domingo, 30 de setembro de 2012

Fruet desativa campanha

A campanha de Gustavo Fruet (PDT/PT/PV) despediu o pessoal de apoio de rua. O pessoal do barracĂ£o - distribuiĂ§Ă£o de placas, cavaletes, formiguinhas e bandeireiros - foi dispensado jĂ¡ na sexta-feira, 28. "A ordem era para que os cavaletes nem fossem mais recolhidos das ruas", disse um dos coordenadores do barracĂ£o. 
 
O ComitĂª SuprapartidĂ¡rio Luciano 40 aproveitou e reuniu os demitidos de Fruet ainda na noite de sexta-feira. "SĂ£o mais de 50 militantes da base do PDT, PT e PV que passam integrar o nosso comitĂª. Todos jĂ¡ estavam no sĂ¡bado, 29, na Boca Maldita, engajados, juntos com o prefeito Luciano Ducci na reta final do primeiro turno e tambĂ©m no segundo turno", disse DoĂ¡tico Santos, coordenador do comitĂª.

Biblioteca ComunitĂ¡ria da Vila das Torres: Livros que andam por aĂ­


Aconteceu em 2009. Um grupo de moradores da Vila das Torres, zona de ocupaĂ§Ă£o das mais antigas de Curitiba, se deu conta da quantidade de livros encontrados no lixo recolhido pelos carrinheiros. Estima-se que a reciclagem ocupe 30% dos cerca de 8 mil habitantes do local. Foi essa gente, a seu modo, que reuniu o primeiro milheiro de tĂ­tulos, colocou numa sala emprestada por JosĂ© Francisco Sanches, o Baleia, chamou as crianças para ver e se tornou um assunto sem fronteiras. A Biblioteca ComunitĂ¡ria da Vila das Torres virou um sĂ­mbolo da cidade.
Pudera. Nesses tempos velozes em que muitos adiantaram que os livros de papel morreriam, os mesmos livros chamaram atenĂ§Ă£o para uma vila mais conhecida pelo noticiĂ¡rio policial. Comovidos, muitos levam cestas de romances e gibis atĂ© lĂ¡, engrossando o acervo que beira os 2,5 mil exemplares. A turma da Torres nĂ£o ficou imune ao acontecido. Fala com orgulho da biblioteca.
Na balança
Analistas indicam os melhores espaços de leitura
A sĂ©rie Leitura na PrĂ¡tica perguntou a cinco especialistas o que faz de um espaço de leitura um espaço adequado. Foram consultados o arquiteto Manoel Coelho; a educadora Margareth Fuchs; a pesquisadora Elisa Dalla Bona; a biblioteconomista Suely Ferreira da Silva, e a presidente do Conselho de Biblioteconomia do ParanĂ¡, Marta Sienna.
“A biblioteca tem que ser algo encantador, onde as pessoas possam se encontrar, bater papo sobre os livros. Participar de projetos, de encontros com escritores”, observa Elisa Dalla Bona. Este Ă© tom da conversa. Foi-se o tempo do silĂªncio de velĂ³rio e dos livros guardados a chaves. Espaço que se preste Ă  leitura garante a paz e a ordem, mas tambĂ©m dinamismo, estĂ­mulo e garantia de que ali nenhum dia Ă© igual ao outro.
Entre os espaços citados pelos entrevistados como modelares se destacam a Biblioteca PĂºblica do ParanĂ¡, pela grandeza do acervo e por garantir o encontro dos usuĂ¡rios com grandes autores; A Biblioteca da Universidade Positivo, que tem arquitetura arrojada e Ă© aberta Ă  comunidade vizinha; E a Biblioteca da Vila das Torres, sĂ­mbolo da resistĂªncia da leitura na capital.
Curiosidades
Minibibliotecas pelas praças
Em AraucĂ¡ria, na RegiĂ£o Metropolitana de Curitiba, foram instaladas pela Secretaria de Cultura cinco minibibliotecas pela cidade. O projeto funciona desde o dia seis de setembro. Cada minibiblioteca tem um acervo de 30 tĂ­tulos, sendo 10 infanto-juvenil, 10 infantil e 10 de literatura adulta. Os acervos sĂ£o verificados a cada 15 dias por funcionĂ¡rios da DivisĂ£o de Literatura, para avaliaĂ§Ă£o dos pontos e possĂ­vel renovaĂ§Ă£o e reposiĂ§Ă£o de acervo. Os emprĂ©stimos sĂ£o realizados sem a burocracia habitual de preenchimento de fichas ou cadastros – funciona na base da confiança de que a pessoa irĂ¡ devolver a obra.
As bibliotecas estĂ£o disponĂ­veis na Praça JoĂ£o Paulo II (em frente Ă  CĂ¢mara Municipal), na Praça Doutor Vicente Machado e na Praça SĂ£o Vicente de Paulo. TambĂ©m existem os espaços na Unidade de SaĂºde do Tupy e no NĂºcleo Integrado de SaĂºde (NIS III).
Informações pelo telefone da DivisĂ£o de Literatura: (41) 3905-6065.
Viagem literĂ¡ria
Em AvarĂ©, no interior de SĂ£o Paulo, hĂ¡ o projeto "Embarque nessa viagem", idealizado pela prefeitura, que disponibiliza livros na rodoviĂ¡ria. A ideia do projeto Ă© fazer com que o usuĂ¡rio aproveite o tempo de espera do Ă´nibus para ler. A meta Ă© incentivando o hĂ¡bito da leitura. A atividade começou no mĂªs de agosto e se manteve em setembro. Ela serĂ¡ realizada durante trĂªs dias dos meses de outubro, novembro e dezembro. A pessoa pode ler os livros no local, levar para a casa com devoluĂ§Ă£o no mĂªs seguinte ou, levar o livro sem precisar devolver, como doaĂ§Ă£o.
Anatomia das bibliotecas
IluminaĂ§Ă£o. Um cafĂ©. Um convite para quem entende dos livros dar uma palavrinha. Os espaços dedicados aos livros podem sim perder a sisudez e ganhar adeptos.
Analistas mostram como e por quĂª. Leia.
PrĂ³xima semana
A escola – afinal – promove ou afugenta o leitor? O tema mobiliza pesquisadores e acende paixões.
O espaço hoje funciona no Clube de MĂ£es e atraiu um voluntĂ¡rio tĂ£o inspirador quanto a biblioteca. Maicon Arruda, tem 21 anos, cursa Odontologia e gasta a maior parte do seu tempo na lida com os livros. É da vila. Calcula ter catalogado 1,5 mil tĂ­tulos, nas horas vagas, porque nas “horas gordas” o que faz mesmo Ă© ajudar a piazada da regiĂ£o nas lições de MatemĂ¡tica. TambĂ©m faz contaĂ§Ă£o de histĂ³rias. E dĂ¡ conselhos aos candidatos Ă  literatura.
Ainda chegam livros do lixo – o que explica a excentricidade do acervo. EstĂ¡ ali uma ediĂ§Ă£o de O Capital, de Karl Marx, e a biografia de Obama, escrita por David Remnik. O que nĂ£o para nas estantes, contudo, Ă© a sĂ©rie CrepĂºsculo. E o tĂ­tulo do coraĂ§Ă£o de Maicon, O segredo, de Rhonda Byrne, que indica sempre que consultado pelos 30 usuĂ¡rios dia que atende. “Tem quem nĂ£o saiba ler. Com esses eu sento, abro um livro de imagem e vou conversando”, conta o jovem que lembra figuras como OtĂ¡vio JĂºnior, criador da “barracoteca” do Morro do AlemĂ£o, no Rio de Janeiro.
A Biblioteca ComunitĂ¡ria da Vila das Torres Ă© o exemplar mais famoso de um movimento informal que varre as cidades – o de culto aos espaços alternativos de leitura. SĂ£o incontĂ¡veis. HĂ¡ quem transforme saletas de prĂ©dios em espaços para ler – como o fotĂ³grafo Alberto Viana [assista vĂ­deo]. E quem se ocupe de dividir todas as sobras de livros por lugares onde possam ser reaproveitadas. É o caso de Josiane Mayr Bibas, 52, e Ă‚ngela Marques Duarte, 51, hĂ¡ um ano Ă  frente da Freguesia do Livro.
O projeto nasceu por acaso. Depois de 25 anos atuando como fonoaudiĂ³logas, as duas decidiram doar o acervo de livros infantis que guardavam nos consultĂ³rios. Desembarcaram com as caixas na Vila Zumbi, em Pinhais. “Tudo cheirozinho e arrumadinho”, como lembra Ă‚ngela. Foi quando descobriram que sabiam muito pouco sobre a realidade de lugares em que o livro Ă© um luxo, e que por isso mesmo, sem a aĂ§Ă£o dos mediadores, estavam muito prĂ³ximos do lixo. “A primeira experiĂªncia foi meio autofĂ¡gica”, diverte-se.
Ouvi-las falar da aventura que viveram Ă© uma escola. NĂ£o pararam mais de reunir exemplares descartados. “Um dia alguĂ©m dizia – ‘preciso abrir espaço nesta sala’ – e lĂ¡ estĂ¡vamos nĂ³s, carregando enciclopĂ©dias”, lembram. Josiane teve a ideia de oferecer na internet os livros sob sua custĂ³dia. Surpresa. Pensava que viria um pedido do Cajuru, mas recebeu um pedido de Xapuri, no Acre. “Viramos aquelas pessoas que ao saber que alguĂ©m vai viajar perguntamos se podem levar uma caixa de livros...”
NĂ£o pensem em caixas molambentas, com o fundo caindo. SĂ£o caixotes reciclados, com a logo da Freguesia. Os livros estĂ£o bem apanhados e selecionados, a depender do interesse do freguĂªs. Uma escola de inglĂªs adorou a seleta que a dupla preparou. Do contrĂ¡rio, os livros cairĂ£o em desgraça. AlguĂ©m quer Dale Car­negie de 30 anos atrĂ¡s? Elas tĂªm.
NĂ£o Ă© difĂ­cil prever que a iniciativa toma todas as tardes das idealizadoras. Marcam tudo num mapa. Calculam ter enviado caixas de livros a 50 lugares pelo menos. Planejam agora ir a feiras e praças e pousadas. E seguem com o atendimento ao Eco CidadĂ£o, nos quais instalaram velhas Barsas para carrinheiros. “Quem disse que nĂ£o servem mais?”, desafiam. Abandonada, sĂ³ a ideia de comprar um Ă´nibus, enchĂª-los de livros, levando Ă s Ăºltimas instĂ¢ncias o espĂ­rito de Thelma e Louise. De resto, nĂ£o lhes falta estrada. “Vamos a lugares que sequer imaginĂ¡vamos existir. A gente liga o GPS e pronto”, conta Josiane.
O poder pĂºblico parece ter passado por febre semelhante Ă  da Freguesia. HĂ¡ dois anos, a FundaĂ§Ă£o Cultural de Curitiba criou 15 espaços inusitados de leitura. SĂ£o o que hĂ¡. Funcionam em terminais de Ă´nibus e nĂ£o raro em formatos que afugentam o pior inimigo do livro – a indiferença.
NĂ£o Ă© a Ăºnica qualidade do programa. Os acervos sĂ£o seletos. E os atendentes – alçados ao status de mediadores de leitura – estudam em universidade e sĂ£o leitores confessos. “Eu me sinto formando gente para o livro. Mesmo quando ouvi gritos de um passageiro horrorizado com o Caio Fernando Abreu”, lembra a acadĂªmica da Letras da UFPR Hellen Suzy Santos, 20. Ela atua no Espaço de Leitura do Terminal do Pinheirinho. InesquecĂ­vel? O morador de rua que lĂª para o pai na carreira de rodas. “Ele me vĂª e grita: ‘Ă” moça da leitura’. Quer mais?” (GP)

Candidatos tomam fĂ´lego para a reta final de campanha


Mais dois dias de programa eleitoral no rĂ¡dio e na televisĂ£o, dois debates na televisĂ£o, quatro dias para o fim da campanha de rua, comĂ­cio e carros de som rodando pelos bairros. Esse Ă© o tempo que os candidatos a prefeito e vereador de Curitiba tĂªm para conquistar os indecisos, ou mesmo mudar a tendĂªncia de voto dos eleitores.
Nas eleições para prefeito, se a votaĂ§Ă£o estivesse marcada para hoje, Ratinho JĂºnior (PSC) e Luciano Ducci (PSB) provavelmente continuariam na disputa de segundo turno. Mas atĂ© o prĂ³ximo domingo todos terĂ£o de tomar um fĂ´lego final para a corrida eleitoral, na tentativa de manter ou mudar a tendĂªncia de voto.
Round final
Veja a estratĂ©gia dos quatro principais candidatos a prefeito de Curitiba para a Ăºltima semana de campanha antes do primeiro turno:
“Seguiremos normalmente as atividades, com intenso contato com os eleitores. SerĂ£o carreatas, caminhadas e visitas, os debates na TV e o programa eleitoral gratuito, para apresentar aos eleitores as ideias centrais da candidatura.”
“Vamos continuar a destacar nossas propostas, nossa experiĂªncia de gestĂ£o. Quando o eleitor comparar nossas propostas, que sĂ£o propostas de verdade, viĂ¡veis e com planejamento, ele se decidirĂ¡ por nossa candidatura.”
“Vamos intensificar o corpo a corpo. Reforçar a presença do candidato nas ruas e, consequentemente, o contato com os eleitores.”
“A estratĂ©gia permanece a mesma. Seguimos com o tom propositivo e crĂ­tico, sustentado por ideias e pela experiĂªncia. Com a campanha nas ruas, prĂ³xima Ă  populaĂ§Ă£o, e os Ăºltimos debates, devemos atrair os eleitores indecisos.”
É nessa Ăºltima semana que os eleitores indecisos, principalmente aqueles que estavam desinteressados do movimento das campanhas, precisarĂ£o começar a se preocupar com o assunto para decidir em quem votar. O horĂ¡rio eleitoral no rĂ¡dio e televisĂ£o, as notĂ­cias de jornais, a movimentaĂ§Ă£o das campanhas nas ruas e as conversa com parentes e amigos devem ser as fontes de informaĂ§Ă£o mais importantes para essa decisĂ£o. “Para esse eleitor pouco mobilizado, as informações boca a boca sobre os concorrentes, a presença desses candidatos no bairro, apertando as mĂ£os, Ă© importante”, diz a cientista polĂ­tica Luciana Veiga, da Universidade Federal do ParanĂ¡.
O presidente da AssociaĂ§Ă£o Brasileira de Consultores PolĂ­ticos, Carlos Manhanelli, afirma que Ă© importante ir Ă s ruas e mostrar volume de campanha. Segundo ele, uma significativa parcela do eleitorado escolhe o candidato por esse motivo. “Muitas pessoas ainda tendem a se impressionar com o volume da campanha nas ruas”, explica. “TambĂ©m Ă© imprescindĂ­vel realizar uma pesquisa qualitativa, que aponte os motivos de os indecisos ainda estarem indecisos.”
Luciana Veiga acredita que, tĂ£o ou mais importante que tentar conquistar os indecisos Ă© buscar atrair os que nĂ£o estĂ£o muito confiantes na sua decisĂ£o. Na rodada anterior do Datafolha, de 10 e 11 de setembro, 30% dos que citaram um candidato disseram que poderiam mudar o voto. É o chamado voto flutuante. “Esse eleitor estĂ¡ quase decidido. EstĂ¡ esperando para ver se nada de ruim aparecerĂ¡ sobre seu candidato e se tudo se mantiver como estĂ¡, ele confirma o voto”, diz Veiga.
A estratĂ©gia de ataque entre os adversĂ¡rios, entretanto, nĂ£o Ă© aconselhĂ¡vel, diz Luciana. “As denĂºncias, se vierem, terĂ£o de ser muito bem fundamentadas porque se fizerem a pessoa a pensar que nĂ£o Ă© muito verossĂ­mil, pode haver um efeito bumerangue, ou seja, se voltar contra quem atacou.” Geralmente, os coordenadores de campanha preferem que o candidato apareça apresentando propostas e se despedindo, evitando ataques. “É a hora de ficar doce, mostrar confiança”, diz.
Por outro lado, Manhanelli avalia que essa Ă© a hora de ir partir para o ataque, ir para o tudo ou nada. “Comparo a eleiĂ§Ă£o a uma luta de boxe. Esse Ă© o Ăºltimo round, no qual um lutador aguarda para ganhar por pontos e o restante tem de tentar o nocaute. É preciso abrir a guarda e tentar o golpe de misericĂ³rdia”, diz.
O consultor polĂ­tico cita a Ăºltima eleiĂ§Ă£o presidencial como exemplo bem-sucedido dessa estratĂ©gia, quando JosĂ© Serra usou os temas aborto e religiĂ£o contra Dilma Rousseff (PT) e conseguiu forçar o segundo turno.
Os dois debates que ocorrem nesta semana tambĂ©m podem ser palco de ataques. Na terça-feira, a RIC TV faz a transmissĂ£o a partir das 23h15. Na quinta-feira, o debate na RPCTV começa Ă s 23 horas. (GP)

Classe média no crime



Os meninos de famĂ­lias humildes, cujos crimes em grande parte sĂ£o de origem famĂ©lica, apodrecem na cadeia!

RIC Mais transmite ao vivo debate entre candidatos Ă  prefeitura de Curitiba

No dia 1º de outubro, segunda-feira, a partir das 23h15, a RICTV Record promove o encontro entre os cinco principais nomes que disputam a prefeitura de Curitiba. De acordo com a Lei eleitoral, foram convidados concorrentes de partidos que contam com representantes na CĂ¢mara Federal. SĂ£o eles: Ratinho JĂºnior, Luciano Ducci, Gustavo Fruet, Rafael Greca e Bruno Meirinho.  Mediado pela jornalista Joice Hasselmann, o evento encerra o ciclo de entrevistas dos candidatos, promovido desde o mĂªs de agosto pela RICTV Record.
A ordem de participaĂ§Ă£o de cada candidato serĂ¡ definida mediante sorteio prĂ©vio, acompanhado pelos representantes de cada um, momentos antes do inĂ­cio da transmissĂ£o ao vivo.  O documento com as regras foi assinado por todos os representantes. Nas perguntas da mediadora aos candidatos serĂ£o abordados temas como: saĂºde, educaĂ§Ă£o, transporte/mobilidade, habitaĂ§Ă£o, segurança/drogas, Copa do mundo, meio ambiente, cultura/esporte, assistĂªncia social e acessibilidade.

 
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