sexta-feira, 24 de junho de 2011
OperaĂ§Ă£o Satiagraha: Homens de Daniel Dantas citam HerĂ¡clito Fortes em conversas telefĂ´nicas
Pesquisa aponta que pedra nos rins aumenta em 31% o risco de enfarte
Estudo apresentado no Ăºltimo Congresso Americano de Urologia, em Washington (EUA), sugere que quem sofre de cĂ¡lculo renal tem risco 31% maior de desenvolver problemas cardiovasculares. Segundo os pesquisadores, uma possĂvel explicaĂ§Ă£o seria a tendĂªncia genĂ©tica de acumular cristais de cĂ¡lcio nos rins e nas artĂ©rias.
Foram acompanhados, por nove anos, 15.424 pacientes. Os 4.564 voluntĂ¡rios que sofriam de cĂ¡lculo renal apresentaram, inicialmente, risco 38% maior de sofrer enfarte. Quando os pesquisadores ajustaram a anĂ¡lise para anular a influĂªncia de outras doenças, como hipertensĂ£o, diabete, obesidade, colesterol elevado, dependĂªncia de Ă¡lcool ou cigarro, o Ăndice passou para 31% - ainda considerado alto por especialistas.
"É possĂvel que os inibidores de calcificaĂ§Ă£o sejam a causa do cĂ¡lculo renal e tambĂ©m das placas aterosclerĂ³ticas. No entanto, mais estudos sĂ£o necessĂ¡rios para testar essa hipĂ³tese", afirma o nefrologista Andrew Rule, pesquisador da ClĂnica Mayo e autor principal do estudo.
Rule ressalta que a relaĂ§Ă£o entre insuficiĂªncia renal e problemas cardĂacos Ă© bastante conhecida pelos mĂ©dicos, mas sua pesquisa foi a primeira a apontar o cĂ¡lculo renal, isoladamente, como fator de risco para enfarte.
Daher Chade, urologista do Instituto do CĂ¢ncer do Estado de SĂ£o Paulo (Icesp), diz que se a hipĂ³tese for confirmada por estudos maiores, serĂ¡ necessĂ¡rio rever a conduta de prevenĂ§Ă£o das duas doenças.
PrevenĂ§Ă£o. Para o especialista, Ă© importante que os pacientes em tratamento renal passem por exames cardiolĂ³gicos. O rastreamento para pedra nos rins, por outro lado, deveria ser incluĂdo na prevenĂ§Ă£o da doença cardiovascular.
"Uma vez identificado o problema, o paciente terĂ¡ de receber tratamento e orientaĂ§Ă£o alimentar", diz.
Para nĂ£o potencializar a tendĂªncia genĂ©tica de acumular cristais de cĂ¡lcio, explica o mĂ©dico, Ă© preciso beber bastante lĂquido e reduzir o consumo de sal e de proteĂna animal. A recomendaĂ§Ă£o nĂ£o difere muito daquela que se costuma ouvir no consultĂ³rio do cardiologista. "Antigamente se recomendava diminuir tambĂ©m o consumo de cĂ¡lcio. Mas isso nĂ£o Ă© necessĂ¡rio", diz Chade.
SĂndrome metabĂ³lica. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Daniel Rinaldi, o cĂ¡lculo renal Ă© mais frequente em pacientes que sofrem de sĂndrome metabĂ³lica - um conjunto de doenças, como obesidade, hipertensĂ£o, resistĂªncia Ă insulina, altos nĂveis de colesterol e Ă¡cido Ăºrico. Todos esses fatores aumentam o risco de desenvolver problemas cardiovasculares e diabete.
"Uma coisa vai puxando a outra. Cada vez mais o cĂ¡lculo renal estĂ¡ sendo considerado uma doença sistĂªmica", diz Rinaldi. (AE)
ONU põe Brasil sob suspeita de tortura e visitarĂ¡ cadeias e unidades para jovens
A OrganizaĂ§Ă£o das Nações Unidas (ONU) farĂ¡ a maior inspeĂ§Ă£o internacional jĂ¡ realizada nas prisões brasileiras para avaliar sĂ©rias denĂºncias sobre o uso da tortura no PaĂs. Segundo informações reveladas ao 'Estado' com exclusividade, a missĂ£o recebeu evidĂªncias de ONGs e especialistas apontando para violações aos direitos humanos em centros de detenĂ§Ă£o provisĂ³ria, prisões e nas unidades que cuidam de jovens infratores em vĂ¡rios Estados.
NĂ£o Ă© a primeira vez que a tortura no Brasil Ă© alvo de investigaĂ§Ă£o na ONU e a missĂ£o promete ser dura com as autoridades. Os locais de visita estĂ£o sendo mantidas em sigilo para que o grupo de inspetores faça visitas de surpresa aos locais considerados crĂticos, impedindo que as autoridades “preparem” as prisões e “limpem” eventuais problemas. TambĂ©m serĂ¡ a primeira vez que a tortura serĂ¡ investigada em unidades para jovens - como a antiga Febem.
Para poder surpreender as autoridades, a viagem que ocorrerĂ¡ no inĂcio do segundo semestre tem sua agenda guardada a sete chaves. A ministra de Direitos Humanos, Maria do RosĂ¡rio, sĂ³ foi informada de que a missĂ£o ocorrerĂ¡ e serĂ¡ liderada pelo SubcomitĂª de PrevenĂ§Ă£o da Tortura da ONU. Mas nĂ£o recebeu nem a lista das cidades que serĂ£o inspecionadas nem quais instituições serĂ£o visitadas. A obrigaĂ§Ă£o do governo serĂ¡ a de dar acesso irrestrito aos investigadores.
No total, o grupo contarĂ¡ com cinco especialistas internacionais. Para garantir a confidencialidade das discussões, o documento nĂ£o serĂ¡ publicado sem que exista autorizaĂ§Ă£o do governo. A brasileira Maria Margarida Pressburger, que integra o SubcomitĂª, nĂ£o farĂ¡ parte da anĂ¡lise. Ela espera que os inspetores encontrem uma situaĂ§Ă£o alarmante. “Existem locais no Brasil em que a tortura se aproxima da mutilaĂ§Ă£o.”, afirmou.
Acordos. A visita ainda tem como meta pressionar a presidente Dilma Rousseff a ratificar os acordos da ONU para a prevenĂ§Ă£o da tortura. O Brasil assinou o entendimento em 2007. Mas nĂ£o criou programas em todo o PaĂs para treinar policiais e evitar a prĂ¡tica.
A relaĂ§Ă£o entre o governo brasileiro e a ONU em relaĂ§Ă£o Ă tortura Ă© tensa desde 2005, quando o ComitĂª contra a Tortura realizou uma visita a um nĂºmero limitado de lugares. Ao escrever seu relatĂ³rio, indicou-se que a tortura era " sistemĂ¡tica" no PaĂs. O governo tentou convencer a ONU a apagar essa palavra e bloqueou a publicaĂ§Ă£o do texto atĂ© 2007.
Em 2009, o governo comprou uma briga com o relator da ONU contra Assassinatos SumĂ¡rios, Phillip Alston, que havia colocado em dĂºvida a reduĂ§Ă£o de execuções. O Brasil chegou a chama o relator de “irresponsĂ¡vel”. (AE)
COPA 2014, DE ONDE VEM O DINHEIRO?
O governo federal jĂ¡ avisou que vai gastar 33 bilhões para a Copa. Quase metade disso vai para os estĂ¡dios. Alguns governos estaduais vĂ£o botar dinheiro tambĂ©m.
VocĂª sabe que ao final do ano, sabe-se quanto cada Estado paga ao Governo Federal e quanto recebe dele, Das 12 sedes, 3 nĂ£o verĂ£o a cor do dinheiro em seus estĂ¡dios : Rio Grande do Sul, ParanĂ¡ e SĂ£o Paulo. Beira Rio, Arena da Baixada e possivelmente o estĂ¡dio do Corinthians, sĂ£o particulares. Vamos aos nĂºmeros de 2010 :
ESTADO QUANTO PAGOU QUANTO RECEBEU
RN 1.423.354.053 - 5.094.159.613
CE 4.845.815,127 - 10.819.258.582
BA 9.830.083.697 - 17.275.802.517
PE 7.228.568.171 - 11.035.453.758
MT 2.o8o.530.301 - 3,864.140.162
Veja que esses 5 estados , mais recebem do que contribuem com o governo e mesmo assim terĂ£o seus estĂ¡dios contruidos com dinheiro pĂºblico. Na Bahia, por exemplo, a diferença alcança mais de 7 bilhões de reais.
AM 6.283.046.181 - 3.918.321.477
MG 26.555.017.385 - 17.075.765.819
RJ 101.964.282.068 - 16.005.043.355
Nestes 3, hĂ¡ superĂ¡vit entre receitas e despesas. O Rio de Janeiro, por exemplo, tem uma diferença a favor da ordem de 86 bilhões.
Vejamos agora os estados em que o governo nĂ£o vai contribuir na construĂ§Ă£o dos estĂ¡dios:
PR 21.686.569.502 - 9.219.952.960
RS 21.978.881.645 - 9.199.070.109
SP 204.151.379.293 - 22.737.265.407
Perceba que a diferença em SĂ£o Paulo Ă© de 181 bilhões.
Reflita sobre esses nĂºmeros e chegue Ă sua conclusĂ£o. Onde Ă© justo e injusto o dinheiro.
Mais : SĂ£o Paulo contribui com 204 bilhões. A soma de todos os outros estados da uniĂ£o Ă© de 238 bilhões. E a soma sĂ³ dos estados que irĂ£o ser sede de Copa =200 bilhões.
NĂ£o considerei aqui o Distrito Federal, aonde o estĂ¡dio de BrasĂlia vai levar mais de 1 bilhĂ£o. NĂ£o sei como Ă© contabilizado esse dinheiro lĂ¡. Mas o estĂ¡dio "tem que ficar" muito grande e bonito, porque vai ser palco no futuro de:"Eletrizantes duelos" entre o Gama e o Taguatinga. (Blog do Dr. Osmar)
A Dilma no "olho do furacĂ£o" da privataria dos aeroportos defendida pelo Jobim (PMDB)
OperaĂ§Ă£o FalcĂ£o I: Os FTB foram lançados com sucesso
Fonte: FAB, via AEB.
Governo atende pesquisadores e aumenta importĂ¢ncia da ciĂªncia e tecnologia no Plano Plurianual
O governo federal decidiu que a Ă¡rea de inovaĂ§Ă£o, ciĂªncia e tecnologia serĂ¡ um “macro desafio” do Plano Plurianual (PPA 2012/2015) em elaboraĂ§Ă£o no MinistĂ©rio do Planejamento, Orçamento e GestĂ£o.
A decisĂ£o significa aumento de status para a Ă¡rea e recursos. No final de maio, no FĂ³rum Interconselhos do PPA, realizado em BrasĂlia, a Ă¡rea de inovaĂ§Ă£o era “um dos 20 objetivos do macro desafio Projeto Nacional de Desenvolvimento”, lembra a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da CiĂªncia (SBPC), Helena Nader, que participou da reuniĂ£o.
Nader e o presidente da Academia Brasileira de CiĂªncias (ABC), Jacob Palis, chegaram a mandar em 27 de maio uma carta Ă presidenta Dilma Rousseff onde manifestavam “apreensĂ£o com a constataĂ§Ă£o de que a ciĂªncia, a tecnologia e a inovaĂ§Ă£o nĂ£o constam entre os macro desafios da proposta do PPA”.
De acordo com MinistĂ©rio do Planejamento, o macro desafio terĂ¡ como programas temĂ¡ticos as mudanças climĂ¡ticas, a polĂtica espacial, a polĂtica nuclear, a polĂtica de desenvolvimento produtivo e a inovaĂ§Ă£o na Ă¡rea de agropecuĂ¡ria. “O setor serĂ¡ tratado no prĂ³ximo plano com a relevĂ¢ncia que lhe Ă© devida, representando continuidade e aprofundamento das polĂticas para o setor implementadas nos Ăºltimos anos”, diz nota encaminhada Ă AgĂªncia Brasil.
A inclusĂ£o da ciĂªncia, tecnologia e inovaĂ§Ă£o como macro desafio no PPA (2012/2015) Ă© estratĂ©gica. O plano orienta a elaboraĂ§Ă£o dos orçamentos anuais da UniĂ£o. A AgĂªncia Brasil apurou que as discussões de valores para cada Ă¡rea do PPA ainda nĂ£o foram definidas. O governo tem atĂ© o final de agosto para enviar a proposta do plano para tramitaĂ§Ă£o no Congresso. (AB)
ElevaĂ§Ă£o da nota nĂ£o influenciou preços de tĂtulos brasileiros no exterior, diz coordenador da dĂvida
As recentes melhorias na avaliaĂ§Ă£o da dĂvida brasileira pelas agĂªncias de classificaĂ§Ă£o de risco teve poucos efeitos prĂ¡ticos nos tĂtulos pĂºblicos brasileiros no exterior, disse nesta terça-feira, (21), o coordenador-geral de Operações da DĂvida PĂºblica, Fernando Garrido. Segundo ele, os preços dos papĂ©is do paĂs nĂ£o mudaram depois das elevações da nota.
“A melhoria no rating [classificaĂ§Ă£o de risco] nĂ£o provocou reaĂ§Ă£o dos preços de mercado dos papĂ©is brasileiros. Na prĂ¡tica, os investidores jĂ¡ tinham precificado a elevaĂ§Ă£o da nota [repassado a melhor classificaĂ§Ă£o para os preços]”, afirmou o coordenador ao comentar os resultados da DĂvida PĂºblica Federal (DPF) em maio. Ele afirmou que o Tesouro Nacional ainda definiu se aproveitarĂ¡ a melhora na classificaĂ§Ă£o de risco para emitir tĂtulos e captar recursos no exterior.
Ontem (20), a agĂªncia de classificaĂ§Ă£o de risco Moody’s elevou a nota da dĂvida brasileira, o que na prĂ¡tica significa que o paĂs reduziu a probabilidade de nĂ£o pagar a dĂvida. Na semana passada, os seguros que os investidores pagam para cobrir os riscos de calote do Brasil ficaram menores que o dos Estados Unidos pela primeira vez na histĂ³ria.
AlĂ©m de facilitar a captaĂ§Ă£o de recursos no exterior, a elevaĂ§Ă£o das notas da dĂvida brasileira, pode atrai o interesse de investidores estrangeiros na dĂvida brasileira. Apesar disso, Garrido disse as incertezas na economia global, decorrente das turbulĂªncias na GrĂ©cia e no restante da Europa, torna difĂcil prever se a entrada de recursos externos no paĂs se intensificarĂ¡.
Segundo o coordenador, nĂ£o dĂ¡ para estimar se o Brasil passarĂ¡ a receber mais dinheiro de investidores estrangeiros ou se a escassez de capitais vai afetar todas as partes do mundo. “É difĂcil avaliar o impacto do problema na Europa. Ao mesmo tempo em que hĂ¡ um ambiente de incerteza na economia global, os investidores internacionais podem enxergar o Brasil como lugar mais seguro e trazer recursos para cĂ¡”, afirmou.
No mĂªs passado, a participaĂ§Ă£o de estrangeiros na dĂvida interna subiu de 11,29% para 11,45%. O resultado, no entanto, nĂ£o representa recorde. O maior percentual de presença de investidores internacionais foi de 11,80%, registrado em janeiro. (AB)
Consumidores devem ter atenĂ§Ă£o com gasto de energia elĂ©trica no inverno, alerta Idec
O consumo do chuveiro por hora varia de acordo com a posiĂ§Ă£o da chave. De acordo com a AgĂªncia Nacional de Energia ElĂ©trica (Aneel), na posiĂ§Ă£o inverno fica entre 4,5 a 6 quilowatts-hora (kWh) e na posiĂ§Ă£o verĂ£o cai para 3,5 kWh. A sugestĂ£o Ă© diminuir o tempo do banho e fechar o registro na hora de se ensaboar. Os secadores de cabelo tambĂ©m gastam bastante energia: o uso do aparelho por cinco minutos todos os dias gera um consumo mensal de 2,5 kWh a 3,75 kWh.
O uso da secadora de roupas aumenta no tempo frio, mas o aparelho consome entre 120 kWh a 150 kWh por mĂªs quando Ă© utilizado uma hora por dia. O consumidor tambĂ©m deve ficar atento ao uso de ferro de passar e da lavadora de roupas, procurando acumular as roupas para lavar, secar e passar em uma Ăºnica vez, reduzindo o uso dos aparelhos e o consumo de energia.
Outro aparelho que passa a ser mais utilizado no inverno Ă© o aquecedor elĂ©trico, mas ele deve ser utilizado apenas quando necessĂ¡rio e em ambientes totalmente fechados, para nĂ£o haver desperdĂcio de energia. AlĂ©m de consumir muita energia, o aquecedor pode ser prejudicial ao consumidor. AnĂ¡lises feitas pelo Idec, no ano passado, mostraram que alguns modelos podem provocar queimaduras.
A dica do Idec para economizar energia Ă© comprar aparelhos elĂ©tricos identificados com o selo do Programa Nacional de ConservaĂ§Ă£o de Energia ElĂ©trica (Procel). Os produtos que apresentam notas A, ou B consomem menos energia que as que indicam notas D ou E.
Mais informações sobre o consumo de energia de cada aparelho podem ser obtidas no site da Aneel. (AB)
http://amarnatureza.org.br/site/
Apenas 3,4% dos municĂpios vulnerĂ¡veis a deslizamentos tĂªm estudo geolĂ³gico sobre riscos
Levantamento do governo federal verificou que hĂ¡ no paĂs 735 municĂpios com pelo menos cinco Ă¡reas de riscos de deslizamento cada um. Desses, apenas 25 dispõem de cartas geotĂ©cnicas de morros e encostas, Ăºteis para a previsĂ£o de deslizamento de terras, comuns em Ă©poca de chuva, como ocorreu em janeiro na regiĂ£o serrana do Rio de Janeiro.
O nĂºmero de municĂpios com o estudo disponĂvel equivale a 3,4% do universo de cidades brasileiras com mais de cinco Ă¡reas vulnerĂ¡veis em Alagoas, na Bahia, no EspĂrito Santo, em Minas Gerais, no ParanĂ¡, em Pernambuco, Santa Catarina e SĂ£o Paulo, alĂ©m do Rio.
A informaĂ§Ă£o foi dada nesta terça-feira, (21), Ă ComissĂ£o sobre CatĂ¡strofes da CĂ¢mara dos Deputados pela geĂ³loga Noris Costa Diniz. Ela farĂ¡ parte do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, a ser criado pelo MinistĂ©rio de CiĂªncia e Tecnologia (MCT). A comissĂ£o da CĂ¢mara Ă© responsĂ¡vel por propor o projeto de lei do CĂ³digo Nacional de ProteĂ§Ă£o Civil.
De acordo com Noris Diniz, alĂ©m da falta de dados geolĂ³gicos sobre os pontos de risco, nĂ£o hĂ¡ equipamentos instalados nessas Ă¡reas para medir aumento do volume de Ă¡gua no solo (o aparelho chamado piezĂ´metro) e o paĂs nĂ£o dispõe de um modelo matemĂ¡tico para calcular a possibilidade de desastre em cada tipo de solo.
Assim como ocorre com a previsĂ£o do tempo, Ă© possĂvel estimar a possibilidade de deslizamento se for criada uma fĂ³rmula complexa de cĂ¡lculo que considere o provĂ¡vel volume de Ă¡guas das chuvas, as condições topogrĂ¡ficas do terreno e as caracterĂsticas do solo. Por causa da diversidade do relevo, o Brasil precisa de pelo menos seis modelos matemĂ¡ticos originais. Por causa das especificidades do solo, as fĂ³rmulas nĂ£o podem ser copiados de paĂses como o JapĂ£o, o Chile, a ItĂ¡lia e a Noruega, que jĂ¡ calculam riscos de acidentes naturais.
A geĂ³loga avalia que a falta de tecnologia para prevenĂ§Ă£o de desastres e a o desconhecimento sobre a situaĂ§Ă£o das Ă¡reas de risco tĂªm a ver com a “grande tolerĂ¢ncia da sociedade ao risco”. Em sua opiniĂ£o, o deslizamento que ocorreu na regiĂ£o serrana do Rio – apĂ³s a enxurrada que provocou a morte e o desaparecimento de mais de mil pessoas – foi o “limiar da tolerĂ¢ncia”. Depois do megadesastre, o governo federal decidiu criar o Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.
Para ela, o sistema funcionarĂ¡ de fato somente se as pessoas que moram em Ă¡reas de risco souberem “o que tĂªm que fazer quando vier a tromba d’Ă¡gua. O grande desafio Ă© comunicar”. As comunidades, enfatizou, precisam se mobilizar e as famĂlias devem se organizar conforme suas necessidades, como, por exemplo, saber as rotas de fuga e como conduzir idosos, crianças e pessoas com dificuldade de locomoĂ§Ă£o.
O deputado Glauber Braga (PSB-RJ), relator do projeto do CĂ³digo de ProteĂ§Ă£o Civil, avalia que a sociedade tem que incorporar a “cultura da prevenĂ§Ă£o” e garantir investimentos para o sistema de alerta. “Os investimentos nĂ£o estĂ£o claramente delimitados”, disse ele, ao salientar que mais de uma pasta, como o MCT e MinistĂ©rio da IntegraĂ§Ă£o, dispõem de recursos para fazer o sistema de alerta funcionar.
Segundo o parlamentar, a prĂ³xima Lei de Diretrizes OrçamentĂ¡rias (LDO), em elaboraĂ§Ă£o para orientar o orçamento de 2012, terĂ¡ um artigo que proibirĂ¡ o Poder Executivo fazer contingenciamento de verbas para ações de prevenĂ§Ă£o a desastres. (AB)
http://amarnatureza.org.br/site/