobre, para o norte, que é rico, é um fenômeno do século XXI, um resultado da enorme diferença entre nações. Isso precisa de uma política Européia de imigração, um diálogo com as minorias sobre integração e multi-culturalismo. Isso não será fácil.

Mas essa onda de Islamofobia está para além disso. Como um Tsunami, pode resultar em devastação.

* * *

MUITOS partidos e grupos Islamofóbicos se lembram da atmosfera da Alemanha no início dos anos de 1920, quando grupos “völkisch” e milícias estavam propagando seu veneno do ódio e um espião militar chamado Adolf Hitler estava ganhando seus primeiros louros como um orador anti-Semita. Eles pareciam sem importância, marginais, até mesmo loucos. Muitos riram deste homem Hitler, o Chaplin de bigode.

Mas a tentativa de golpe nazista, de 1923, foi acompanhado pelo de 1933, quando os Nazistas tomaram o poder, 1939, quando Hitler começou a Segunda Guerra Mundial, e 1942, quando as câmaras de gás começaram a operar.

Os começos é que são críticos, quando oportunistas políticos percebem que despertando o medo e o ódio é o caminho mais fácil para a fortuna e o poder, quando sofredores sociais se tornam nacionalistas e fanáticos religiosos, quando atacar as minorias se torna aceitável para legitimar políticas, quando pequenas pessoas divertidas se tornam monstros.

Foi o Dr. Goebbels quem eu ouvi rindo no inferno?

Fiscalização flagra trabalho escravo em oficinas da marca Zara em SP


Uma fiscalização do governo federal flagrou trabalhadores estrangeiros em situação análoga à escravidão operando em oficinas contratadas pela marca espanhola Zara, do grupo Inditex. Segundo a reportagem do site Repórter Brasil, na operação, 15 pessoas foram libertadas de duas oficinas, uma no Centro da capital paulista e outra na Zona Norte. A investigação é da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP). Avisada do momento da apreensão, a Zara não enviou nenhum representante.

De acordo com os agentes públicos, o quadro encontrado foi de contratações irregulares, trabalho infantil, condições degradantes e jornadas de até 16 horas de trabalho diário. Além de serem obrigados a arcar com todos os custos, inclusive o de vinda ao Brasil, os trabalhadores eram obrigados a pedir autorização para sair dos locais de trabalho, que também era suas residências.

A maioria dos funcionários das oficinas eram peruanos ou bolivianos. Os fiscais apreenderam durante a operação um caderno que continha a contabilidade do grupo. A maioria dos trabalhadores não tinha direitos pagos e recebiam salários de R$ 274 a R$ 460.

A fiscalização lacrou a produção e apreendeu parte das peças, incluindo a peça piloto da marca Zara. As máquinas de costura também foram interditadas por não oferecerem segurança aos trabalhadores. Segundo a reportagem, para cada peça feita, o dono da oficina recebia R$ 7. Os costureiros declararam que recebiam, em média, R$ 2 por peça costurada.

PF - Operação Paraíso Fiscal: PF descobre que auditor da Receita tem patrimônio de quase R$ 20 milhões

No rastro dos e-mails dos alvos da Operação Paraíso Fiscal, a Polícia Federal descobriu evidências de movimentações financeiras atípicas e patrimônio milionário do auditor da Receita José Cassoni Rodrigues Gonçalves. A pista são dois pen drives com arquivos de contas no exterior. Uma delas, sediada em Mônaco, o auditor batizou conta Tourelle. A outra fica em Miami (EUA). Relatório de inteligência da PF revela que Cassoni amealhou R$ 19,34 milhões, dos quais R$ 6,33 milhões em dinheiro vivo. Seus vencimentos na Receita são de R$ 20 mil.

Ele foi preso com outros quatro auditores no início de agosto, dia 4, sob acusação de integrar organização criminosa para corrupção e venda de fiscalizações que beneficiavam empresas devedoras de tributos da União. As empresas podem ter sonegado US$ 3 bilhões, estima a Receita. Com o grupo de fiscais a PF apreendeu R$ 12,9 milhões em dinheiro vivo, notas de reais, dólares e euros. A Paraíso Fiscal foi deflagrada por ordem do juiz Márcio Ferro Catapanni, da 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

A investigação flagrou e-mails entre Cassoni e o filho, Thiago, nos quais é feita menção a valores depositados no exterior. A PF planeja pedir o bloqueio desses ativos por meio de acordo de cooperação internacional. Uma troca de mensagens foi interceptada no dia 18 de julho. Thiago escreveu para o pai, citando os arquivos "Much Money" e "contas".
"Há menção expressa a uma conta chamada Tourelle, uma conta sediada em Mônaco, e ainda outra em Miami (EUA), diz a PF.

Os federais interceptaram também telefonemas entre Cassoni e o filho. No dia 11 de maio, às 9 horas, a PF soube pela primeira vez dos pen drives.O auditor perguntou a Thiago se ele levou os arquivos "para o lugar deles". O rapaz responde que "sempre muda a cor os negócios que faz" e sugere ao pai que "pegue o pen drive vermelho".

A PF sustenta que a mulher do auditor, Regina Eusébio Gonçalves, "é a pessoa que mantinha contato mais estreito com os gerentes das contas estrangeiras". Em 1.º de junho, às 11h56, Cassoni pediu à mulher que passasse e-mail para "Caroline vender 2400 ações da News Corporation na Nasdaq". Ele diz que "tem 5400 e que é para vender a US$18,11 cada, valor mínimo".

"Apesar da informação constante do e-mail interceptado, ainda não sabemos os nomes de todos os bancos estrangeiros, muito menos os titulares e os números das contas", anotou a PF, quando pediu autorização para buscas na residência e nos armários do clube que ele frequentava, em Alphaville.

Cassoni integrava a equipe chefiada por Kazuko Tane, na Delegacia da Receita em Osasco, foco da corrupção. Os auditores Rogério Sasso e Fábio Arruda Martins faziam parte do grupo. "Ele (Cassoni) mostrou estreito contato com seus fiscalizados", atesta relatório de inteligência da PF.

O documento informa que Cassoni comprou no residencial Alpha 2 um terreno de Iracema Talarico Longano onde "atualmente constrói uma casa". Em julho ele viajou para a Europa, pela segunda vez este ano. "Depois de ir a Portugal agora vai para a Itália, país onde mora sua filha, Marina Eusébio Gonçalves", assinalou a PF, em ofício ao juiz Márcio Catapanni.

A PF assinala que Cassoni delega à mulher, Regina Eusébio Gonçalves, "atividades privativas de auditores fiscais, inclusive acessando e trabalhando no sistema da Receita". Segundo os federais, o auditor "procura sempre marcar reuniões presenciais com os investigados e, na maioria das vezes, o local escolhido é a padaria La Ville, que fica próxima à entrada do condomínio Alphaville, onde mora."

"Ele chama a padaria de escritório, dado o elevado número de vezes em que se encontra com fiscalizados para fazer negócios", informa a PF. A PF tem indícios de que Cassoni comprou com dinheiro vivo (R$ 240 mil)dois automóveis de luxo, "ato típico de lavagem de dinheiro". À página 211 do relatório de inteligência, a PF anota que o Audi A4 branco, placas GHA-6000, ano 2011, foi comprado por R$ 134,9 mil e registrado no próprio nome do auditor. A Captiva, cor preta, placas FZY-5757, para uso da mulher, Regina, foi registrada em nome do filho do casal, Thiago Cassoni Rodrigues Gonçalves. Os indícios apontam que Cassoni pagou em espécie os dois automóveis, apesar do receio do vendedor.

A PF captou telefonema de Regina para o auditor. Ela diz que "o vendedor Freitas, da Chevrolet, lhe falou que não mexe com papel ali naquela loja, que é muito perigoso".


Grampos

O Guardião, supermáquina de grampos da Polícia Federal, captou telefonemas do auditor José Cassoni Rodrigues Gonçalves com seus familiares e também com empresários fiscalizados, de quem supostamente exigiu dinheiro para não lavrar autuações pesadas.

Cassoni foi espionado pelo menos três vezes durante reuniões que manteve na padaria La Ville, no condomínio residencial Alphaville, local que ele transformou em ponto de encontro com empresários que fiscalizava. O auditor costuma chamar a padaria de "escritório". O auditor também frequentava um café do Shopping Iguatemi.

Segundo a PF, foi naquele café que o auditor Cassoni consolidou suas exigências diretamente ao empresário Paulo Machado Veloso, sócio administrador da Leste Marine Importação e Exportação. Um encontro teria sido intermediado por Jane Silva Garcia de Lima, funcionária da contabilidade FDS Consultoria Contábil.
Segundo a PF, Cassoni instituiu um modelo de parcelamento de propinas. Do sócio da Leste Marine, por exemplo, teria exigido 9 parcelas de R$ 10 mil.

No dia 3 de junho, quando se dirigia ao café do shopping para fechar o acordo, o empresário telefonou para um amigo, não identificado pela PF, e disse que se o auditor não aceitasse a quantia iria oferecer a ele seu barco. A PF fez imagens das reuniões do auditor na padaria e no café. Um desses encontros foi realizado com a presença de Jane Lima.

Vinte fotos da reunião ilustram os autos da Operação Paraíso Fiscal. Os federais monitoraram o encontro derradeiro do grupo, na tarde de 3 de junho, no café do Shopping Iguatemi, em Alphaville.

Antes da chegada dos investigados, os agentes instalaram escuta ambiental (captação de áudio) no local. Dezoito fotos da reunião do grupo no shopping fazem parte do relatório de inteligência da PF.O empresário Paulo Veloso e a defesa do auditor não foram localizados. Jane Lima não retornou contato da reportagem. (AE)

Ação contra fraude de R$ 1 bilhão confisca ilha na Bahia

A ilha confiscada na Bahia pela Operação Alquimia pertence ao empresário Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti, do Grupo Sasil, distribuidor autorizado da Braskem. Trata-se de uma subsidiária da Stahl Participações, que tem negócios em vários países. A informação foi dada por integrantes da Operação Alquimia.

No ano passado, Cavalcanti comprou a empresa petroquímica Varient, do Grupo Odebrecht, por US$ 80 milhões, aproximadamente.

A Polícia Federal suspeita que o grupo de Cavalcanti comprava produtos por meio de empresas laranjas que entravam em falência quando flagradas pela Receita. Além da ilha de 20 mil metros quadrados, a Justiça bloqueou veículos de luxo, galpões industriais, aeronaves e embarcações. Na ilha, os federais encontram barras de ouro em um cofre, várias lanchas, 15 jet ski, e algumas armas - entre as quais um fuzil e uma pistola de uso restrito das Forças Armadas, além de farta munição.

Na sede da Varient, em São Paulo, funcionários disseram que a empresa não vai se manifestar. Uma funcionária, às 17 horas, bastante irritada, se identificou como faxineira e desligou o telefone.

'Ilha do Tesouro'

A ilha confiscada na operação está avaliada em R$ 15 milhões. O valor corresponde apenas à área do imóvel, sem contar os equipamentos, utensílios e benfeitorias em geral. Pela quantidade de objetos de luxo encontrados na operação, o local foi apelidado pelos policiais de 'ilha do tesouro'.

O vídeo da operação chama a atenção pelo requinte das instalações. Ao longo dos dois hectares da ilha, há várias mansões servidas por uma área comum com piscinas, saunas, quadras de esportes, quiosques e churrasqueiras, além de um auditório multiuso, com home theater. As mansões têm em média quatro suítes amplas, com decoração e utensílios requintados. A mansão principal tem adicionalmente uma adega recheada de vinhos finos.

As construções, incluindo um píer de mais de 300 metros de margem, foram erguidas irregularmente em área de marinha, pertencentes ao Serviço do Patrimônio da União (SPU).

Operação

A operação foi desencadeada por ordem da 3.ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG) e foi realizada em 17 Estados e no Distrito Federal, com a participação de 650 agentes da PF, além de auditores da Receita Federal. O esquema foi investigado ao longo de mais de oito anos. Em 2009, a polícia e a Receita descobriram que o grupo era ramificado em 300 empresas, parte delas com sede no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. (AE)

Brasil pode destinar áreas de trabalho escravo à reforma agrária

A Câmara dos Deputados marcou para daqui a quatro semanas uma votação tremendamente importante: a PEC do Trabalho Escravo. Caso seja aprovada a proposta, fazendeiros que usam trabalho análogo à escravidão poderão ter suas terras confiscadas para a reforma agrária.

O uso de trabalho escravo ainda é comum em várias áreas do país, especialmente no Norte. Mas mesmo em outras regiões ele ainda sobrevive.

O Ministério do Trabalho mantém uma lista com pessoas ou empresas que usaram trabalho escravo. Atualmente, há 251 nomes na "lista suja".

A PEC tenta impor uma pena mais dura para o crime de trabalho escravo e, ao mesmo tempo, resolver um problema social grave no país, da má distribuição de terras produtivas.

A votação foi marcada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), para os dias 13 e 14 de setembro. Resta ver se o peso da bancada ruralista não vai evitar a aprovação. (GP)

Mendes Ribeiro (PMDB-RS) pode ser nomeado novo ministro da agricultura

Com a crise política envolvendo o Ministério da Agricultura por causa das diversas denúncias de corrupção, e com a provável saída do Rossi, que já era esperada e acabou acontecendo, as lideranças do PMDB passaram desde ontem a sugerir o nome do deputado federal Mendes Ribeiro Filho ao cargo de ministro. A sua indicação abriria uma vaga para Eliseu Padilha assumir na Câmara dos Deputados, assim atendendo a pretensão do vice-presidente Michel Temer, que até agora foi o real detentor do mando naquele Ministério.

Mendes Ribeiro Filho foi radialista, e ingressou na vida pública ainda jovem. Aos 28 anos, quando era filiado ao PDS, partido da ditadura, onde o José Sarney era o presidente nacional, assumiu seu primeiro mandato, o de vereador em Porto Alegre, antes disso já havia ocupado alguns cargos do segundo escalão do executivo municipal e na Assembleia legislativa. Foi filiado ao PFL e desde 1985 é filiado ao PMDB. Participou da Assembléia Constituinte do Rio Grande do Sul.. Em 1995, trocou a Assembléia Legislativa pela Câmara dos Deputados, onde hoje exerce seu quarto mandato consecutivo.

No executivo estadual ocupou três secretárias: Justiça (1983-1984); Obras Públicas, Saneamento e Habitação (1995-1996) e Casa Civil (1996-1999).

Vai tarde: Ministro da Agricultura Wagner Rossi pede demissão


O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pediu demissão no início da noite desta quarta-feira (17), após semanas consecutivas de denúncias de irregularidades na pasta que comandava. O peemedebista é o quarto ministro a deixar o governo Dilma Rousseff em menos de oito meses.

A carta de demissão foi publicada no site do ministério. Na carta, Rossi agradeceu a "confiança" que recebeu da presidente Dilma Rousseff e classificou de "mentiras" as denúncias contra ele. "Minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra", afirmou.

Na carta, Rossi relaciona as medidas e ações que adotou no ministério, mas ressalvou que durante os últimos 30 das enfrentou "uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública".

O ministro se disse vítima de uma "campanha insidiosa" e afirmou que a imprensa ignorou "solenemente" as respostas e documentos comprobatórios que apresentou a cada acusação.

"Nada achando contra mim e no desespero de terem que confessar seu fracasso, alguns órgãos de imprensa partiram para a tentativa de achincalhe moral: faziam um enorme número de pretensas “denúncias” para que o leitor tivesse a falsa impressão de escândalo, de descontrole administrativo, de descalabro", escreveu.

Sem mencionar nomes, Rossi disse que houve tentativa de chantagem de colaboradores acusados de irregularidades, que, segundo afirmou, seriam poupados se fizessem acusações contra ele.

Ele atribuiu as acusações a uma tentativa de "destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo, onde já perceberam não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios". Depois, Rossi diz que deixa o governo agradecendo a confiança de Dilma, Temer e o ex-presidente Lula.

Leia a carta de demissão na íntegra:

"Brasília, 17 de agosto de 2011

Neste ano e meio na condição de ministro da Agricultura do Brasil, consegui importantes conquistas. O presidente Lula fez tanto pela agricultura e a presidenta Dilma continuou esse apoio integralmente.

Fiz o acordo da citricultura, anseio de mais de 40 anos de pequenos e médios produtores de laranja, a quem foi garantido um preço mínimo por sua produção.

Construí o consenso na cadeia produtiva do café, setor onde antes os vários agentes sequer se sentavam à mesma mesa, com ganhos para todos, em especial os produtores.

Lancei novos financiamentos para a pecuária, recuperação de pastagens, aquisição e retenção de matrizes e para renovação de canaviais.

Aumentei o volume de financiamento agrícola a números jamais pensados e também os limites por produtor, protegendo o médio agricultor sempre tão esquecido.

Criei e implantei o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, primeiro programa mundial que combina o aumento de produção de alimentos a preservação do meio ambiente, numa antecipação do que será a agricultura do futuro.

Apoiei os produtores de milho, soja, algodão e outras culturas que hoje desfrutam de excelentes condições em prol do Brasil.

Lutei por nossos criadores e produtores de carne bovina, suína e de aves que são protagonistas do mercado internacional.

Melhorei a atenção a fruticultura, a apicultura e a produtos regionais, extrativistas e outras culturas.

Apoiei os grandes, os médios e os pequenos produtores da agricultura familiar, mostrando que no Brasil há espaço para todos.

Deus me permitiu estar no comando do Ministério da Agricultura neste momento mágico da agropecuária brasileira.

Mas, durante os últimos 30 das, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública.

Respondi a cada acusação. Com documentos comprobatórios que a imprensa solenemente ignorou. Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas. As provas exibidas de sua falsidade nem sequer eram lembradas.

Nada achando contra mim e no desespero de terem que confessar seu fracasso, alguns órgãos de imprensa partiram para a tentativa de achincalhe moral: faziam um enorme número de pretensas “denúncias” para que o leitor tivesse a falsa impressão de escândalo, de descontrole administrativo, de descalabro. Chegou-se à capa infame da “Veja”.

Tudo falso, tudo rebatido. Mas a campanha insidiosa não parava.

Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares ou insinuações de que tinham atuado com interesses menos republicanos nas funções ocupadas. O principal suspeito de má conduta no setor de licitações passou a ser o acusador de seus pares. Deram voz até a figuras abomináveis que minha cidade já relegou ao sítio dos derrotados e dos invejosos crônicos. Alguns deles não passariam por um simples exame de sanidade.

Ainda assim nada conseguiram contra mim. Aí tentaram chantagear meus colaboradores dizendo que contra eles tinham revelações terríveis a fazer, mas que não as publicariam se fizessem uma só acusação contra mim. Torpeza rejeitada.

Finalmente começam a atacar inocentes, sejam amigos meus, sejam familiares. Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios.

Embora me mova a vontade de confrontá-los, não os temo, nem a essa parte po dre da imprensa brasileira, mas não posso fazer da minha coragem pessoal um instrumento de que esses covardes se utilizem para atingir meus amigos ou meus familiares.

Contra mim nem uma só acusação conseguiram provar. Mas me fizeram sofrer e aos meus. Não será por qualquer vaidade ou soberba minha que permitirei que levem sofrimento a inocentes.

Hoje, minha esposa e meus filhos me fizeram carinhosamente um ultimato para que deixasse essa minha luta estóica mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter. Minha única força é a verdade. Foi o elemento final da minha decisão irrevogável.

Deixo o governo, agradecendo a confiança da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, do presidente Lula e dos líderes, deputados, senadores e companheiros do PMDB e de todos os partidos que tanto respaldo me deram.

Agradeço também a todos os leais colaboradores do Ministério da Agricultura, da Conab, da Embrapa e de todos os órgãos afins. Penso assim ajudar o governo a continuar seu importante trabalho, retomando a normalidade na agricultura.

Finalmente, reafirmo: continuo na luta pela agropecuária brasileira que tanto tem feito pelo bem de nosso Brasil. Agradeço as inúmeras manifestações de apoio incondicional da parte dos líderes maiores do agronegócio e de suas entidades e também aos simples produtores que nos enviaram sua solidariedade.

Deus proteja o produtor rural e tantos quanto lutem na terra para produzir alimentos para o mundo. Deus permita que tenham a segurança jurídica necessária a seu trabalho que o Congresso há de lhes garantir. Lutei pela reforma do Código Florestal. É importante para o Brasil. Outros, talvez mais capazes, haverão de continuar essa luta até a vitória.

Confio que o governo da querida presidenta Dilma Rousseff supere essa campanha sórdida e possa continuar a fazer tanto bem ao nosso país.

Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar “Veja” e “Folha” e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias.

Mas minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra.

Wagner Rossi Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento"(AE)


O Lula olhou para Dilma e disse: "UM DIA TUDO ISSO SERÁ SEU" ....


No Ministério da Agricultura .......

....... "Eu te livro do pepino, me safo do abacaxi, mandamos uma banana pra imprensa e sentamos mais uma mandioca no povo" .......

Latinos protestam contra deportações em frente à sede de Obama


Ativistas latinos realizaram um protesto em frente à sede da campanha eleitoral de 2012 do presidenteBarack Obama na terça-feira, pedindo que ele encerre o programa de deportação criminal que, segundo eles, está capturando uma série de imigrantes ilegais que não cometeram crimes.

O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), estabeleceu o programa "Comunidades Seguras" em parceria com autoridades policiais locais e o FBI para deportar imigrantes não-autorizados com condenações criminais.

"Eles estão dizendo que é para deportar imigrantes criminosos, mas na realidade, não é o que está acontecendo", disse Xochitl Espinoza, do grupo ativista Aliança Nacional para Comunidades Latino-Americanas e Caribenhas, que participou no protesto de terça-feira.

Obama apoia uma reforma abrangente nas leis de imigração, que impulsione a fiscalização nos locais de trabalho e a segurança nas fronteiras, concedendo também uma chance aos milhões de imigrantes ilegais, com históricos regularizados, de se tornarem cidadãos se pagarem uma multa e aprenderem inglês.

Mas, segundo dados do ICE, autoridades norte-americanas deportaram 392.862 estrangeiros em 2010, sendo que menos de metade desses -- 195.772 -- eram criminosos condenados.

Os manifestantes trouxeram uma petição assinada por 24 mil pessoas pedindo ao presidente democrata a abolição do programa. Eles se queixaram de que o programa concedia poderes à polícia para agir como agentes de imigração.

"O propósito desse evento não é pedir uma legislação, mas pedir para que Obama exerça de forma muito mais corajosa e firme sua autoridade como presidente", disse Oscar Chacon, diretor-executivo da Aliança. "Obama tem o poder de tomar a decisão e encerrar o programa."

Os republicanos, que controlam a Câmara dos Deputados dos EUA, se opõem a uma reforma abrangente nas leis de imigração, e defendem medidas mais rígidas. (Reuters)

Morre a chimpanzé Imperatriz, animal mais antigo do Zoológico de Curitiba

A chimpanzé Imperatriz, o animal mais antigo do Zoológico de Curitiba, morreu na manhã desta terça-feira (16). Imperatriz tinha cerca de 47 anos e teve morte natural. O animal por causa do maltratos que sofria foi retirado de um circo e estava sob cuidados do Zoo de Curitiba há cerca de 30 anos. Por 15 anos, a chimpanzé morou no Passeio Público.

"A vida toda ela recebeu cuidados especiais, já que foi retirada de um circo onde sofreu maus tratos. Imperatriz era obrigada até a fumar. Todos do Zoo se afeiçoaram muito a ela. Era um animal emblemático", afirma o diretor do Zoológico, Alfredo Trindade.

Em janeiro de 2009, Imperatriz passou a ter a companhia do chimpanzé Bob. Apesar do convívio harmonioso, eles nunca se reproduziram. A direção do Zôo informa que já está em busca de uma fêmea para fazer companhia a Bob.

Na natureza, um chimpanzé pode viver até os 70 anos. Em cativeiro esta expectativa é reduzida.


Divulgação/Prefeitura de Curitiba / Imperatriz foi retirada de um circo por maus tratos




 
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