segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amanhã, dia14, Hauly apresenta na ALEP o balanço dos primeiros quatro meses do governo Richa

O secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, apresenta amanhã, dia 14 na ALEP, a prestação de contas dos primeiros quatro meses do governo Beto Richa. Segundo Hauly o governo Beto Richa está cumprindo as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Mesmo com a dura herança herdada do governo Requião/Pessuti (PMDB), como pelo orçamento elaborado pelo governo passado e da aprovação, no final daquele governo, de gastos permanentes com que acabaram por sobrecarregar o erário o atual governo apresenta um resultado positivo.
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A Volvo vai implantar em Curitiba uma linha de produção de ônibus híbrido com dois motores, um a diesel e outro elétrico

A Volvo vai implantar em Curitiba uma linha de produção de ônibus híbrido com dois motores, um a diesel e outro elétrico, num investimento de aproximadamente R$ 16 milhões. O anúncio está sendo feito neste momento em Gotemburgo, na Suécia, sede do grupo, com a presença do prefeitoLuciano Ducci. No mesmo evento, Ducci anuncia a compra de 60 destes ônibus, que até 2013 estarão rodando em seis linhas da cidade.

“Esta tecnologia tem duas vantagens principais: mais economia de combustível e grande redução no impacto ambiental”, destaca Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America. O sistema híbrido da Volvo proporciona uma redução no consumo de combustível de até 35%. Entre os combustíveis que podem ser adotados está o biodiesel.

Os novos veículos também serão menos poluentes e mais econômicos. A diminuição das emissões de poluentes que saem do escape pode variar de 80% a 90%, na comparação com motores a diesel convencionais. Apesar do ônibus híbrido custar mais do que o convencional, Luciano Ducciafirmou que não haverá aumento da tarifa. “No fim das contas, o preço maior é compensado pela economia de combustível. Então a passagem não vai subir por isso”, disse. Segundo ele, não houve incentivos fiscais para a Volvo implantar a nova linha em Curitiba. “A cidade foi escolhida também pelo seu histórico de preocupação com o meio ambiente”, afirmou.

Já em 2012, o primeiro lote de ônibus substituirá os carros que fazem a linha Interbairros I, em torno do centro da cidade. A partir de 2013, a prefeitura pretende substituir os carros que atendemDetran-Vicente Machado, Água Verde-Abranches, Ahú-Los Angeles, Juvevê-Água Verde e Jardim Mercês-Guanabara.

O ônibus híbrido que a Volvo produzirá no Brasil tem uma tecnologia revolucionária e é a solução híbrida mais avançada já desenvolvida, segundo informações da empresa. Chamada de “Híbrida em Paralelo”, foi projetada para um ônibus com dois motores, um a diesel e outro elétrico, que funcionam em paralelo ou de forma independente. O motor elétrico é utilizado para arrancar o ônibus e acelerá-lo até uma velocidade de aproximadamente 20 quilômetros por hora, e também é usado como gerador de energia durante as frenagens.


Ampliação da fábrica

O investimento na linha de híbridos é parte de um pacote de R$ 200 milhões que a Volvo aplicará na fábrica de Curitiba. Deste total, R$ 80 milhões irão para a ampliação da capacidade da pintura de cabines de caminhão na fábrica da Cidade Industrial. O restante, para a expansão do centro de operações logísticas, a nacionalização dos motores de 11 litros e da caixa de transmissão eletrônica para ônibus e caminhões. (GP)

Empresa de Londrina pode ser fornecedora de software para o Exército

A empresa londrinense irá apresentar software como o simulador de colheitadeira, desenvolvido para a New Holland
Exército brasileiro está realizando esta semana uma feira de negócios buscando tecnologia para a área de defesa. E uma empresa de Londrina, a Oniria Produtora de Sftware, será a única empresa paranaense a participar do evento, levando produtos e metodologia própria.

Com altos investimentos previstos para os próximos anos, também em função da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o setor vive momentos de expectativa e a empresa londrinense é uma das poucas, no Brasil, a possuir tecnologia já desenvolvida e testada com sucesso.

Na feira de negócios, que acontece desta terça-feira (14) a quinta-feira (16), a Oniria vai apresentar soluções para a área de defesa, com tecnologia 100% brasileira. "Vamos apresentar simuladores para treinamento de pessoal em equipamentos de alta periculosidade ou em situações de grande pressão onde o custo associado é muito grande", explica o diretor comercial e fundador da Oniria, Juliano Barbosa Alves.

Os simuladores também permitem o treinamento de falhas de equipamento e recriam os mais diversos cenários adversos. Para a Petrobras, por exemplo, a Oniria criou um simulador de guindaste para plataformas de petróleo; para a New Holland, desenvolveu simuladores de colheitadeiras.

O produto mais recente, lançado na Agrishow 2011 realizada em Ribeirão Preto (SP), em maio, recebeu o nome de Sim CaseIH, um simulador de colheita de cana projetado para reproduzir a utilização da colhedora de cana modelo A8800.

O simulador permite total imersão ao usuário, por exibir imagens da colheita numa cabine real, permitindo experiência bem próxima do real, desde o conforto do equipamento até as características de agricultura de precisão com os comandos físicos reais da cabine, além de experiência visual impressionante.

O simulador é capaz de evitar riscos no treinamento de pessoas, além de proporcionar economia para proprietários de equipamentos modernos e sofisticados como as novas máquinas agrícolas. O custo, segundo Alves, é compensador até para o produtor agrícola, já que o conserto dessas máquinas costuma ser bastante caro.

Pesquisas revelam que o treinamento com simuladores prepara 70% melhor o profissional e que o equipamento é capaz de preparar o usuário pelo menos 90% das situações reais.

A base tecnológica desenvolvida pela Oniria suporta qualquer tipo de aplicação. Com isso, a empresa pode criar produtos sob medida para clientes dos mais variados ramos da economia. De acordo com Juliano Alves, a Oniria trabalhou, desde o começo, tendo como base a metodologia utilizada por grandes centros internacionais de pesquisa da Inglaterra e dos Estados Unidos.

Dos games aos simuladores, a Oniria trilhou um caminho lógico. Afinal, como lembra Alves, praticamente todas as novas tecnologias gráficas e de simulação provêem do universo de desenvolvimento dos jogos e softwares interativos. Com sucesso nesta área obtido também com projetos vendidos para a Alemanha, Áustria e Suíça, ampliar a atuação para a área de treinamento foi, mais uma vez, a comprovação de antenas bem ligadas nas necessidades do mercado.

Afinal, hoje não se fala em outra coisa que não a necessidade de treinamento e capacitação para o mercado brasileiro. O desemprego em queda revelou a necessidade de pessoal especializado em inúmeras áreas. Sem contar a economia que pode ser feita com a simulação de estandes de tiro ou operação de blindados, por exemplo.

Games sérios

A base tecnológica inovadora é a marca registrada da Oniria, criada há quase 10 anos para produzir games, já que os três proprietários são da geração que hoje está na casa dos 30 anos – a primeira a se formar completamente na era dos computadores. Mas, ao contrário de tantas empresas essencialmente tecnológicas criadas por nerds apaixonados e absorvidos pela técnica, a Oniria tem sólida base humanística, por mais incrível que isto soe.

Ao descobrir que queria se profissionalizar na área, Juliano Barbosa Alves escolheu estudar Ciências Sociais, e não Informática. "Eu queria entender a tecnologia a partir de suas consequências no ser humano e seus relacionamentos", conta, "já que a humanidade estava sendo modificada pelo avanço e presença cada vez mais constante da tecnologia no dia-a-dia das pessoas".

Outro proprietário, Rodrigo Martins de Souza, também tem formação diferenciada. É arquiteto e design gráfico, enquanto Nicholas Bender Haydu é um especialista em tecnologia com mestrado em Inteligência Artificial. "A tecnologia é a ferramenta e não o fim em si", analisa Alves, que destaca o perfil multidisciplinar de todos os profissionais da empresa.

O paradigma, modéstia à parte, é o homem completo de Leonardo da Vinci, cada vez mais requisitado num mundo em constante mudança, que pode exigir atuação em novas áreas a qualquer momento. "Temos de estar preparados e ter o pensamento aberto", comenta Alves, que revela preferência pela contratação de profissionais que possuam habilidades técnicas e artísticas na área da tecnologia.

Berlusconi reconhece derrota em referendos

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, reconheceu nesta segunda-feira a derrota do governo em quatro referendos distintos realizados no país.

Os resultados preliminares indicam que os eleitores rejeitaram propostas do governo, entre elas as de investir no uso da energia nuclear, privatizar o sistema de distribuição de água e dar a ministros (entre eles o próprio Berlusconi) o direito de não comparecer a tribunais se tiverem tarefas oficiais.

"Nós provavelmente iremos dizer adeus... à energia nuclear", disse Berlusconi, mesmo antes da apuração final dos votos.

A declaração de Berlusconi foi feita após a divulgação de que o comparecimento parcial dos eleitores era de 57%, mais do que os 50% necessários para a validação do plebiscito.

Berlusconi havia pedido para que seus eleitores boicotassem a consulta popular, invalidando-a.

Fukushima

"O alto comparecimento nos referendos mostra uma vontade de parte dos cidadãos em participar das decisões sobre nosso futuro que não pode ser ignorada", disse o premiê por meio de um comunicado.

Ativistas contrários ao uso de energia nuclear dizem que o desastre na usina japonesa de Fukushima, ocorrido este ano após o terremoto e tsunami que atingiram o país, levou a população italiana a rejeitar firmemente os planos do governo.

Assim como o Japão, a Itália é um país propenso a terremotos, mas o governo pretendia usar as usinas nucleares para o fornecimento de 20% da energia do país até 2020.

Após o desastre japonês, Alemanha e Suíça disseram que vão diminuir o uso de energia nuclear. França e Grã-Bretanha seguem defendendo o seu uso.

A proposta do referendo sobre comparecimento aos tribunais era considerada de importância pessoal para Berlusconi, que enfrenta quatro julgamentos distintos.

O premiê declarou recentemente que compareceria aos tribunais quando não estivesse envolvido em assuntos importantes. Nesta segunda-feira, ele faltou a outra audiência, encontrando-se com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

"A vontade dos italianos é clara em todos os assuntos destas consultas. O governo e o Parlamento devem agora responder de acordo", disse o comunicado de Berlusconi. (TERRA)

Governo, empresários e centrais sindicais unem-se em investida contra falso déficit previdenciário



As informações negativas não param de chegar. Seja pela mídia, pela internet ou pelos meios políticos ficamos sabendo que o capital está, de fato, domando o poder político e as tradicionais Centrais Sindicais. Todos mancomunados contra os interesses do povo.

Do lado do governo, Dilma está decidida a aumentar o tempo de trabalho para a aposentadoria. Sua proposta estabelece a idade mínima de 65 anos para os homens e 63 para as mulheres - claro, dos que produzem as riquezas deste país (L. Lazzarini, jornal Agora). Porém, oferece uma alternativa como novidade: o chamado "Fator 85/95". Sabem lá o que é isto?

Pois bem, trata-se de o trabalhador garantir que a soma dos anos trabalhados e do tempo que contribuiu para a Previdência atinja 95 anos para os homens e 85 anos para as mulheres. Veja lá: o trabalhador terá que provar que trabalhou, por exemplo, 50 anos e que contribuiu durante 45 anos, ou 55 anos trabalhados e 40 de contribuição, e assim por diante. Podemos destacar algumas aberrações desta proposta.

Primeiro: é a tese de que o trabalhador nasceu e vive para trabalhar, e não que trabalha para garantir a vida. É a inversão perversa de valores para a vida humana. O trabalhador comum não tem o direito de ser feliz e de desfrutar dos sabores da vida em tempo nenhum de sua existência E nem mesmo desfrutar dos bens que produz, a não ser o mínimo do mínimo para garantir a reposição de sua força de trabalho. Tem que produzir riquezas e mais riquezas para o capital. É a forma mais moderna de "legalizar a escravidão do trabalhador". Ou seja: é a legitimação da barbárie, é a volta aos tempos do escravismo: trabalhar de sol a sol e noite adentro, dormir, levantar para trabalhar de sol a sol e noite adentro, exaurindo sua vida no trabalho!

Segunda aberração: em tempo de neoliberalismo - que gera desemprego em alta escala, que provoca veloz rotatividade no trabalho (trabalho, desemprego; novo trabalho e novo desemprego, e assim por diante, durante toda a vida), que impõe condições precárias de contrato de trabalho, inclusive sem registro em carteira, que sonega direitos elementares para milhões de trabalhadores –, como nessas condições garantir a contribuição de pelo menos 35 anos? Quantos e quantas irão conseguir, por exemplo, contribuir com a Previdência por 40 ou 45 anos? E ter carteira assinada para provar que trabalhou por outros 40 ou 45 anos? Quantos trabalhadores e quantas trabalhadoras conseguirão o benefício da aposentadoria antes de partir desta para outra vida?

Terceira aberração: o que se visa, realmente, não é impedir o sacanamente apelidado "rombo da Previdência". Está provado que esse rombo só existe porque grandes empresas sonegam a Previdência Social (e isto a própria imprensa burguesa tem revelado de tempos em tempos). Especialistas vêm comprovando com dados oficiais que o rombo é uma mentira deslavada, uma falácia, "conversa mole pra boi dormir".

O real objetivo dessa reforma da Constituição é garantir crescimento de lucros para as empresas e, ao mesmo tempo, garantir superávit primário para pagar a agiotagem nacional e internacional. E isto aparece muito claramente quando o governo Dilma propõe "desonerar a folha de pagamento das empresas", eliminando a sua contribuição para a Previdência Social, a fim de facilitar a exportação... Em outras palavras, é preciso fazer aumentar os já extraordinários lucros empresariais. Só que isto irá onerar a Previdência (Estadão, Economia de 16/05/11).

Para compensar esse verdadeiro rombo previdenciário é necessário roubar do trabalhador o direito de alcançar a sua justa e legítima aposentadoria, isto depois de longos e penosos anos produzindo riquezas e gerando fabulosos lucros para os empresários, ladrões oficiais. Ladrões "legais", protegidos por leis ilegítimas que espoliam e esmagam o povo. Crime contra a humanidade, genocídio a conta-gotas, premeditado.

E para finalizar este pequeno artigo, vem a bomba do dia: "Desoneração da folha une Fiesp e Centrais". "Ao lado de dirigentes da Força Sindical e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) anunciou ontem a intenção das entidades de encaminhar nos próximos dias à presidente Dilma Rousseff um conjunto de propostas de longo prazo para o desenvolvimento da indústria nacional ... As entidades reunidas ontem, de acordo com Skaf (presidente da Fiesp), estudam pedir desoneração na folha de pagamento dos 20% da contribuição ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)" – Estadão, Economia- pág. B9, 24/05/11).

"Até tu, Brutus?", poderíamos perguntar para os dirigentes da CUT, cria dos trabalhadores para defesa dos seus direitos. Como enuncia o título dessa matéria, "Todos contra os trabalhadores: empresários, governo e centrais sindicais". Todos mancomunados. É preciso protestar contra tanta sacanagem e traição, antes que seja tarde demais! Acorda povo trabalhador, porque os alicerces dos seus direitos estão totalmente minados!

Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

123 anos de Fernando Pessoa




"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"

"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."


PREOCUPANTE: MP Frankenstein enche o bolso de banqueiros falidos

Artigo do senador Alvaro Dias:
A revista Veja, em sua edição deste fim de semana, revela o prejuízo que a medida provisória 517/2010, que eu apelidei de “MP Frankenstein”, irá causar aos cofres da União e, por conseqüência, ao bolso dos contribuintes brasileiros. Segundo a revista, entre os mais de 50 artigos aprovados pela MP estavam dois dispondo sobre o parcelamento de dívidas com autarquias federais, transformando banqueiros que faliram nos anos 90 em bilionários. A medida provisória complementa a manobra arquitetada no governo Lula, que em 2010 sancionou a Lei n° 12.249, dando descontos de 45% aos devedores de autarquias que se dispusessem a pagar seus débitos à vista. A lei permitiu que as dívidas dos antigos bancos Nacional, Econômico, Mercantil de Pernambuco e Banorte com o Erário caíssem de R$ 43 bilhões para R$ 23,6 bilhões, mas apesar do abatimento, o valor ainda era alto para que as massas falidas pudessem quitá-lo. Com a aprovação da “MP Frankenstein”, o governo passa a ser obrigado a receber moedas podres (papéis que estão nas mãos dos ex-banqueiros) pelo seu valor de face, como se fossem dinheiro vivo. Emitidas contra o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), essas moedas podres são negociadas com enormes descontos por investidores privados, e no mercado, todos os FCVS somados valem R$ 25,1 bilhões. Seu valor de face, porém, é de R$ 33,8 bilhões, justamente o valor pelo qual a MP obriga o governo a recebê-los. Ou seja, com essa operação, sobrará uma conta de R$ 8,7 bilhões a ser espetada no Erário. E somado ao desconto dado pela Lei n° 12.249, o benefício aos ex-banqueiros sobe para R$ 28,1 bilhões, quase 1% do produto interno bruto. Se Dilma sancionar o texto, cada um dos banqueiros sairá da falência com cerca de R$ 6 bilhões no bolso. Diante desse descalabro, que afronta a Constituição, o Supremo Tribunal Federal deveria dar prioridade, nas próximas seções, à análise das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs) protocoladas pela oposição a essa e outras MPs.

Comentário do Requião sobre Sérgio de Souza, seu novo colega no senado:


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Roberto Requião
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Orlando Pessuti com a palavra ...



Sucateamento criminoso do que foi a malha ferroviária federal: MPF quer devassa nas concessões de ferrovias para a ALL


O Ministério Público Federal (MPF) representou ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão adote medidas que assegurem ações efetivas do governo federal para melhorar o setor ferroviário no país. Os procuradores da República que assinam a representação fazem parte do Grupo de Trabalho Transportes, criado pela 3ª Câmara de Coordenação e Revisão (3ª CCR) do MPF, que atua na defesa dos direitos do consumidor e na proteção da ordem econômica.

A representação discorre sobre inúmeros casos de dilapidação do patrimônio da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) pelas concessionárias do serviço público de transporte ferroviário de cargas, que por vezes descumprem contratos firmados há mais de dez anos. Dos 28 mil quilômetros de estradas de ferro entregues pelo Estado à iniciativa privada, cerca de 16 mil quilômetros foram abandonados unilateralmente pelas concessionárias, em ofensa à legislação e aos contratos de concessão. O prejuízo ao Erário é estimado em mais de R$ 40 bilhões.

Para os procuradores da República, a situação se agrava devido à omissão do governo federal, que não tem cumprido devidamente sua tarefa de regulação e fiscalização. De acordo com a representação, na falta de efetivo controle, as concessionárias se apropriam do transporte ferroviário de carga e fazem suas escolhas livremente, segundo os seus interesses econômicos. Ainda de acordo com a representação, "o quadro é de genuína captura, em que o interesse privado predomina sobre o interesse público". Na prática, é a iniciativa privada quem determina onde e em que condições o serviço público será disponibilizado, de acordo com seus interesses econômicos e sem qualquer preocupação com o atendimento do interesse público.

Na ação, o MPF denuncia que, apesar de a ANTT divulgar estatísticas de produtividade e de redução do número de acidentes que superam as metas estabelecidas, a realidade é totalmente diversa. "Atualmente, o serviço público de transporte de cargas está sob controle único e exclusivo da iniciativa privada. O modal ferroviário passou a ser um negócio que funciona exclusivamente para atender interesses econômicos de grandes corporações econômicas, isto é, para atender o escoamento de seus produtos", diz a representação. Na ação, o MPF pede a apuração da ausência de fiscalização e aplicação de penalidades pela ANTT às concessionárias, além da análise das providências tomadas pela Agência em relação aos trechos ferroviários abandonados. O MPF também sugere ao Ministério do Transportes o exame sobre a conveniência de se abreviar a revisão do marco regulatório do transporte ferroviário, de modo a encontrar soluções mais eficientes para o setor.

Em um primeiro momento, a representação tem o foco nos contratos da União com a empresa que possui a concessão da maior parte da malha ferroviária brasileira, a América Latina Logística S/A (ALL). Em seguida, os contratos das demais concessionárias deverão ser analisados. Em relação à ALL, o MPF pede ao TCU o exame global de todos os contratos de concessão e arrendamento que envolvam o transporte ferroviário e o grupo ALL; a análise dos financiamentos públicos concedidos à empresa, especialmente os contratados com o BNDES, com a verificação dos valores, da legalidade, das garantias concedidas e do cumprimento delas. Na representação, o MPF também pede ao TCU que analise o quantitativo de bens móveis e imóveis arrendados devolvidos pela ALL e efetivamente recebidos pela extinta RFFSA ou pelo DNIT, além da apuração dos valores arbitrados decorrentes da depreciação dos bens devolvidos, bem como se houve o efetivo pagamento pela concessionária.

Desestatização

A Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) foi incluída no Plano Nacional de Desestatização em 1992 (Decreto nº 473/92). As 12 superintendências regionais da RFFSA foram divididas em seis malhas ferroviárias, a serem oferecidas à iniciativa privada por meio de licitação na modalidade leilão. A concessão do serviço público de transporte ferroviário de cargas ocorreria pelo prazo de 30 anos, com o arrendamento à concessionária dos ativos operacionais da RFFSA. À época, a situação das malhas a serem privatizadas era de precariedade financeira, quadro de pessoal superdimensionado e deterioração de seus operacionais. A RFFSA contratou financiamento do Banco Mundial para a implementação de recuperação da malha ferroviária a fim de viabilizar os leilões. As obrigações e metas estabelecidas pelo Governo às concessionárias eram aumentar o volume do transporte ferroviário e reduzir o número de acidentes. Não foram exigidos investimentos específicos. O Estado delegou à iniciativa privada decidir sobre como e em quais áreas deveria investir para prestar o serviço com qualidade e rentabilidade. (
MPF)





Vargas considera que acordo com Fruet merece ser discutido no PT

Ainda que informais, já estão ocorrendo "conversas" e "sondagens" entre o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) e representantes do PT nacional e estadual para que o tucano se transfira para um dos partidos da base aliada e receba o apoio do grupo, no primeiro ou segundo turno, da eleição para a prefeitura de Curitiba no próximo ano.
O acordo é visto como a jogada perfeita para tentar quebrar a hegemonia dos tucanos e aliados que governam o Estado e têm na prefeitura de Curitiba uma extensão de poder com o prefeito Luciano Ducci (PSB), tido desde já como o escolhido para ter o apoio do governador Beto Richa (PSDB) à reeleição.
Uma vitória na eleição em Curitiba também é considerada estratégica para a candidatura da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ao governo do Paraná em 2014. Inicialmente, tanto Gleisi como as principais lideranças do partido no Estado estavam se posicionando pela candidatura própria do partido em Curitiba. Mas Gustavo pode ser o "fato novo" que provocará alterações na disposição inicial da cúpula de levar adiante a discussão sobre a escolha de um nome do partido para disputa na capital, onde até agora se apresentaram o deputado estadual Tadeu Veneri e o deputado federal Dr. Rosinha.
O secretário de Comunicação do Diretório Nacional do PT, deputado federal André Vargas, admite que é preciso considerar a hipótese da incorporação de Gustavo ao grupo de oposição a Beto no Estado. "Não vejo como algo impossível. Acho que podemos discutir uma frente para enfrentar o candidato do governador. Para nós, é evidente que o candidato do Beto Richa é o Luciano Ducci", comentou.
Vargas acha que se houver disposição de Gustavo em dar uma guinada na sua carreira política, seria "adequado" o PT considerar a hipótese de tê-lo como aliado numa disputa eleitoral. "A situação concreta é a seguinte. As pesquisas mostram que os nossos melhores nomes para a prefeitura são a Gleisi e o deputado Ângelo Vanhoni. A Gleisi é ministra e o Vanhoni, por questões pessoais, não pretende disputar. Nós hoje temos dois nomes da esquerda do partido. Na disputa passada, o Tadeu e o Rosinha estiveram juntos na prévia enfrentando a Gleisi. Agora, essa mesma força tem duas candidaturas. Se não há unidade nem entre eles, será difícil unir o partido", declarou.
Vargas acrescentou que a avaliação é pessoal e não reflete a posição da direção do partido. "Tudo isso tem que ser discutido no partido. E as minhas posições vão ficar subordinadas às discussões do partido", comentou.

E o passado?

Desde que ingressou no PSDB, assim que deixou o PMDB, Gustavo se transformou numa das principais vozes da oposição ao governo Lula no Congresso Nacional. Na fase das denúncias sobre a prática do mensalão, o deputado paranaense foi um dos mais aguerridos integrantes da CPI, que infernizou a vida de petistas de Lula em pleno ano eleitoral.
Para Vargas, o que se discute é o futuro. "De lado a lado, houve uma revisão dos altos exageros da alta temperatura política da época", disse o deputado, afirmando que, nem tudo na história de Gustavo esteve em oposição ao PT. "A história dele, do pai dele (o peemedebista Maurício Fruet) tem um viés favorável para nós", disse. (O Estado do Paraná)

 
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