sábado, 17 de dezembro de 2011

Aos 70 anos faleceu Cesária Évora, grande cantora cabo-verdiana



Morre em São Luís o carnavalesco Joãozinho Trinta


O carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, conhecido como Joãozinho Trinta, de 78 anos, morreu às 9h55m da manhã deste sábado (17). Ele estava internado em estado grave e respirava com ajuda de aparelhos no Hospital UDI, em São Luís, no Maranhão. O hospital informou que as causas da morte foram choque séptico secundário, pneumonia e infecção urinária.

Joãozinho foi internado no dia 3 de dezembro com pneumonia. Segundo o cardiologista José Bonifácio Barbosa, diretor do hospital, o carnavalesco estava com insuficiência renal e cardíaca, além de falência múltipla dos órgãos. Ele estava no Maranhão atuando em projetos da Secretaria da Cultura para os 400 anos de São Luís, comemorados em 2012.

O transformador do carnaval carioca

Quando desembarcou sozinho no cais do porto do Rio de Janeiro em 1951, o maranhense João Clemente Jorge Trinta nem imaginava que mudaria definitivamente a cara do carnaval carioca e se tornaria o mais festejado e criativo carnavalesco de escolas de samba. Então com 17 anos, queria ser bailarino clássico.

Nascido em 23 de novembro de 1933, em São Luís, filho de operários, ele chegou a passar fome até conseguir ingressar no corpo de baile do Teatro Municipal. Como tinha interesse por quase tudo na montagem de um espetáculo, acumulou funções de bailarino, figurinista e cenógrafo.

Conhecido por pregar o luxo nas escolas, ele assombrou o Sambódromo com o desfile dos mendigos e do lixo. Ratos e Urubus, em 1989, é considerado por especialistas um dos maiores desfiles de todos os tempos, talvez o mais revolucionário. Joãozinho protagonizou uma briga com a Igreja Católica ao levar para a Sapucaí o carro alegórico que trazia um Cristo mendigo e teve que ser coberto com plástico preto. Mas em protesto pela censura, ele colocou uma faixa com os dizeres: "Mesmo proibido, olhai por nós!". Depois de ter cunhado a máxima "Quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta de luxo", o carnavalesco foi ovacionado por ter feito um desfile que expunha a pobreza e o lixo. Por ironia, Joãosinho e a Beija-Flor perderam o carnaval para a certinha Imperatriz, que cantou os cem anos da República.

A despeito do lindo samba, pouca coisa restou do desfile da escola de Ramos. Quanto ao de Joãosinho, ainda será lembrado por muitos e muitos anos. Foi Joãsinho também que pôs um homem voando com um minifoguete na Sapucaí, quando estava na Grande Rio. Os críticos disseram que aquilo nada tinha a ver com samba. Mas Joãozinho era assim mesmo. Irrequieto, inovador, polêmico.

A entrada para o samba foi em 1963, quando Joãosinho abandonou as sapatilhas, levado para o Salgueiro pelo carnavalesco Arlindo Rodrigues. Foi aí que começou sua paixão pelo carnaval. Dez anos depois, quando seu padrinho deixou a escola, ele assumiu a função de carnavalesco. Em 1974, ganhava seu primeiro título, com o enredo "O rei da França na Ilha da Assombração". No ano seguinte, tornou-se bicampeão com "As minas do rei Salomão".

Mas foi na Beija-Flor, a partir de 1976, que Joãosinho Trinta consagrou-se como mago dos desfiles, revolucionando o carnaval com carros alegóricos imensos e fantasias luxuosas. Foram três títulos seguidos - "Sonhar com rei dá leão" (76), "Vovó e o rei da Saturnália na corte egipciana" (77) e "A criação do mundo na tradição nagô" (78).

Na azul-e-branco de Nilópolis, ganhou ainda os carnavais de 80, com o enredo "O sol da meia-noite - uma viagem ao país das maravilhas", empatado com Imperatriz e Portela, e de 83, com "A grande constelação de estrelas negras".

Em 92, seu último ano na azul-e-branco, o carnavalesco foi afastado da direção do projeto que ajudou a criar, o " Flor do Amanhã", que apoiava menores de rua. Foi acusado de corrupção de menores e responsabilizado por abrigar homossexuais e crianças em condições precárias no galpão da entidade. No ano seguinte, magoado, ele afastou-se da folia e viajou para Portugal, onde passou a comandar bailes na casa de espetáculos Cassino de Estoril.

O retorno ao carnaval foi na Viradouro em 94. Mas o primeiro título na escola de Niterói só veio em 97, com o enredo "Trevas! Luz!A explosão do universo!". Foi a volta por cima do carnavalesco. Um ano antes, ele sofrera uma isquemia que deixou o braço direito paralisado e dificuldades na fala. Segundo o próprio Joãozinho, a doença mudou seu comportamento e sua visão de mundo. Se antes centralizava o trabalho, passou a distribuir tarefas.

No carnaval de 2004, uma nova polêmica. O enredo "Vamos vestir a camisinha, meu amor...", que contava a história dos preservativos, gerou protestos da Igreja Católica.

Três carros com esculturas de bonecos fazendo sexo foram encobertos por recomendação do Ministério Público estadual, que considerou as alegorias ofensivas. A escola ficou apenas em 10º lugar e Joãosinho foi demitido dias depois.

Destaques no alto de carros alegóricos

Que alguns críticos gostem ou não, mas Joãosinho deu o visual que hoje predomina no desfile das escolas de samba. Antes de Joãozinho, os destaques desfilavam no chão, juntamente com os outros foliões e a diferença ficava apenas por conta da roupa, mais luxuosa que as outras. Joãozinho pôs os destaques em cima dos carros alegóricos e aumentou a altura dos carros. O desfile ficou verticalizado. Ele começou a fazer isso no Salgueiro, mas foi na Beija-Flor que o estilo se consagrou.

Embora tenha sido copiada por todas as escolas, sem exceção, a nova estética foi criticada pelas chamadas escolas de raízes. Num samba antológico, o Império Serrano alfinetou em "Bumbum paticumbum prugurundum": Superescolas de samba SA/super alegorias/escondendo gente bamba/que covardia (a crítica tinha endereço certo: a escola de Nilópolis que virou bicho-papão do carnaval).

Em 1996, o carnavalesco foi vítima de uma isquemia cerebral, que deixou graves seqüelas. Ele perdeu os movimentos do braço esquerdo. Recuperou-se e em 1997 levou a Viradouro à vitória com o enredo "Trevas! Luz! Explosão do universo!".

Em 2004, quando preparava o carnaval da Vila Isabel, Joãosinho passou mal e teve um acidente vascular cerebral. No ano seguinte, fez reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Este ano, dividiu o carnaval campeão da Vila Isabel com Alexandre Louzada. Durante o carnaval, Joãosinho desfilou numa cadeira de rodas.

Joãosinho passou mal quando estava com amigos no Hotel Novo Mundo, no Flamengo, e teve várias convulsões seguidas durante meia hora. Dois dias depois, seu quadro de saúde agravou-se devido a uma pneumonia.

O luxo de suas fantasias e alegorias não fazia parte do dia a dia de João. Era apenas uma fantasia do menino que deixou o Maranhão para tentar a sorte no Sul Maravilha. Como dizia o refrão do samba de Ratos e Urubus: "Sou na vida um mendigo, na folia eu sou rei". (AG)

A CHINA VAI QUEBRAR A ECONOMIA MUNDIAL

Há 200 anos Napoleão Bonnaparte fez uma profecia, que está começando a realizar-se atualmente, ao dizer: "Deixem a China dormir porque, quando ela acordar, o mundo vai estremecer". A China do Futuro - o Futuro é Hoje... A verdade é que agora, tudo o que compramos é Made in China ....... Eis um aviso para o futuro! Mas quem liga para esse aviso? Actualmente ninguém ! Agora é só aproveitar.... E APROVEITAR ...! E depois como será para os nossos filhos ? Que futuro terão ?

JÁ PENSOU COMO FICARÁ A CHINA DO FUTURO?
Por Luciano Pires (Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação) .
Alguns conhecidos voltaram da China impressionados. Um determinado produto que o Brasil fabrica um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões...

A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante. Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas... Com preços que são uma fracção dos praticados aqui. Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares: Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo, que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares. Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios.... estamos perante uma escravidão amarela e alimentando-a...
Horas extraordinárias? Na China...? Esqueça !!! O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada por isso... Atrás dessa "postura" está a grande armadilha chinesa.

Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia "de poder" para ganhar o mercado ocidental . Os chineses estão tirando proveito da atitude dos 'marqueteiros' ocidentais, que preferem terciarizar a produção ficando apenas com o que ela "agrega de valor": a marca.

Dificilmente você adquire actualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da América um produto "made in USA". É tudo "made in China", com rótulo estadunidense. As Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares...

Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço. Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. É o que se pode chamar de "estratégia preçonhenta" (preço com peçonhento). Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas e tecnologia, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo. Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com os “designs”. suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo, estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais. Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só haverá na China.

Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, gerando um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde demais. Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.

Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.

Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado, pois quem tem o monopólio da produção, manda.

Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos, ela é quem vai regular os mercados e não os "preçonhentos". Iremos, nós e os nossos filhos, netos... assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atómica... chinesa.

Nessa altura em que o mundo ocidental acordar será muito tarde. Nesse dia, os executivos "preçonhentos" olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando boliche no clube da esquina, e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados.

E então lembrarão, com muitas saudades, do tempo em que ganharam dinheiro comprando "balatinho dos esclavos" chineses, vendendo caro suas "marcas-grifes" aos seus conterrâneos. E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas, pois, foram todas copiadas.... REFLITAM E COMECEM A COMPRAR - JÁ - OS PRODUTOS DE FABRICAÇÃO NACIONAL, FOMENTANDO O EMPREGO EM SEU PAÍS, PELA SOBREVIVÊNCIA DO SEU AMIGO, DO SEU VIZINHO E ATÉ MESMO DA SUA PRÓPRIA... E DE SEUS DESCENDENTES

Evento na ABI homenageia o centenário de Carlos Marighella

Determinada competência do Supremo para julgar ações do MPF contra Itaipu Binacional

Por decisão unânime, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu julgar parcialmente procedente, nesta quinta-feira (15), a Reclamação (RCL) 2937, ajuizada pela República do Paraguai, e reconheceu a usurpação, por Varas Federais de Foz do Iguaçu e Umuarama, no Paraná, da competência da própria Suprema Corte para julgar ações civis públicas lá ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a Itaipu Binacional. Os processos envolvem o cumprimento de legislação brasileira pela empresa brasileiro-paraguaia.

A Corte fundamentou sua decisão no artigo 102, inciso I, letra "e", da Constituição Federal (CF), que atribui ao STF a competência para processar e julgar, originariamente, “o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União”.

Acompanhando o voto do relator, ministro Marco Aurélio, o Plenário julgou parcialmente procedente a reclamação, excluindo da competência do STF apenas uma ação intentada na Justiça Federal do Paraná por uma entidade de pescadores, que pleiteia indenização da binacional. Neste caso, o Plenário entendeu que não está envolvido litígio entre a União e Estado estrangeiro, porque a ação não foi proposta pelo MPF, que, embora independente dos Três Poderes, integra a estrutura da União Federal.

Soberania

Na RCL, o governo paraguaio alegou que as ações afetam sua soberania nacional, pois os pedidos nelas envolvidos repercutem diretamente na esfera de seus interesses patrimoniais e jurídicos. Citou, entre outros, a exigência de realização de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para construção e funcionamento da Usina Hidrelétrica de Itaipu, embora o enchimento do lago da represa tenha sido iniciado em 1974 e esteja há muitos anos concluído.

Outros pleitos contidos nas ações são a sujeição da Itaipu Binacional a obter licença de operação junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); a condenação de empresa ao pagamento de indenizações por supostos prejuízos à comunidade e à construção de “escada” de peixes; indenização aos municípios atingidos por supostas despesas na área de saúde pública; obrigação de manter o reservatório em determinado nível; e a sujeição da Itaipu à fiscalização financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas da União.

Para mostrar o grau de interesses paraguaios envolvidos no empreendimento e, portanto, o comprometimento da soberania nacional, caso atendidos os pleitos em curso contra a binacional na Justiça Federal do Paraná, o advogado Luiz Fachin, que atuou na defesa do país vizinho, informou que 98% da energia consumida pelo Paraguai procedem da usina de Itaipu.

Usurpação

Conforme relato do advogado do Paraguai, os juízes federais processantes das ações em curso no Paraná não só não aceitaram a inclusão do país vizinho no polo passivo dos processos, como ainda negaram seu pedido de transferir o julgamento dos feitos para o STF, declarando sua própria competência para julgá-los. Com isso, ofenderam o disposto no artigo 102, inciso I, letra "e", da CF.

Os ministros presentes ao julgamento desta quinta-feira (15) do Plenário endossaram esse argumento. O governo paraguaio alegou que a usina de Itaipu é fruto de tratado supranacional e, portanto, não pode sujeitar-se tão somente à legislação de um dos dois países signatários do tratado binacional de 1973 que a criou. (STF)

Vergonha para o Paraná: Senador Roberto Requião desrespeita vagas para Pessoas com deficiência

Que vergonha para nós paranaenses, o nosso ex-governador e atual senador da republica Roberto Requião (PMDB), dá mau exemplo e estaciona carro oficial em vaga preferencial para Pessoas com deficiência.

Só falta ele achar que é intriga da imprensa, que é perseguição. Vejam a matéria abaixo, mandada por um leitor do nosso blog.

A matéria abaixo foi extraída do site Rede Saci e foi escrita por Eduardo Nascimento.

Carro oficial de uso do senador Roberto Requião foi fotografado estacionado em vaga especial

A foto ao lado, enviada por um colaborador da Rede SACI, foi tirada no dia 6 de julho deste ano. Apesar de sempre anexar horário e local às fotos que publica, a SACI crê que esta merece a publicação mesmo que não disponhamos desses dados.

Nossa decisão se dá por se tratar de um veículo público, utilizado por funcionários do Estado de alto escalão, que não respeita a legislação relativa às pessoas com deficiência. O senador é um membro do poder legislativo, e devia servir de exemplo à população no respeito à Lei.

Caso esteja de difícil visualização na foto, a placa é “0028″. De acordo com a assessoria de imprensa do Senado Federal, o senador que utiliza o veículo é Roberto Requião e o veículo não tem nenhuma multa registrada por estacionamento irregular. ( Blog Deficiente Ciente)

Furo no casco do símbolo da retomada da indústria naval

O petroleiro João Cândido está tirando o sono da Petrobras. Exibido na campanha presidencial de Dilma como O petroleiro João Cândido está tirando o sono da Petrobras. Exibido na campanha presidencial de Dilma como o símbolo da retomada da indústria naval, está encalhado no porto de Suape desde agosto de 2010, com problemas nas soldas.
O Atlântico Sul, estaleiro contratado para construí-lo, apenas confirma que o navio não vai mais ficar pronto em dezembro — é o terceiro adiamento do prazo de entrega. Na Petrobras o que se diz é que os defeitos do casco não podem ser sanados no Brasil. O problema, agora, é saber quem vai arcar com o ônus de rebocar o navio pelo oceano para ser reparado no exterior., está encalhado no porto de Suape desde agosto de 2010, com problemas nas soldas.

O Atlântico Sul, estaleiro contratado para construí-lo, apenas confirma que o navio não vai mais ficar pronto em dezembro — é o terceiro adiamento do prazo de entrega. Na Petrobras o que se diz é que os defeitos do casco não podem ser sanados no Brasil. O problema, agora, é saber quem vai arcar com o ônus de rebocar o navio pelo oceano para ser reparado no exterior. (LJ)

Lei faz prefeitura ter mais obrigações e amplia fiscalização

A nova Lei Orgânica de Curitiba, aprovada ontem pela Câmara Municipal, estabelece uma série de novas obrigações para a prefeitura, principalmente em áreas como a saúde do cidadão e proteção ao meio ambiente. Es­­pecialistas em Direito Ad­­ministrativo afirmam que as novas normas também fortalecem os mecanismos de controle e cobrança por parte dos cidadãos. O maior escopo de obrigações facilita para que os cidadãos vão inclusive à Justiça para cobrar que as políticas públicas se tornem realidade.

A Lei Orgânica, que é uma espécie de Constituição do município, nunca havia recebido a primeira atualização desde a sua criação, em 1990. A lei tem 214 artigos e, no novo texto, 122 sofreram modificações. O texto se ocupa de questões amplas, que vão desde aspectos administrativos da Câmara Municipal – como redução do recesso parlamentar e a proibição de reeleição para cargos de direção do Legislativo – até a criação de políticas públicas inovadoras na área da saúde, alimentação e meio ambiente. (GP)


“Central de receptação” de celulares roubados funcionava na Praça Tiradentes; 14 são presos

Parte dos presos encaminhados ao 1ºDP; cadeirante é apontado como cabeça do grupo

A Polícia Militar (PM) desmantelou nesta sexta-feira (16) um esquema em que uma quadrilha usava a Praça Tiradentes, no centro de Curitiba, como ponto de comercialização de celulares e aparelhos eletrônicos furtados ou roubados. A operação terminou com a prisão de 14 homens, acusados de integrar o grupo. Foram apreendidas dez bolsas e sacolas, com cerca de 60 celulares, notebooks, pen drives, comprimidos contra impotência sexual e R$ 1,2 mil em dinheiro.

O grupo era investigado há três meses pelo serviço de inteligência do 12º Batalhão da PM. Neste período, os policiais gravaram imagens e constataram que o grupo mantinha o comércio ilegal diariamente, principalmente no período da tarde. Eles se posicionavam quase no centro da praça, próximo a uma banca de revistas. De acordo com a PM, o grupo comprava os aparelhos eletrônicos a preços bastante inferiores aos de mercado e, posteriormente, revendiam a outros receptadores. “A Praça Tiradentes virou uma central de receptação. Quem queria vender um celular roubado ou furtado ia para lá”, disse o tenente Cretã Baptista, do 12º Batalhão.

O comércio ilegal era mantido por pessoas acima de qualquer suspeita: o homem apontado como o cabeça do grupo é um cadeirante. Dentre os presos, estão senhores já grisalhos e homens trajando roupas sociais. “Todos esses subterfúgios eram usados para não chamar a atenção de quem passava por ali. Quem imaginaria que aqueles 'velhinhos' que ficavam na praça estariam cometendo crime?”, questiona o tenente.

Investigações

Um policial do serviço de inteligência do 12º Batalhão – que não pode ser identificado – informou que o grupo passou a ser investigado após a polícia ter recebido uma série de denúncias anônimas. Os trabalhos policiais se intensificaram neste mês, quando a polícia conseguiu levantar informações detalhadas sobre a dinâmica do comércio irregular. “Eles chegavam a comprar um iPhone que vale R$ 2 mil, por R$ 20. É importante frisar que esse tipo de crime fomenta casos de roubos e assaltos. Sabendo que vão conseguir vender facilmente os produtos, os assaltante passam a cometer mais roubos”, observa o PM.

A partir das informações levantadas, a PM deflagrou uma operação na tarde desta sexta-feira para prender os acusados. Além dos 14 presos, outros 20 homens foram abordados, mas acabaram sendo liberados. “Nós temos certeza de que eles faziam parte do esquema, mas como não portavam celulares ou produtos ilegais no momento da abordagem, infelizmente não houve flagrante”, explicou o policial do serviço reservado.

Os presos foram encaminhados ao 1º Distrito Policial (DP), onde seriam indiciados por receptação. Alguns deles também responderiam por contrabando. Até as 19 horas, o procedimento de lavratura dos flagrantes ainda não havia sido concluído.

Participação de lojas

Com alguns dos presos, os policiais encontraram papeis que continham a identificação e telefones de lojas de aparelhos eletrônicos localizadas no Centro de Curitiba. Há suspeitas de que estes estabelecimentos também façam parte do esquema de alguma maneira. As investigações serão aprofundadas para descobrir para quem os celulares comprados na “central de receptação” eram vendidos. “Ainda não é possível afirmar para quem eles [os acusados] vendiam os celulares, enfim, qual era o destino destes aparelhos”, disse o tenente Baptista.

O 1º Distrito Policial (DP) já vinha investigando a participação de lojas de celulares do Centro em uma rede receptação de produtos eletrônicos furtados ou roubados. Desde o início de novembro, pelo menos quatro pessoas foram presas, acusadas de alguma participação nesses crimes. Aparelhos roubados chegaram a ser anunciados em sites de compras.

Segundo o delegado Vinícius Borges Martins, foram identificadas algumas lojas que viriam comprando aparelhos de origem criminosa e revendendo a clientes, a preços menores dos praticados em mercado. A polícia não tem um levantamento preciso sobre o número de equipamentos eletrônicos furtados ou roubados no Centro e destinados a lojas que operam o esquema, mas o delegado aponta que os casos são contabilizados em centenas. Outras prisões

Uma das prisões que ajudam a dar uma dimensão da atuação dos ladrões ocorreu no dia 18 de novembro. Na ocasião foi detido Wesley Fernando Martins Xavier , de 21 anos, que confessou ter furtado mais de cem equipamentos eletrônicos em edifícios comerciais do Centro. Ele chegava a levantar R$ 4 mil por semana, com a atividade criminosa. O caso do rapaz ganhou repercussão depois que câmeras de segurança de um prédio do Centro o flagraram comemorando o furto de um notebook. Dois rapazes apontados como comparsas dele também foram presos.

No dia 7 de dezembro, o estudante de administração de empresas, Silas das Neves Cardoso Rosa, de 25 anos, foi preso em flagrante, enquanto tentava vender um Iphone roubado, em frente ao Shopping Curitiba. O universitário havia anunciado o produto no site Mercado Livre, mas a vítima reconheceu o aparelho. Ela simulou interesse em comprar o iPhone e marcou um encontro com o acusado. Em frente ao shopping, a mulher comprovou que o aparelho era mesmo o dela. Amigos da vítima detiveram Rosa até a chegada a polícia. Receptação

O delegado ressaltou que quem comprar produtos furtados ou roubados também pode acabar preso. A orientação é que o consumidor desconfie quando os preços dos aparelhos estiverem abaixo da média de mercado. “A receptação não se configura somente quando a pessoa sabe que o bem em questão tem origem ilegal. Mas também quem compra um produto por preço vil também está cometendo receptação”, explica. (GP)

Cohapar apresenta PHEIS-PR no Seminário Estadual de Habitação de Interesse Social

Com a presença dos prefeitos de 136 municípios do Estado, foi realizado o Seminário de Habitação de Interesse Social, em que a equipe da Cohapar apresentou o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Paraná (PEHIS-PR). Este é o primeiro plano na história do Estado e, para sua finalização, foram realizadas oficinas setoriais e regionais, pesquisas de campo nos 399 municípios do Paraná, além ter sido discutido com a sociedade civil, permitindo mapear todas as necessidades habitacionais.

O Presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, afirmou que o PEHIS-PR não está finalizado. “O plano é uma obra em andamento. Anualmente nós faremos um diagnóstico de todo Estado, para assim, adequar o plano à realidade da nossa população”, disse.

O PEHIS é uma exigência do Governo Federal/Ministério das Cidades para que os estados e o municípios possam receber recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). “No caso do Paraná, foi desenvolvido a partir de um contrato com a CAIXA para elaboração de Planos de Habitação e seguiu a metodologia participativa, com o envolvimento de toda a sociedade civil organizada”, explicou Chaowiche.

Ao fazer o diagnóstico do setor, o plano determina o histórico da habitação popular no Paraná, com caracterização regional do Estado. Por isso, pode ser considerado um marco regulatório e um retrato das necessidades habitacionais, para identificação do déficit qualitativo e quantitativo da habitação do Paraná.

Parabéns secretário Reinaldo, na Vila Verde e Sabará, antigo bolsão de violência, líderes comunitários veem segurança melhorar

Pouco mais de um mês depois do lançamento da segunda fase da Campanha Paz Sem Voz é Medo, direcionada para duas vilas da Cidade Industrial de Curitiba, a percepção de melhorias quanto à segurança já são sentidas pelas lideranças e moradores da Vila Verde e do Bolsão Sabará. Entre as mudanças está a presença da Polícia Militar com o auxílio da Polícia Montada, desde a última terça-feira, e veículos da Guarda Municipal.

Tanto na Vila Verde quanto no Sabará, a população tem comentado com satisfação o aumento de policiais. Para Maria Aparecida de Lima Reis, 55 anos, moradora do Sabará, a cavalaria tem dado mais segurança. Mas, lembra-se que a permanência dos policiais é fundamental para a manutenção do bem-estar. “Não adianta ficar só por alguns dias”, diz. Além da PM, a dona de casa conta que tem visto também viaturas da Guarda Municipal circulando. Para o líder comunitário Salésio Back, 60 anos, muita coisa mudou nos últimos meses. E para melhor. “Isso é muito importante para quem vive aqui. Com a segurança, vem o resto das secretarias com melhorias urbanas importantes para a região”, conclui.

Retorno

O pacote de segurança faz parte da Operação Natal, mas a promessa do subcomandante da PM, o tenente coronel Cesar Alberto de Souza, é de que se os serviços sejam mantidos. Está previsto a fixação da Polícia Montada no Parque dos Tropeiros, no bairro Diadema, no limite com o Bolsão Sabará, na CIC. “Nos últimos tempos, a cavalaria estava relegada a alguns eventos. O objetivo é voltar-se para o atendimento ao público a partir de agora”. O subcomandante afirma que a escolha dos locais para reforço se dá de acordo com os índices de violência. A CIC encabeça a lista dos dez mais violentos da capital.

Os bairros priorizados serão a Cidade Industrial, com a Vila Verde e Bolsão Sabará, na área do 13.º Batalhão de Polícia Militar; o Pilarzinho, região atendida pelo 12.º BPM; e Uberaba ou Cajuru, abrangência do 20.º BPM. Além disso, a Companhia de Eventos da PM tem feito operações diárias na Região Metropolitana e reforço na capital, com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Duas operações foram realizadas recentemente na CIC.

Para 2012, o serviço telefônico utilizado para denúncias sobre narcotráfico (Narco­­denúncia 181) vai ser ampliado para o atendimento de violências em geral, como drogas, armas, corrupção policial, entre outros, em âmbito estadual e federal. “É preciso denunciar policiais corruptos, por exemplo, para termos uma atuação firme”, diz o subcomandante da PM.

Motopoliciamento

A Guarda Municipal também aumentou o efetivo no Sabará, na Vila Verde e no Diadema. O diretor da corporação, Odigar Nunes Cardoso, afirma que, independentemente da Operação Natal, já havia o planejamento de reforço. Atualmente, estão mantidos 40 guardas na CIC. Com o fim da Operação Natal, serão mantidas quatro viaturas e, a partir de fevereiro do ano que vem, duas motos. “Para 2012, queremos estar mais próximo das comunidades. Para incrementar o patrulhamento, optamos pelo uso de motos em regiões com dificuldade de acessos”, explica.

A central 153, que funciona 24 horas, também foi ativada. Com isso, a população tem mais um canal para denúncias e solicitações de ajuda. Em 2010, as regiões que mais usaram o serviço da central foram a CIC e o Boa Vista. O diretor ressalta a importância do uso do canal para que se possa fazer o planejamento de ações futuras.

Incremento

A Operação Natal, lançada no último domingo, prevê o reforço de 1,5 mil policiais em todo o estado. Em Curitiba e região metropolitana, foram designados 400 policiais. A Polícia Civil e a Guarda Municipal também vão atuar até o fim da Operação, no dia 25. Para o próximo ano, a Secretaria de Estado da Segurança Pública prevê a reestruturação da central 190, a volta dos módulos policiais e a recomposição de efetivo policial.

No fim da tarde de ontem, entre 17 horas e 18h30, a reportagem da Gazeta do Povo não encontrou uma viatura sequer da Guarda Municipal nem da Polícia Militar na região da Vila Sabará. (GP)


Paraná tem 9,6 mil tanques de combustíveis irregulares

Diesel armazenado ao lado de pilhas de madeira, tanques enferrujados, poças de óleo poluindo o solo e milhares de litros de produtos inflamáveis estocados em locais com concentração de pessoas – como condomínios e estacionamentos – são algumas das irregularidades encontradas em empresas que possuem pontos próprios para abastecimento de combustível. Esses dados fazem parte de um relatório elaborado pelo Sindi­­cato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindi­­com­­bustí­­veis) e entregue a todos os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização do setor. A reportagem da Gazeta do Povo esteve em alguns dos locais citados e confirmou que cuidados ambientais e com segurança foram esquecidos.

Os chamados pontos de abastecimento (PAs) funcionam em empresas – como transportadoras e fazendas –, que têm demanda alta de consumo para a própria frota. As exigências burocráticas e ambientais são bem mais brandas do que as obrigações para os postos convencionais de combustíveis, que revendem os produtos inflamáveis para os consumidores finais. De olho na possibilidade de comprar combustível diretamente das distribuidoras, o número de PAs vem aumentando consideravelmente no Paraná. Os donos de postos de combustível já sentiram os efeitos da venda a granel. Em 2000, 59% do volume de óleo diesel foi comercializado em postos de combustível. Já em 2010, mesmo com a franca ampliação da frota de veículos no Paraná, o porcentual de venda de óleo diesel em postos abaixou para 52%.

Informais

Através do cadastro de clientes das distribuidoras de combustível é possível saber que existem 10 mil PAs no Paraná. Mas apenas 460 são formais – pois comunicaram a atividade à Agência Nacional de Petróleo (ANP). Há quatro PAs para cada posto de combustível no estado. Se o tanque tiver capacidade inferior a 15 mil litros de óleo diesel, a legislação federal prevê que o PA não precisa de licenciamento ambiental ou permissão da ANP para funcionar. Mas todos os órgãos de fiscalização,como a ANP, Corpo de Bombeiros e secretaria de meio ambiente, precisam ser informados sobre a existência de um ponto de abastecimento com tanque de produtos inflamáveis e precauções ambientais e de segurança precisam ser tomadas.

“Onde tem combustível tem gás e pode ter ignição e pegar fogo. Dizer que não tem perigo é esperar que aconteça uma tragédia para reconhecer que há um problema”, afirma o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese. A concentração de pessoas em locais com materiais inflamáveis é perigosa. Em outubro, botijões de gás explodiram em um restaurante carioca. Quatro pessoas morreram e 16 ficaram feridas. Fregonese explica que os tanques dos PAs, que estão sobre o solo, oferecem mais riscos do que os enterrados. “O tanque aéreo está sujeito a um raio, a uma batida de carro e até à irresponsabilidade de alguém, que pode atear fogo no local”, destaca. Os tanques subterrâneos de postos de combustível precisam tem um sensor para casos de vazamento. Caso não sejam adequadamente monitorados, esses equipamentos passam a ser mais perigosos – porque os riscos não ficam visíveis e a contaminação do solo ocorre mais facilmente.

Existe concorrência ilegal, diz sindicato

O levantamento completo feito pelo Sindicombustíveis, que inclui fotos e endereços, foi entregue há aproximadamente um mês a órgãos que fiscalizam as adequações de construção civil, recolhimento de impostos, obrigações ambientais e trabalhistas e cuidados com a segurança. “Nada mudou, mas vamos cobrar as autoridades. Se não houver uma atuação adequada, podemos até entrar na Justiça para dizer que mesmo sabendo de irregularidades nada foi feito para coibir as práticas ilegais”, declara o presidente do Sindi­­com­­bustíveis-PR, Ro­berto Fregonese. Ele faz questão de frisar que existem pontos de abastecimento (PAs) funcionando corretamente e que apenas quer que todos cumpram a lei.

O chefe de fiscalização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para São Paulo e Paraná, Alcides Amazonas, reconhece que recebeu o relatório e afirma que está programando uma ação de vistoria. Ele admite que tem apenas um fiscal morando no Paraná, mas afirma que pode acionar agentes de outros estados para fiscalizar os PAs. As imagens do relatório indicam irregularidades evidentes, na opinião do agente da ANP. “Vamos intensificar a fiscalização. As denúncias indicam que isso é necessário”, diz. Em casos graves, o tanque pode ser lacrado, o produto, apreendido e o proprietário, multado.

A partir de denúncias, o levantamento feito pelo Sindi­­com­­bustíveis se concentrou em Curitiba e cidades da região me­­tropolitana, mas a intenção é expandir o rastreamento de irregulares para cidades do interior no ano que vem. Os donos de postos de combustíveis também reclamam de concorrência ilegal na atuação dos PAs – que muitas vezes revendem óleo diesel para amigos e vizinhos, sem respeitar obrigações trabalhistas e tributárias, por exemplo. (GP)

 
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